quinta-feira, 21 de agosto de 2008

21° Domingo do Tempo Comum (Pe Antônio Geraldo Dalla Costa)

Cristo e a Igreja
A Liturgia nos propõe hoje dois temas fundamentais
da fé cristã: CRISTO e a IGREJA.

A 1ª leitura mostra como se concretiza o "Poder das Chaves". (Is 22,19-23)

Quem exerce o serviço da autoridade deve fazê-lo como um Pai,
que procura o bem de seus filhos, com solicitude, com bondade e com firmeza.
Essa imagem nos ajuda a entender melhor o Evangelho de hoje.

A 2ª Leitura é um convite a contemplar a Riqueza, a Sabedoria e a Ciência
de Deus, que realiza o seu projeto de Salvação do homem. (Rm 11,33-36)

No Evangelho, vemos Jesus se dedicar mais à formação
do grupo dos discípulos.(Mt 16,13-20)

Da adesão deles a Jesus, como "o Messias, Filho de Deus"
nasce a IGREJA: a comunidade dos discípulos de Jesus,
convocada e organizada ao redor de Pedro.
O texto tem duas partes:- A primeira, de caráter cristológico: Quem é Jesus Cristo?
- A segunda, de caráter eclesiológico: Que é a Igreja?
1. Jesus interroga os discípulos:
O que as pessoas dizem dele e o que os discípulos pensam?- Para os "homens" Jesus é um homem extraordinário, bom e justo,
como tantos outros homens antes dele.
- Para Pedro e os discípulos, Jesus é muito mais:
"Tu és o Cristo, o Filho de Deus vivo" .

2. Jesus responde à confissão de fé
A fé da comunidade dos discípulos, apresentada pela voz de Pedro,
é o fundamento sobre o qual Jesus vai assentar a Igreja
IGREJA: É a comunidade dos discípulos que reconhecem Jesus
como "o Messias, o Filho de Deus".
Ela existe para testemunhar Cristo e para levar a todos os homens
a proposta de salvação que ele veio oferecer.
Para isso, é confiado a Pedro e à Comunidade o "Poder das Chaves".
Uma missão particular para manter a unidade da fé em Cristo.
Lembra a nomeação do "Administrador do Palácio",
de que fala a primeira leitura.

+ QUEM É CRISTO Hoje?

Apesar do secularismo cada vez mais difundido e de um abandono
da prática e das tradições cristãs cada vez mais generalizado:
é interessante notar como a pergunta continua atual:
- Para os JOVENS, Jesus representa a novidade, a contestação de uma sociedade e de um sistema envelhecido, árido, privado de fantasia e criatividade...
- Para as MASSAS OPRIMIDAS, Jesus aparece como o Libertador,
o símbolo de uma esperança, que não está somente num futuro misterioso...
- Para os AGENTES de Obras sociais, Jesus é um revolucionário,
que luta contra a injustiça, a opressão, a exploração do homem pelo homem...
- Até as pinturas apresentam hoje Jesus Cristo em vestes extravagantes e
coloridas de um Hippie, ou de um barbudo guerrilheiro "procurado".

E NÓS também fazemos questão de ter uma IMAGEM de Cristo:
de pedra, madeira, ferro, ouro, às vezes como peça preciosa de arte...

Seu NOME é cantado em festas, em momentos de alegria e até de boemia,
e é recordado nos momentos de apuros, como último recurso...

Tudo isso revela uma realidade positiva:
O nosso mundo não pode prescindir de Cristo.
Nossa História está tão marcada por ele, que não se pode ignorá-lo.

+ Quem é Jesus Cristo para mim?
Para responder, não basta procurar na memória alguma fórmula
que aprendemos no catecismo, ou ouvimos de outros ou lemos nos livros.
É preciso procurar no coração, em nossa fé vivida e testemunhada.
Assim descobriremos o que Jesus representa, de fato, em nossa vida.

Cristo não é um personagem histórico morto do PASSADO.
Ele ressuscitou e está vivo.
- Ele vive ainda hoje no menor dos irmãos: vive no mendigo, no migrante,
no bêbado, no revoltado, no pecador, no ladrão...
- Ele vive dentro de nosso coração. Ele vive em seus familiares, em seus irmãos.
Ele vive no coração de todos.
- Ele nos fala ainda HOJE no seu Evangelho:
que devemos conhecer com fidelidade, que devemos viver com autenticidade,
que devemos anunciar com renovado ardor missionário...

+ Lugares de encontro com Jesus Cristo (Doc. Aparecida 6.1.2) :

Na fé recebida e vivida na Igreja; na Sagrada Escritura;
na Sagrada Liturgia (especialmente na celebração eucarística dominical);
no Sacramento da Reconciliação; na Oração pessoal e comunitária;
na Comunidade viva na fé e no amor fraterno; nos pobres, aflitos e enfermos...

Descubra a felicidade de servir, de amar, de perdoar,
e Cristo se encarnará em cada um de seus gestos,
e se encarnará em cada rosto de pessoa humana
que você encontrará ao longo de seu caminho.

+ Dia dos Ministérios Leigos:
Nesse domingo, a Igreja recorda e louva a vocação
de tantos homens e mulheres que se dedicam incansavelmente
na construção do Reino de Deus. A eles a nossa gratidão.
Pe. Antônio Geraldo Dalla Costa

21° Domingo do Tempo Comum (vocacoes.com.br)

Confissão de Pedro
Jesus e os discípulos chegam às imediações de Cesaréia de Filipe, a cerca de 50 km do lago de Genesaré. Cesaréia se chamava Paneas, em honra ao deus Pan, a quem eram oferecidos cultos numa gruta. Com a morte de Herodes, a região passou a ser governada pelo tetrarca Filipe. Este, para cultuar o César, passou a chamar a cidade de Cesaréia de Filipe. A população, quase na sua totalidade, era pagã. Portanto, Jesus e os discípulos estão fora do centro político, econômico e religioso. Enquanto caminhavam próximos da cidade de Cesaréia, Ele interpela os discípulos: "Quem dizem os homens que é o Filho do Homem?". Pegos de surpresa, eles apresentam as mais diferentes versões. Os testemunhos demonstram que o povo desconhece e não acredita que Jesus seja o Messias, pois esperava por um outro messias, poderoso e triunfante. Seguindo em frente na caminhada, o Mestre deseja saber o que eles, os discípulos, pensam a seu respeito: "E vocês, quem dizem que eu sou?". Todos se calam, menos Pedro, que responde: "Tu és o Messias, o Filho do Deus vivo". A confissão do discípulo reconhece em Jesus a messianidade e a divindade - Messias e Filho de Deus. Observemos que Cristo será condenado mais tarde por essas realidades proclamadas por Simão Pedro (cf. Jo 5,18;10,33). O Mestre felicita o discípulo por sua resposta: "Você é feliz, Simão, filho de Jonas, porque não foi um ser humano que lhe revelou isso, mas o meu Pai, que está nos céus". A profissão de fé do discípulo é fruto da revelação do Pai; sem o auxílio da graça de Deus, jamais chegaria ao conhecimento da divindade do Filho de Deus. Em uma expressão solene, Jesus proclama: "Você é Pedro, e sobre essa pedra construirei a minha Igreja, e o poder da morte nunca poderá vencê-la". Jesus reconhece que o discípulo é uma "rocha" que dará solidez à Igreja, isto é, ao novo Povo de Deus. Só Mateus usa a palavra "Igreja" para designar a reunião daqueles que constituíam o verdadeiro Povo de Deus. Jesus se apresenta como o "construtor" (construirei) do edifício que é o novo povo (a Igreja). Como alicerce, Pedro dará consistência e durabilidade ao novo edifício. O reino do mal e o poder da morte não terão domínio sobre a nova sociedade. O Mestre garante que sua Igreja permanecerá viva e será portadora de vida, resistindo e superando muitas tensões e provações."Eu lhe darei as chaves do Reino dos Céus...". A quem se entrega as chaves de uma cidade, se lhe concede a faculdade de governá-la. Jesus reconhece em Pedro a autoridade de liderança da comunidade do novo povo. Ele, como administrador da Igreja, exercerá o poder de admitir ou de excluir, de absolver ou de condenar, de desligar ou de ligar. Suas decisões serão ratificadas no Reino dos Céus.

DOMINGO 21 del Tiempo Ordinario - Ciclo "A" -

El Evangelio de hoy nos habla de San Pedro, el primer Papa, precisamente en el momento en que Jesús le anunció la función que tendría dentro de la Iglesia. Además nos informa de cómo Cristo gobernaría esa Iglesia fundada por El, a través de San Pedro y de todos los Papas que le sucedieran.
“Tú eres Pedro y sobre esta piedra edificaré mi Iglesia”, fueron las palabras de Jesús al que antes se llamaba Simón y que ahora llama “piedra” -o más bien “roca”. El Apóstol San Pedro es, entonces, la “roca” sobre la cual Cristo funda su Iglesia.
¿Cómo fue este nombramiento? Sucedió que un día Jesús interroga sus discípulos sobre quién creía la gente que era El, pero más que todo le interesaba saber quién creían ellos que era El. Enseguida, Simón (Pedro) salta -de primero, como siempre- y sin titubeos, ni disimulos, responde con claridad: “Tú eres el Mesías, el Hijo de Dios vivo” (Mt. 16, 13-20).
Si nos ubicamos en el momento, nos podremos percatar de la significación de esta declaración de San Pedro. Jesús había comenzado a manifestar su gran poder a través de milagros que los Apóstoles habían presenciado: agua cambiada en vino, muchas curaciones, multiplicación de panes y peces, calma de tempestades, etc. Sin embargo, en ningún momento Jesús se les había identificado. Tampoco había sucedido la Transfiguración. Y ahora les pide que sean ellos quienes lo identifiquen. De allí la importancia de la declaración de Pedro.
Por eso el Señor se apresura a decirle: “Dichoso tú, Simón, porque esto no te lo ha revelado ningún hombre, sino mi Padre que está en los Cielos”. Los sabios de Israel no captaron lo que San Pedro y los Apóstoles sí pudieron captar. Ellos no eran de los sabios y racionales, sino de los sencillos y humildes, a quienes el Padre revela sus misterios. Por eso les enseña Quién es su Hijo. Es la mayor muestra de esa oración de Jesús al Padre Celestial: “Yo te alabo, Padre, Señor del Cielo y de la tierra, porque has mantenido ocultas estas cosas a los sabios y entendidos y las revelaste a los sencillos”. (Mt. 11, 25)
No bastan los esfuerzos de razonamiento. Estos más bien pueden cegar y obstaculizar el llegar a la Verdad. Hace falta la sencillez, la humildad, la niñez espiritual, para conocer los secretos de Dios y para darnos cuenta de dónde está Dios.
Una fe viva, fervorosa, perseverante, inconmovible sólo viene de Dios y sólo la reciben los que se abren a este don. Y la llave que abre nuestro corazón y nuestra mente a las cosas de Dios es la humildad.
Por eso en el Salmo 137, rezamos y recordamos que somos obra de Dios. Entonces, ¿de qué engreírnos? En efecto: Se complace el Señor en los humildes y rechaza al engreído.
Continuando con el relato, para aquel momento sonaba demasiado espectacular la frase de Jesús: “sobre esta Roca edificaré mi Iglesia”. Al lado de Jesús sólo estaban los Apóstoles y otros cuantos seguidores. Ninguno pudo medir el alcance de las palabras del Señor. Pero el Señor sí: habla de su Iglesia como cosa que El iba a construir: será una obra divina y no humana. Y promete que ninguna fuerza, ni siquiera las del Infierno, podrán destruir su obra.
Jesús le entrega a San Pedro las llaves del Reino de los Cielos. ¿Qué significa esto de las llaves? En lenguaje bíblico, las llaves indican poder.
Este significado de las llaves como símbolo de poder es evidente en la Primera Lectura del Profeta Isaías (Is. 22, 19-23). Esta nos presenta a Eleacín, mayordomo del palacio real. Allí se habla de “traspaso de poderes” en el palacio. “Pondré la llave del palacio de David sobre su hombro. Lo que él abra, nadie lo cerrará; lo que él cierre, nadie lo abrirá”. Este hecho del Antiguo Testamento es una prefiguración del traspaso de poderes de Jesús a San Pedro, el primer Papa. Por eso la Iglesia sabiamente coloca esta lectura el mismo día en que leemos cómo Jesús da las llaves de su Reino a Pedro.
Y vemos aquí el gran poder que el Señor dio al Mayordomo Eleacín. Sin embargo, el poder conferido a Pedro -y a todos los sucesores de San Pedro en el Papado- es inmensamente mayor que el poder en el palacio de David.
Fijémonos que Jesús le da “las llaves del Reino de los Cielos”. ¿Podemos imaginarnos lo que es esto? La siguiente promesa del Señor nos da un indicio: “Lo que ates en la tierra, quedará atado en el Cielo”, que equivale a decir: lo que decidas en la tierra, será decidido así en el Cielo. Las decisiones que tomes, serán ratificadas por Mí.
A San Pedro y a todos los Papas que han venido después de él se les dan las llaves, no de un reino terreno, sino del Reino de los Cielos, que es el Reino que Jesús ha venido a establecer con su Iglesia. Y en ésta Pedro tiene el poder de decidir aquí lo que Dios ratificará allá.
Aprobación previa de parte de Dios en el Cielo a lo que decidan los Papas en la tierra sobre la Iglesia de Cristo.
¡Qué estilo de gerencia es la gerencia divina! No podía ser de otra manera: tal peso sobre Pedro y sobre todos los Papas después de él, tenía que contar con una asistencia especial.
Así ha querido Jesús edificar su Iglesia: con la presencia constante hasta el final de su Espíritu Santo, y dándole a Pedro -y a todos sus sucesores, los Papas- el inmenso poder de decidir aquí en la tierra lo que Dios decidirá en el Cielo.
En un mundo tan racional como el nuestro, esto puede parecer bien difícil de comprender y de aceptar. Pero así es. Cristo fundó su Iglesia y la puso a funcionar de esa manera. Y prometió estar con ella hasta el final. “Yo estoy con ustedes todos los días hasta que se termine este mundo” (Mt. 28, 20).
Así son los designios de Dios: misteriosos, incomprensibles para los que no nos vemos en nuestra verdadera dimensión: que nada somos ante Dios. Pero ... si todo nos viene de El ¿qué podemos nosotros reclamar o proponer? ¿de qué nos atrevemos a dudar?
De allí que San Pablo exclame en la Segunda Lectura: “¡Qué impenetrables son los designios de Dios y qué incomprensibles sus caminos!” Pero ... ¿quién ha podido darle algo a Dios que Dios no le haya dado antes? En efecto, continúa San Pablo: “Todo proviene de Dios, todo ha sido hecho por El y todo está orientado hacia El” (Rom. 11, 33-36).
La Iglesia Católica es la única Iglesia fundada por Dios mismo, pues viene de Jesucristo hasta nuestros días: viene directamente desde San Pedro, como el primer Papa, hasta nuestro Papa actual. Y para dirigirla, Dios estableció este estilo de gerencia: lo que decidas en la tierra, será decidido en el Cielo.
(homilia.org)

Santo Hilário (c. 315 - 367), bispo de Poitiers, doutor da IgrejaComentários sobre Mateus, 16

"Tu és... o Filho do Deus vivo"
O Senhor tinha perguntado: "Quem dizem os homens que é o Filho do homem?" Naturalmente que o aspecto do seu corpo manifestava o Filho do homem mas, ao fazer esta pergunta, ele dava a entender que, para além do que se pudesse ver nele, havia outra coisa a discernir... O objecto da pergunta era um mistério para o qual se devia orientar a fé dos crentes. A confissão de Pedro obteve plenamente a recompensa que merecia por ter visto naquele homem o Filho de Deus. "Feliz" é ele, louvado por ter alongado a sua vista para além dos olhos humanos, não olhando para o que vinha da carne e do sangue mas contemplando o Filho de Deus revelado pelo Pai dos céus. Foi considerado digno de ser o primeiro a reconhecer o que em Cristo era de Deus. Que belo alicerce pôde ele dar à Igreja, confirmado pelo seu novo nome! Ele torna-se a pedra digna de edificar a Igreja de forma a que ela rompa as leis do inferno... e todas as cadeias da morte. Feliz porteiro do céu a quem são confiadas as chaves do acesso à eternidade; a sua sentença na terra antecipa a autoridade do céu, de tal forma que o que tiver ligado ou desligado na terra sê-lo-á também no céu Jesus ordena ainda aos discípulos que não digam a ninguém que ele é o Cristo porque vai ser preciso que outros, quer dizer, a Lei e os profetas, sejam testemunhas do seu Espírito, uma vez que o testemunho da ressurreição caberá aos apóstolos. E, assim como foi manifestada a felicidade daqueles que conhecem Cristo no Espírito, foi igualmente manifestado o perigo de se desconhecer a sua humildade e a sua Paixão.

21° Domingo do Tempo Comum

No centro da reflexão que a liturgia do 21º Domingo Comum nos propõe, estão dois temas à volta dos quais se constrói e se estrutura toda a existência cristã: Cristo e a Igreja. O Evangelho convida os discípulos a aderirem a Jesus e a acolherem-no como «o messias, Filho de Deus». Dessa adesão, nasce a Igreja – a comunidade dos discípulos de Jesus, convocada e organizada à volta de Pedro. A missão da Igreja é dar testemunho da proposta de salvação que Jesus veio trazer. À Igreja e a Pedro é confiado o poder das chaves – isto é, de interpretar as palavras de Jesus, de adaptar os ensinamentos de Jesus aos desafios do mundo e de acolher na comunidade todos aqueles que aderem à proposta de salvação que Jesus oferece. A primeira leitura mostra como se deve concretizar o poder «das chaves». Aquele que detém «as chaves» não pode usar a sua autoridade para concretizar interesses pessoais e para impedir aos seus irmãos o acesso aos bens eternos; mas deve exercer o seu serviço como um pai que procura o bem dos seus filhos, com solicitude, com amor e com justiça. A segunda leitura é um convite a contemplar a riqueza, a sabedoria e a ciência de Deus que, de forma misteriosa e às vezes desconcertante, realiza os seus projectos de salvação do homem. Ao homem resta entregar-se confiadamente nas mãos de Deus.
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