sexta-feira, 15 de agosto de 2008

Assunção de Maria

A solenidade que celebramos hoje vê lado a lado o triunfo do amor incondicional de Maria e a delicada e fiel resposta de Deus. É o apogeu de um diálogo começado e nunca encerrado entre a humanidade humilde, esperançosa, “serva” e a justiça sem limites de Deus que realiza toda expectativa, com doçura e força. Um diálogo que vê a criatura humana alcançar a sua mais autêntica vocação: transcender a si mesma projetada ao infinito.
È o desfecho do mais autentico milagre que acontece quando homem e Deus se encontram de verdade, sem opor limites um ao outro. É a solenidade da humanidade nova, das pessoas que sabem transpor a barreira se suas convicções particulares, de suas experiências privadas para se lançarem confiantes na credibilidade de uma palavra dada. Maria via realizada em si a benção de Isabel: « feliz a que acreditou na realização do que lhe foi dito da parte do Senhor!» naquele dia em que partilhou, primeira dentre a humanidade, o destino de Jesus, Senhor da vida.
É nesta profunda associação entre Maria e Deus, feito seu filho, que desde o início a Igreja acreditou mesmo se ao longo de séculos não sentiu a necessidade de a proclamar oficialmente. Sim, como Maria com exclusividade e totalidade aderiu a Deus servindo e amando o seu Filho, assim também Deus, no seu Filho, aderiu sem restrições a Maria dando a Ela o que de mais precioso tinha para dar a uma pessoa humana. È o mais alto intercâmbio de amor do qual a história da fé possa lembrar.
È isto que os cristãos acreditam. Maria é a garantia visível de que o que Deus diz é possível! ...e é possível para todo homem.
Contrariamente a qualquer mito que endeusa o homem, em Maria vemos por primeira realizado o resultado da verdadeira dinâmica que “diviniza” o homem. È a dinâmica do diálogo, do intercâmbio total. Por esta “lei”, toda pessoa que trilhar dentro de suas condições, mas com totalidade, o mesmo caminho de Maria, como Ela será associada ao Senhor.
Se o “anticristo” «ele mesmo sentando no santuário de Deus, aponta a si mesmo como Deus» . (2Tes. 2,3), Maria sempre apontou Deus como Deus; a Ele submeteu toda decisão de sua vida, a Ele ofereceu suas primícias, com irrevogabilidade, compreendendo ou não, mas sustentada pela fidelidade da palavra, dada e recebida.
È, assim o princípio e modelo da nova humanidade que cresce e se desenvolve orientada pela palavra, dada e recebida, no diálogo que acolhe. Era isto que Deus queria que acontecesse com cada um de nós; mas nem sempre isto foi possível, nem sempre permitimos, ainda hoje, que as coisas se realizem segundo esta lógica que Deus continua propondo. E assim, infelizmente, muitas e muitas vezes tocamos com mão o peso do mal, do sofrimento inútil e da morte.
E se experimentássemos por um momento dar credibilidade a Deus? Principalmente quando tudo parece levar-nos ao contrário. E se experimentássemos ver o mundo com o olhar de Maria, olhar que não enxerga mas entrevê, intui e segue o apelo do coração ? Olhar capaz de dar apoio quando, primeira, precisaria de apoio ?
Maria partilhou o desejo de Deus, fez do desejo de Deus o seu desejo, sua vida; como resposta Deus realizou por primeiro em Maria o desejo do Filho que no final de sua vida Lhe pediu: «Pai, aqueles que me deste, quero que eles também estejam onde eu estiver...» (Jo.17, 24). E assim foi: Deus havia dado Maria, uma moça forte e corajosa da Galiléia a Jesus; uma vez glorificado, fez dela uma “mulher vestida de sol” participante da glória do próprio Filho.
Mãe e Filho, unidos uma vez pela adesão à palavra, dada e recebida, unidos para sempre pela força desta mesma palavra. Eles, que haviam depositado na realização do projeto do Pai toda sua vida, fizeram do serviço a esta vontade a motivação de sua existência. A seu amor incondicional o Pai responde, como sempre faz.
«Eis a serva do Senhor» continua dizendo a cada um de nós Aquela que humildemente pôs a sua vida à disposição de Deus, Aquela que deseja que em cada um de nós, confiados eternamente a Ela no último suspiro de Jesus, se realize a firme certeza do Filho: «onde eu estiver, estará também meu servidor. Se alguém me servir, o Pai o honrará» (Jo, 12,26). Porque estar à disposição é a resposta ainda hoje desafiadora à arrogância do orgulho. È a lógica que “confunde os fortes” que «derruba os poderosos de seus tronos».
Que esta solenidade tão rica, memória e antecipação do grande dom que Deus reserva para os que sabem confiar, alegre a nossa vida e nos projete, com entusiasmo, no mundo, portadores daquela realidade que supera o mundo.

Assunção de Nossa Senhora

Quem é essa Mulher?

Celebramos hoje a festa da Assunção de Nossa Senhora.

Esse DOGMA foi definido como verdade de fé
pelo papa Pio XII em 1950:
"É dogma revelado por Deus que a Imaculada Mãe de Deus,
a Virgem Maria, terminado o curso de sua vida terrena,
foi elevada em corpo e alma à glória celestial."
Mas a FESTA da Assunção é bem mais antiga.
Inicialmente, era a festa da "Dormição" de Maria (não se fala de morte)
e da transferência de seu corpo para o paraíso.
Em Jerusalém já se fazia nessa época uma procissão ao túmulo de Maria.

As LEITURAS BÍBLICAS relacionam-se com a festa:

1a leitura: Maria, imagem da Igreja. (Ap 11,19a; 12,1-10ab)
Como Maria, a Igreja gera na dor um mudo novo.
E como Maria, participa na vitória de Cristo sobre o Mal.

A visão do grande sinal, proclamada no dia da Assunção,
nos leva a reconhecer que, no seguimento de Jesus e na pessoa de Maria,
a nova humanidade já é acolhida junto de Deus.

2a leitura: Maria, nova Eva.
Novo Adão, Jesus faz da Virgem Maria uma nova Eva,
sinal de esperança para todos os homens. (1Cor 15,20-27)

O texto é uma longa demonstração da ressurreição.
A Assunção é uma forma privilegiada de Ressurreição.
O apóstolo não evoca Maria, mas esta leitura na Assunção,
leva a reconhecer o lugar eminente da Mãe de Deus
no grande movimento da ressurreição.

Evangelho: Maria, Mãe dos crentes.
Cheia do Espírito Santo, Maria encontra palavras de fé e de esperança:
doravante todas as gerações a chamarão bem-aventurada! (Lc 1,39-56)

* O cântico de Maria descreve desde o começo o Plano de Deus,
que prosseguiu em Maria e que se cumpre agora na Igreja.

+ O SENTIDO DA FESTA: uma Mulher SINAL

- A primeira e a mais perfeita discípula de Cristo.
A Virgem se constitui em imagem e tipo de Igreja na ordem da fé,
da caridade e da união perfeita com Cristo.
Maria encarnou em sua pessoa e em sua vida terrena,
o ideal de santidade do seguidor de Cristo.
- Sinal escatológico da Igreja:
Maria Assunta é figura e primícia da Igreja que um dia será glorificada;
é consolo e esperança do povo ainda peregrino na terra.
É a Ponte da passagem de Israel para a Igreja.

- É um Sinal humano de esperança.
A contemplação de Maria na glória nos faz ver a vitória
da esperança sobre a angústia, da comunhão sobre a solidão,
das perspectivas eternas sobre as temporais, da vida sobre a morte.

+ Maria é um modelo cristão para hoje ?
"A Virgem Maria sempre foi proposta pela Igreja à imitação dos fiéis
não precisamente pelo tipo de vida que levou, dentro do ambiente em que viveu, hoje superado, mas sim porque ela aderiu totalmente à vontade de Deus,
porque soube acolher a sua palavra e pô-la em prática,
porque a sua ação foi animada pela caridade e pelo espírito de serviço,
porque foi a primeira e mais perfeita discípula de Cristo". (Paulo VI)

+ Maria sinal do amor de Deus.
Na vida sentimos necessidade de expressões de amor e sinais de carinho,
que os outros têm para conosco e que temos pelos outros:
uma saudação, um beijo, uma carta, um gesto, um sorriso...
Na vida espiritual também necessitamos desses sinais...
Cristo é o grande Sacramento do Pai e Maria é o sinal perene e maternal
do amor que Deus nos tem em Cristo Jesus nosso Senhor.

A festa de hoje é sinal do que Deus prepara
para os que são capazes de amar e servir.
É a antecipação do que Deus quer doar: a plena felicidade...

Neste mês vocacional, a Igreja também nos apresenta outra pessoa
que deve ser UM SINAL DE DEUS no meio do povo e
para quem Maria é um modelo a ser seguido: o Religioso e a Religiosa...

Como Maria, os religiosos também:
- fazem uma consagração especial: a Deus e aos irmãos...
- devem ser um SINAL de DEUS no meio do Povo...

Esta festa desperta e reforça a nossa ESPERANÇA,
porque a vitória de Cristo e de sua Mãe assegura também nossa vitória:
nos aponta o destino que Deus quer para todos.

E essa vitória será possível se, a exemplo de Maria,
formos fiéis à Palavra de Deus, tivemos um coração humilde
e estivermos atentos às necessidades dos irmãos...

E como Maria foi um sinal de esperança...
rezemos para que os religiosos também continuem sendo ainda hoje
no meio do povo: UM SINAL DE DEUS...

(Pe Antonio Geraldo Dalla Costa)

Assunção de Nossa Senhora

Neste domingo, celebramos a solenidade de Nossa Senhora da Glória. Maria, depois de seu sim aos desígnios do Altíssimo, põe-se apressadamente a caminho. A "boa notícia" do cumprimento das promessas de Deus faz a jovem percorrer a região montanhosa para encontrar-se com sua prima Isabel. É a Boa-Nova que ultrapassa as fronteiras da Judéia e se espalha entre as nações. Da casa de Zacarias e Isabel, os pobres proclamam a misericórdia de Deus que, edificando sua tenda entre os seres humanos, realiza as promessas da salvação. Encontram-se face a face duas mulheres. Ambas gestam e esperam o nascimento de uma criança. Isabel é idosa, estéril e tem a pele enrugada. Maria é jovem e virgem. Elas, de modo familiar, partilham das mesmas preocupações e de mesmo sonho. Felizes, chegam ao discernimento da presença de Deus e se colocam ao serviço de seus projetos. A ação divina geradora de nova vida inunda de alegria as gestantes. Movida pelo Espírito Santo, Isabel intui a presença de Deus na gravidez da jovem Maria. Desvela o mistério que consiste na maternidade messiânica da prima. Suas palavras se constituem num hino de louvor proferido sob a viva experiência da presença do Messias em seu ventre: "Você é bendita entre as mulheres, e é bendito o fruto do seu ventre". Por meio de Isabel e Zacarias, o Antigo Testamento se curva reverente e reconhece a nova humanidade (o Novo Testamento) no seio de Maria. O encontro entre as duas gestantes atinge seu ápice: "Bem-aventurada aquela que acreditou, porque vai acontecer o que o Senhor lhe prometeu". Maria é a herdeira da bênção divina e, por isso, modelo da esperança no Cristo que vem. A partir desta bem-aventurança, ilumina-se o fato da visitação e descortinam-se os horizontes da missão de Maria e da história da salvação. Maria é a Virgem que acredita, que confia e adere deixando-se conduzir "pela luz que vem do alto". Não possui, antecipadamente, as respostas às suas inquietações. Terá de descobri-las pondo-se apressadamente a caminho e no discernimento do insondável mistério de Deus. Maria é criatura de fé.No Magnificat, espelho da grandeza da alma de Maria, "ela se manifesta como modelo para os que não aceitam passivamente as circunstâncias adversas da vida pessoal e social, e não são vítimas de alienação, como hoje se diz, mas antes proclamam com ela que Deus vingou os humildes, e, se for o caso, depõe do trono os poderosos" (João Paulo II, Discurso em Zapopan, 4 - Publa 297).

(http://www.vocacoes.com.br/l_evangelhos.htm)

Solemnidad de la Asunción de la Ssma.Virgen

Celebramos hoy la Festividad de la Asunción de la Santísima Virgen María al Cielo en cuerpo y alma. Las Lecturas son referidas a la Virgen. Y aunque trataremos el tema de la Asunción, revisemos primeramente algo de los textos de hoy.
La Primera Lectura, tomada del Apocalipsis (Ap. 11, 19; 12,1-6, 10), nos habla de una figura prodigiosa que aparece como sol radiante en el Cielo: una mujer a punto de dar a luz que gemía con dolores de parto. Se refieren estos textos sobre todo a María, pero también podrían aplicarse a la Iglesia. Por cierto, los dolores de parto no se refieren a los de la generación física del Mesías, los cuales la Virgen María no padeció, sino más bien se refieren a los dolores de la Pasión de su Hijo, dolores que la Madre compartió con el Hijo. La batalla descrita en que el dragón barre un tercio de las estrellas, se refiere a los ángeles rebeldes que se opusieron a Dios y fueron barridos del Cielo. La mujer que huye al desierto, puede referirse más bien a la Iglesia, protegida por Dios durante la persecución. Termina el texto con la victoria de Cristo y de su Iglesia.
El Evangelio (Lc. 1, 39-56) nos relata la Visita de María a su prima Santa Isabel, y nos trae la bellísima oración de la Santísima Virgen María, el Magnificat, en la cual la Virgen, siendo la más grande de las criaturas humanas, se presenta como la más humilde de todas. Ella, que es la Madre del Mesías, refiere toda la grandeza y toda la gloria a Dios, que ha hecho maravillas en ella.
Sin embargo, la fiesta de hoy, la Asunción de la Santísima Virgen María al Cielo, nos recuerda nuestra futura inmortalidad, nuestro destino final después de nuestra vida en la tierra. Predicar sobre esto ha perdido vigencia.
Hablar de la eternidad, de las realidades últimas (muerte-juicio: infierno o gloria) ha pasado de moda: parece que no se quiere hablar de lo que nos espera a cada uno de los seres humanos al finalizar nuestro paso por esta vida terrena. Cuestión insólita, si consideramos, como dice el dicho popular, que lo más seguro que tenemos es la muerte … ¡Y más importante que la misma muerte es lo que viene después de la muerte!
En varias de sus Catequesis, el Papa Juan Pablo II nos dijo que el recordar esas “realidades últimas”, nos ayuda a vivir mejor las “realidades penúltimas”, o sea, nos ayuda a vivir mejor nuestra vida aquí en la tierra.
¿Cómo, entonces, no hablar de las “realidades últimas” sobre todo en la Fiesta de la Asunción de la Santísima Virgen María? ¿Qué relación hay entre estas “realidades últimas” y la Asunción de la Virgen al Cielo?
“El dogma de la Asunción afirma que el cuerpo de María fue glorificado después de su muerte".... (JP II, 2-julio-97).
Sabemos que la Asunción de María en cuerpo y alma al cielo es un Dogma de nuestra fe católica, expresamente definido por el Papa Pío XII hablando “ex-cathedra”. Y ... ¿qué es un Dogma? Puesto en los términos más sencillos, Dogma es una verdad de Fe, revelada por Dios (en la Sagrada Escritura o contenida en la Tradición), y que además es propuesta por la Iglesia como realmente revelada por Dios.
En este caso se dice que el Papa habla “ex-cathedra”, es decir, que habla y determina algo en virtud de la autoridad suprema que tiene como Vicario de Cristo y Cabeza Visible de la Iglesia, Maestro Supremo de la Fe, con intención de proponer un asunto como creencia obligatoria de los fieles Católicos.
Un Dogma de Fe, entonces, es una verdad de obligatoria creencia para todo Católico. Y por el Dogma de la Asunción sabemos que María, “terminado el curso de su vida terrena, fue asunta en cuerpo y alma a la gloria celestial” (de la Bula que declara el Dogma de la Asunción el 1-11-1950). No quedó definido si la Santísima Virgen murió o no. Solamente que su cuerpo no quedó sometido a la corrupción del sepulcro y que ha sido ya glorificado.
Algunos pueden creer que éste en un “dogma inútil”, como se atrevió a proclamar hace algún tiempo un Teólogo. Pero ... ¿por qué, lejos de ser “inútil”, es importante que los Católicos recordemos y profundicemos en el Dogma de la Asunción de la Santísima Virgen María al Cielo? El Catecismo de la Iglesia Católica responde clarísimamente a este interrogante:
“La Asunción de la Santísima Virgen constituye una participación singular en la Resurrección de su Hijo y una anticipación de la resurrección de los demás cristianos” (#966). ¡Nada menos!
La importancia de la Asunción para nosotros, hombres y mujeres de comienzos de este Tercer Milenio de la Era Cristiana, radica -entonces- en la relación que hay entre la Resurrección de Cristo y la nuestra. La presencia de María, mujer de nuestra raza, ser humano como nosotros, quien se halla en cuerpo y alma, ya glorificada en el Cielo es eso: una anticipación de nuestra propia resurrección.
Veamos con más detalle, entonces, en qué consiste eso que los Católicos tenemos como uno de nuestros dogmas: la Asunción de la Santísima Virgen. A los seres humanos santos, al morir, Dios los glorifica sólo en sus almas y deben esperar el fin del mundo para ser glorificados también en sus cuerpos. La Santísima Virgen María tuvo el privilegio único de ser glorificada tanto en su alma, como en su cuerpo, al finalizar su vida terrena.
El Papa Juan Pablo II, en una de sus Catequesis sobre la Asunción, explicaba esto en los siguientes términos:
“El dogma de la Asunción afirma que el cuerpo de María fue glorificado después de su muerte. En efecto, mientras para los demás hombres la resurrección de los cuerpos tendrá lugar al fin del mundo, para María la glorificación de su cuerpo se anticipó por singular privilegio” (JP II, 2-julio-97).
María, un ser humano como nosotros -salvo por el hecho de haber sido preservada del pecado original- está en la gloria del Cielo, en cuerpo y alma. Esta “realidad última” de María Santísima es preludio de nuestra propia “realidad última”. El Cielo y la gloria en cuerpo y alma es el fin último de cada uno de nosotros los seres humanos. Para eso hemos sido creados por Dios, y cada uno es libre de alcanzar esa realidad o de rechazarla. Cada uno es libre de optar por esa felicidad total y eterna en el Cielo, en gloria, o de rechazarla, rechazando a Dios.
Por ley natural, los cuerpos de los seres humanos -si son convertidos en cenizas, como es usual ahora- se descomponen después de la muerte. Sólo en el último día volverá a unirse cada cuerpo con su propia alma. Todos resucitaremos: los que han obrado mal y los que han obrado bien. Será la “resurrección de los muertos (o de la carne)”, que rezamos en el Credo. “Unos saldrán para una resurrección de vida y otros resucitarán para la condenación” (Jn. 5, 29).
¿Y cómo serán nuestros cuerpos gloriosos? Nuestros cuerpos resucitados serán nuestros mismos cuerpos, los mismos que tenemos aquí en la tierra (nada de estar brincando de cuerpo en cuerpo, como sostiene la re-encarnación). Pero nuestros mismos cuerpos estarán en un nuevo estado: ¡serán cuerpos gloriosos! Como el de Jesucristo, como el de la Virgen. Primero que todo, serán inmortales; además, sin defecto, ya no se corromperán, ni se enfermarán, ni se envejecerán, ni se dañarán, ni sufrirán nunca más.
Dice la Bula de la Asunción que la Virgen María “no estuvo sujeta a la ley de permanecer en la corrupción del sepulcro, ni tuvo que esperar la redención de su cuerpo hasta el fin del mundo”. Nosotros sí. Pero tenemos la seguridad de nuestra futura inmortalidad, de nuestra futura resurrección en cuerpo y alma gloriosos.
Si optamos por Dios, amándolo sobre toda otra cosa, persona o consideración, si buscamos hacer su Voluntad en todo ... resucitaremos como Cristo y estaremos en el Cielo, en gloria ... como El y su Madre, la Santísima Virgen María.
Sabemos que nuestra meta, entonces, es llegar al Cielo. Llegar al Cielo es “la carrera que tenemos por delante”, esa carrera de la cual nos habla San Pablo (Hb. 12, 1). El Cielo es la meta de nuestra carrera. San Pablo, que según sus escritos pudo vislumbrar el Cielo, no lo puede describir y dice del Cielo lo siguiente: “ni el ojo vio, ni el oído escuchó, ni el corazón humano puede imaginar lo que Dios tiene preparado para aquéllos que le aman” (1 Cor. 2, 9). Así es el Cielo: indescriptible, inimaginable, insondable, inexplicable para el ser humano, pues somos limitados para comprender lo ilimitado de Dios. Y el Cielo es básicamente la presencia de Dios.
Al morir, pues, nuestra alma se separa del cuerpo. El alma pasa a la Vida Eterna: o al Purgatorio para posteriormente pasar al Cielo, o al Cielo directamente, o al Infierno. Y el cuerpo, que es material, queda en la tierra, bien descomponiéndose o bien hecho cenizas si ha sido cremado, o de alguna otra manera, según haya sido la muerte.
Volvamos, entonces, al Misterio de la Asunción de la Virgen María al Cielo. Este Misterio nos recuerda la promesa del Señor de nuestra resurrección: resucitaremos como El ... Y ¿qué significa resucitar? Resurrección es la re-unión de nuestra alma con nuestro cuerpo glorificado. Resurrección no significa que volveremos a una vida como la que tenemos ahora. Resurrección significa que Dios dará a nuestros cuerpos una vida distinta a la que vivimos ahora, pues al reunirlos con nuestras almas, serán cuerpos incorruptibles.
Nuestros cuerpos resucitados serán nuestros mismos cuerpos, pero en un nuevo estado: serán inmortales (ya no volverán a morir); serán sin defecto, y ya no se corromperán, ni se enfermarán, ni se envejecerán, ni se dañarán, ni sufrirán nunca más. ¡Serán cuerpos gloriosos!
Y ¿cómo es un cuerpo glorioso? ¿Cómo es el cuerpo glorioso de la Santísima Virgen María? Los videntes que dicen haber visto a la Virgen -y la ven en cuerpo glorioso, como es Ella después de haber sido elevada al Cielo- se quedan extasiados y no pueden describir ni lo que sienten, ni la belleza y la maravilla que ven.
Conocemos de otro cuerpo glorioso: el de nuestro Señor Jesucristo después de resucitar. Era ¡tan bello! el cuerpo glorioso de Jesús, que no lo reconocían los Apóstoles ... tampoco lo reconoció María Magdalena.
Y cuando el Señor se transfigura ante Pedro, Santiago y Juan, en el Monte Tabor, mostrándoles sólo parte del fulgor de su Gloria ... era ¡tan bello lo que veían! ¡tan agradable lo que sentían! que Pedro le propuso al Señor hacerse tres tiendas para quedarse a vivir allí mismo. Así es un cuerpo glorioso.
Esta Fiesta importante de la Iglesia, esta Fiesta importante de la Santísima Virgen María, en la que conmemoramos su subida al Cielo en cuerpo y alma, nos recuerda nuestra futura inmortalidad. Y sírvanos este recuerdo, y esta seguridad que tenemos de resucitar como Cristo resucitó, para erradicar de una vez por todas de entre nosotros los Católicos, esa creencia estúpida en ese mito, en esa mentira, que es la re-encarnación.
La re-encarnación niega la resurrección ... y niega muchas otras cosas. Parece muy atractiva esta falsa creencia. Sin embargo, si en realidad lo pensamos bien ... ¿cómo va a ser atractivo volver a nacer en un cuerpo igual al que ahora tenemos, decadente y mortal, que se daña y que se enferma, que se envejece y que sufre ... pero que –para colmo- tampoco es el mío?
Aun partiendo de una premisa falsa, suponiendo que la re-encarnación fuera posible, si no fuera un mito, una mentira ... ¿cómo podemos estar pensando los cristianos, que tenemos la seguridad y la promesa del Señor de nuestra futura resurrección ... cómo podemos pensar que es más atractivo re-encarnar, por ejemplo, en un artista de cine, o en un millonario, o en una reina ... que resucitar en cuerpos gloriosos?
Entonces, ante la promesa del Señor de nuestra futura inmortalidad al ser resucitados con El, y ante la maravilla de lo que serán nuestros cuerpos resucitados ¿cómo a algunos hombres y mujeres de hoy puede ocurrírsenos que re-encarnar -si es que esto fuera posible- en otro cuerpo terrenal, decadente, que ¡para colmo! no es el mío y que además volverá a morir, puede ser más atrayente que resucitar en cuerpo glorioso como el de la Santísima Virgen María?
Celebremos la Asunción de María al Cielo renovando nuestra fe y nuestra esperanza en nuestra futura inmortalidad. Que así sea.

Assunção de Nossa Senhora

A morte da Virgem Maria chama-se dormição, porque foi sonho de amor. Não foi triste nem doloroso; foi o cumprimento dum desejo. É probabilíssimo e hoje bastante comum a crença de a Santíssima Virgem ter morrido antes que se realizasse a dispersão dos apóstolos. A tradição antiga localiza a sua morte no Monte Sião, na mesma casa em que seu filho celebrara os mistérios da Eucaristia e onde, em seguida, tinha descido o Espírito Santo sobre os apóstolos.Hoje, sobre a parte da área que a Basílica de Constantinopla ocupou, levanta-se a "igreja da Dormição", magnífica rotunda de estilo gótico, consagrada em 1910, cujas pontiagudas torres se descobrem de todos os ângulos de Jerusalém. É lugar preferido por fiéis de todas as confissões cristãs para o seu último descanso na terra. Assim vê-se rodeada de cemitérios católico, grego, arménio e protestante anglicano.Por meio da Constituição Apostólica "Munificentissimus Deus", definiu Pio XII esta doutrina como dogma de fé. Dada em Roma, junto de S. Pedro, no ano do grande Jubileu, mil novecentos e cinquenta, no dia primeiro de Novembro, festa de todos os Santos.cf.www.ecclesia.pt

Homilia sobre a Dormição da Mãe de Deus (S. Nicolau Cabasilas (c. 1320-1363), teólogo leigo grego)

Homilia sobre a Dormição da Mãe de Deus
"Exalta os humildes"
Era preciso que a Virgem fosse associada a seu Filho em tudo o que respeita à nossa salvação. Tal como ela o fez partilhar a sua carne e o seu sangue..., assim ela tomou parte em todos os seus sofrimentos e em todas as suas dores... Foi ela quem primeiro se tornou conforme à morte do Salvador por uma morte semelhante à dele (Rm 6,5). Foi por isso que, antes de qualquer outro, ela participou da ressurreição. Com efeito, depois de o Filho ter quebrado a tirania do inferno, ela teve a felicidade de o ver ressuscitado e de receber a sua saudação e de o acompanhar tanto quanto pôde até à sua partida para o céu. Depois da ascensão, ela tomou o lugar que o Salvador tinha deixado livre entre os apóstolos e os outros discípulos... Não convinha isso a uma mãe, mais do que a qualquer outra pessoa? Mas era preciso que aquela alma santíssima se separasse daquele corpo sacratíssimo. Deixou-o e uniu-se à alma de seu Filho, ela que era uma luz criada uniu-se à luz que não teve princípio. E o seu corpo, depois de ter ficado algum tempo debaixo da terra, também ele foi levado ao céu. Era preciso, com efeito, que ele passasse por todos os caminhos que o Salvador tinha percorrido, que resplandecesse para os vivos e para os mortos, que santificasse a natureza em todos os aspectos e que, em seguida, recebesse o lugar que lhe convinha. Por isso, o túmulo o abrigou durante algum tempo; depois, o céu acolheu aquela terra nova, aquele corpo espiritual, mais digno do que os anjos, mais santo do que os arcanjos. E o trono foi entregue ao rei, o paraiso à árvore da vida, o mundo à luz, a árvore ao seu fruto, a Mãe ao Filho; ela era perfeitamente digna pois que ela o tinha gerado. O bem-aventurada! Quem encontrará as palavras capazes de exprimir os benefícios que recebeste do Senhor e os que prodigalizaste a toda a humanidade?... Só lá em cima podem resplandecer as tuas maravilhas, nesse "novo céu" e nessa "nova terra" (Ap 21,1), onde brilha o Sol da Justiça (Ma 3,20) que as trevam nem seguem nem precedem. O próprio Senhor proclama as tuas maravilhas, enquanto os anjos te aclamam.