quinta-feira, 26 de junho de 2008

«Dar-te-ei as chaves do Reino do Céu»

São Máximo de Turim (?-c. 420), bispoSermão CC1

O Senhor reconheceu em Pedro o intendente fiel, a quem confiou as chaves do Reino, e em Paulo um mestre qualificado, a quem encarregou de ensinar na Igreja. Para prometer aos que foram formados por Paulo que encontrariam a salvação, era preciso que Pedro os acolhesse para lhes dar repouso. Quando Paulo tiver aberto os corações com a sua pregação, Pedro abrirá às almas o Reino dos Céus. Assim, pois, também Paulo recebeu de Cristo uma espécie de chave, a chave da ciência, que permite abrir em profundidade os corações endurecidos para a fé, para em seguida trazer à superfície, por uma revelação espiritual, aquilo que se encontrava escondido no interior. Trata-se de uma chave que deixa escapar da consciência a confissão do pecado e que nela encerra para sempre a graça do mistério do Salvador.Ambos receberam, pois, chaves das mãos do Senhor; um deles recebeu a chave da ciência, o outro a chave do poder; este dispensa as riquezas da imortalidade, aquele distribui os tesouros da sabedoria. Porque há tesouros do conhecimento, como está escrito: «O mistério de Deus, isto é, Cristo, no Qual estão escondidos todos os tesouros da sabedoria e da ciência» (Col, 2, 2-3).

Solenidade de São Pedro e São Paulo (Pe Carlo)

A festa de hoje é a celebração da unidade na diversidade. Pedro e Paulo, dois personagens, duas histórias completamente diferentes, dois encontros com Jesus redondamente diversos que terminaram do mesmo modo: em Roma dando suas vidas para Quem lhes fez sentir seu amor.
O que uniu pessoas tão distantes ? O que lhes sugeriu as mesmas opções ? Por quê, pontos de vista tão desiguais, não se transformaram em competição, afirmação da própria posição, “incompatibilidade” (termo que usamos hoje quando queremos justificar qualquer separação) ?
Não creio que venha aqui o caso de relembrar as histórias de Pedro e Paulo, bem conhecidas por todos. No entanto permito-me pousar a atenção sobre alguns pormenores de suas vidas.
Pedro era cidadão da Galiléia, região bastante suspeita para o regime religioso–político da época. Seu tecido étnico era heterogêneo, com tendências separatistas que não se integravam com o sistema. Pedro fazia parte deste povo, um cidadão comum, com sua família, sua estabilidade econômica, sua pequena vida de aldeia à margem do lago de Genezaré. Como muitos conterrâneos, provavelmente Pedro também seguiu Jesus vislumbrando nele o “esperado”, o líder que restauraria Israel. Qual fosse o limite entre a dimensão religiosa e política não está claro, mas certo é que no coração do todo Galileu estava a expectativa de ver em Jesus o libertador poderoso, o profeta sob o comando do qual definitivamente Israel poderia afirmar sua independência.
Um dia, sem pedir permissão, Jesus entrou a fazer parte da vida de um homem qualquer num dia qualquer. Rompe os limites da vida de Pedro e o projeta num mundo infinitamente mais amplo do que os horizontes daquelas colinas. Os Evangelhos nos recordam a decisão que Pedro tomou, uma decisão que o acompanharia o resto da vida. Que voltou inúmeras vezes à sua mente toda vez que, ao longo da convivência com Jesus, se verificavam fatos e situações desafiadoras, diante das quais se apresentava como sempre atual a possibilidade de largar tudo e voltar à vida de antes, ao seu barco. Alguns destes momentos dramáticos nos são lembrados pelo apóstolo João: «À vista disso, muitos dos seus discípulos o abandonaram e já não andavam com ele. Então, perguntou Jesus aos doze: Porventura, quereis também vós retirar-vos? Respondeu-lhe Simão Pedro: Senhor, para quem iremos? Tu tens as palavras da vida eterna» (Jo.6,68). O Evangelho de hoje também nos traz o eco de um destes momentos extremamente delicado da convivência entre Jesus e os doze, o Evangelho não nos conta o que está por trás do fato que Jesus, pela primeira e única vez, interpela os que o acompanhavam, questionando sobre o que eles sentem.
Nestas, como em outras situações, Pedro faz memória, revive o momento inicial, o ímpeto instintivo do coração que não mede, somente vê Jesus. Pedro, homem que não mede, tanto no erro quanto no impulso de amor. Que chora e que recomeça sempre; capaz de aplicar em sua vida aquilo que tinha aprendido ao sair do limite de suas colinas e lagoas, para deixar-se levar (como nos recorda o Evangelho de João ao narrar o último encontro entre Pedro e seu amado Jesus) infinitamente. A memória daquele momento lhe dará a força de continuar, sempre, até o fim.
Ao lado dele, Paulo, fariseu formado na melhor escola rabínica da época, a de Gamaliel, zeloso da Palavra de Jahvé, a “Lei” na qual tinha toda certeza de se encontrar com Deus. Homem erudito, que falava as línguas mais importantes da época e sentia-se à vontade com as culturas dominantes, seus costumes, poesias, técnicas de oratória etc.
Um personagem seguro do caminho que trilhava para se encontrar com seu Deus... até o dia em que Deus quis se encontrar com ele. Foi o dia em que algo começou a desestabilizar suas convicções; e certamente não foi só o episódio de Damasco, aliás este foi somente a conseqüência de ter aprendido a conhecer a linguagem de Deus.
Lucas, companheiro de Paulo em suas viagens, discretamente nos dá uma indicação daquilo que começou a fazer desmoronar suas certezas adquiridas: um homem que morre perdoando, da mesma maneira que aquele Jesus que havia aprendido a combater.
«As testemunhas deixaram suas vestes aos pés de um jovem chamado Saulo» (At. 7,58) enquanto apedrejavam Estevão. A inversão de valores operada por Jesus no coração de Paulo o levará também a ultrapassar os limites de suas convicções. Daquele dia em diante seu coração aprendeu que a “lei”, a regra, o “mínimo suficiente” não salva ninguém. Ao contrário, Paulo é tão forte contra a mentalidade minimista que chega a adjetivar de “maldita” (Gal. 3,13) pois esta somente tem o poder de indicar o certo e errado, sem ter a capacidade de gerar em nós aquilo que realmente salva, que é o amor gratuito. Daquele dia em diante o intrépido e seguro fariseu, descobriu-se como aquele que está no «último lugar» (1Cor. 4,9), «indigno de ser chamado apóstolo» (1Cor 15,9). A presunção de se salvar com as próprias forças deu lugar àquele estado de ânimo que Paulo chamava «graça», isto é a atitude de gratidão por ter sido objeto de um amor não merecido. A «graça», esta força movida pelo desejo de retribuir com amor ao amor recebido, será a força deste grande homem de Deus. Daquele dia em diante a segurança em si mesmo será substituída pela humildade de pedir a opinião de um pescador, “ignorante” (Lucas usa uma expressão que sugere que não soubesse ler e escrever: agrammatoi -At. 4,13) antes de se aventurar na pregação do Evangelho a fim de não correr o risco de ter trabalhado «em vão» (Gal. 2,2) isto é, por sua própria conta, sem a harmonia necessária ao anúncio do Evangelho. Paulo aprendeu a se gloriar de seus limites, de suas fraquezas para que fosse evidente a todos o tesouro que carregava em seu vaso de barro. Paulo, homem que se sentiu salvo, objeto da gratuita misericórdia de Deus e que quis entregar sua vida a fim de que seus irmãos, judeus e estrangeiros, fizessem a mesma experiência de amor gratuito. Amor que não pode ser alcançado pelas regras, pelas normas e leis, porquanto justas que forem.
Dois homens, duas histórias, o mesmo fim.
Ambos foram capazes de olhar o mundo com os olhos de Deus, capazes de esquecer as diferentes opiniões sobre um assunto ou outro (o livro de Atos nos narra alguns destes momentos e a dinâmica com a qual foram vividos) porque em ambos, Jesus ocupava o centro do coração. Ambos foram projetados fora do limite de seus exíguos mundos para serem parte de algo maior que desconheciam mas que os fascinava. O fato de sentirem-se chamados, a humildade oriunda da consciência da vocação, lhes deu a força de perder seu “eu”, naquela belíssima experiência que Paulo assim descreve: «Não sou mais eu que vivo. É Cristo que vive em mim!» (Gal. 2,20).
Quando olhamos somente a Jesus, assim como ele se apresenta e não filtrado pelos preconceitos que às vezes poluem a mente, então a unidade é gerada, como uma sintonia, uma afinidade que «não nasce da carne nem da vontade, mas de Deus»
...e sobre esta pedra Jesus edifica a sua Igreja.

Solenidade de São Pedro e São Paulo (Pe. Antônio Geraldo Dalla Costa)

O Primado

A Liturgia de hoje celebra a festa solene de dois apóstolos,
que tiveram uma presença marcante na Igreja primitiva:
São Pedro e São Paulo.
PEDRO, DISCÍPULO de Jesus,
escolhido por ele como o primeiro Papa e
PAULO, o primeiro MISSIONÁRIO,
que levou a Igreja ao mundo.
Os dois personificaram a identidade da Igreja, como discípulo e missionário.
A celebração de hoje é muito antiga, anterior até a própria festa do Natal.

As Leituras bíblicas falam desses dois grandes apóstolos:

Na 1a Leitura, aparece PEDRO: preso pelas autoridades...
para agradar os judeus... com data marcada para morrer. (At 12,1-11)

- Vemos o Testemunho, que gera oposição e perseguição.
- a Atitude da Igreja, que unida e solidária reza por Pedro.
- a Presença efetiva de Deus na comunidade da Igreja, que liberta...

Na 2a Leitura, PAULO: (também preso, prestes a morrer, ano 67),
escreve um Testamento espiritual de sua vida a serviço do Evangelho...
"Estou pronto... chegou a minha hora... combati o bom combate...
terminei a corrida... conservei a fé... E agora aguardo o prêmio dos justos.
O Senhor esteve comigo... a ele GLÓRIA..." (2Tm 4,6-8.17-18)

No Evangelho, Cristo confere a PEDRO o Primado sobre a Igreja. (Mt 16,13-19)

O texto tem duas partes:

1. de caráter cristológico: Define a identidade de Jesus: "Quem sou eu"?
- Na perspectiva dos homens, Jesus é apenas um HOMEM bom,
justo, generoso como tantos outros.
- Na opinião dos discípulos: "Jesus é o CRISTO (Messias),o Filho de DEUS".

2. de caráter eclesiológico: A IGREJA é convocada à volta de Pedro:
"Pedro, és a Rocha (pedra) sobre a qual edificarei a minha Igreja".
- Essa "Rocha" é a fé que Pedro e a comunidade dos discípulos professaram:
A fé em Jesus como Messias, Filho de Deus vivo.
- "O Poder da morte nunca poderá vencê-la".
Nada poderá impedir a Igreja, que acredita firmemente em Cristo,
de realizar sua missão de salvação.
- Jesus promete o "poder das chaves":
"Pedro recebe 'as chaves do Reino' e ocupa o primeiro lugar,
com a missão de guardar a fé na sua integridade e
de confirmar os seus irmãos" (CCIC 109)
= A Igreja é a Comunidade dos discípulos
que reconhecem Jesus como "o Messias, o Filho de Deus".

+ A Bíblia nos fala da vocação e da atividade deles:

São Pedro: Simão era um pescador de Betsaida, estabelecido em Cafarnaum.
Cristo lhe muda o nome e o chama "Pedra", porque teria a missão de ser
a "pedra fundamental" da futura comunidade que chamaria de Igreja.
Simão Pedro é uma das primeiras testemunhas que vê o sepulcro vazio
e merece uma aparição especial de Jesus ressuscitado.
Depois da ascensão, ele toma a direção da comunidade cristã e
é o primeiro a tomar consciência da necessidade de abrir a Igreja aos pagãos. Essa missão espiritual não o livra das deficiências do seu temperamento.
Paulo não hesita em contradizê-lo na famosa discussão de Antioquia,
para convidá-lo a libertar-se das práticas judaicas.
Quando Pedro vai a Roma torna-se o apóstolo de todos.
Cumpre, então, plenamente, sua missão de "pedra angular", reunindo num
só "edifício" os judeus e os pagãos e ratifica esta missão com seu sangue.

São Paulo chega a Jesus por um caminho diferente.
Conhece-o como um adversário, que deve ser combatido,
como aquele que anuncia um deus diferente dos mestres de Israel......
Um dia no caminho de Damasco é iluminado por uma luz do alto e
compreende que Jesus crucificado é o Messias de Deus.
A partir daquele momento torna-se um Discípulo fiel e
um ardoroso Missionário que percorre, em quatro ou cinco viagens,
o mundo conhecido de então, pregando o Evangelho
e fundando novas comunidades cristãs.
O Papa Bento XVI anunciou um ano "jubilar” dedicado ao Apóstolo Paulo,
para recordar os 2000 anos do seu nascimento.
O Ano Paulino irá prolongar-se de 28 de Junho de 2008 a 29 de Junho de 2009.

+ A IGREJA continua a OBRA de Cristo...
Na Igreja, Pedro e seus sucessores são os chefes visíveis,
aos quais Cristo conferiu um poder e uma autoridade especial.
Eles deverão se constituir um sinal de unidade da comunidade
edificada por Cristo. "Aquele que preside à caridade" (Irineu de Lion)

Por isso, nesse dia em que a Liturgia relembra esses baluartes da Igreja primitiva, celebramos também o DIA DO PAPA.

Hoje o Papa continua a Missão de Pedro e o Testemunho de Paulo,
com fidelidade e zelo, como pastor e guia.
Unidos na fé e no amor, continuemos unidos na oração libertadora,
atentos à voz do\Papa, acolhendo-a com ternura e entusiasmo e
seguindo-a com firmeza.

Solemnidad de San Pedro y San Pablo, Apóstoles

En esta fecha celebramos la Fiesta de San Pedro y San Pablo. En ellos y en los demás Apóstoles Jesucristo cimentó su Iglesia. Por eso también hoy estamos celebrando la fundación de la Iglesia de Cristo. Y los Católicos debemos tener muy claro, que la Iglesia Católica es la única Iglesia fundada por Dios mismo, pues viene directamente desde Jesucristo hasta nuestros días: viene directamente desde San Pedro, como el primer Papa, hasta el Papa Benedicto XVI, nuestro Papa actual.
Hay personas buenas y sinceras en todas las religiones, pero la buena intención no puede cambiar la Verdad. En realidad, en cada religión hay verdades parciales ... además de muchos errores, sobre todo en algunas ... pero la plenitud de la Verdad, la Verdad completa, está en la religión Católica.
Y la religión Católica es la única religión revelada por Dios mismo. Así de simple y sencillo. Todas las demás religiones, monoteístas y politeístas, cristianas y no-cristianas, anteriores y posteriores a Cristo, han sido inventadas por hombres, no por Dios.
Se escapa a este criterio el Judaísmo, que es una religión revelada por Dios, pero que se desvió al no creer que Jesucristo es Dios, y aunque creen en el Antiguo Testamento de la Biblia como Palabra inspirada por Dios, pasan por alto las profecías que sobre Jesús están allí y que se cumplieron ya.
En el Evangelio de hoy (Mt. 16, 13-19) vemos a Pedro responder a la pregunta del Señor “¿Quién dicen ustedes que soy Yo”?. Y responde muy correctamente: “Tú eres el Mesías, el Hijo de Dios vivo”. Y en ese mismo momento Jesús le anuncia que ya no se llamará Simón, sino “Pedro”; es decir: roca-piedra, y que sobre él edificaría su Iglesia.
Es decir, en ese momento Jesucristo instituye el Papado. Por eso decimos que la Iglesia Católica es la única que puede ser trazada desde hoy, siglos atrás, hasta ese momento en que Jesucristo, Dios-hecho-hombre, nombra a Pedro como el primer Papa.
Ya Jesucristo había fundado su Iglesia con sus palabras y sus obras. En efecto, el Catecismo de la Iglesia Católica nos recuerda que “El Señor Jesús comenzó su Iglesia con el anuncio de la Buena Noticia, es decir, con el anuncio de la llegada del Reino de Dios, el cual había sido prometido desde hacía siglos en la Sagrada Escritura”. También nos dice el Catecismo que el germen y el comienzo de la Iglesia fue “el pequeño rebaño” que Jesucristo reunió en torno suyo y del cual El mismo es su Pastor. (Recordemos el Evangelio de la oveja perdida que leíamos en la Festividad del Sagrado Corazón de Jesús hace poco, en el cual Jesús se declaraba el Pastor de nosotros sus ovejas).
Sin embargo el Señor Jesús también dotó a su Rebaño de una estructura, que permanecerá hasta el Fin de los Tiempos. Esa estructura consiste en la elección de Apóstoles, con Pedro a la cabeza. Con sus actuaciones en la tierra, Cristo fue preparando y edificando su Iglesia.
¿Por qué la insistencia en la fundación de la Iglesia? Porque ¡hay tantos errores hoy en día, aun dentro de la misma Iglesia! Hay algunos “teólogos” (entre comillas) que, tal vez en busca de algo novedoso, han tratado de demostrar que Jesucristo no fundó una Iglesia, sino que lo que conocemos hoy como Iglesia fue fundada por hombres. Por eso hemos recordado estas citas de la Escritura y esa guía especial que es el Catecismo de la Iglesia Católica.
Es bueno recordar, entonces, que todas las demás Iglesias, aun las Cristianas, han sido fundadas por hombres, pero la Iglesia Católica fue fundada por el mismo Jesucristo; fue fundada por el mismo Dios.
Ahora bien, la Iglesia es un misterio, pues la Iglesia es a la vez realidad divina y realidad humana. Aunque son pastores humanos quienes gobiernan a la Iglesia, con esa estructura que Cristo le dio, es Cristo mismo el que sin cesar guía a su Iglesia. Recordemos que El es el Buen Pastor que dio su Vida por sus ovejas y es El mismo Quien las pastorea.
Y ¿cómo guía Jesucristo su Iglesia a través de los siglos y hasta el Final de los siglos? La guía, la construye y la santifica a través del Espíritu Santo. Recordemos que el día de Pentecostés la Iglesia que Jesucristo había dejado fundada recibeel don del Espíritu Santo. Entonces la Iglesia se manifiesta públicamente ante la multitud. Ese día de Pentecostés se inició la difusión de la Buena Noticia, del Evangelio de Jesucristo, entre todos los pueblos mediante la predicación.
Y los Apóstoles y discípulos del Señor van predicando y van construyendo la Iglesia en todo el mundo, siendo su fundamento Cristo, bajo la autoridad de San Pedro. Es decir: siendo la cabeza visible San Pedro y la Cabeza InvisibleJesucristo. Y así ha continuado hasta nuestros días y continuará hasta el final. Nuevamente en su Cabeza vemos el misterio de la Iglesia: su realidad visible e invisible, la realidad humana y la realidad divina de la Iglesia de Jesucristo.
Sin embargo la Iglesia no está libre de dificultades. Recordemos las palabras de Cristo a Pedro: “Tú eres Pedro y sobre esta piedra (roca) edificaré mi Iglesia y el poder del Infierno no la derrotará”. Estas palabras del Señor nos indican que la Iglesia iba a estar sometida a muchas pruebas y ataques durante su peregrinar aquí en la tierra. Así ha sido y seguirá siendo.
Y lo está siendo muy fuertemente en nuestros días, en que la Fe está siendo atacada desde las sectas y desde los errores y herejías del New Age o Nueva Era, de literatura y cine como el Código Da Vinci, con los que se pretende destruirla, al presentar errores como aparentes verdades, engañando a muchas personas. Pero tenemos la seguridad del Señor de que el poder del Mal no podrá vencer a su Iglesia.
La Iglesia no es perfecta aún, pues se mezcla su realidad humana (pecadora) con su realidad divina. La Iglesia sólo será perfecta -nos dice el Catecismo- en la gloria del Cielo, cuando Cristo vuelva glorioso a establecer su Reinado definitivo, a establecer los Cielos nuevos y la tierra nueva: la Jerusalén Celestial; es decir, la morada de Dios en medio de los hombres.Celebramos, entonces, la Fiesta de los Apóstoles San Pedro y San Pablo. San Pedro fue el primero en proclamar a Jesús como el Mesías, el que venía a salvar a la humanidad; es decir, fue el primero en confesar la Fe en Jesucristo. San Pablo fue el seguidor de Cristo que interpretó esa Fe y nos la enseña magistralmente en sus escritos. San Pedro, junto con los demás Apóstoles y discípulos, construyó la primitiva Iglesia en medio del pueblo de Israel. A San Pablo le tocó laextensión de la Iglesia a todas las gentes, inclusive a los que no pertenecían al pueblo de Israel. Vemos esto en sus Cartas o Epístolas: a los pueblos griegos (Colosenses, Efesios, Tesalonicenses, Corintios, Gálatas, etc.). También a los Romanos. Y no deja de predicar y escribir también a los mismos Hebreos.
Y, así, desde San Pedro y San Pablo hasta hoy, la Iglesia de Jesucristo continúa ... y continuará ... hasta que Cristo vuelva glorioso aestablecer su Reinado definitivo para siempre.

Solenidade de São Pedro e São Paulo (www.vocacoes.com.br/evangelhos)

Hoje, a Igreja celebra a memória dos Apóstolos Pedro e Paulo, duas colunas mestras da Igreja que sofreram o martírio sob o governo do imperador Nero (54-68), em Roma. Pedro por crucifixão e Paulo por decapitação. Pedro, o primeiro a proclamar a fé, fundou a Igreja primitiva sobre a herança de Israel. Paulo anunciou a Boa-Nova, manifestando às nações o Evangelho da salvação.Jesus chega com seus discípulos à Cesaréia de Felipe, uma região pobre e afastada do centro político e econômico. Os discípulos são estimulados a dar uma resposta sobre a identidade de Jesus. O Mestre, no desejo de averiguar a compreensão de sua identidade, faz uma primeira pergunta: "Quem dizem os homens que é o Filho de Deus?". Os discípulos vão narrando os comentários que circulam entre o povo sobre a pessoa de Cristo. De modo geral, os israelitas identificavam o Filho de Deus com João Batista, Elias, Jeremias ou outro profeta enviado por Deus. Ele é considerado outro humano. Então Jesus dirige aos discípulos uma segunda pergunta: "E para vocês, quem dizem que eu sou?". Pedro se faz o porta-voz da comunidade dos discípulos: "Você é o Messias, o Filho do Deus vivo!". A pronta resposta de Pedro mostra a identidade de Jesus: Messias e Filho de Deus. Ele é considerado a realização das promessas messiânicas, o portador da justiça geradora da nova sociedade. Jesus responde à confissão de Pedro: "Você é feliz, Simão, filho de Jonas! Por isso, eu lhe digo: você é Pedro e sobre esta pedra construirei a minha Igreja...". O discípulo representa a comunidade do novo povo a quem o Pai revela o Reino. A partir de pessoas como ele, que vivem e confessam sua fé no Messias, nasce a comunidade do novo povo, que se fortalece como uma rocha em meio a conflitos e tensões, diante das forças que se opõem aos projetos de Deus. Pedro é a rocha sobre a qual Jesus constrói a Igreja. O Mestre revela aos discípulos como realizará sua missão messiânica: passando pela violência e sofrimento da morte na cruz. Pedro, imbuído ainda do espírito humano, não aceita tal desígnio. Gostaria que Jesus seguisse segundo os planos humanos. Ele se esquece de que professar a fé no Messias e Filho de Deus supõe aderir a Ele e arcar com as conseqüências de tal adesão. O apóstolo recebe o poder de ligar e desligar, já que tem as chaves do Reino dos Céus. Pedro tem um poder e uma autoridade especial perante toda a Igreja. Sua liderança deverá constituir-se em centro de unidade da comunidade edificada por Cristo com sua vida, morte e ressurreição, organizando a comunidade para que esta seja a continuidade do projeto de Deus.