quinta-feira, 6 de novembro de 2008

Basílica São João de Latrão (Pe. Antonio Geraldo Dalla Costa)

O Novo Templo

Celebramos hoje a "dedicação" (ou consagração)
da Basílica São João de Latrão. É a primeira catedral.
É a catedral do Papa, como bispo de Roma,
a Igreja-Mãe de todas as igrejas do mundo.
Nela se realizaram cinco Concílios ecumênicos.
Esta festa nos convida a tomar consciência de que a Igreja de Deus,
simbolizada e representada pela Basílica de Latrão,
é hoje, no meio do mundo, a "morada de Deus",
o testemunho vivo da presença de Deus na caminhada dos homens.

As leituras bíblicas falam do sentido do Templo.

Na 1ª Leitura, o Profeta Ezequiel vê sair do TEMPLO uma Água,
que gera Vida por onde passa. (Ez 47,1-2.8-9.12)

* O Povo exilado na Babilônia, longe de Jerusalém e do seu templo destruído,
é fortalecido pela esperança do surgimento de um novo templo.
A Água viva, que brota do templo, simboliza a Vida nova,
a salvação oferecida por Deus.

Na 2ª Leitura, São Paulo afirma que somos TEMPLO DE DEUS e
morada do Espírito Santo. (1Cor 3,9c-11.16-17)

Por isso, animados pelo Espírito Santo, devemos ser o Sinal vivo de Deus e
testemunhas da salvação diante dos homens do nosso tempo.

No Evangelho, Jesus apresenta-se como o NOVO TEMPLO.
"Destruí este templo e em três dias eu o reerguerei...
Falava do templo do seu corpo". (Jo 2,13-22)

- O TEMPLO, na época de Jesus, havia se transformado
num grande mercado, num instrumento de exploração.
Usavam o nome de Deus para obter lucro e benefícios pessoais.

Jesus quer Purificar o Templo, libertando-o desses exploradores.
Assim entendemos o gesto violento de Cristo, de chicote na mão...

Mas Jesus quer mais: fala de um Novo Templo,
que irá substituir o templo de Jerusalém.

O Templo representava, para os judeus, a residência de Deus,
o lugar onde Deus se revelava e se tornava presente no meio do seu Povo.
Jesus agora é o "lugar" onde Deus reside no mundo.
O corpo de Jesus é lugar de encontro entre Deus e a humanidade.
Ao ressuscitar dos mortos o próprio Filho,
o Pai o colocou como pedra fundamental do novo santuário.
Sobre ela, pôs as pedras vivas, que são os discípulos de Cristo.
Todos juntos, formamos o corpo de Cristo,
o novo Templo onde Deus habita.
Cristo e os membros da comunidade cristã formam em conjunto
o novo santuário do qual se elevam os sacrifícios agradáveis a Deus.
Já não se trata das ofertas da carne e do sangue dos cordeiros,
mas das obras de amor em favor dos homens.
Como é que podemos encontrar Deus e chegar até ele?
O Evangelho de hoje responde: é olhando para Jesus.
Nas palavras e nos gestos de Jesus, Deus se revela aos homens,
manifesta o seu amor, oferece a vida plena,
faz-se companheiro de caminhada e aponta caminhos de salvação.

* Os cristãos são pedras vivas desse novo Templo
onde Deus se manifesta ao mundo e vem ao encontro dos homens
para lhes oferecer a vida e a salvação.
Os homens do nosso tempo têm de ver no rosto dos cristãos
o rosto bondoso e terno de Deus;
têm de experimentar, nos gestos de partilha, de solidariedade,
de serviço, de perdão dos cristãos, a vida nova de Deus;
têm de encontrar, na preocupação dos cristãos com a justiça e com a paz,
o anúncio desse mundo novo que Deus quer oferecer a todos os homens.

Nesse novo templo, em que nós somos pedras vivas,
"os verdadeiros adoradores vão adorar o Pai em espírito e verdade." (Jo 4,23)

- A Igreja é de fato essa "casa de Deus",
onde as pessoas podem encontrar essa proposta de libertação e de salvação,
que Deus oferece a todos?
- E o nosso templo, o nosso Santuário, é um lugar de encontro com Deus,
uma fonte de vida, para nós e para a nossa Comunidade?

- Se Cristo viesse hoje, que faria das igrejas,
que se transformaram num verdadeiro comércio da fé?
Deveria empunhar novamente o chicote?

As igrejas não podem ser casas de comércio...
Mesmo a igreja paroquial deve ser antes de tudo uma casa de oração,que torna Deus presente no mundo pela beleza da caridade fraterna... Pe. Antônio Geraldo Dalla Costa

Dedicação da Basílica de Latrão (vocacoes.com.br)

Jesus expulsa os vendilhões do tempo
Hoje é o aniversário da Dedicação da Basílica de Latrão, catedral de Roma, fundada pelo papa Melquíades (311-314). Esta é considerada a mãe de todas as igrejas do mundo; nela se realizaram as sessões de cinco grandes concílios ecumênicos.Na solenidade da Dedicação da Basílica de Latrão, não se celebra uma construção, mas aquilo que representa. Trata-se de uma festa que recorda o local onde são celebrados os mistérios da salvação. O texto escolhido é do segundo capítulo de João (Jo 2,13-22), em que Jesus compara o templo com o seu corpo que ressuscitará. Esta cena acontece logo após as Bodas de Caná, na Galiléia. Jesus vai a Jerusalém para a primeira das três páscoas relatadas no quarto Evangelho de João. Para entender sua atitude, devemos lembrar que o templo era o lugar onde o povo de Israel oferecia seus sacrifícios ao Senhor, com oferendas provenientes de todo o país. Todavia, havia se transformado numa espécie de "Banco Central" do povo judeu, um centro de arrecadação de impostos, câmbio e venda de animais para os sacrifícios. Vendo que "a casa do Pai tinha se tornado um mercado", Jesus expulsou os mercadores e suas mercadorias, bem como o culto praticado ali. A imagem de Jesus com o chicote em punho, expulsando do templo de Jerusalém cambistas e comerciantes e derrubando as mesas pelo chão, não se coaduna com aquela de "Jesus manso e humilde" (Mt 11,29) que temos; mas é preciso recordar que, quando ataca o comércio, Ele está impedindo que funcione alimentando o sistema explorador e opressor do povo. O templo de pedras será substituído pelo próprio corpo e, a partir disso, o verdadeiro templo serão as pessoas, o povo da nova aliança. Jesus desafia as autoridades judaicas do templo, dizendo que, se este fosse destruído, Ele o reergueria em três dias (v.19). Para João, em Jesus, edifica-se um novo templo com um novo culto, que será reerguido em três dias. No novo edifício, vai se manifestar a glória de Deus e todos o adorarão em espírito e verdade. A mensagem é clara: o primeiro templo de Deus é formado pelas pessoas muitas vezes oprimidas. A verdadeira prova da grandeza da fé de uma comunidade não está no tamanho de sua igreja, mas no cuidado com os mais sofridos entre o povo. Nosso Deus não é o Deus dos tijolos ou da areia, mas das pessoas. O verdadeiro culto acontece em "espírito e verdade" (Jo 4,24), no zelo pelos sofridos e fracos!

Dedicação da Catedral Basílica de São João de Latrão (Cardeal John Henry Newman)

Cardeal John Henry Newman (1801-1890), padre, fundador de comunidade religiosa, teólogo PPS, vol. 4, n.° 12 : «The Church, a Home for the Lonely»
«Destruí este templo, e em três dias Eu o levantarei!»
O Templo judeu, visível e material, estava confinado a um só lugar. Não cabia nele o mundo inteiro, nem mesmo uma nação, mas apenas algumas pessoas da multidão. Mas o templo cristão é invisível e espiritual, e pode ser em qualquer sítio. [...] Jesus diz à Samaritana: «Mas chega a hora - e é já - em que os verdadeiros adoradores hão-de adorar o Pai em espírito e verdade, pois são assim os adoradores que o Pai pretende» (Jo 4,23). «Em espírito e em verdade», porque, a menos que seja invisível, a sua presença não pode ser real. O que é visível não é o real; o que é material desagregar-se-á; o que está em determinado lugar é um fragmento, apenas.O templo de Deus, no regime cristão, é todo o lugar onde os cristãos se juntam em nome de Cristo; Ele está também presente de forma completa em cada lugar, como se não estivesse em mais nenhuma outra parte. E podemos entrar nesse templo, e juntarmo-nos aos santos que nele moram, à família celeste de Deus, de forma tão real quanto o adorador judeu entrava no recinto visível do Templo. Nada vemos deste nosso templo espiritual, mas é a condição requerida para que ele esteja em todo o lado. Ele não estaria em todo o lado se o víssemos num local específico; nada vemos, então, mas fruímos de tudo.Já os profetas do Antigo Testamento no-lo apresentavam assim. Isaías escreveu: «No fim dos tempos o monte do templo do Senhor estará firme, será o mais alto de todos, e dominará sobre as colinas. Acorrerão a ele todas as gentes» (Is 2,2). O templo cristão foi desvelado a Jacob [...] quando em sonhos viu «uma escada apoiada na terra, cuja extremidade tocava o céu; e, ao longo desta escada, subiam e desciam mensageiros de Deus» (Gn 28,12), e também ao servo de Eliseu: «O Senhor abriu os olhos do servo e ele viu o monte repleto de cavalos e carros de fogo, em redor de Eliseu» (2Rs 6,17). Trata-se de antecipações do que iria ser estabelecido com a chegada de Cristo, que «abriu o Reino de Deus a todos os crentes». Por isso, São Paulo diz: «Vós, porém, aproximastes-vos do monte Sião e da cidade do Deus vivo, da Jerusalém celeste, de miríades de anjos, da reunião festiva» (He 12,22).

Dedicação da Basílica de Latrão (ecclesia.pt)

Hoje a Igreja universal celebra a festa da igreja-mãe de todas as igrejas de Roma e do mundo: a dedicação da basílica do Santíssimo Salvador ou de São João de Latrão. Esta basílica foi construída por Constantino na colina de Latrão ou Lateranense, quando era papa Melquíades (311-314). Ao contrário do que muitos pensam, é esta basílica e não a basílica de São Pedro, no Vaticano, o templo mais antigo. Aqui foram celebrados cinco Concílios ecuménicos. Nela se guardam relíquias. A festa de hoje tem um carácter importante, que é celebrar a unidade e o respeito para com a Sé Romana.

Dedicação da Basílica do Latrão (Pe. Carlo)

“Mãe de todas as Igrejas”

Havia passado cerca de trezentos anos da morte de Jesus. As comunidades cristãs já não estavam mais vivendo com aquele entusiasmo inicial que sempre caracteriza a primeira fase do encontro com a fé.
Daquele tempos em que nas comunidades se esperava em clima de serenidade e alegria a iminente volta de Jesus, somente restava a lembrança. Tais sentimentos foram cedo substituídos -como a de Tessalônica- com o pesadelo, com a oprimente angustia que ainda ecoava naquilo que restava de centenas de famílias destruídas pelas perseguições.
Como na vida de Jesus, também na das comunidades cristãs ao inicial sucesso se associara o medo, a traição, o cheiro do sangue. Como na vida de Jesus também em suas comunidades as perguntas sem respostas tinham se tornado o pão de cada dia. Da expectativa inicial cheia de ímpeto propulsor restava somente a vaga esperança que terminassem definitivamente as matanças e os horrores das perseguições que espalhavam lágrimas entre os cristãos. A Igreja, frágil e dizimada, não tinha mais muita esperança de sobrevivência; esta, o “novo Israel”, se perguntava muitos anos depois o que os antigos Israelitas haviam se perguntado na época do exílio, no salmo: «Terá o Senhor nos rejeitado para sempre? Afinal, a sua promessa terá falhado?» (Sal 76,8).
Como sempre, quando terminam as esperanças humanas, entram em jogo as respostas divinas: o Imperador Constantino em 313 reconheceu a legitimidade e o direito à existência da fé cristã, tornando-se ele mesmo um cristão. O mundo ficou pasmo ao receber a notícia que na colina do “Latrão”, em Roma, no coração do mundo, foi batizado o Imperador. Aquele que fizera de si um deus, decidira tornar-se servo de Deus; o homem mais poderoso do mundo optava pelo estilo de vida proposto por um galileu crucificado trezentos anos antes, numa remota província do seu Império.
Foi bem naquela colina, ao lado do lugar onde o Imperador foi batizado que surgiu a primeira basílica cristã, dedicada inicialmente ao Salvador (a palavra tinha um grande relevo na época, pois tal nome era dado exclusivamente ao Imperador); mais tarde, Gregório Magno a dedicou aos Santos João Batista e João Evangelista.
Mais que uma simples lembrança do episódio, hoje a nossa fé celebra a grandeza Daquele que, quando menos o esperamos, opera maravilhas. Celebramos um evento que nos faz lembrar profeticamente, qual será o desfecho final da história humana: «diante Dele se ajoelharão todas os Reis da terra» (Sal 71,11; Is. 52,15). Foi para recordar esta definitiva e eterna supremacia de Jesus que a igreja construída naquela colina foi chamada “Basílica”; de fato, em grego a palavra significa “do Rei”, do verdadeiro e definitivo rei: Jesus.
O Evangelho que a liturgia hoje nos propõe, nos ajuda também a entender a misteriosa continuidade entre a vida de Jesus e a vida de sua comunidade, da Igreja como Ele a entendeu, criou e entregou a Pedro. O Evangelista tentará introduzir-nos neste mistério que envolve a comunidade cristã a qual, então, não é de forma alguma uma organização como tantas, não é sequer um dos tantos modelo de pensamento; absolutamente não é uma “associação” geradora de opiniões quanto à ética ou moral da humanidade. De modo algum pode ser tida como uma como tantas outras formas de “chegar a Deus”, “uma religião como outras” como erroneamente se costuma dizer. Embora a Igreja tenha e viva uma religião, a sua essência se encontra alhures.
Procuremos debruçar-nos sobre um aspecto deste trecho do Evangelho.
O episódio se dá, como propositadamente é frisado, perto da «Páscoa dos Judeus». Como sempre, o Evangelista quer indicar com isto, que a “Páscoa de Jesus” é algo totalmente diferente. Estava perto a mais importante celebração da vitória da fé dos Judeus, o triunfo do projeto de libertação de Deus para com o povo que havia escolhido. No Templo se realizavam todas as cerimônias, principalmente as ofertas, orações e sacrifícios de cordeiros. Uma incrível organização tinha surgido em torno das atividades do Templo para fazer com que todos os Judeus, ali confluídos contemporaneamente, pudessem oferecer seus sacrifícios e ofertas, todos durante os dois dias da celebração. Centenas, milhares de cordeiros eram sacrificados para serem comidos ritualmente durante a noite nas casas dos judeus. Costuma-se, impropriamente, usar este episódio do Evangelho como censura de Jesus às atividades de comércio religioso. Ora, o centro da narração não parece ter esta finalidade, mesmo se é evidente o comportamento critico de Jesus a respeito das atividades que se desenvolviam diante das portas do Templo. É próprio da visão de fé de João não se deter nestas questões, mas intuir e ler nestas e através destas, os mais profundos mistérios que ligam Jesus à obra salvífica e ao projeto do Pai. Era, praticamente, necessário que se desenvolvessem atividades de comércio, pois era muito difícil para peregrinos que percorriam a pé grandes distâncias, trazerem também os animais para o sacrifício, em muitos casos era mais fácil adquiri-los em Jerusalém. Da mesma forma, sabemos que era proibida a entrada de moedas romanas (isto é pagãs) no Templo, só que a moeda que todos usavam e que tinha valor era a romana, contudo, para ser usada no Templo, precisava ser trocada; enfim, são várias as motivações que levam à criação de um comércio o qual, diga-se, nem sempre é negativo, aliás pode-se tornar um serviço.
Mas voltemos ao núcleo do nosso episódio. A primeira coisa que percebemos e que nos deixa questionando: porque a tropa de guarnição do Templo não interveio? Porque não forma autorizados a prender Jesus? Afinal o gesto aparentemente poderia ser visto como um ato de desordem, de tumulto... Porque os “chefes” somente perguntaram: «Qual o sinal nos dá para fazer isto...?». A verdade é que todos sabiam muito bem o que significaria aquele gesto. Desde o dia da consagração do Templo, enquanto Salomão pronunciava a benção de consagração, também assim manifestou suas dúvidas «Mas, de fato, habitaria Deus na terra? Eis que os céus e até o céu dos céus não te podem conter, quanto menos esta casa que eu edifiquei!» (1Rs. 8,27) abrindo espaço para a insuficiência real do Templo com todas as suas estruturas religiosas. Anos depois, Ezequiel continuará reforçando mais ainda a convicção de que um dia Jahwé iria abandonar o Templo e a sua glória não se manifestaria mais ali (Ez. 10,18ss). Os exegetas da época, fariseus, escribas e sacerdotes conheciam muito bem esta questão, a qual pendia, como uma “espada de Dámocles”, sobre a instituição em torno da qual rodava toda a sua vida.
O desafio de Jesus era bem maior do que uma banal advertência religiosa sobre o fato de alguns se aproveitarem da religiosidade popular para obter vantagens econômicas. Isto é muito comum e não precisava de uma intervenção tão forte de Jesus.
Estamos diante de algo de extremamente inovador, algo que Jesus propõe como por um grito que vem do mais íntimo de seu ser: «Destruam este templo». Parece dizer: “Tenham a coragem de abandonar, destruir esta maneira de se relacionar com Deus. Não é mais necessário perder tempo em tentar agradar a Deus, Ele é quem vem a vocês!”. Sim, Jahwé estava vindo a todos os homens na pessoa do Nazareno.
O gesto de Jesus é uma belíssima expressão daquilo que na Escritura é chamado “a ira de Deus”: como um desespero carregado de uma força incomum para impelir a pessoa amada, o povo pelo qual Jesus estava dando sua vida, a desvincular-se de formas, para entrar numa realidade misteriosa que estava sendo oferecida. “Se tiverem a coragem de destruir este tipo de relacionamento com Deus, eu construirei um novo Templo para vocês, um novo lugar onde sempre e definitivamente tereis a possibilidade de se encontrarem realmente com o Pai”.
...E o que havia prometido naquele dia, Jesus o realizou para todos os que acreditaram Nele e a Ele se uniram na sua comunidade. Sim, a partir da Ressurreição de Jesus, a sua comunidade, frágil, cheia de medos e contradições, objeto de ataques de todos os lados, se entenderá como verdadeiro “Templo”, de Deus assim como o Senhor lhes havia mostrado: “Onde dois ou três estiverem reunidos em meu nome eu estarei no meio deles”. A primitiva comunidade cristã compreendeu este mistério e o transmitiu a nós como um tesouro precioso a ponto de o Concílio Vaticano II recordar que a comunidade reunida em torno de Jesus, a Igreja é permeada por um mistério que faz dela um “sacramento da íntima união de Deus com o gênero humano”. É o verdadeiro Templo, o lugar vivificado pela caridade e pelo Espírito do Senhor no qual todo homem pode encontrar-se com Deus.