sexta-feira, 11 de abril de 2008

4° Domingo da Páscoa (Pe. Carlo)

A imagem do pastor, assim como nos é oferecida pela liturgia de hoje, foi uma das que marcaram mais profundamente as primeiras comunidades cristãs. O “bom pastor” é representado por muitos grafites e pinturas em lugares onde a arqueologia constatou o uso de celebrar o culto do Senhor Ressuscitado, especificamente a Eucaristia. A imagem do “bom pastor” é associada, nas catacumbas (representação que temos ao lado) à missão de Jesus após a morte, mesmo que a parábola, não diga direta e imediatamente a respeito disto. Porque? Porque a Liturgia nos apresenta a figura do “bom pastor” durante o período pascal? As raízes desta visão se encontram bem longe, em partes do Antigo Testamento muito marcantes para a fé judeu-cristã; talvez, seguindo aquelas pegadas, possamos compreender melhor porque esta figura foi tão querida desde o início da fé cristã.
Na cultura e sistema social em que nasceu a similitude, o pastor não era um “pecuarista” como em nosso sistema, o qual tende a aplicar imediatamente critérios econômicos a tudo o que se faz. Hoje raramente se fala de “pastor”, ao máximo fala-se ainda de “criador de ovinos”; desta forma é praticamente impossível compreender as dinâmicas subjacentes à imagem do pastor como aflora nos Evangelhos.
O pastor era um homem respeitado, passava longos dias em silêncio, rompido às vezes pela sua própria voz, com a qual chamava as ovelhas, única companhia junto à do cachorro. Com suas ovelhas tinha uma relação quase de simbiose, conhecendo-as «cada uma pelo nome» -dirá o Evangelho- costume este, que serviria ao pastor, como a lembrar que cada uma delas é especifica. O pastor precisava conhecer bem as necessidade de suas ovelhas e escolher para elas as melhores pastagens, as que oferecessem alimento e segurança. Era, ele, um homem rude, mas respeitado pela sua coragem. Para defender suas ovelhas, era capaz, - como escreveu um historiador da época, Josefo Flavio, de “rachar com seu cajado a cabeça de um lobo ou atirar-se sem medo diante de um urso” (Antig. Jud.). É a esta imagem que Jesus se refere. A de um homem cuidadoso, meigo quando precisa e forte quando houver necessidade; capaz de arriscar sua vida pelo que ama e que, às vezes, nem lhe pertencia –por ser ele, muitas vezes, um simples empregado-.
É um “bom” homem. “Bom”, como o adjetivo dado àquele homem que Deus havia criado. “Bom” porque esquece de si mesmo, porque crê em algo, porque assume as coisas como um todo, pessoalmente, deixando-se envolver sem medir. O bom pastor não se entrega à primeira reação instintiva, por exemplo a fuga diante do perigo. Quem faz isto é o “falso pastor. Isto é, aquele que sempre terá uma justificativa para dar a si mesmo e a todos quando, diante de uma situação difícil e inesperada, que o coloca sem meios termos na condição de escolher entre si mesmo e o que lhe é entregue, escolhe o caminho mais fácil: se esquivar, não arriscar. Ele é falso; um homem não autêntico porque não se deixa envolver, porque não considera o que lhe é dado como “seu”. É falso porque é este o seu critério de avaliação é ele mesmo: “bem no fim - se pergunta- ... o que tenho a ver com isto? A vida é minha, Eu tenho meus direitos!”. Com certeza, mas não foi este o critério que Jesus escolheu para si e para quem tivesse a coragem de segui-lo!
É evidente que os primeiros cristãos interpretaram a vida e a morte de Jesus sob este prisma: ele era realmente o “Bom Pastor”, ideal de todos os que são movidos pelo amor que não mede, que não fica se perguntando se vale a pena ou não, se compensa ou não...
À imagem do pastor, é associada, inseparavelmente aquela das ovelhas. Sentir-se “ovelha”, talvez seja uma das formas de reconhecimento mais delicadas com a qual os cristãos podem dizer o que sentem em relação a Jesus. Definir-se “ovelha” significa ser consciente do que Jesus fez e continuamente faz para nós. É claro que uma terminologia desta, hoje, ressoa como uma afronta, já que o mito contemporâneo parece ser aquele do “cabrito” que não se deixa conduzir e busca sozinho seu alimento. A ovelha, quando tem medo, se ajunta, o cabrito tenta se esquivar por sua própria conta; não busca “Quem” o defenda. Jesus se colocou em relação aos homens de fé como aquele que “defende”, que morre para defender, porque ama.
Quando tivermos entendido que é esta relação com a qual Jesus se nos oferece, a vida se transforma em confiante gratidão, que é amor. Sentir-se carregado, guiado, protegido e amparado nas grandes dificuldades, nas escolhas que a vida nos impõe, nas contradições que temos que enfrentar, é a atitude do cristão que compreendeu a profundidade do amor de Jesus. Quantas coisas, quantas atitudes mudam em nossa vida quando somos livres da escravidão da “autonomia”, que não nos permite dizer que somos as “ovelhas” do Senhor, que precisamos nos sentir amados, conduzidos, protegidos...!
Jesus, se faz conhecer como aquele que sempre continua acompanhando cada uma das pessoas que se colocam diante d’Ele como uma ovelha diante do pastor.
O Senhor, na parábola que ouvimos, aplicou a si mesmo uma figura de linguagem muito forte para o profeta Ezequiel, uma imagem à qual era associada o advento do Reino de Deus. Assim encontramos escrito: «Diz o Senhor Deus: “Eis que eu mesmo procurarei as minhas ovelhas e as buscarei. Como o pastor busca o seu rebanho, no dia em que encontra ovelhas dispersas, assim buscarei as minhas ovelhas; livrá-las-ei de todos os lugares para onde foram espalhadas no dia de nuvens e de escuridão.Tirá-las-ei dos lugares onde foram as reunirei ...e as introduzirei na sua terra.... Eu mesmo apascentarei as minhas ovelhas e as farei repousar, diz o Senhor Deus». Indicando a si mesmo como o Pastor sugeria aos discípulos qual fosse o sentido de sua vida, que os tempos tão esperados estavam ali, diante de seus olhos. A comunidade reunida, após a morte de Jesus, se compreendeu então como o “pequeno rebanho” recolhido pela ação de Jesus. Um pequeno rebanho reunido em torno d’Ele, que o conduziu em novas pastagens, numa terra nova, a “sua terra”. É a terra da nova criação onde a morte e o pecado não podem mais dominar nem representar um perigo intransponível. O Senhor, como o bom pastor havia enfrentado o inimigo; o maligno que age com a força do egoísmo, derrotando-o com sua doação sem condições.
Na parábola percebemos uma rápida transposição, Jesus é a um tempo Pastor e porta pela qual entra o verdadeiro pastor. A salvação já operada, já eficaz, precisa ser colocada à disposição de todos e cada um, até o último dos homens, em sua história, a fim de que todos sejam conduzidos às novas pastagens. Nesta perspectiva, Jesus associa a si mesmo seus Apóstolos, isto é, aqueles que “passaram por Ele”, viveram com Ele e foram permeados pela sua presença. Estes são os verdadeiros pastores. Todavia, exercerão sua missão de “entrar e sair” somente na medida em que forem para as ovelhas o que o Bom Pastor foi. O parâmetro é, e sempre será, a intensidade de doação e o seu limite: o falso pastor perde pouco, o verdadeiro pastor perde tudo.
Esta “voz” falará mais alto do qualquer outra voz, qualquer outra estratégia, técnica, propaganda, pastoral etc. O verdadeiro pastor deixa fluir em si mesmo a voz de Jesus, que ainda conduz as “suas” ovelhas. Naquilo que o pastor é disposto a dar, as ovelhas reunidas pelo Senhor sempre saberão reconhecer a presença -ou não- da voz do Bom Pastor, Jesus.

quarta-feira, 9 de abril de 2008

DOMINGO IV DE PASCUA (Andrés PARDO)

TRES DEFINICIONES DE CRISTO
Hoy, en el evangelio de este cuarto domingo de Pascua, encontramos tres definiciones que hace Cristo de sí mismo: es puerta, pastor y aprisco.
En la Biblia se habla muchas veces de la puerta de la ciudad, que, fortificada, garantiza la seguridad de los ciudadanos. Franquear las puerta del templo significa a cercarse a Dios; salvarse es penetrar por la puerta del cielo, que se abre a quien llama desde la fe. Jesús es la puerta de acceso al Padre, la puerta que introduce en los pastos donde se ofrecen libremente los bienes divinos. Los discípulos de Jesús deben ser siempre "puerta" abierta para los demás, y no pared de rebote o muro de choque. Y para que el cristiano aparezca ante el mundo como una "puerta" de entrada; como oferta de salvación, cada creyente tiene la responsabilidad de vaciarse de sí mismo para no ser un obstáculo.
Jesús es el único y buen pastor de la comunidad cristiana. Superando una idea bucólica o despectiva, hay que entender al pastor como el hombre de coraje, de audacia y de prudencia, que camina delante y conoce las ovejas. En lenguaje actualizado, el pastor es el líder y el guía. Desde las catacumbas, los cristianos siempre han reconocido a Jesús como el buen Pastor que da la vida por sus ovejas y muere como "cordero de Dios" para hacerse alimento de su rebaño. Por eso su ejemplo es camino para sus seguidores.
Jesús es también el aprisco del rebaño. En él se encuentra la defensa, el abrigo y el descanso. Él es el Reino de Dios, al que no se entra con astucia, como los ladrones, ni con violencia, como los salteadores, sino en la fidelidad, en el servicio total, en la paz que es plenitud de bien.
En este domingo la Iglesia celebra la Jornada Mundial de Oración por las Vocaciones: al sacerdocio y ministerios, a la vida misionera, a la profesión de los consejos evangélicos en la vida religiosa o en institutos seculares. Es tarea permanente, pero más que nunca de este día, orar por las vocaciones consagradas: las que hay y las que tendría que haber. Para que sean puerta que abren el acceso a Dios y buenos pastores, como Jesús, para su pueblo.

domingo 4º de Pascua (J. ALDAZABAL MISA DOMINICAL 1993)

El domingo 4º de Pascua es siempre el del Buen Pastor. Pero Juan 10 se lee dividido, según los ciclos, en tres pasajes distintos. Este año, ciclo A, se proclama la primera parte: la referida a Cristo como puerta. Habrá que tenerlo en cuenta para no repetir siempre lo referente a Cristo Pastor.
Seguimos en un clima que debe ser claramente pascual, centrado en la gran noticia de la resurrección de Cristo Jesús. Las alusiones y prácticas en torno a la Virgen María -que pueden venir espontáneas al haberse iniciado el mes de mayo-, serán educativas si también se refieren a la Pascua de su Hijo. Ella, que fue la mejor maestra para el Adviento y la Navidad, y también para el camino de la pasión y la muerte de Cristo, lo es también de la vivencia de la Pascua y de la espera del Espíritu y la experiencia culminante de Pentecostés.
Y no porque nos interese o nos guste, sino porque así aparece en el plan de Dios y el evangelio nos la describe siempre presente a su Hijo en todo su camino. Mayo y Pascua: la Virgen, maestra de vida pascual.
-
CRISTO, LA PUERTA
En el evangelio se acumulan las imágenes para describir qué es Cristo para nosotros: la piedra angular, el camino (ambas, el domingo que viene), el Templo, el Pastor. El que el mismo Cristo se presente hoy como la puerta tiene una intención muy concreta. Puerta significa entrada, acogida, mediación, acceso. «El que entre por mí se salvará... encontrará pastos». Cristo se revela como el enviado del Padre, el verdadero Maestro, la invitación a entrar, la bienvenida a la casa de Dios, a su Reino.
En otros pasajes del NT se desarrolla esta idea: «por él unos y otros tenemos acceso al Padre» (Ef 2,18). Cristo Jesús es la verdadera puerta a la salvación, porque en la Pascua se ha entregado por todos: «Tenemos la seguridad para entrar en el Santuario en virtud de la sangre de Jesús, por este camino nuevo y vivo, inaugurado por él para nosotros a través de su propia carne» (Hb 10,19).
Cristo es la entrada a los pastos verdaderos, al Padre. En un mundo que se plantea interrogantes radicales y urgentes, él aparece como la respuesta y el camino, como la clave que da sentido a nuestra existencia, como la única puerta de acceso a la verdad y la vida.
Así nos lo ha presentado Pedro, en su discurso de Pentecostés: Cristo es el único Salvador, en quien tenemos el perdón de los pecados, porque ha entregado su vida por nosotros.
Salvarse va a consistir en creer en él, convertirse a él, bautizarse y agregarse a su comunidad eclesial. O sea, «entrar por la puerta que es Cristo», que no supone sólo la pacífica posesión de un certificado de bautismo, sino oír su voz, seguirle, formar activamente parte de su comunidad: «Andabais descarriados como ovejas, pero habéis vuelto al Pastor y guardián de vuestras vidas». No hay otro pastor ni otra puerta legitima: sólo Cristo, el Señor.
-LOS PASTORES QUE ENTRAN POR LA PUERTA
Hay una clara alusión en el evangelio de hoy a los pastores que, en nombre de Cristo, guían al pueblo. El tema de los pastores en la comunidad aparecerá de nuevo en domingos sucesivos, pero vale la pena referirse a él también hoy, bajo una doble clave de examen de conciencia y de gratitud.
Hay pastores auténticos, los que entran por la puerta verdadera, guías que animan y conducen al pueblo a los pastos que son de Cristo: su verdad, su gracia, su vida. Pero puede haber también otros que «no entran por la puerta». Cristo les llama ladrones y bandidos: falsos profetas que se han dado a si mismos un encargo que no es el de Cristo y se sienten dueños y no servidores.
Es Cristo quien ha hecho a su comunidad este entrañable don: ha querido que haya personas que colaboren con El para la guía y defensa del pueblo cristiano. Los obispos, presbíteros y diáconos, ministros ordenados: que han entrado por la puerta de Cristo, configurados a él por un sacramento especial; que han recibido, como Pedro, el comprometido encargo: «Apacienta mis ovejas»; que son «sacramentos» o «iconos» de Cristo (así les llama el nuevo Catecismo: 1087 y 1142); sus portavoces (El es el Maestro); instrumentos de su perdón (el que perdona es El).
En el Apocalipsis (cap. 21), al hablar de la ciudad santa, la Iglesia, se dice que no sólo tiene una Puerta, sino doce: los doce apóstoles. La única entrada, pues, que es Cristo, él mismo ha querido que fueran doce. Su comunidad, además de una, santa y católica, es también «apostólica». Lo cual es un don gozoso y a la vez un compromiso. Para la comunidad, que acepta la mediación eclesial de los pastores en la transmisión de la fe, en la animación de la comunidad y en la celebración de los sacramentos. Y en los mismos pastores, que no se sienten dueños ni de la Palabra, ni de la gracia ni de la comunidad. Sino servidores del único Pastor y Puerta, Cristo Jesús.

DOMINGO IV DE PASCUA (A. M. CORTES DABAR 1987/28)

UN AUTENTICO LÍDER:
Se repite constantemente: hay falta de ideales en el mundo actual. Hay un ataque sistemático hacia todo aquello que es lo más noble en el hombre. En el amor se está destruyendo la fidelidad, la abnegación, la necesaria dosis de romanticismo -¿por qué no?-, para convertirlo en algo desprovisto de hermosura, vivido a ras de tierra, con inmediatez, por apetito. Una pena.
La familia aparece como un corsé insoportable del que hay que liberarse lo más pronto posible, levantando el vuelo para iniciar una vida personal sin ataduras ni compromisos. Una vida que acaba, frecuentemente, en una terrible e insoportable soledad. La profesión se busca, a menudo, por el incentivo económico que proporciona y no por ser un vehículo de realización y de servicio a la sociedad.
El dinero es sólo un medio de poder, de tener, de afianzarse, y no un medio necesario que sirva para el propio interés y para el beneficio de los demás. La amistad no resiste el embate de la competitividad, el ansia de triunfo, el deseo de prosperar.
La política no es noble como debiera serlo, sino un medio, el más idóneo, para satisfacer las ansias de poder y de dominación.
El resultado no puede ser más expresivo: una sociedad que camina un tanto a la deriva, llena de mediocridad, de vulgaridad, sin líderes a los que seguir. Sin auténticos líderes, porque líderes con pies de barro los hay a centenares.
LIDER/FALSO: Estamos invadidos de cantantes que arrastran a enfebrecidas multitudes que se extasían ante sus contoneos; son miles los seguidores que "forofamente" aplauden a sus equipos y están dispuestos a quemar el autocar en el que se desplazan sus contrarios, quedándose tan satisfechos de la hazaña. Están también los arquetipos del triunfador que se pasea con la más bella y conduce el coche más potente hecho precisamente para los buscadores de no sé que "libertad". Y junto a tanto líder y a tanta y tan cacareada "movida", una juventud que se asoma a la vida con los ojos cansados, agostada antes de empezar a vivir, harta de experimentar que el líder al que siguen se esfuma delante de sus ojos sin dejar ni rastro de algo que merezca la pena conservar y por lo que se justifique vivir.
V/SENTIDO: Porque lo verdaderamente importante en la vida es encontrar razones para vivir y vivir con plenitud en todas las facetas que la existencia lleva consigo. Y naturalmente esas razones no las dan los "rocks" blandos o duros, ni la movida, ni los estadios deportivos llenos a tope, ni el placer inmediato, ni el triunfo apoteósico, ni -muchos menos- la droga o la evasión o el pasotismo. Es evidente que los ídolos y los lideres de hoy son absolutamente transitorios y dejan a sus seguidores con un angustioso vacío.
J/LIDER: Hacen falta líderes: líderes carismáticos, capaces de arrastrar al hombre hacia las cumbres que el hombre es capaz de conquistar por muy elevadas que sean; líderes que despierten en el hombre todo lo bueno y maravilloso que el hombre encierra para ponerlo al servicio de los demás. Los cristianos hemos encontrado ese Líder. Hoy, Jesús, hablando de sí mismo, nos dice que conoce perfectamente a sus ovejas y que ellas lo oyen y lo siguen porque distinguen su voz. Y hacen bien en seguirlo, porque esa voz es la que Dios dice que hay que oír porque encierra promesas de vida y de vida para siempre. Pero no hay que olvidar que esa voz es exigente y que a quien quiera seguirlo le va a pedir que lo haga, libre pero decididamente, por un camino en el que, si existe la alegría, no se regatea el esfuerzo. Y esto quizá no lo acepta demasiado bien nuestro hombre, cuyo lema de vida parece oscurecer el famoso "coronémonos de rosas porque mañana moriremos" romano.
Hoy nada de lo que supone esfuerzo, abnegación, ir en contra de lo que en cada momento me apetece, es bien recibido. Al niño no se le puede contradecir porque se frustra, a la juventud hay que adularla porque de lo contrario se aleja, al hombre y a la mujer adultos (o que lo son al menos físicamente) hay que decirles que lo estupendo es realizarse haciendo en cada momento lo que da la gana. El resultado es una mediocridad asustante.
Desde luego el cristianismo es incompatible con este sistema. Hoy, Jesús -ese Líder carismático que conoce a sus ovejas- advierte que El es la puerta y resulta evidente que para penetrar en ella hacia el Reino de Dios es necesario afinarse mucho y en muchas ocasiones. El resultado será, por contraste de las diversas opciones del mundo, la consecución de unos hombres y unas mujeres de cuerpo entero, que saben decir "sí" y "no" cuando procede, que ven más allá de lo inmediato, que buscan su propia realización estimulando lo que hay de más noble y más interesante en el ser humano y que van tras las huellas de Aquél que mereció ser presentado a los suyos con dos palabras llenas de grandeza: "He aquí al Hombre" (
/Jn/19/05), al Hombre por excelencia, capaz de responder a todas las aspiraciones humanas dotándolas de una dimensión nueva: la cristiana.

DOMINGO IV DE PASCUA - CICLO A - Cristo, Buen Pastor

En este Domingo pascual la Iglesia nos presenta la figura inefable de Cristo, Buen Pastor, que nos lleva al Padre, que da su vida por nosotros, que nos alimenta con los pastos ubérrimos de su Palabra y de su Cuerpo y de su Sangre, que nos defiende del lobo rapaz del demonio y de sus secuaces.
–Hechos 2,14.36-41: Dios lo ha hecho Señor y Mesías. Pedro es siempre el Primer Pastor-Vicario de Cristo que nos llama a todos, por la conversión y por la fe al redil de salvación que es la Iglesia.
Pedro les contestó: “Convertíos y bautizaos todos en nombre de Jesucristo y recibiréis el Espíritu Santo“. El Buen Pastor nos da al Espíritu Santo. San Basilio dice:
«De la misma manera que los cuerpos transparentes y nítidos, al recibir los rayos de luz se vuelven resplandecientes e irradian brillo, las almas que son llevadas e ilustradas por el Espíritu Santo se vuelven también espirituales y llevan a los demás la luz de la gracia. Del Espíritu Santo proviene el conocimiento de las cosas futuras, el entendimiento de los misterios, la comprensión de las verdades ocultas, la distribución de los dones, la ciudadanía celeste, la conversación con los ángeles. De Él la alegría que nunca termina, la perseverancia en Dios, la semejanza con Dios y, lo más sublime que puede ser pensado, el hacerse Dios» (Del Espíritu Santo 9,23).
–Con el Salmo 22 decimos: «El Señor es mi Pastor nada me falta, en verdes praderas me hace recostar...»
–1 Pedro 2,20-25: Habéis vuelto al Pastor y guardián de vuestras vidas. Por el bautismo hemos sido incorporados al redil de salvación que es la Iglesia de Cristo. Es en ella donde podremos vivir en la autenticidad su amor de Buen Pastor que nos redime y santifica. San Bernardo, tras repasar los padecimientos de Jesucristo, decía:
«Esto me sostiene en la adversidad, me conserva humilde en la prosperidad y me hace andar con paso firme y seguro en el regio sendero de la salvación, a través de los bienes y males de la presente vida, librándome de los peligros que me amenazan a diestra y siniestra» (Sermón 43,4 sobre el Cantar).
–Juan 10,1-10: Yo soy la puerta de las ovejas. Cristo mismo, como Buen Pastor es el único que tiene el derecho a reunirnos en el redil del Padre. Él es siempre la única puerta de salvación. Comenta San Agustín:
«Escuchadle deciros tan encarecidamente: “Yo soy el Buen Pastor, todos los demás, todos los pastores buenos, son miembros míos”, porque no hay sino una sola Cabeza y un solo Cuerpo: un solo Cristo. Sólo hay, por tanto ,un Cuerpo, un rebaño único, formado por el Pastor de los pastores, bajo el cayado del Pastor supremo. ¿No es esto lo que dice el Apóstol? “Porque lo mismo que, siendo uno mismo el cuerpo, tiene muchos miembros, y todos los miembros del cuerpo, con ser muchos, son un cuerpo único, así también Cristo” (1 Cor 12,12). Luego, si también Cristo es así y si tiene incorporados a Él todos los pastores buenos, con razón no habla sino de uno solo al decir: “Yo soy el Buen Pastor, Yo el único; todos los demás forman conmigo una sola unidad. Quien apacienta fuera de Mí, apacienta contra Mí; quien conmigo no recoge, desparrama”» (Sermón 138,5).
Y San Gregorio de Nisa dice al Buen Pastor:
«¿Dónde pastoreas, Pastor Bueno, Tú que cargas sobre tus hombros a toda la grey? Muéstrame el lugar de tu reposo, guíame hasta el pasto nutritivo, llámame por mi nombre, para que yo escuche tu voz y tu voz me dé la vida eterna» (Homilía 2 sobre el Cantar).

4° Domingo da Páscoa (Pe. Antônio Geraldo Dalla Costa)

Bom Pastor

Celebramos hoje o Domingo do BOM PASTOR.
É uma imagem muito conhecida já no Antigo Testamento.
É um título de Cristo muito familiar aos primeiros cristãos.
É um modelo apresentado a todos os que exercem
alguma Liderança na Comunidade


Na 1ª e 2ª Leitura, São Pedro explica como entrar pela Porta,
ou escutar a voz do Pastor: mediante a conversão e o Batismo (At 2,14a.36-41),
e através do seguimento das pegadas de Cristo,
fazendo o bem sob o peso do sofrimento. (1Pd 2,20-25)

O Salmista testemunha as ações do Pastor e
o desejo de habitar sempre com ele. (Sl 22)

No Evangelho Jesus se apresenta como o Bom Pastor.
É uma catequese sobre a Missão de Jesus:
conduzir os homens às pastagens verdejantes e às fontes cristalinas
de onde brota a vida em plenitude. (Jo 10,1-10)

O texto está dividido em duas partes, ou duas parábolas:

1. Na primeira parte, aparece a figura do Bom Pastor,
numa atitude de ternura com as ovelhas...
Ele as conhece, as chama pelo nome, caminha com elas e estas o seguem.
Elas escutam a sua voz, porque sabem que as conduz com segurança.
Em contraste com o pastor, aparecem as figuras dos ladrões e dos bandidos.
São todos os que se apresentam com Pastor, ou até falam em nome de Cristo,
mas procuram somente vantagens pessoais.

2. Na segunda parte, Jesus se apresenta como a "Porta das ovelhas".
A Porta permite a passagem dos donos da casa
e impede o ingresso dos estranhos:
- Para os líderes significa que ninguém pode ir ao encontro das ovelhas
se não tiver um mandato de Jesus, se não tiver sido convidado por Jesus,
se não tiver os mesmos sentimentos, a mesma atitude dele.
- Para as ovelhas significa que Jesus é o único lugar de acesso
para que as ovelhas possam encontrar as pastagens que dão vida.

A figura do Pastor era uma imagem muito familiar no tempo de Jesus.
Mas no mundo urbanizado de hoje, talvez ela perde a força que tinha então...
àO que nos diz ainda hoje esta imagem?

+ Convida-nos a refletir sobre o serviço da Autoridade…
Propõe como Modelo: Deve ser exercido
numa atitude de Serviço contínuo e gratuito.

+ Para os cristãos, o Pastor por excelência é Cristo:
Ele recebeu do Pai a missão de conduzir o rebanho de Deus...

- Cristo, de fato, é o nosso "Pastor"?
Ou temos outros "pastores", que orientam a nossa existência?
- Quem conduz as nossas escolhas? Cristo?
Ou a voz da política, a voz da opinião pública, a voz do partido,
a voz do comodismo e da instalação, a voz dos nossos privilégios,
a voz do êxito e do triunfo a qualquer custo, a voz da novela?
A voz da televisão?+ Como Cristo desempenha a sua missão de Pastor?
Ele conhece as "ovelhas" e as chama pelo nome,
mantendo com cada uma delas uma relação muito pessoal.
Dirige um convite a deixarem a escuridão, mas não força ninguém a segui-lo:
respeita absolutamente a liberdade de cada pessoa.

- É dessa forma humana e amorosa, que nos relacionamos com os outros?
Aqueles que receberam de Deus a missão de presidir a um grupo,
de animar uma comunidade, exercem a sua missão
no respeito pela pessoa, pela sua dignidade, pela sua individualidade?+ As ovelhas do rebanho de Jesus devem escutar a voz do Pastor e segui-lo…
Isso significa aderir a Jesus, percorrer o mesmo caminho dele,
na entrega total aos projetos de Deus e na doação total aos irmãos.

- Procuramos nós seguir o nosso "Pastor" no caminho exigente do dom da vida,
ou preferimos outros caminhos mais cômodos.

+ Em nossas comunidades cristãs, temos pessoas que presidem e que animam.
- Aceitamos sem problemas as pessoas que receberam essa missão
de Cristo e da Igreja, apesar dos seus limites e imperfeições?
- De outro lado, estamos conscientes de que Cristo é o nosso único "Pastor",
que devemos escutar e seguir sem condições?
Os outros "pastores" têm uma missão válida, se a receberam de Cristo.
E o seu jeito de atuar nunca pode ser diferente do de Cristo.+ Para distinguir a "Voz" de Jesus, é preciso três coisas:
- um permanente DIÁLOGO íntimo com "o Pastor",
- um confronto permanente com a sua PALAVRA e
- uma participação ativa nos SACRAMENTOS,
onde recebemos a vida, que "o Pastor" nos oferece.
+ Nesse domingo, com o tema "As Vocações a serviço da Igreja-misssão",
o Papa enviou uma mensagem, em que nos convida a orar
por aqueles que na Igreja são chamados Pastores,
"para que a Igreja possa continuar a realizar a missão
que lhe foi confiada por Cristo
e não faltem os evangelizadores de que o mundo precisa..."