sexta-feira, 12 de setembro de 2008

Festa da Exaltação da cruz (Pe Carlo)

Um gesto muito simples, ma atitude muito difícil: o sinal da cruz, que esconde a história de muitas pessoas que deram e continuam dando sua vida. Um gesto que acompanhou os primeiros mártires em seus últimos momentos, os navegantes rumo à descoberta de novas terras, os soldados que em nome desta cruz e do direito de podermo-nos identificar como cristãos perderam tudo, inclusive suas vidas. Sinal este que, como nenhum outro, afunda as raízes na identidade e na história de povos e etnias que, embora diferentes, se reencontram unidas na mesma experiência que supera as barreiras antropológicas, étnicas, culturais. Ontem vi no olhar de um jovem Albanês a altivez da última coisa que permaneceu viva num País ao qual, anos de ditadura atéia, tinha tirado tudo, inclusive sua identidade; ele dizia: «Nós... O sangue de nossos pais, foi o que permitiu ainda ao Ocidente permanecer cristão. Vinte e quatro anos de guerra para ter o direito de fazer o sinal da cruz. É algo que ninguém conseguiu tirar-nos». O mesmo orgulho o encontro toda vez que batizo um adulto. Para este, fazer o sinal da cruz representa mais do que um gesto costumeiro, significa sentir-se parte de uma história, de um povo que vai além de seu povo, significa sentir-se aceito por um Pai que o acolhe definitivamente e sem retornos, aconteça o que acontecer.
Gesto de contradição, exatamente como Jesus o propôs e os cristãos o entenderam: “A palavra da cruz é loucura para os que se perdem, mas para os que se salvam, pra nós, é potência de Deus” (1Cor. 1,18).
È curioso notar como a maneira de fazer o sinal da cruz reflita muito bem o nosso relacionamento com Deus; há quem o faz furtivamente, quase se envergonhando, há quem ouve tudo o que pudermos dizer sobre Deus e Jesus mas se recusa em fazer o sinal da cruz, há quem o faz depressa como faz depressa todas as coisas enquanto a vida lhe escapa ao lado sem a saborear....
Mas o que significou para os primeiros cristãos a cruz ?
A liturgia de hoje nos oferece um testemunho, uma seqüência em uso nas primeiras comunidades cristãs. Provavelmente, devia tratar-se de um hino anterior ao escrito de Paulo e que ele retoma para recordar aos cristãos de Filipos, a lógica à qual eles decidiram aderir no momento que se uniram a Jesus com o Batismo. É uma lógica desafiadora e completamente contraditória aos princípios com os quais se regem as relações da maioria dos homens. Recorda aos cristãos quanto estes sejam depositários de algo que, realmente, é inovador porque inverte o pensamento comum.
“Tenhais em vós os mesmos sentimentos que foram em Cristo Jesus” são as primeiras palavras que introduzem o hino, isto significa que a cruz pode ser compreendida somente a partir dos sentimentos de Cristo e na medida em que tivermos no coração estes mesmos sentimentos. Logo, não é algo que pode ser compreendido com razões, não há como explicar para quem não crê o que significa este caminho que Jesus escolheu. Paulo não convida a “imitar” Jesus, não se trata de forçar a nossa vida para imitá-lo, é obvio que isto é impossível e, afinal, eu sempre me pergunto se a imitação de alguém seja realmente o caminho mais libertador. Toda vez que queremos imitar alguém, -embora isto seja uma etapa inicial também do caminho de aprendizagem de qualquer criança- de uma forma ou outra estamos deixando em segundo plano aquilo que é o específico com o qual Deus nos fez.
Paulo nos convida a que “tenhamos os mesmos sentimentos que foram em Cristo Jesus” ora, isto não se dá forçando a nossa vida, mas é resultado espontâneo de um processo longo e delicado. É uma adesão global e imediata a Cristo. Esta, alimentada, cuidada, amada como o tesouro mais precioso que possuímos, gera em nós os mesmos seus sentimentos. Quase uma simbiose, uma reciprocidade com a qual damos a Deus a nossa vida e Ele nos dá o Espírito de Jesus, isto é, o espírito que animava Jesus, que O fez aderir ao Pai até as últimas conseqüências. Alimentados por esta associação intima e dinâmica, nos é possível aderir e viver em nossa vida aquilo que Paulo chama “escândalo da cruz”. É por isso que viver a cruz não se improvisa nem é fácil.
Mesmo não desconsiderando toda a carga de dor do evento da cruz, contudo gostaria lembrar que não foram estes os sentimentos predominantes em Jesus; cruz não é direto sinônimo de sofrimento mas, creio, principalmente da profunda felicidade de ter aderido, “obedecido” (como diz Paulo) ao Pai, sabendo que isto se tornaria de algum modo, o caminho pelo qual o homem pudesse ver e constatar até que ponto se pode amar.
Entre tantos, Paulo nos aponta o sentimento da obediência, tanto criticada nestes últimos tempos, considerada por alguns como resquício de uma opressão que não deixa espaço à autonomia, à liberdade etc. Lembro quando, polemicamente, um livro trazia em seu título uma opinião teológica que afirmava: “A obediência não é mais uma virtude”, (naturalmente vendeu bem). Em que sentido a obediência de Jesus foi salvifica ?
Pois bem, é evidente que se por obediência se entende unicamente uma resposta quanto mais exata possível a um comando, “usque ad cadaverem” (“como um cadáver” segundo um dito medieval espanhol), creio que de fato não seja a melhor maneira de entender o ato de amor de Jesus, pois somente obedece assim quem é obrigado e onde há obrigação dificilmente se encontra o amor. Devemos pressupor outros sentimentos.
“Aquele que me enviou está comigo, não me deixou sozinho porque eu faço tudo quanto Lhe agrada” disse Jesus aos discípulos (Jo 8,29). Então o significado autêntico da obediência deve ser procurado acima de tudo na sintonia do coração não tanto nas palavras pronunciadas. Obediência implica bem mais. Para viver esta atitude é preciso ter uma profunda intimidade com a pessoa amada, a ponto de prevenir seus desejos, antecipar o que poderia faze-la feliz. È preciso conhecer os mais íntimos movimentos e seu coração e permitir que o próprio coração pulse ao uníssono com o coração daquele que se ama. É preciso saber escutar as palavras que ainda não foram pronunciadas.
Não é um momento nem um ato isolado com o qual se “cumpre a obediência”, antes, é a busca de duas vontades que, em vista de um valor superior, são capazes de superar a si mesmas e encontrarem-se. A obediência que salva, que desafia o mundo, a lógica incompreensível que responde, que não quer se afirmar a todo custo, se enraíza na profunda humildade, no caminho dos “pobres” e floresce na entrega confiante e amorosa de própria vida. Quem é capaz de entregar o faz porque sabe que o amor de quem recebe não é inferior. Sabe que não perderá.
È um caminho que não se improvisa, que se constrói aos poucos, renunciando ao próprio “eu”, como nos sugeriu São Paulo: “aniquilou a si mesmo” isto é o seu “eu” aderindo cotidianamente, passo após passo ao Pai. Um maravilhoso itinerário de amor que liga permanentemente, que funde os corações.

quinta-feira, 11 de setembro de 2008

Exaltação da Santa Cruz (homilia.com.br)

A cruz é um sinal constante na vida do povo brasileiro. Está pendurada ao pescoço, em paredes de tribunais, em salas de aula, em escritórios e em tantos outros ambientes. Muitos jogadores entram em campo fazendo o sinal da cruz. É para vencer o jogo, naturalmente. Com o sinal da cruz, as pessoas iniciam as atividades do dia e preparam o sono da noite. Querem ser vencedoras. Diante dos acampamentos de grupos sem terra, erguem uma grande cruz. Essa cruz é sinal de vitória.
O Brasil nasceu como Terra de Santa Cruz. O nome indica o grito de vitória dos conquistadores quando chegaram a esta terra. Até os dias atuais, o povo se identifica com a cruz de Cristo. A procissão da Sexta-Feira Santa é mais concorrida que o domingo de Páscoa. O beijo da cruz é uma cerimônia emocionante. O crucificado toca fundo na alma das pessoas, porque sua história é tecida de sofrimento. Mas nem por isso se sentem derrotadas. Ao contrário, na derrota da cruz está a força da vitória. Parece contraditório, mas não é. O sinal de morte torna-se sinal de vida. Isso se chama paradoxo. Porque aquilo que é contra-senso adquire sentido, pela graça de Deus.
Nossa relação com a cruz é um retrato da relação vivida pelo povo, no episódio da serpente de bronze, narrado na primeira leitura. Serpentes venenosas, no deserto, picavam as pessoas e lhes causavam a morte, porque elas haviam murmurado contra Deus e contra Moisés. Diante do arrependimento e súplica do povo, Moisés intercedeu a Deus em favor deles, e o Senhor mandou erguer uma serpente de bronze, numa haste. Dessa forma, quem fosse mordido por uma cobra, ao contemplar a serpente de bronze, viveria.
Ora, as cobras são conhecidas e temidas por seu perigo traiçoeiro e por seu veneno mortal. Pela força divina, porém, elas se transformam em sinal de vida. A própria ciência, por sinal, obedece à mesma lógica, quando utiliza o veneno da própria cobra para curar a sua picada. Não sem razão, a serpente se transformou no símbolo da medicina e de outras ciências da saúde.
No deserto, o povo estava perdendo o rumo da terra prometida. Murmuraram contra Deus e contra Moisés. Sentiram saudade da escravidão do Egito. Foram se esquecendo do projeto libertador. Duvidaram da ação divina. Enfim, entraram num processo de morte, representado pelas mordidas de serpentes venenosas. Foi necessária uma ação divina, para despertar sua consciência. Deus transformou o sinal de morte em símbolo de vida. Moisés levantou a serpente de bronze numa haste, e se alguém era mordido por uma serpente, olhava para aquela de bronze e vivia.
O mesmo sinal é retomado no Evangelho: “Como Moisés levantou a serpente no deserto, assim é necessário que seja levantado o Filho do Homem”. Para o evangelista João, Jesus é levantado na cruz. Não é sinal de derrota, não é o fim, não é morte. É um levantar, erguer, ou subir. No momento da crucifixão, acontece o paradoxo no qual a morte se transforma em vida. Se a cruz era a tortura mais infame aplicada a escravos e rebeldes, agora ela é instrumento de libertação total. Se a cruz era sinal de maldição de pessoas condenadas, agora ela é salvação para quem contempla a Jesus. Se a cruz representava a derrota e o desespero, agora ela é sinal de esperança e certeza de vitória.
Mas como é possível transformar a dor e o sofrimento em prazer e felicidade? Pela força do amor de Deus. “Pois Deus amou tanto o mundo, que entregou o seu Filho único”. A cruz é a expressão máxima do amor de Deus. Não porque Deus ame o sofrimento. Ao contrário, é porque Ele se solidariza com as pessoas que sofrem. A vitória da cruz representa, então, o protesto contra a injustiça, a opressão, a dor e a morte. É para que as pessoas ganhem vida nova que Cristo morreu na cruz. E a cruz, por isso mesmo, torna-se sinal de salvação e de libertação.
Há uma tendência na espiritualidade cristã em desprezar o mundo e as coisas materiais. Chega-se até a fazer oposição entre a matéria, lugar do pecado, e o espírito, lugar da salvação. O Evangelho de hoje alerta que Deus enviou seu filho ao mundo não para julgá-lo, mas para que o mundo seja salvo por ele. Está longe, portanto, de condenar o mundo ou de desprezá-lo. É justamente neste nosso mundo que Deus quis se encarnar.
A realidade da encarnação de Jesus está bem expressa na segunda leitura de hoje, no famoso hino de Filipenses, bem num contexto de exortação ao amor fraterno.
O hino expressa o mesmo movimento de baixar e levantar, já presente nas demais leituras. Aqui é Jesus que desce de sua divindade, encarna-se como homem, assume forma de escravo, e se abaixa até a morte, e morte na cruz. O esvaziamento é total. Mas, por força do amor divino, refaz o seu caminho de subida, pois Deus o eleva, lhe dá um nome, acima de todos os outros nomes, ao qual se presta reverência e o Pai é glorificado. A teologia do texto se baseia no modelo do servo sofredor, da Bíblia Hebraica, que após ser humilhado, é exaltado por Deus.
A fé cristã se fundamenta nesta certeza, que o sofrimento, a dor e a morte não representam derrota, mas sim a vitória. Por sua cruz, Jesus Cristo torna-se modelo para quem enfrenta sofrimento no dia-a-dia. Sua morte na cruz é sinal de salvação. Por isso exaltamos a santa cruz. Este é o sentido da festa de hoje.

Exaltação da Santa Cruz (http://www.homilia.com.br/)

No dia 14 de setembro a Igreja celebra o triunfo da cruz de Cristo, instrumento e sinal da nossa salvação. Dentro do plano de Deus, a cruz tornou-se sinal e símbolo do mistério pascal. Depois que o ser humano falhou em sua vocação através do pecado, a vida e a salvação passaram pela morte. Além de ser Senhor do universo na ordem da criação, Jesus, constituído por Deus como Senhor da vida, tornou-se também o primeiro entre os irmãos ressuscitados para todos os que Nele crêem e procuram realizar o plano de Deus. As leituras bíblicas dessa festa realçam, todas elas, o grande amor de Deus à humanidade, manifestado na morte de Jesus Cristo na cruz. No Evangelho, ouvimos: "Como Moisés levantou a serpente no deserto, assim é necessário que seja levantado o Filho do Homem, a fim de que todo aquele que crer, tenha nele a vida eterna. Pois Deus amou tanto o mundo que entregou o seu Filho único, para que todo o que Nele crer não pereça, mas tenha a vida eterna" (cf. Jo 3,13-17). A primeira leitura narra a misericórdia de Deus para com o povo eleito no deserto. Castigado por Deus, por causa de sua infidelidade, pela intercessão de Moisés, foi salvo pela serpente de bronze dependurada numa vara (cf. Nm 21,4-9). Era prefiguração do mistério da cruz, a árvore da vida! Na segunda leitura, Paulo mostra como Jesus Cristo se fez obediente até a morte de cruz. E como, por isso, Deus o exaltou e lhe deu um nome acima de todo nome (cf. Fl 2,6-11). Por causa do pecado, por causa da desobediência do ser humano, a vida e a salvação passam pela cruz de Cristo, pela humildade, como linguagem da obediência, do reconhecimento da condição de criatura; é expressão de amor e, por isso, fonte de vida. Para todo ser humano a salvação e a vida passam pela cruz. Não a cruz pela cruz. Mas a cruz como expressão de amor, de realização do plano de Deus, do seguimento de Cristo: "Se alguém quiser seguir-me, renuncie a si mesmo, tome sua cruz e siga-me. Pois aquele que pretender salvar a sua vida, há de perdê-la; e quem perder a sua vida por amor de mim, há de encontrá-la" (Mt 16,24-25). A cruz é o caminho da vida. Nela se encontra a esperança da vida. Por isso a Igreja canta: "Salve, ó cruz, única esperança". Ou então: "Nós vos adoramos, santíssimo Senhor Jesus Cristo, e vos bendizemos porque, pela vossa santa cruz, remistes o mundo".

Exaltação da Cruz (Pe. Antonio Geraldo Dalla Costa)

A Liturgia nos convida hoje a contemplar a Cruz de Jesus.
Alguém poderia estranhar o nome dessa festa:
EXALTAÇÃO DA SANTA CRUZ...
Como pode a Igreja propor aos cristãos
a exaltação daquilo que foi o instrumento
de tortura e morte de Jesus ?

O que se exalta na cruz não é a dor, mas a salvação, que ela trouxe.
Assim a cruz não é símbolo de morte,
mas símbolo de nossa redenção, símbolo de nossa fé cristã.
É a expressão suprema do amor de Deus por nós.

As Leituras são um convite a contemplar esse Deus crucificado
e a deixar-se envolver numa resposta de amor.…

A 1ª Leitura introduz o tema com o episódio da SERPENTE DE BRONZE levantada por Moisés no deserto. (Nm 21,4b-9)

- O Povo, em marcha pelo deserto, cansado da longa marcha e
enfastiado com um alimento sempre igual (o maná),
expressa o seu desagrado contra Deus e contra Moisés.
- Deus castiga os revoltosos com serpentes venenosas.
- Arrependidos, os israelitas pedem perdão.
- Deus manda Moisés construir uma serpente de bronze e colocá-la num poste.
Os que dirigiam o olhar para ela ficavam salvos.

* Deus usa o mesmo instrumento que causa morte para salvar a vida do Povo.
Essa serpente é figura da CRUZ,
em que CRISTO foi levantado para dar vida a todos.

A 2ª leitura, é um Hino cristológico, que narra a história de Jesus.
Jesus, Filho de Deus, despojou-se da grandeza divina e
assumiu a condição humana:
"Esvaziou-se, humilhou-se, se fez obediente até a morte de CRUZ.
Mas Deus o exaltou... tornando-o 'Senhor' do universo." (Fl 2,6-11)

* Exaltado na Cruz, Jesus é proclamado como o Senhor glorioso.

O Evangelho apresenta Jesus, exaltado na Cruz,
como fonte de vida e salvação para a humanidade. (Jo 3,13-17)

Cristo interpreta o episódio da serpente de bronze.
Como a serpente erguida por Moisés no deserto, foi sinal de salvação,
assim Cristo levantado na cruz será Sinal de salvação
a todos os que nele crerem.

* A Cruz não é um amuleto que se carrega ao pescoço
para proteção nas doenças ou desventuras;

não é um símbolo colocado no cimo das montanhas
para mostrar a conquista do território,
ou nas casas para indicar a sacralidade do ambiente.
- É um Sinal: o ponto de referência dos que têm fé e
vêem nela a proposta de vida, feita por Cristo ressuscitado.

O olhar a Cristo crucificado nos revela o verdadeiro rosto de Deus
e nos convida a nos deixar envolver por seu amor.
Descobriremos que Deus não é forte e poderoso, mas frágil;
não é vencedor, mas derrotado; não é rico, mas despojado de tudo;
não é servido, mas servidor dos homens;
não faz o que quer, deixa que os homens façam dele o que querem.
É fraco, vencido, pobre, servo, humilhado... por amor...

+ E para nós, o que significa a Cruz ?
- Um amuleto para dar sorte ou afastar desgraças?
- Uma jóia que carregamos ao pescoço?
- Um enfeite que penduramos na parede fria de nossas casas?
- Um monumento em lugar turístico?

+ DUAS SUGESTÕES:

1) FIXAR OS OLHOS NO CRUCIFICADO e orientar as nossas escolhas:
Nessa semana, encontre um momento e um local adequado
para permanecer sozinho, olhando para o crucificado...

- Os Acontecimentos dramáticos da Paixão e morte de Jesus na cruz,
procure reviver em silêncio e na contemplação:
Desprezado pelo povo, odiado pelos sacerdotes, calúnias, mentiras, acusações.
* Tenho coragem de recordar as ofensas, os rancores
por uma falta de compreensão, por uma palavra inoportuna?

- As Palavras: "Pai, perdoai-lhes, porque não sabem o que fazem".
"Ainda hoje estarás comigo no paraíso..."
* Se abrirmos o coração, do crucificado brotará um clima de paz e
uma necessidade de compreensão, de amor e de perdão.

- Vendo esse Cristo de Braços Abertos, posso continuar de braços cruzados,
me omitindo diante das necessidades dos irmãos?

2) O SINAL DA CRUZ, que talvez aprendemos ainda no colo de nossa mãe:
Uma oração simples e breve, em que traçamos uma cruz sobre nós, invocamos
a Trindade e consagramos nossa mente, nosso coração e nossas ações...

* Que tal nessa semana, fazê-lo consciente, com mais fé e amor?

+ Constantino teve a visão de uma cruz com a frase: "Neste Sinal vencerás!"
Com este sinal, também nós venceremos...

Canto: Vitória, tu reinarás, ó Cruz tu nos salvarás...
Pe. Antônio Geraldo Dalla Costa

quarta-feira, 10 de setembro de 2008

FIESTA DE LA EXALTACION DE LA SANTA CRUZ14

NOSOTROS HEMOS DE GLORIARNOS EN LA CRUZ DE NUESTRO SEÑOR JESUCRISTO” (Gálatas 6,14)Con la pregunta dubitativa: ¿Quién creyó nuestro anuncio?, comienza el Profeta Isaías el capítulo 53 de su Cuarto Cántico del Siervo de Yave. El mundo, con el señuelo y la novedad del progresismo, de la innovación y de la singularidad, resulta más camaleónico de lo que se cree. Le parece que está inventando la historia y produciendo novedades cuando sólo está renovando viejísimos errores en nombre de la nueva cultura. Y junto a la consecuencia directa de la ignorancia, incoherencia y entronización de la carencia de rigor, llega al pensamiento débil y a las ideas heréticas. Salvarnos sin cruz, o con cruces deleitables, es un revivir el epicureismo y el hedonismo pagano. Algunos cristianos tratan de desvirtuar la cruz, rebajando el vino del evangelio con el agua de la mediocridad, o pagando tributo al relativismo, o con la escasa formación acomodaticia de que ya hablaba San Pablo: “Los judíos piden señales y los griegos buscan saber, nosotros predicamos un Cristo crucificado, escándalo para los judíos, locura para los paganos, en cambio para los llamados, lo mismo judíos que griegos, un Mesías que es portento de Dios y sabiduría de Dios: porque la locura de Dios es más sabia que los hombres y la debilidad de Dios más potente que los hombres” (1 Cor 22). EL SUFRIMIENTO EN SAN PABLO Pablo se sabe «crucificado con Cristo» (Gal 2,19) y «configurado a su muerte» (Fl 3,10). «Llevo en mi cuerpo las marcas de Jesús» (Gal 6,17).Testifica que «Cinco veces recibí de los judíos cuarenta azotes menos uno. Tres veces fui azotado con varas; una vez apedreado; tres veces naufragué; un día y una noche pasé en el mar. Viajes frecuentes; peligros de ríos; peligros de salteadores; peligros de los de mi raza; peligros de los gentiles; peligros en ciudad; peligros en despoblado; peligros por mar; peligros entre falsos hermanos; trabajo y fatiga; noches sin dormir, muchas veces; hambre y sed; muchos días sin comer; frío y desnudez». Expresará su dolor a los filipenses «Con lágrimas en los ojos» porque: «muchos viven, según os dije tantas veces, y ahora os lo repito con lágrimas, como enemigos de la cruz de Cristo...» (Fl 3, 18).Escribe que «Pasa dolores de parto» (Gal 4,19). «¡Hijos míos!, por quienes sufro de nuevo dolores de parto hasta ver a Cristo formado en vosotros» (Gal 4,19). Pero como la mujer sufre hasta dar a luz, luego se goza por haberle dado un hijo al mundo (Jn 16,21), así el apóstol sufre lo indecible, pero el resultado final es: «ver a Cristo formado en vosotros». Se enorgullece de: «Llevamos siempre en nuestros cuerpos por todas partes la muerte de Jesús, para que también la vida de Jesús se manifieste en nuestro cuerpo» (2 Cor 4,10).Y se complace en: «Completo en mi carne lo que falta a las tribulaciones de Cristo, en favor de su cuerpo, que es la Iglesia» (Col 1,24).Porque está seguro del fruto: «Así la muerte actúa en nosotros, mas en vosotros la vida» (2 Cor 4,12). Sufre por los hombres, «continuamente entregados a la muerte por causa de Jesús», para transmiterles «la vida de Jesús» (2 Cor 4,10). Y su gloria la pone en la Cruz de Jesús: «¡Dios me libre de gloriarme si no es en la cruz de nuestro Señor Jesucristo!» (Gal 6,14). A la vez que: «Me glorío en mis debilidades... en las persecuciones padecidas por Cristo» (2 Cor 12,9). Desde este perspectiva se iluminan sus expresiones paradójicas: «Estoy lleno de consuelo y sobreabundo de gozo en todas nuestras tribulaciones» (2 Cor 7,4). En él se hace presente el misterio pascual en su integridad: fuerza en la debilidad, vida en la muerte, gozo en el sufrimiento. «Me alegro de sufrir por vosotros». Tanto las tribulaciones como el consuelo, tienen valor salvífico: «si somos atribulados, lo somos para consuelo y salvación vuestra; si somos consolados, lo somos para el consuelo vuestro, que os hace soportar con paciencia los mismos sufrimientos que también nosotros soportamos» (2 Cor 1,6). Cuando poco antes de su muerte escriba a Timoteo, le dirá: «yo estoy a punto de ser derramado en libación» (2 Tim 4,6). Dios mismo había reconciliado al mundo consigo por medio de su Hijo, al cual había constituido víctima por los pecados de los hombres (2 Cor 5); si a él se le ha confiado el ministerio de la reconciliación, sólo puede colaborar eficazmente en la reconciliación de los hombres con Dios, con la ofrenda de la propia vida. Y después de tanta cruz, Pablo el valeroso doliente, exlama por propia experiencia:“NO SON EQUIVALENTES LOS SUFRIMIENTOS DE ESTE MUNDO CON LA GLORIA QUE NOS ESPERA” LOS VIEJOS ERRORES Tanto Lutero como Calvino negaron la necesidad de cooperar a la gracia, enseñando que sólo la fe justifica y nos aplica los méritos de Cristo. “Sola fides; sola gratia; sola Scriptura”. Desde que Pablo VI entrara en la última sesión del Vaticano II con un cilicio en sus carnes y dijera a mi Arzobispo entre sollozos: “Tuta Chiesa e inficionata”, ¡cuántos avances han conseguido estos gravísimos errores, cuántos virus Blaster y Sobig, F y otros innumerables, han extendido la epidemia difusa y larvada que nos invade en publicaciones, en predicaciones, en teologías laxas y erróneas, más perniciosa que los virus informáticos que han invadido millones de ordenadores, e inficionado la mentalidad de los nuevos cristianos sin base, desviados por lecturas ligeras de textos de cuarta división, que contradicen a la Sagrada Escritura y al Magisterio que es el único que tiene el carisma y la misión ministerial de interpretar la Biblia. Es preferible, decía el famoso teólogo Rahner, ser granos de trigo dentro de la Iglesia, que árboles frondosos fuera. Y ¡cuántos son los que pretenden suplantar esta interpretación por el “libre examen personal”!. ¿Qué sentido tiene proclamarse teólogos católicos, si se apartan de la fe de la Iglesia y de su Magisterio? ¿Pretenden que les sigamos a ellos y nos apartemos de la Cabeza, a quien Cristo confió el ministerio de confirmar en la fe a sus hermanos? "La fe sin obras es muerta" (Sant 2,20). "No son justos los que oyen la ley, sino aquéllos que la cumplen" (Rom 2,13). Y el mismo Cristo declara que en el juicio final serán sentados a la derecha los que hayan practicado las obras de misericordia (Mt 25,34). Y "Si quieres entrar en la vida eterna, guarda los mandamientos" (Mt 19,17). Y San Agustín dice: "El que te creó sin ti, no te salvará sin ti". Para esta supuesta cultura, la teología de la cruz es una locura o una necedad, como decía el Apóstol, y no duda en preguntar Isaías: ¿Quién creyó nuestro anuncio? ¿A quién se reveló el brazo del Señor?. Para los tales la fiesta de la Exaltación de la Cruz, se ha convertido en devaluación de la Cruz de Cristo.EL MISTERIO DE LA CRUZ NO PUEDE SER ENTENDIDO POR EL MUNDO El enigma misterioso de la cruz sólo Dios lo entiende. Y los Santos, en la medida que él les concede. San Juan María María Vianney se escapaba de su parroquia de Ars porque no se veía capaz. No le era más fácil la vida en Ars, pues en nigún monasterio por estricto que fuera, habría vivido una vida tan dura como la que él mismo se impuso en Ars. Desde las dos de la mañana en el confesonario, lo que le dolían eran los pecados que escuchaba y perdonaba, pues él no buscaba en su parroquia vivir una tranquila vida; en cualquier monasterio habría comido tres veces al día, por lo menos, y no las patatas mohosas que el mismo se cocía para toda la semana, ni los sacrificios asombrosos que se imponía para convertir a los pecadores. Y, ¿cuáles eran los motivos de los llantos en la misa de San Pío de Pietrelcina? Los pecados. Por cierto, a Jesús lo crucificaron los Romanos instigados por las autoridades religiosas de los judíos. Pero, se me ocurre preguntar: ¿Quién crucificó a Francisco de Asís? ¿Quién transverberó a Santa Teresa? Y más cerca de nosotros: ¿Quién estigmatizó a San Pío de Pietrelcina? El pecado es una tremenda realidad, un misterio de iniquidad, dice San Pablo. “Mirad, mi siervo tendrá éxito, subirá y crecerá mucho. Como muchos se espantaron de él, porque desfigurado no parecía hombre ni tenía aspecto humano; así asombrará a muchos pueblos; ante él los reyes cerrarán la boca, al ver algo inenarrable y contemplar algo inaudito. ¿Quién creyó nuestro anuncio?”. ¿Quién es el que ve la distancia del pensamiento del hombre del pensamiento de Dios?. “Mi siervo tendrá éxito”. A un compañero párroco que se lamentaba al Cura de Ars de lo fría que estaba su feligresía, respondía San Juan María Vianney: -“¿Habéis orado, habéis ayunado? ¿Os habéis disciplinado?”- Una vecina suya oía todas las noches los golpes de su penitencia y, asombrada y compadecida, decía: -¡Cuándo pararás! ¡¡Cuándo pararás!!-. Pero él, que se había encontrado una comunidad parroquial descristianizada, a los quince años de su pastoreo, decía: “Ars ya no es Ars…El cementerio de Ars es un relicario”… Con mis propios ojos he visto las gotas de sangre de San Francisco de Borja, Duque de Gandía y Virrey de Cataluña, el hombre de mayor confianza del emperador Carlos V, conservadas en los azulejos del oratorio del palacio ducal. Es verdad que lo más importante es amar a Dios sobre todas las cosas y al prójimo como a nosotros mismos. Pero no hay amor más grande que morir por los amigos, dijo Jesús. ¿Cómo REDIMIR AL HOMBRE DEL PECADO? No puede la teología dejar de enseñar, tanto los antiguos como los modernos y aún los actualísimos, uno de los mayores y Padre del Concilio Vaticano II, Hans Urs Von Balthasar, creado Cardenal por Juan Pablo II, las distintas opciones de Dios ante el pecado: dejar al género humano sufriendo sus consecuencias; perdonarlo sin reparación adecuada, como lo destaca Guardini, o exigir una satisfacción condigna, es decir, proporcional entre lo que se debe y lo que se paga. Dicho de otro modo: El pecado es una ofensa infinita, por el término ad quem, que es Dios infinito. O Dios no es misericordioso y abandona al hombre, lo cual es imposible; o perdona al hombre sin exigirle reparación justa. Elije y determina la satisfacción condigna, la más digna según su justicia, sabiduría y misericordia. Esta satisfacción exige pagar la deuda de la ofensa infinita, pero, como el hombre no es capaz de pagar de esta manera, pagará él. El Verbo se hará hombre para poder morir y reparará la ofensa y las demás consecuencias del pecado, con satisfacción vicaria. Esto se llama Redención, misterio inescrutable, que consiste en la unión de la naturaleza humana con la divina en la persona del Verbo de Dios. Dios formó una concreta naturaleza humana en las entrañas de la Virgen María y la hizo subsistir en la persona divina del Verbo. Por esta unión hipostática de la persona divina del Verbo con la naturaleza humana, Cristo, que es verdadero Dios, es también verdadero hombre. El hombre pecó por soberbia: "Seréis como dioses”, y Dios se hará hombre por obediencia, para hacer al hombre Dios. Al encarnarse Dios, se manifiesta su bondad infinita; su misericordia; su justicia; su sabiduría, para unir la misericordia con la justicia; su poder infinito, porque es imposible realizar gesta mayor que la encarnación del Verbo, al juntar en ella lo finito con lo infinito. Santo Tomás de Villanueva pone en loslabios de Dios estas palabras: "Muchos medios he intentado y buscado para que los hombres dejen la vanidad y me sigan, y ninguno sirve de nada; uno sólo resta para convencerlos, que es darles a entender cómo infinitamente los amo, haciéndome hombre". EL DOLOR MAYOR Y manifestándoles cuánto les amo con la prueba de lo mucho que sufro, pues sufro infinitamente más que ningún hombre ha sufrido pues "Mirad y ved si hay dolor como mi dolor" (Is 1, 12). Santo Tomás, comentando este texto de Isaías explica por qué el dolor físico y moral de Cristo ha sido el mayor de todos los dolores: Por las causas de los dolores: el dolor corporal fue acerbísimo, tanto por la generalidad de sus sufrimientos, como por la muerte en la cruz. El dolor interno fue intensísimo, pues lo causaban todos los pecados de los hombres, el abandono de sus discípulos, la ruina de los que causaban su muerte y, por último, la pérdida de la vida corporal, que naturalmente es horrible para la vida humana natural. Por la sensibilidad del paciente: el cuerpo de Cristo era perfecto, muy sensible, como conviene al cuerpo formado por obra del Espíritu Santo para padecer. De ahí que, al tener finísimo sentido del tacto, era mayor el dolor. Lo mismo puede decirse de su alma: al ser perfecta comprendía efícacísimamente todas las causas de la tristeza. Por la pureza misma del dolor: porque otros que sufren pueden mitigar la tristeza interior y también el dolor exterior con alguna consideración de la mente, Cristo en cambio no quiso hacerlo. Porque el dolor asumido era voluntario. Y así, por desear liberar de todos los pecados, quiso sufrir el dolor en proporción al fruto. Y de ahí se sigue que el dolor de Cristo ha sido el mayor de cuantos dolores ha habido (Suma III; q 46, a 6). "¿Quién no amará al que nos amó de tal manera?. "Nos lavó de nuestros pecados con su sangre" (Ap ,5). SATISFACCION VOLUNTARIA, COMPLETA Y CONDIGNA Pagó la pena debida por los pecados. "Llevó la pena de todos nuestros pecados sobre su cuerpo en el madero de la Cruz" (1 Pe 2,24). Aunque Cristo satisfizo por nuestros pecados en todos los actos de su vida, quiso que sus satisfacciones y sus méritos sólo produjesen sus efectos después de su pasión, refiriéndolo todo a su muerte. Por eso la Sagrada Escritura atribuye todas las satisfacciones y méritos de Cristo al sacrificio de la Cruz. La satisfacción de Cristo fue voluntaria: "Fue ofrecido porque él mismo quiso", (Is 53,7); "Nadie me arranca la vida, sino que la doy por propia voluntad" (Jn 10,18). Fue completa porque es suficiente para reconciliarnos con Dios y borrar nuestros pecados: "La sangre de Cristo nos purifica de todo pecado" (1 Jn 1,7); condigna y superabundante porque hay proporción entre lo que se debe y lo que se restituye. El acreedor que perdona una parte de la deuda al deudor, recibe satisfacción deficiente y no condigna. La satisfacción de Cristo fue condigna, porque guardó proporción con la ofensa. Como la ofensa causada a Dios con el pecado es “quodammodo infinita”, la satisfacción de Cristo fue de valor infinito. Me explico: La magnitud de una ofensa se mide por la dignidad de la persona ofendida. Es mucho más grave la ofensa a un Jefe de Estado, que a un soldado raso. Siendo Dios de majestad infinita, la ofensa hecha a El con el pecado, es en este sentido infinita. La satisfacción de Cristo fue superabundante; pagó más de lo que debíamos. "Donde abundó el pecado sobreabundó la gracia" (Rom 5,20). Cualquier acto del Hijo de Dios era infinito, porque procedía de la persona infinita del Verbo. Su satisfacción es superabundante y "su redención copiosa " (Sal 20, 7). No sólo nos perdonó el pecado y la pena debida, sino que nos mereció la gracia y el derecho al cielo. La satisfacción de Cristo y sus méritos son una verdadera restauración del hombre, pues le devuelven los dones de orden sobrenatural arrebatados por el pecado. "Si por el pecado de uno sólo murieron todos los hombres, mucho más copiosamente la gracia de Dios se derramó sobre todos" (Rom 5,10). "Tenemos la firme esperanza de entrar en el santuario del cielo por la sangre de Cristo" (Heb10,19). "Nos bendijo con toda suerte de bienes espirituales en Jesucristo" (Ef 1,3). "El que no perdonó a su propio Hijo, sino que lo entregó, ¿cómo será posible que no nos dé con El todos los bienes?" (Rom 8, 32). Dice Santo Tomás: "La cabeza y los miembros pertenecen a la misma persona; siendo, pues, Cristo nuestra cabeza, sus méritos no nos son extraños, sino que llegan hasta nosotros en virtud de la unidad del cuerpo místico" (Sent 3, c18, a 3). "Como todos mueren en Adán, todos en Cristo han de recobrar la vida" (1 Cor 15,22). Al Padre Luis de Sant Angelo en Segovia, escribe San Juan de la Cruz: “Si en algún tiempo, hermano mío, le persuadiere alguno, sea o no prelado, doctrina de libertad y más alivio, no la crea ni abrace, aunque se la confirme con milagros, sino penitencia y más penitencia y desasimiento de todas las cosas; y jamás, si quiere llegar a la posesión de Cristo, le busque sin la cruz. Pues Jesús realizó la gesta más grande para redimirnos cuando estaba en la cruz desnudo de lo sensitivo, de lo afectivo y en la mayor aflicción, incluso abandonado del Padre”. ¡Qué sabe el que no ha padecido! Jesús nos pide que amemos al Padre y a los hermanos, pero no hay prueba mayor de amor que morir por los amigos. LA CRUZ SEGUN JUAN PABLO II “Si tiene que escoger, no dude ni un segundo. Decídase por la vida del bebé”, dice al ginecólogo, Gianna Emmanuela Bereita Molla, beatificada el 24 de abril de 1994, ante la presencia de su esposo y su hija de treinta y dos años, Gianna Emmanuela, nacida a costa de la vida de su madre. Juan Pablo resbaló en su cuarto de baño. Tras permanecer en el apartamento durante la noche, al día siguiente fue trasladado a la Policlínica Gemelli donde se le implantó una cadera artificial para solucionar la fractura del fémur. Ya nunca podría caminar como antes. Como la familia es atacada, dice Juan Pablo II, el Papa tiene que sufrir para que el evangelio del sufrimiento guíe a todas las familias del tercer milenio. Karol Woytyla ha escrito un poema en el que San Estanislao dice al rey de Polonia: “Mis palabras no te han convencido; mi sangre te convencerá”. Desde el punto de vista bíblico, a veces el dolor, no una represalia divina, un castigo, sino una oportunidad para reconstruir el bien en el sujeto que sufre. EL MISTERIO DEL DOLOR HUMANO Ninguna explicación puramente descriptiva del dolor sería capaz de abordar con acier­to el profundo misterio humano con el que guarda relación. Tampoco la razón nos puede decir que “el amor es la fuente más completa de la respuesta a la pregunta del sentido del dolor”. Para ello hacía falta una demostración, que Dios ha “dado en la cruz de Jesucristo”, cuyo dolor como hombre y como único Hijo de Dios posee una "hondura e intensidad incomparables”. Después de la entrevista del Papa con Ali Agca, escribió la carta apostólica “Savifici doloris” sobre el sentido del sufrimiento. La humanidad ha sido redimida por el dolor de Cristo. El dolor, dice el papa, «parece ser particularmente esencial a la naturaleza del hombre». Contrariamente a lo que sostienen algunas ideas contemporá­neas, el dolor no es accidental ni evitable. "Es uno de esos pun­tos donde el hombre está "destinado" a ir más allá de sí mismo.» En el mundo hay dolor porque hay mal. El sufrimiento mayor es la muerte, que Cristo conquistó con su «obediencia hasta la muerte», superada en la resurrección. El dolor sigue presente en el mundo, pero el cristiano que sufre, ya puede identificar su dolor con la agonía de Cristo en la cruz, y penetrar más a fondo en el misterio de la redención, que es el misterio de la liberación humana. Mediante el encuentro con esa liberación, el individuo que sufre descubre nuevas dimensiones de la vida como vocación. El dolor existe «para de­sencadenar el amor en la persona humana, ese don desinteresado del "yo" en beneficio de otras personas, sobre todo de las que sufren». «El mundo del dolor humano» hace que surja «el mundo del amor humano». La di­námica de la solidaridad en el dolor es otra confirmación de la ley del don de sí inscrita en el corazón humano. FRUTO DE LA CRUZ “¿Quién creyó nuestro anuncio? ¿A quién se reveló el brazo del Señor? Creció en su presencia como brote, como raíz en tierra árida, sin figura, sin belleza. El Señor quiso triturarlo con el sufrimiento y entregar su vida como expiación; verá su descendencia, prolongará sus años, lo que el Señor quiere prosperará por su mano. Por los trabajos de su alma verá la luz, el justo se saciará de conocimiento. Mi siervo justificará a muchos, porque cargó con los crímenes de ellos. Le daré una multitud como parte, y tendrá como despojo una muchedumbre. Porque expuso su vida a la muerte y fue contado entre los pecadores, él cargó con el pecado de muchos e intercedió por los pecadores. Alégrate, estéril,que no dabas a luz, rompe a cantar con júbilo la que no tenías dolores; porque la abandonada tendrá más hijos que la casada. Ensancha el espacio de tu tienda, despliego sin miedo tus lonas, alarga tus cuerdas, hinca bien tus estacas; porque te extenderás a izquierda y derecha. Tu estirpe heredará las naciones y poblará ciudades desiertas” (Is 53-54).
Jesus MARTI BALLESTER

«Quando for erguido da terra, atrairei todos a Mim» (Jo 12,32)

(Santo Efrém (c.306-373), diácono na Síria, doutor da Igreja)
(Homilia atribuída a Santo Efrém)
De ora em diante, pela cruz, as sombras estão dissipadas e a verdade eleva-se, como diz o apóstolo João: «Porque as primeiras coisas passaram [...] Eu renovo todas as coisas» (Ap 21,4-5). A morte é espoliada, o inferno liberta os cativos, o homem está livre, o Senhor reina, a criação está em alegria. A cruz triunfa e todas as nações, tribos, línguas e povos (Ap 7,9), vêm para O adorar. Com o beato Paulo, que exclama : «Quanto a mim, porém, de nada quero me gloriar, a não ser na cruz de Nosso Senhor Jesus Cristo» (Ga 6,14), encontramos nela a nossa alegria. A cruz traz a luz a todo o universo, ela afasta as trevas e reúne as nações do Ocidente, do Oriente, do Norte e do mar numa só Igreja, numa única fé, num só baptismo na caridade. Fixada no Calvário, ela dirige-se ao centro do mundo.Armados com a cruz, os apóstolos vão pregar e reunir na sua adoração o universo inteiro, espezinhando todas as forças hostis. Por ela, os mártires confessaram a sua fé com audácia e não temeram os ardis dos tiranos. Carregando-a, os monges fizeram da solidão a própria morada, numa imensa alegria.Na hora em que Jesus regressar, aparecerá primeiro no céu esta cruz, ceptro precioso, vivo, verdadeiro e santo do Grande Rei: «Então, aparecerá no céu o sinal do Filho do Homem» (Mt 24,30). Vê-la-emos, escoltada pelos anjos, a iluminar a Terra, de uma a outra ponta do Universo, mais clara que o sol, a anunciar o Dia do Senhor.

Exaltação da Santa Cruz

A Igreja universal celebra hoje a festa da Exaltação da Santa Cruz. É uma festa que se liga à dedicação de duas importantes basílicas construídas em Jerusalém por ordem de Constantino, filho de Santa Helena. Uma foi construída sobre o Monte do Gólgota; por isso, se chama Basílica do Martyrium ou Ad Crucem. A outra foi construída no lugar em que Cristo Jesus foi sepultado pelos discípulos e foi ressuscitado pelo poder de Deus; por isto é chamada Basílica Anástasis, ou seja, Basílica da Ressurreição.A dedicação destas duas basílicas remonta ao ano 335, quando a Santa Cruz foi exaltada ou apresentada aos fiéis. Encontrada por Santa Helena, foi roubada pelos persas e resgatada pelo imperador Heráclio. Segundo contam, o imperador levou a Santa Cruz às costas desde Tiberíades até Jerusalém, onde a entregou ao Patriarca Zacarias, no dia 3 de Maio de 630. A partir daí a Festa da Exaltação da Santa Cruz passou a ser celebrada no Ocidente. Tal festividade lembra aos cristãos o triunfo de Jesus, vencedor da morte e ressuscitado pelo poder de Deus.
(cf.www.ecclesia.pt)