quinta-feira, 30 de outubro de 2008

Dia de Finados (Pe Antonio Geraldo Dalla Costa)

O Dia de Finados, que hoje celebramos,
está impregnado de um profundo sentimento religioso
no qual se unem afeto e recordações familiares
com a fé e esperança cristãs.
Por esse motivo suscita sempre um profundo eco no povo de Deus.

É uma oportunidade especial para rezar pelos nossos mortos e
lembrar a alegre verdade sobre a qual está fundada a nossa fé:
a RESSURREIÇÃO.

1. Celebramos a vida, não a morte
A religião cristã não celebra o culto à morte, mas à vida.
Assim o ressalta a liturgia da palavra de hoje com suas muitas leituras.
Todo o conjunto nos fala de ressurreição e vida;
e a referência onipresente é a Ressurreição de Cristo,
da qual participa o cristão pela fé e pelos sacramentos.
- Por isso, este dia não é uma comemoração para a tristeza,
provocando saudade dos seres queridos que já nos deixaram,
mas uma recordação cheia de esperança que expressa e continua
a Comunhão dos Santos, que celebramos no dia de ontem.
Pois "a fé oferece a possibilidade de uma comunhão
com nossos queridos irmãos já falecidos, dando-nos a esperança
de que já possuem em Deus a vida verdadeira". (GS 18,2)

2. Lembramos nosso destino futuro:
A Visão cristã da morte dá o verdadeiro valor da vida humana.
O discípulo de Cristo identifica a vida futura na qual crê e espera,
com um ser vivo, pessoal e amigo que é o Deus de nosso Senhor Jesus Cristo,
e de cuja vida participará agora e continuará gozando em seu destino futuro. Instruídos pela palavra de Deus, cremos que:
"O Homem foi criado por Deus para um fim feliz,
além dos limites da miséria terrestre...
Deus chamou e chama o homem para que ele dê sua adesão a Deus
na comunhão perpétua da incorruptível vida divina.
Cristo conseguiu esta vitória, por sua morte,
libertando o homem da morte e ressuscitando para a vida.
Para qualquer homem que reflete, a fé lhe dá uma resposta
à sua angústia sobre a sorte futura". (GS 18,2)

+ Cristo é a Raiz da esperança cristã: Estaremos sempre com o Senhor.
Jesus é a razão última do nosso viver, morrer e esperar como cristão.
Uma vez que Ele se fez igual a nós em tudo,
passou também pelo transe da morte para alcançar a Vida perene.
Esse é o itinerário que o discípulo deve percorrer.

+ Cristo é vida e ressurreição para aquele que nele crê.
Tudo vem confirmar a afirmação do próprio Jesus momentos antes de realizar
a ressurreição de Lázaro, seu amigo:
"Eu sou a ressurreição e a vida; aquele que crê em mim, embora esteja morto, viverá; e aquele que está vivo e crê em mim, não morrerá para sempre". (Jo 11,25-26).
Assim, diante da morte de nossos entes queridos, não devemos pensar
numa perda irreparável, mas no destino esperançoso ao qual Deus nos chama: "Vou preparar-lhes um lugar, para que onde eu estiver,
estejam vocês também". (Jo 14,3).

As LEITURAS sugeridas para o dia de hoje são muitas e variadas.
Todas comunicam a alegria de quem recebe do alto a luz da Páscoa,
que ilumina cada sepultura. Fixemo-nos nessas três:

Na 1ª Leitura, o Profeta afirma que Deus criou o homem para a VIDA. (Is 25,6-9)

A morte será destruída para sempre. O profeta descreve a morte,
como a entrada numa festa preparada por Deus para todos os povos.
Na vinda do Messias toda situação de morte será transformada:
O Senhor "enxugará as lágrimas de todas as faces".
Existirá apenas alegria, felicidade. Será a festa, o Banquete do Reino.

Na 2ª Leitura, São Paulo, diante da incerteza de nossa salvação futura,
afirma que a nossa esperança não se baseia em nossas obras,
mas no amor incondicional de Deus, que nos amou e
entregou por nós seu Filho à morte, quando ainda éramos seus inimigos.
Quanto mais nos amará agora que fomos justificados. (Rm 11,25-30)

No Evangelho, Jesus nos convida a vigiar,
"pois não sabeis qual será o dia, nem a hora". (Mt 25,1-13)

A visita aos cemitérios não deve se reduzir em levar flores aos túmulos,
ou acender velas. Convém rezar pelos nossos mortos. É a melhor flor.
A Bíblia garante: "É santo e piedoso costume rezar pelos mortos" (2Mc 12,45)
Cemintério significa dormitório. É o lugar de repouso, de descanso.
Quem está sepultado ali, está como que dormindo,
aguardando o dia de se levantar, para ressuscitar.
Cemitério significa também hospedaria.
Hospedaria é um albergue à beira do caminho, onde o peregrino
passa algumas horas, ou uma noite, para depois continuar a viagem.
O Cemitério é a hospedaria onde ficamos por um espaço de tempo,
até o dia da Ressurreição.

Que o dia de hoje reforce a nossa esperança cristã e
nos leve a proclamar com firmeza o artigo de fé do Credo:
"Creio na ressurreição dos mortos e na vida que há de vir"

Dia de Finados

Para muitas pessoas, o dia de finados é uma data triste, que deveria ser excluída do calendário. Muitos, nesse dia, ficam deprimidos ao recordarem os seus entes queridos que partiram desta vida. Alguns isolam-se, outros viajam para esconder suas mágoas... Porém, poucos conseguem ver que o dia de finados deve ser um momento de reflexão acerca de como anda a nossa conversão. Deve ser um dia de "fecho para balanço", daqueles em que se pára tudo, totalizam-se os lucros e os prejuízos e promete-se e permite-se vida nova.Não podemos esquecer-nos de que um dia estaremos também partindo desta vida. Não podemos ignorar isso pois, como um ladrão na noite, como diz o Evangelho, esse dia chegará. Felizes aqueles que foram "apanhados" em oração, com os Sacramentos em dia.Muitas pessoas lamentam a "perda" de um pai ou uma mãe e esquecem-se de que eles fizeram apenas uma viagem distante e que estão esperando por nós. Partiram quando o Pai, transbordando de saudades, gritou: - Filho(a), há quanto tempo estás aí! Volta para casa! - e assim foi feito.Muitos, porém, desses que lamentam a perda de um ente querido, ao invés de serem verdadeiramente santos para, um dia, voltarem a encontrar-se com seus parentes e amigos que partiram desta vida, tomam um outro rumo, ora distanciando-se de Deus e da Sua Igreja ora vivendo uma fé morna, como diz Jesus.Não percebem que, ao fazer isso, desperdiçam a única oportunidade que têm de rever essas pessoas. É uma pena...Neste dia 2 de Novembro, que possamos verdadeiramente rever os nossos sonhos, a nossa vida, a nossa fé e, pela glória de Deus, mudar de rumo, se necessário for.

S. Braulio de Saragoça (cerca 590-651); bispoCarta 19

«Ao ver a viúva, o Senhor Jesus ... disse-lhe: 'Não chores'» (Lc 7,13)
Cristo, esperança de todos os crentes, chama aos que deixam este mundo não mortos mas adormecidos ao dizer: «Lázaro, o meu amigo, está a dormir» (Jo 11,11); o apóstolo Paulo, por seu turno, não quer que estejamos «tristes por causa dos que adormeceram» (1 Tes 4,13). Por isso, se a nossa fé afirma que «todos os que crêem» em Cristo, segundo a palavra do Evangelho, «não morrerão jamais» (Jo 11,16), nós sabemos que eles não estão morto e que nós próprios não morremos. É porque, «quando for dado o sinal, à voz do arcanjo e ao som da trombeta de Deus, o próprio Senhor descerá do céu, e os que morreram em Cristo, ressurgirão» (1 Tes 4,16). Portanto, que a esperança da ressurreição nos encoraje, pois voltaremos a ver os que tínhamos perdido. Importa que acreditemos firmemente nele, quer dizer, que obedeçamos aos seus mandamentos, porque com o seu poder supremo ele acorda os mortos mais facilmente do que nós acordamos os que estão a dormir. Eis o que nós dizemos e, contudo, não sei por que sentimento, refugiamo-nos nas lágrimas, e o sentimento da lamúria dá um primeiro corte na nossa fé. Ai de nós! A condição do homem é lamentável, e como é vã a nossa vida sem Cristo! Mas tu, ó morte, que tens a crueldade de quebrar a união dos esposos e de separar os que estão unidos pela amizade, a tua força está desde já esmagada. De futuro, o teu jugo impiedoso é esmagado por aquele que te ameaçava pelas palavras do profeta Oseias: «Ó morte, eu serei a tua morte» (Os 13,14 Vulg). É por isso que, com o apóstolo Paulo, lançamos este desafio: «Onde está, ó morte, a tua vitória? Onde está, ó morte, o teu aguilhão?» (1 Cor 15,55). Aquele que te venceu resgatou-nos, entregou a sua querida alma nas mãos dos ímpios, para fazer deles os seus queridos.Seria muito longo relembrar tudo o que nas Santas Escrituras nos deveria consolar a todos. Que nos baste acreditar na ressurreição e erguer os nossos olhos para a glória do nosso Redentor, porque é nele que nós somos já ressuscitados, como a nossa fé nos faz pensar, segundo a palavra do apóstolo Paulo: «Se morremos por Ele, também com Ele reviveremos» (2 Tim 2,11).

Conmemoración de Todos los Fieles Difuntos

La festividad de los Fieles Difuntos nos invita a pensar en nuestra meta definitiva, después de concluir nuestra pasantía aquí en la tierra, meta de la cual nos habló Jesucristo durante la Ultima Cena, la noche antes de su muerte: “En la Casa de Mi Padre hay muchas mansiones, y voy a allá a prepararles un lugar ... para que donde Yo esté estéis también vosotros. Y a donde Yo voy, vosotros sabéis el Camino” (Jn.14 ,2-4).
Y ¿cuál es ese “Camino”? Es el camino de la Voluntad de Dios que nos lleva a ese Cielo prometido. Consiste en buscar la Voluntad de Dios para mí; es decir, en tratar de ser como Dios quiere que yo sea y hacer lo que Dios desea que yo haga, en preferir la Voluntad de Dios en vez de la propia voluntad, en decir “sí” a Dios y “no” a mí mismo.
Los fieles difuntos que recordamos este Domingo y también durante este mes de Noviembre, son aquellas personas que nos han precedido en el paso a la eternidad, y que aún no han llegado a la presencia de Dios en el Cielo.
Son almas que han sido fieles a Dios, pero que se encuentran en estado de “purificación” en el Purgatorio, en el cual están como “inactivos”; es decir, ya no pueden “merecer” por ellos mismos. Por esta razón, es costumbre en la Iglesia Católica orar por nuestros difuntos y ofrecer Misas por ellos, como forma de aliviarles el sufrimiento de su necesaria purificación antes de pasar al Cielo. (Ver Catecismo de la Iglesia Católica #1031-32 y 2Mac. 12,46)


Misa por los Difuntos
El recuerdo de nuestros seres queridos ya fallecidos nos invita también a reflexionar sobre lo que sucede después de la muerte; es decir, Juicio: Cielo, Purgatorio o Infierno.
Primero hay que recordar que la muerte es el más importante momento de la vida del ser humano: es precisamente el paso de esta vida temporal y finita a la vida eterna y definitiva. También hay que pensar que la muerte no es un momento desagradable, sino un paso a una vida distinta.
Bien dice el Prefacio de Difuntos: “la vida no termina, se transforma y al deshacerse nuestra morada terrenal adquirimos una mansión eterna”.
También hay que pensar que la muerte no es un momento desagradable, sino un paso a una vida distinta. Por tanto, no hay que temer la muerte. Y esta afirmación se basa, no sólo en la enseñanza de la Iglesia, sino en los múltiples testimonios de aquéllos que dicen haber pasado por el dintel de la muerte y haber regresado a esta vida.
Sabemos que fuimos creados para la eternidad, que nuestra vida sobre la tierra es pasajera y que Dios nos creó para que, conociéndolo, amándolo y sirviéndolo en esta vida, gozáramos de El, de su presencia y de su Amor Infinito en el Cielo, para toda la eternidad ... para siempre, siempre, siempre ...
De las opciones que tenemos para después de la muerte, el Purgatorio es la única que no es eterna. Las almas que llegan al Purgatorio están ya salvadas, permanecen allí el tiempo necesario para ser purificadas totalmente. La única opción posterior que tienen es la felicidad eterna en el Cielo.
El Purgatorio
Sin embargo, la purificación en el Purgatorio es “dolorosa”. La Biblia nos habla también de “fuego” al referirse a esta etapa de purificación: "la obra de cada uno vendrá a descubrirse. El día del Juicio la dará a conocer ... El fuego probará la obra de cada cual ... se salvará, pero como quien pasa por fuego” (1a. Cor. 3, 13-15).
Y nos dice el Catecismo de la Iglesia Católica: “Los que mueren en la gracia y amistad con Dios, pero imperfectamente purificados, aunque están seguros de su eterna salvación, sufren después de la muerte una purificación, a fin de obtener la santidad necesaria para entrar en la alegría del Cielo.” (#1030)
La purificación es necesaria para prepararnos a la “Visión Beatífica”, para poder ver a Dios “cara a cara”. Sin embargo, el paso por la purificación del Purgatorio ha sido obviado por algunos. Todos los santos -los canonizados y los anónimos- son ejemplos de esta posibilidad.
¡Es posible llegar al Cielo directamente! Y, además, es deseable obviar el Purgatorio, ya que no es un estado agradable, sino más bien de sufrimiento y dolor, que puede ser corto, pero que puede ser también muy largo.
Por eso es aconsejable aprovechar las posibilidades de purificación que se nos presentan a lo largo de nuestra vida terrena, pues el sufrimiento tiene valor redentor y efecto de purificación. Al respecto nos dice San Pedro, el primer Papa:
“Dios nos concedió una herencia que nos está reservada en los Cielos ... Por esto debéis estar alegres, aunque por un tiempo quizá sea necesario sufrir varias pruebas. Vuestra fe saldrá de ahí probada, como el oro que pasa por el fuego ... hasta el día de la Revelación de Cristo Jesús, en que alcanzaréis la meta de vuestra fe: la salvación de vuestras almas” (1a.Pe. 1, 3-9).