quinta-feira, 26 de março de 2009

5o Domingo da Quaresma (Pe Antonio Geraldo)

"Queremos ver Jesus"

A Liturgia desse domingo deseja preparar os cristãos
para os acontecimentos da Páscoa, que se aproxima:
Paixão, Morte e Ressurreição de Cristo.

As leituras bíblicas nos ajudam neste sentido...

Na 1a Leitura Deus propõe uma NOVA ALIANÇA. (Jr 31, 31-34)

É um dos trechos mais importantes do Antigo Testamento.
Deus tinha feito uma ALIANÇA no Sinai,
entregando a Moisés mandamentos escritos em pedra...
O povo aderiu à aliança, contudo mais com a boca, do que com o coração.
Mas o povo nunca interiorizou devidamente, foi infiel...
Por isso Deus pensou em algo novo: uma NOVA ALIANÇA.
Nela os mandamentos não serão gravados em pedras, mas no coração.
Uma aliança que o tempo não apagará.
Não será uma imposição externa, mas uma disposição interior
para percorrer os caminhos de Deus.

A 2ª Leitura afirma que essa nova Aliança, plena e definitiva,
se realizará em Jesus Cristo. (Hb 5,7-9)
Ele se solidariza com os homens e lhes aponta o caminho da Salvação.

O Evangelho nos convida a olhar Jesus, que selou a Nova Aliança
com o próprio sangue na Cruz. (Jo 12,20-33)

- Um grupo de gregos, que estavam em Jerusalém para celebrar a Páscoa,
pedem: "Queremos ver Jesus!" , isto é, conhecê-lo em profundidade.
- Não se dirigem diretamente a Jesus, mas aos discípulos.
Servem-se de dois mediadores: Felipe e André…

- Jesus SE FAZ VER através de uma imagem: o GRÃO de TRIGO.
O grão de trigo cai morre para produzir muito fruto.
A fecundidade da vida se manifesta na morte.
Assim foi para Jesus, assim será para cada um de nós.

* Para conhecer de fato Jesus:
- Devem morrer as seguranças humanas, o apego à própria vida
e à sabedoria humana (que os gregos valorizavam muito)...
- Deve morrer tudo o que nos afasta do projeto de Jesus,
especialmente a violência que tem ceifado tantas vidas inocentes.
* Precisamos morrer para conhecer.

- E aponta o caminho para vê-lo: a CRUZ.
"Quando eu for elevado da terra (na cruz), atrairei todos a mim."
* Não será por mera curiosidade, mas por amor.

Será suscitador de discipulado, de adesão
em todos aqueles que saberão andar além do fato físico
e verão nele a gratuidade feita totalidade.

+ "Queremos ver Jesus"
Esse pedido dos gregos é uma linda proposta de vida para todos nós.
O homem de hoje também manifesta o mesmo desejo...
Mas onde, quando, como encontrá-lo?
Envolvidos em nossas inúmeras atividades, como os gregos de então,
muitas vezes fica difícil ver o Deus amigo, companheiro de caminhada.
Muito mais difícil é ver um Deus crucificado,
como o pior criminoso dos homens e segui-lo, como servidores fiéis.
- Mas a quem devemos nos aproximar,
para que nos aponte o caminho para vê-lo e então segui-lo?

- Atenta a esse desejo, a Igreja no Brasil nos responde
com o Projeto Nacional de Evangelização:
"Queremos ver Jesus, Caminho, Verdade e Vida",
com o qual deseja levar os cristãos de hoje ao encontro pessoal com Cristo
e proporcionar a todos os batizados um conhecimento mais completo e
uma experiência mais profunda da sua fé cristã.

"Ver" e "conhecer" o Enviado do Pai para a Salvação ao mundo
é o anseio profundo de todos os cristãos.
O conhecimento e a experiência de Jesus Cristo gerarão em nós
maior entusiasmo na vivência cristã e na ação missionária da Igreja.
Assim será possível enfrentar os três grandes desafios da evangelização:
- Promoção da dignidade da pessoa,
- Renovação da comunidade e
- Participação na construção de uma sociedade justa e solidária.

O novo Projeto Nacional de Evangelização quer atingir
especialmente os membros participantes da vida da Igreja,
para despertar neles um novo ardor apostólico e missionário
e assim atingir aos que estão indiferentes ou afastados...

+ "Senhor, queremos ver Jesus!"
Faze, Senhor, que teus discípulos reconheçam
o teu rosto no rosto dos pobres.
Dá olhos para ver os caminhos da justiça e da solidariedade;
dá ouvidos para escutar os pedidos de salvação e saúde;
enriquece seus corações de fidelidade generosa e compreensão
para que se façam companheiros de caminhada e
testemunhas verdadeiros e sinceros da glória,
que resplandece no crucificado, ressuscitado e vitorioso.
Pe. Antônio Geraldo Dalla Costa

V Domingo da Quaresma

Morte e glorificaçãoEra chegada a festa da Páscoa. Jerusalém enchia-se peregrinos para prestar culto no Templo. Entre os judeus numerosos, estavam alguns gregos. Presumivelmente, prosélitos ou simples simpatizantes. Pessoas de todas as nacionalidades acompanham o cortejo de Jesus. Os gregos aproximam-se de Filipe e expressam seu desejo: “Senhor, queremos ver Jesus”. A pergunta vai mais além de uma simples curiosidade de conhecer a estrela do momento. Eles tomam a iniciativa de conhecê-lo e demonstram a vontade de aproximar-se do Mestre. Ter uma experiência pessoal d’Ele. Querem aproximar-se de Jesus e, para isso, recorrem a intermediários da própria cultura, Filipe e André, únicos com nomes gregos entre os apóstolos. Tal fato antecipa o que vai acontecer quando Jesus for elevado na cruz: “Quando eu for levantado da terra, atrairei todos a mim”.Jesus vê a densidade e a importância daquele momento: a sua hora, a hora de ser glorificado (v.23), a hora de oferecer a sua vida, a hora de ser elevado da terra para atrair todos a si (v.32), para que todos os povos tenham a vida em plenitude; a verdadeira vida, que consiste em conhecer, isso é, amar, aderir, contemplar o único verdadeiro Deus e Aquele que Ele enviou Jesus Cristo (cf. Jo 17,3). A multidão de judeus e gentios que peregrinaram para contemplar a glória no templo de Jerusalém acabou por vislumbrar a glória de Deus revelada no Filho elevado e glorificado na cruz. Quando fala do grão de trigo lançado na terra e que morre para dar vida, Jesus fala de si mesmo e mostra o caminho que leva à vida: um caminho que passa através da morte. Não se pode produzir vida sem dar a própria vida. A vida é fruto do amor e não brota se o amor não for pleno, se não for dom total. Os frutos serão os homens e mulheres de todas as culturas que, ao longo dos tempos, se unirão à nova comunidade, passando da morte à vida; pois ser discípulo consiste em aderir ao serviço total, com a possibilidade de perder tudo como Jesus. Mas esses serão glorificados pelo Pai. Jesus, no entanto, não deixa de expressar sua indignação perante a injustiça. Ele, que oferece o amor e a vida, se vê condenado à morte. Jesus não caminha em direção da morte com um sorriso nos lábios. É o homem animado pela força do amor capaz de superar toda a debilidade da realidade humana. O amor sustenta a fidelidade ao projeto do Pai. “Pai, manifesta a glória do teu nome!”. A manifestação máxima da glória acontecerá quando “o Filho for levantado da terra”. Nessa hora, aqueles peregrinos gregos que pediram para ver Jesus representam as pessoas que buscam uma vida nova. Algumas vezes, esse desejo é explícito, mas outras vezes é silencioso, sem palavras, não raro confuso e mesmo contraditório. Mas é sempre um desejo que nasce da profundidade da vida. São pessoas que clamam por vida segura, como fruto do amor e da justiça!

DOMINGO 5 de Cuaresma-

En el Evangelio de hoy, próximo a su Pasión, ya en Jerusalén, donde iba a ser entregado para su Muerte en la cruz, Jesús informó a sus discípulos y a algunos seguidores, lo que estaba a punto de suceder días después: su Pasión, Muerte y posterior Resurrección.
Para ello, utiliza la imagen de una semilla que debe morir al ser plantada para dar paso a una vida nueva. Nos habla el Señor de una semilla de trigo, fruto muy utilizado en su tierra, que además se aplicaba muy bien a El, Quien se nos convertiría después en el mejor fruto que planta de trigo podía producir, ya que a partir del Jueves Santo, Jesús sería para nosotros el Pan Eucarístico.
Sin embargo, ¿cómo se aplican a nosotros esas palabras del Señor: “Yo les aseguro que si el grano de trigo sembrado en la tierra no muere, queda infecundo; pero si muere, producirá mucho fruto”? ¿Se aplican esas palabras sólo a El o también a nosotros? ... Si hemos de seguir el ejemplo y las exigencias de Cristo, ciertamente también se aplican a nosotros.
Y para comprender el significado de esto debemos pasar a las siguientes palabras del Señor: “El que ama su vida la destruye, y el que desprecia su vida en este mundo la conserva para la vida eterna” ( Jn. 12, 20-33).
Ahora bien ... ¿puede realizarse la paradoja, la aparente contradicción de perder para ganar, entregar para obtener, morir para vivir? ... Debe ser así, pues es lo que el Señor nos propone cuando nos advierte que quien pretenda conservar su vida la perderá, pero quien la entregue la conservará.
En el diálogo del Señor que nos relata hoy el Evangelio de San Juan, vemos que se estaba dirigiendo a sus discípulos -que eran hebreos- y a unos griegos que habían llegado a Jerusalén y querían ver a Jesús.
Y sucedió que en este diálogo también interviene Dios Padre.
Notemos que Jesús muestra rasgos muy genuinos de su humanidad, pues confiesa a sus oyentes que tiene miedo. “Ahora que tengo miedo, ¿voy a decirle a mi Padre: ‘Padre, líbrame de esta hora’? Y se contesta enseguida: “No, si precisamente para esta hora he venido”.
Jesús no elude el sufrimiento y la muerte, sino que confirma su entrega por nosotros, su entrega a la Voluntad del Padre, Quien muestra su presencia en ese momento.
La voz del Padre parece ser una respuesta al Hijo, Quien le pide: “Padre, dale gloria tu nombre”. Jesús, luego confirma por qué el Padre se ha hecho presente: “Esta voz no ha venido por Mí, sino por ustedes”.
Es una nueva oportunidad para fortalecer la fe de los discípulos. Y qué dice el Padre: “Lo he glorificado y volveré a glorificarlo”. Alusión directa a la Resurrección de Cristo, que sucedería -como estaba prometido- al tercer día de su vergonzosa muerte en la cruz.
Poquísimas veces se ve la manifestación directa del Padre en los Evangelios, una de ellas –la menos conocida, tal vez- es ésta. Recordemos que allí estaban presentes hebreos y gentiles. Tal vez por ello Jesús luego hace alusión a que su Reino se extendería a todos: “Cuando Yo sea levantado de la tierra, atraeré a todos hacia Mí”.
Nos dice el Evangelista que aludía a su muerte en la cruz. Y sabemos cómo se cumplieron las palabras del Señor, pues después de su Muerte, su Resurrección, su Ascensión y Pentecostés, la Iglesia por El fundada se extendió por todas partes, con la predicación de los Apóstoles.
Nos dijo Jesús que su Reino se extendería a todos, porque iba a ser arrojado el príncipe de este mundo (el Demonio) ... y El, a través de su muerte en cruz y por la gloria de su Resurrección, atraería a todos hacia El. Palabras de esperanza y seguridad para todos los que nos dejamos “atraer” por El, por su doctrina y por su ejemplo.
Palabras también de compromiso, porque “dejarnos atraer por El” significa seguirlo en todo ... como El reiteradamente nos pide. Y “seguirlo en todo” significa seguirlo también en la muerte.
Por supuesto esto no significa que todos tengamos que morir en una cruz como El. Tampoco significa que todos tengamos que sufrir un martirio violento -como algunos sí lo han tenido.
Significa más bien ese “morir” cada día a nuestro propio yo. Significa ese “perder la vida” que Jesús nos pide en este pasaje de San Juan y que también nos lo requiere en otra oportunidad, con palabras similares: “El que quiera asegurar su vida la perderá, pero el que pierda su vida por Mí, la asegurará” (Mt. 16, 25 - Mc. 8, 35 - Lc. 9, 24).
Hay la idea de que morir cuesta mucho, de que el trance de la muerte es un trance muy difícil. En realidad lo que más cuesta es la idea misma de “morir”. Pero la Palabra de Dios es clara, muy clara: debemos entregar nuestra vida, debemos morir a nosotros mismos, si realmente queremos vivir.
¿Qué significa entregar nuestra vida y morir a nuestro yo?
Significa entregar nuestros modos de ver las cosas, para que sean los modos de Dios y no los nuestros los que rijan nuestra vida.
Significa entregar nuestros planes, para pedirle a Dios que nos muestre Sus planes para nuestra vida, y realizar esos planes y no los nuestros.
Significa entregar nuestra voluntad a Dios, para que sea Su Voluntad y no la nuestra la que dirija nuestra existencia en la tierra.
Es, entonces, un continuo morir a lo que este mundo nos propone como deseable y hasta conveniente.
Pero pensemos: ¿quién es el dueño de este mundo? Ya Dios nos advierte en su Palabra quién rige el mundo: aquél que es llamado en este pasaje “príncipe ( o amo) de este mundo”. Si observamos bien, los valores que nos propone el mundo son muy diferentes a los de Dios. Los criterios de este mundo son también muy diferentes a los de Dios.
Y cada vez que optamos por el bando de Dios, por ese “perder la vida de este mundo”, significa un “morir” a nuestro yo, es decir, a nuestras propias inclinaciones, deseos, ideas, criterios, planes, formas de ser y de actuar.
De no vivir día a día esa continua renuncia a nosotros mismos, esa continua muerte a nuestro yo, no podremos dar fruto. Seremos “infecundos”. “Si el grano de trigo no muere, queda infecundo”. No dará fruto.
Y ¿cuál fue el fruto de Cristo? Lo sabemos bien y nos lo recuerda San Pablo en la Segunda Lectura (Hb. 5, 7-9): “se convirtió en la causa de la salvación eterna para todos los que lo obedecen”.
¿Cuál será nuestro fruto si optamos por ser fecundos, si optamos por morir con Cristo? Si morimos con El, viviremos con El ... y también salvaremos con El, pues nuestra oblación, nuestra entrega, unida a El, dará fruto para nosotros mismos y para los demás: nos salvaremos nosotros y salvaremos a otros. Serán frutos de Vida Eterna para nosotros mismos y para los demás. Es lo que llama Juan Pablo II en su Encíclica “Salvifici Doloris” sobre el sufrimiento humano, “el valor redentor del sufrimiento”.
La Primera Lectura del Profeta Jeremías (Jr. 31, 31-34) nos habla de la Nueva Alianza que Dios establecería con su pueblo. El Señor pondría su Ley en lo más profundo de nuestras mentes y la grabaría en nuestros corazones.
Y nos dice: “Todos me van a conocer, desde el más pequeño hasta el mayor de todos, cuando Yo les perdone su culpas y olvide para siempre sus pecados”. Nos dice que lo vamos a conocer porque nos va a perdonar y se va a olvidar nuestros pecados. No lo vamos a conocer por su castigo, sino por su perdón. Esa es su tarjeta de presentación: su Amor Infinito que perdona y olvida todo nuestro mal.
Cristo, entonces, se hizo Hombre y vivió y sufrió y murió y resucitó para que nuestros pecados fueran perdonados y pudiéramos tener acceso nosotros a la resurrección y a la Vida Eterna.
El Salmo de hoy es el #50, el Salmo de David arrepentido de su horrible y múltiple pecado. “Crea en mí un corazón puro ...Lávame de todos mis delitos y olvida mis ofensas ... Devuélveme la alegría de la salvación ...” Bellísimo Salmo propio para orar cuando nos queremos arrepentir de nuestros pecados. Muy apropiado para pedir nuestra conversión al Señor, para implorar su misericordia.
Próximos ya a la Semana Santa cuando conmemoraremos la entrega total que Cristo hizo de Sí mismo, perdiendo su vida para darnos una nueva Vida a todos nosotros, es tiempo propicio para una profunda conversión.
Reflexionando sobre las palabras del Evangelio y aplicándolas a nuestra vida espiritual, podríamos pedir al Señor esta gracia de conversión profunda que significa el poder comprender y realizar este ideal que nos propone y nos muestra Cristo: morir para vivir, perder para ganar, entregar para obtener.

«Se o grão de trigo morrer, dá muito fruto»

Comentário ao Evangelho do dia feito por São Cirilo de Alexandria (380-444), Bispo, Doutor da Igreja Comentário sobre o Livro dos Números, 2; PG 69, 619 (trad. Delhougne, Les Pères commentent, p. 193)
«Se o grão de trigo morrer, dá muito fruto»
Cristo, primícias da nova criação [...], depois de ter vencido a morte, ressuscitou e sobe para o Pai como oferenda magnífica e esplendorosa, como as primícias do género humano, renovado e incorruptível. [...] Podemos considerá-Lo o símbolo do feixe das primícias da colheita que o Senhor exigiu a Israel que oferecesse no Templo (Lev 23, 9). O que representa este sinal?Podemos comparar o género humano às espigas de um campo, que nascem da terra, ficam à espera de crescer e, depois de amadurecerem, são apanhadas pela morte. Era por isso que Cristo dizia aos Seus discípulos: «Não dizeis vós que, dentro de quatro meses, chegará o tempo da ceifa? Pois bem, Eu digo-vos: erguei os olhos e vede. Os campos estão brancos para a ceifa. O ceifeiro já recebe o salário e recolhe o fruto para a vida eterna» (Jo 4, 35-36). Ora, Cristo nasceu entre nós, nasceu da Virgem Santa como as espigas brotam da terra. Aliás, não hesita em dizer de Si próprio que é o grão de trigo: «Em verdade, em verdade vos digo: se o grão de trigo, lançado à terra, não morrer, fica ele só; mas, se morrer, dá muito fruto.» Deste modo, ofereceu-Se por nós ao Pai, à maneira de um feixe e como primícias da terra.Porque a espiga de trigo, como aliás nós próprios, não pode ser considerada isoladamente. Vemo-la num feixe, constituído por numerosas espigas de um mesmo braçado. Cristo Jesus é único, mas aparece-nos como um feixe, e constitui efectivamente uma espécie de braçado, no sentido em que contém em Si todos os crentes, em união espiritual, evidentemente. Se assim não fosse, como poderia São Paulo escrever: «Com Ele nos ressuscitou e nos fez sentar lá nos céus» (Ef 2, 6)? Com efeito, uma vez que Se fez um de nós, nós formamos com Ele um mesmo corpo (Ef 3, 6). [...] Aliás, é Ele quem dirige estas palavras a Seu Pai: «Que todos sejam um como Tu, ó Pai, estás em Mim e Eu em Ti» (Jo 17, 21). O Senhor constitui, pois, as primícias da humanidade, que está destinada a ser armazenada nos celeiros do céu.

5o. Domingo da Quaresma

Na liturgia do 5º Domingo Comum ecoa, com insistência, a preocupação de Deus no sentido de apontar ao homem o caminho da salvação e da vida definitiva. A Palavra de Deus garante-nos que a salvação passa por uma vida vivida na escuta atenta dos projectos de Deus e na doação total aos irmãos.Na primeira leitura, Jahwéh apresenta a Israel a proposta de uma nova Aliança. Essa Aliança implica que Deus mude o coração do Povo, pois, só com um coração transformado, o homem será capaz de pensar, de decidir e de agir de acordo com as propostas de Deus.A segunda leitura apresenta-nos Jesus Cristo, o sumo sacerdote da nova Aliança, que se solidariza com os homens e lhes aponta o caminho da salvação. Esse caminho (e que é o mesmo caminho que Jesus seguiu) passa por viver no diálogo com Deus, na descoberta dos seus desafios e propostas, na obediência radical aos seus projectos.O Evangelho convida-nos a olhar para Jesus, a aprender com ele, a segui-lo no caminho do amor radical, do dom da vida, da entrega total a Deus e aos irmãos. O caminho da cruz parece, aos olhos do mundo, um caminho de fracasso e de morte; mas é desse caminho de amor e de doação que brota a vida verdadeira e eterna que Deus nos quer oferecer.
cf.www.ecclesia.pt