quinta-feira, 17 de abril de 2008

5° Domingo da Páscoa (Pe Carlo)

Envolvidos com a alegria da Páscoa que ainda ressoa em nossos corações a liturgia já nos faz pressentir que esta sensação, feita de alegria pela vitória de Deus sobre os projetos do poder constituído e sobre toda presunção, é um sentimento intermediário; essencial, sim, mas não único e absoluto. Trata-se de uma situação semelhante à de Maria de Mágdala, a qual instintivamente queria segurar o “seu” Jesus do mesmo modo que o havia conhecido, mas isto não era possível. A Ressurreição havia já instaurado novos tempos que não permitiriam mais que o Senhor permanecesse conosco do mesmo modo que anteriormente. A Páscoa de Jesus foi bem mais que a revivescência de um cadáver (que ninguém viu), como no caso de Lázaro; foi o início de um novo tempo no qual Jesus continuaria estando entre os homens e com o Pai, numa relação diferente e nova mas não impossível para a nossa compreensão; uma dimensão da qual fazemos experiência, sem contudo conseguir enquadrar em nossos esquemas, quando vivemos a dimensão eucarística da nossa vida cristã. Eis, então que este domingo nos recorda as palavras de Jesus ao findar da última ceia; palavras de despedida, mas que deixam aberta uma outra perspectiva incompreensível naquele momento. É difícil entender este trecho do Evangelho de João se não levarmos em consideração quanto precede as palavras que acabamos de ler, aproximemo-nos com paciência e respeito.
João não narra a instituição da Eucaristia, como o fazem os outros três Evangelistas já que, na época em que ele escreve, a liturgia eucarística estava bem afirmada em todas as comunidades cristãs; sua celebração já tinha sido orientada corretamente e purificada de algumas interpretações errôneas por Paulo e os outros colaboradores dos Apóstolos. A praxe do Batismo e a catequese que o precedia se preocupavam também de explicar a celebração da “fração do pão”. Por isso João preocupou-se mais de penetrar o sentido misterioso que o Senhor havia associado àquele gesto; sentido que teria a sua plena realização e compreensão com a Páscoa. É nesta linha então, que procederemos.
Três momentos merecem ser lembrados. Naquela noite, Jesus havia substituído o gesto de “se lavar as mãos”, sinal da religiosidade judia do caminho de purificação, com o gesto de “lavar os pés de outros”, sinal do amor-que está-ao-serviço, o símbolo de um novo caminho, que Jesus propunha aos que desejariam trilhar o seu mesmo caminho.
E ainda, mesmo o Senhor sabendo que Judas O deixaria e passaria a enrijecer-se na sua posição, mesmo assim deu a Judas aquele pedaço de pão de tanto valor simbólico, pedaço que um pai dava ao filho mais necessitado em sinal de que estaria sempre ao lado do próprio filho, mesmo quando este não pudesse mais se alimentar.
Por último, diante do espontâneo gesto de fidelidade de Pedro, Jesus recorda que não é suficiente um sentimento momentâneo; Pedro sentiria o amargo sabor da derrota dos sentimentos, então compreenderia que somente uma escolha radical poderia fazer dele o “pastor” ao qual Jesus entregaria o seu rebanho.
Do ponto de vista dos discípulos tudo isto se transformava em “perturbação”. O que parecia certo não o era mais, o que parecia forte não o era, o que estava garantido...
A resposta de Jesus visa imediatamente infundir aquela segurança da qual os discípulos precisam, mas se abre às outras realidades misteriosas que a Eucaristia traz consigo. «Tendes fé em Deus, tende fé em mim também»; este texto, como é próprio do Evangelista, pode ser lido de duas maneiras diferentes na língua original. A primeira é como que uma exortação para continuar na fé em Deus e em Jesus. A segunda é uma afirmação: Jesus constata que eles têm fé em Deus, uma fé que ele experimentou ao longo de anos de convivência, reconhece o valor de todo um caminho feito, por isso exorta para continuar a “crer Nele”. Eis então que descobrimos uma primeira lição: quando as situações estão complicadas e não perecem ter saída, quando parece que ninguém vê os dramas que vivemos, Jesus nos diz: “eu estou vendo, não se preocupe, nada é em vão”. A coragem de continuar freqüentemente nasce quando sentimos que uma pessoa que nos ama vê, reconhece, sabe do que se passa dentro de nós e, por isso, continua acreditando em nós. «Fazei isto em memória de mim»... dizia pouco antes Jesus. Fazei isto: entrai no coração do outro, se quiserem reviver e entender, depois que eu vos tiver deixado, o que o pão e o vinho significam!
Na linguagem do Evangelista é comum encontrar a distinção entre “crer a...” (ou seja, crer às palavras ou atos de alguém) e “crer em...”. Esta segunda expressão é mais carregada de significado. “Crer a...” significa dar um crédito com a nossa mente. “Crer em...” significa penetrar dentro da vida de alguém de modo a não precisar mais de um “consentimento intelectual” mas a comunhão estabelecida com o tempo e as atitudes, se torna o motor de qualquer ato o qual brota simples, espontâneo, criativo. Fruto de dois corações que sentem a mesma coisa, que querem a mesma coisa, que se fundem um no outro, perdendo-se e reencontrando-se sempre um no outro. Isto é comunhão, isto é Eucaristia. Diariamente a Igreja nos recorda que se crê “por Cristo, com Cristo e em Cristo”; os primeiros cristãos eram batizados “em nome de Cristo”, para indicar o caminho que o fiel faz, lado a lado, coração com coração, vida com vida, com Jesus, presente na comunidade de fé.
É compreensível que desta maneira de falar de Jesus surgissem questionamentos; Jesus não estava propondo uma nova religião, mas uma nova maneira de existir com Deus. Até então as visões religiosas sempre haviam associado o “paraíso”, a vida futura, com um bem-estar; este seria tanto maior quanto mais a alma estivesse localizada perto da divindade; a felicidade seria tanto maior quanto mais a alma conseguisse alcançar uma condição que fosse “mais perto” possível daquela de Deus. Em suma, religião era a conquista de um “lugar” na outra vida. A isto responde João com mais um artifício literário com o intuito de transmitir-nos os sentimentos de Jesus: «Na casa de meu Pai há muitos lugares» (monai pollai eisin). O vocábulo usado pode significar contemporaneamente duas coisas: tanto um espaço, em sentido de “lugar”, quanto “uma condição, uma maneira de estar permanentemente” (do verbo menw, que significa “estar sempre presente”). A possibilidade de interpretar de duas maneiras diferentes faz parte da lógica do Evangelista para o qual existem duas categorias de pessoas: aquelas que somente vêem o que se apresenta imediatamente e aquelas que vêem o “mistério” escondido por baixo daquilo que os olhos vêem. Deste modo o Evangelista diz, a quem quer ouvir, que para Jesus a fé cristã não se extingue em cumprir atos religiosos, mas é uma “maneira de estar, permanentemente, onde está Deus, com Ele”. A este ponto é cabível também a pergunta de Tomé que poderemos resumir assim: “afinal, onde está Deus?”; “qual é a sua casa?”, “qual é o lugar Dele?”.
Creio que seja um esforço pouco produtivo procurar uma resposta em algo circunscrito, como se fosse um lugar onde apontar os nossos esforços; Jesus nos precaveu muito desta atitude (Mt. 24,17). Talvez, se nos perguntássemos qual é o “lugar” que Ele ocupa na nossa existência, nas nossas decisões quotidianas, talvez, o caminho estaria mais correto, poderíamos conhecer a qualidade da nossa relação com Deus, se é permanente, se é transitória...
Jesus sabe que os nossos corações não estão prontos para morar “permanentemente” com Deus.Todo dia a nossa vida nos diz esta verdade, nos revela que o nosso coração está momentos com Ele, momentos conosco, momentos com ninguém. Se Jesus “vai para o Pai” é para preparar este “lugar”, para fazer com que a sua presença em nós, mais profunda do que a sua presença histórico-geografica, possa gerar aquela atração para o infinito, aquela atração de amor capaz de tomar completamente o nosso coração. E assim, movidos por este impulso de comunhão mais profunda do que nós a nós mesmos, possamos sentir a “saudade do Céu” (S. Agostinho), aquela atitude que atrai para o “lugar” onde Jesus está; atitude capaz de orientar todas as decisões em uníssono com o coração de Jesus. É uma eternidade que começa hoje. Assim é a Eucaristia que celebramos, é um elo de encontro entre o infinito e o tempo, é um momento no qual podemos aprender a “estar” com Deus, com o coração de Jesus.
Creio que aqui mereça uma breve consideração a seguinte expressão de Jesus: «voltarei e vos tomarei comigo ». Às vezes alguns traduzem “levarei comigo”; deste modo a ênfase é dada a um tipo de relação com Jesus que projeta o homem para fora do mundo, num outro “eone”, numa outra existência, enfim num paraíso desconhecido. Mas não é assim, literalmente o verbo (paralambanw) significa “tomar para si”, “estabelecer comunhão”; é isto que Jesus está disposto a oferecer aos discípulos, para que eles tenham em si a mesma comunhão que o Filho tem com o Pai, para que aprendam a “estar” a “viver a presença de Deus” assim como Jesus a viveu e a vive eternamente. Uma comunhão que não abstrai o homem do seu meio, mas, ao contrário, lhe faz sentir dentro do seu mundo aquilo que Jesus sentia no meio das pessoas, que amava. Viver a Eucaristia é então bem mais do que a nossa decisão de cultuar a Deus num determinado modo, de participar de um rito, mas é dizer “sim” à oferta de uma nova qualidade de vida; é aprender passo a passo a estar em comunhão, para que esta seja o mais possível análoga àquela que Jesus tem para como Pai. Só assim será possível refletir o rosto de Deus para aqueles que buscam sentido na própria vida.
Por fim, a pergunta de Tomé nos reconduz à origem de todas as considerações que fizemos. «Como podemos conhecer o caminho?» Na época, não era muito diferente de hoje quanto às propostas religiosas que, inspiradas pelo gnosticismo e por doutrinas místicas orientais, buscavam “alcançar” a Deus por um caminho “iluminado”. Tratava-se de um puro esforço do espírito que se eleva através de técnicas, métodos etc. até alcançar a pureza em Deus. Obviamente a resposta de Jesus é uma aberta contradição a este modo de proceder. Com suas palavras o Senhor parece dizer: “vocês conhecem o caminho, já o trilharam, já sabem o que eu fiz para os homens mais fragilizados, injustiçados, esmagados sob o peso de leis desumanas, de preconceitos...” este é o caminho: ser o que Jesus foi para todos, para os homens e para o Pai. Este é o caminho, é objetivo, aberto, visível, capaz de perder, não fechado em egoísticas sensações mascaradas de religião. Atitudes estas que se reconhecem nos três gestos simbólicos mencionados acima, e que devem estar presentes em todo homem: o serviço aos outros e não a si mesmo (lavar os pés e não as próprias mãos), amar com amor fiel até a pessoa que decidiu trilhar um caminho diferente daquele de Jesus (o pedaço de pão que Jesus deu a Judas), não confiar demasiadamente em si mesmos (Pedro) mas naquilo que Jesus pode fazer em qualquer um de nós que esteja bem-disposto e fiel.

DOMINGO V DE PASCUA - CICLO A (IGNACIO OÑATIBIA)

Nada tiene de extraño que el tema de la Iglesia aflore con fuerza e insistencia en los "domingos de Pascua". Aparte la natural y estrecha vinculación del misterio de la Iglesia con el misterio pascual (la Iglesia, sacramento de la Pascua), está el hecho, litúrgicamente importante (documentado ya desde los tiempos del Crisóstomo y de Agustín), de la lectura de los Hechos de los Apóstoles durante la cincuentena pascual. Se narran los orígenes de la Iglesia; la selección de los domingos ofrece, en cada uno de los ciclos, a modo de un álbum de fotos de familia de la primera comunidad cristiana. Se pone de relieve que la vida de la Iglesia arranca del misterio pascual.
Pero este domingo son las tres lecturas las que se prestan a un tratamiento eclesiológico. Permiten proponer tres aspectos complementarios del misterio de la Iglesia, siempre en relación con la perspectiva pascual obligada en este tiempo.
-LA IGLESIA, TEMPLO ESPIRITUAL:
I/TEMPLO En la segunda lectura, san Pedro nos ofrece una de las más bellas descripciones de la Iglesia, pueblo sacerdotal, templo de Dios. Es una construcción "espiritual", no en el sentido de realidad "invisible", sino por estar construida y habitada por el Espíritu (cf. 1 Co 3. 15): la cohesión mutua de las piedras vivas que la conforman es obra del Espíritu.
Estas piedras vivas "entran en la construcción del templo del Espíritu" por el sacramento del Bautismo, primera experiencia pascual del cristiano, que lo deja marcado para toda la vida. No olvidemos que el tiempo pascual es el tiempo de los sacramentos de la iniciación cristiana, que definen la condición del cristiano como comunión con la Pascua del Señor. Sin apartarse de la imagen y del texto de Pedro, cabe hablar del origen pascual de esta construcción espiritual que es la Iglesia: descansa sobre "la piedra escogida y preciosa" que los constructores desecharon, el Señor Jesús, a quien crucificaron los hombres, pero Dios hizo "piedra angular" de la Iglesia (cf.Ef/02/20-22). "Nadie puede poner otro cimiento fuera del ya puesto, que es JC" (1Co/03/11). La Iglesia es "un pueblo adquirido por Dios": lo adquirió con la sangre de su Hijo (cf.Hch 20. 22).
Estamos ante un lugar clásico para la doctrina del sacerdocio común de los bautizados; no la podemos dejar pasar inadvertida.
La Iglesia es esa porción de la humanidad que Dios ha escogido para que le rinda culto en Espíritu y en Verdad. Su triple función -sacerdotal, regia y profética- está suficientemente apuntada en el texto: "ofrecer sacrificios espirituales", "proclamar las hazañas del que nos llamó". También su dependencia radical de JC, único Sumo Sacerdote y Mediador: así como el pueblo de Israel fue constituido nación sacerdotal delante de la roca del Sinaí sobre la cual se había celebrado el sacrificio ritual de la Alianza, el nuevo pueblo es consagrado sacerdote en torno a otra roca, Cristo, sobre la cual "ofrece los sacrificios espirituales que Dios acepta por JC".
-LA IGLESIA, UNA ESTRUCTURA DE SERVICIOS:
I/CRISIS:
La primera lectura nos orienta hacia otra faceta del misterio de la Iglesia. Nos la muestra como una sociedad humana, compuesta por hombres y mujeres normales. Asistimos a la primera crisis (crisis de crecimiento: "al crecer el número de los discípulos") y a las primeras tensiones (entre el grupo de los "helenistas", que hablaban griego, y el grupo de los "hebreos", que hablaban arameo y leían la biblia en hebreo).
La comunidad cristiana primitiva solucionó aquel problema organizando mejor entre sus miembros el servicio, la "diakonía".
En el "pueblo del Servidor de Yahvé" todo ha de entenderse como servicio humilde (el número siete era para los griegos símbolo de universalidad, como lo era el número doce para los judíos). En la Iglesia de Cristo todo es servicio: servicio de la Palabra, servicio de la oración, servicio de las mesas. Todos son "servidores" -"diakonoi"-, empezando por los responsables de la comunidad. De una manera u otra, todos están al servicio de la comunión. El modelo supremo, la referencia última obligada, es el gran Acto de Servicio que realizó en la cruz aquél que "no vino para que le sirvieran, sino para servir y dar su vida en rescate por todos" (Mc/10/05). A partir de aquel momento, en la Iglesia el servicio no se practica como un gesto aislado, sino como estilo de vida.
-LA IGLESIA, SACRAMENTO DEL REINO:
I/SO/DEL-RD El pasaje evangélico está enteramente proyectado hacia las "estancias del cielo". Por continuidad con los dos puntos anteriores, cabe interpretarlo también en clave eclesiológica. Así la Iglesia aparece como un pueblo en marcha hacia la casa del Padre, guiada por el Hijo resucitado. Su gran esperanza es volver a estar con su Señor, que ha llegado a la comunión total con el Padre. Su destino último y definitivo es entrar también ella en la familiaridad perfecta con Dios ("morada", en el lenguaje de Juan, es expresión de comunión con Cristo y con Dios). La Iglesia ya "ha sido iniciada en los misterios de tu Reino" (postcomunión), gracias a los sacramentos pascuales de la iniciación cristiana. Está llamada a "vivir, ya desde ahora, la novedad de la vida eterna" (ibidem) y a convertirse, para los hombres, en sacramento del Reino, de suerte que su vida "sea manifestación y testimonio de esta realidad que conocemos" (oración sobre las ofrendas).
MISA DOMINICAL 1990/10

5° Domingo da Páscoa (Pe, Antônio Geraldo Dalla Costa)

"Caminho, Verdade e Vida"

No Evangelho dos Domingos passados, vimos a preocupação de Jesus em formar uma Comunidade, que continuasse a sua obra.
Nós estamos aqui, porque pertencemos a essa Comunidade...
O que é mesmo uma Comunidade Cristã?

As Leituras bíblicas de hoje nos dão uma resposta:

A 1ª Leitura mostra o 1º Conflito na Comunidade de Jerusalém
e como resolveram o problema. (At 6,1-7)

- Os cristãos de origem grega queixam-se que as suas viúvas não estão recebendo
a mesma atenção do que as viúvas judaicas...
- Os Apóstolos propõem a escolha de sete homens honrados,
ficando eles mais livres para a Oração e para o serviço da Palavra.
Nascia assim o 1º Ministério na Igreja: o Diaconato. (Domingo dos ministérios)

* O episódio nos mostra que a IGREJA é:

- Uma Comunidade que sempre teve, tem e terá conflitos...
Porque a Igreja não é uma comunidade de pessoas perfeitas,
mas uma comunidade em contínuo processo de conversão.
Não é formada de santos, mas de pecadores perdoados...

- Uma Comunidade hierárquica:
Ela recorre aos apóstolos, reza invocando o Espírito Santo e
busca uma solução para o problema. Partilham as responsabilidades...
A Comunidade escolhe... Os Apóstolos confirmam impondo as mãos...

- Uma Comunidade de Servidores.
Escolhe sete homens "cheios do Espírito Santo", para o serviço das mesas.
Assim a Igreja Apostólica, guiada pelo Espírito de Cristo Ressuscitado,
vai desenvolvendo os ministérios para realizar a sua tríplice missão:
o Serviço da Palavra, do Culto e da Caridade.

Na 2a Leitura, São Pedro compara a Igreja a um Edifício Espiritual,
no qual Cristo é a "Pedra angular" e os cristãos "Pedras vivas".
O antigo templo de Jerusalém construído com pedras materiais
será substituído por esse novo templo formado de pedras vivas. (1Pd 2,4-9)

No Evangelho, a Igreja aparece como um Povo Peregrino
que caminha para Deus, guiado por Cristo,
que é o CAMINHO, a VERDADE e a VIDA. (Jo 14,1-12)

O texto faz parte do "Discurso da despedida", na última ceia.

- Aos Apóstolos, perplexos pelo anúncio da volta de Jesus ao Pai,
Jesus afirma: "Não vos preocupeis... vou preparar um lugar para vós...
depois voltarei e vos levarei comigo."
- A Tomé, que se mostra perdido, declara:
"Eu sou o Caminho, a Verdade e a Vida..."
. O CAMINHO: Ele vem do Pai e nos leva ao Pai..
. A VERDADE: a única que permanece para sempre.
. A VIDA: Só ele abre as portas para uma vida sem fim, em plenitude total.

* Resumindo, a Igreja é:

- É um POVO ORGANIZADO, em que os membros têm diferentes tarefas,
tais como o serviço da Caridade, da Palavra e do Culto.
- É um EDIFÍCIO ESPIRITUAL, em que Cristo é a Pedra fundamental e
nós Pedras vivas...
- É um POVO PEREGRINO que caminha para Deus, sob a guia de Cristo,
que é o Caminho, a Verdade e a Vida.

+ Que casa é esta, onde Jesus preparou muitas moradas?

- O Paraíso, onde teremos antecipadamente uma cadeira numerada?
- Não, a Casa do Pai é a Comunidade dos seguidores de Jesus (Igreja),
onde Cristo é a "Pedra angular" e nós devemos ser "Pedras Vivas".
É a Comunidade cristã, onde há "muitos lugares",
muitos serviços, muitas funções a serem desempenhadas...

- Ainda Hoje há muitas moradas nessa casa do Pai...
E nos lugares de trabalho preparados por Jesus,
muitos continuam desocupados...
E há "desempregados nessa casa..."
Por que será? Desinteresse? Falta de oportunidade?

Cristo continua presente ainda hoje através da sua Igreja.

- Nela, somos, de fato, "Pedras vivas", atuantes... desempenhando nossa função?
- Somos uma Comunidade organizada, que partilha responsabilidades,
que procura ser uma resposta atual ao homem de hoje:
com um Conselho que planeja, revê, anima e dá oportunidade a todos,
com Pastorais atuantes,
com Movimentos que vivem uma espiritualidade própria,
mas em comunhão com a Comunidade...
com Ministérios que animam os diversos setores...

Cristo garante: "Estou convosco... Eu sou o Caminho, a Verdade e a Vida..."
Caminho que devemos percorrer com os irmãos;
Verdade que devemos proclamar ao mundo carente da Luz divina;
Vida que devemos defender e cuidar...

- Que tipo de Igreja estou ajudando a construir na minha Comunidade?
- Ou fico apenas olhando de longe, criticando... e não assumindo o meu lugar?

5° Domingo da Páscoa (Frei Faustino Paludo, ofm cap.)

Caminho para o Pai
O Evangelho de João, neste domingo, integra o "discurso da despedida", em que nos é apresentado o diálogo de Jesus com os discípulos durante a Última Ceia. O Mestre dirige sua palavra a seus seguidores, perturbados pelo anúncio de sua partida - a Paixão e Morte. Ele concentra sua atenção nos discípulos inquietos diante do anúncio de sua partida e os tranqüiliza. "Não fique perturbado o coração de vocês". Exorta-os à adesão perseverante em Deus, pois Ele e o Pai são uma única realidade. "Acreditem em Deus e acreditem também em mim". Ele afirma que vai percorrer um caminho difícil, conhecido muito bem por eles (os discípulos). Passando por esse trajeto, Jesus conduzirá os discípulos "à casa do Pai".Outrora os discípulos perguntaram: "Mestre, onde moras?". Agora, eles passarão a viver onde Jesus vive. Ele os acolherá em seu lar. "Levarei vocês comigo, para que, onde eu estiver, estejam vocês também". O Evangelista ressalta a nova relação entre os discípulos e a comunidade com Deus. Na nova morada, Deus não surge mais como o "Senhor de tremenda majestade, de presença perturbadora, perante a qual os homens são súditos"; Ele aparece como Pai, onde as pessoas são filhos, irmãos de Jesus, partilhando de sua intimidade, isto é, identificados com o Filho único, pela ação do Espírito Santo, os discípulos mergulham na comunhão divina. Por sua Morte e Ressurreição, Jesus abre, de fato, caminho e se faz caminho que conduz ao Pai. Ele é o meio, a porta para a Vida, pois é a revelação do Pai, no qual estão a fonte e o horizonte de toda a caminhada humana. A comunidade dos discípulos, animada pelo dom do Espírito, seguirá o trajeto proposto por Jesus, doando a vida na realização dos projetos do Pai. Viver Jesus-Verdade é fazer concretamente, no cotidiano da existência, a vontade do Pai; edificar seu Reino. É ser fiel, como Jesus, ao projeto de Deus, empenhando-se pela verdade e, ao mesmo tempo, denunciando as mentiras enganosas da sociedade atual. A identificação com Jesus e o conhecimento do Pai não é algo dado de uma vez para sempre. É realidade dinâmica partilhada por quem se põe a caminho, na busca da verdade e da vida. Felipe revela sua falta de compreensão e não entende que Jesus é a presença do próprio Deus no mundo. Os longos anos de convivência e os ensinamentos recebidos não abriram nem ampliaram os horizontes do discípulo. Mas será após a Ressurreição de Jesus que os discípulos compreenderão que Ele é o novo santuário onde habita a glória de Deus. O evangelista ressalta que a presença do Pai em Jesus é dinâmica, pois, por meio de sua pessoa e de suas exigências, Ele exerce sua ação criadora e seu projeto salvífico. Jesus, por sua vez, insiste na total sintonia com o Pai: "Acreditem em mim. (...) Quem acredita em mim fará as obras que eu faço, e fará maiores que essas...". A obra de Jesus foi o começo. O discípulo poderá repeti-la ou executar ainda mais. A meta máxima é a prática do amor solidário para com o próximo, no qual o discípulo realiza o projeto do Pai.

DOMINGO 5 del Tiempo de Pascua- Ciclo "A" -


En el Evangelio de hoy, nuestro Señor Jesucristo nos da la que tal vez sea la definición más completa y profunda que El hizo de Sí mismo: “Yo soy el Camino, la Verdad y la Vida”.
Y nos dejó esa definición la noche antes de su muerte, cuando cenando con los Apóstoles, les daba sus últimos y quizás más importantes anuncios. Los Apóstoles, sin lograr entender mucho de lo que les decía, estaban evidentemente preocupados. Y el Señor los tranquilizaba diciéndoles: “En la Casa de Mi Padre hay muchas habitaciones ... Me voy a prepararles un lugar ... Volveré y los llevaré conmigo, para que donde Yo esté, también estén ustedes. Y ya saben el Camino para llegar al lugar donde Yo voy” (Jn. 14, 1-12).”
Tomás, el que le costaba creer, le replica: “Señor, si ni siquiera sabemos a dónde vas ¿cómo podemos saber el camino?”, a lo que Jesús le responde: “Yo soy el Camino, la Verdad y la Vida”.
Efectivamente, Jesús iba a morir, resucitar y ascender al Cielo; es decir, se iba a la Casa del Padre. Y a ese sitio desea llevarnos a cada uno de nosotros, para que estemos donde El está. Y El no solamente nos muestra el Camino, sino que nos dice que El mismo es el Camino, cuestión un tanto complicada, que Jesús les explica de seguidas: “Nadie va al Padre si no es por Mí”.
El Camino del cual nos está hablando el Señor no es más que nuestro camino al Cielo. Es el camino que hemos de recorrer durante esta vida terrena para llegar a la Vida Eterna, para llegar a la Casa del Padre, donde El está.
Y ... ¿cómo es ese camino? Si pudiéramos compararlo con una carretera o una vía como las que conocemos aquí en la tierra, ¿cómo sería? ¿Sería plano o encumbrado, ancho o angosto, cómodo o peligroso, fácil o difícil? ¿Iríamos con carga o sin ella, con compañía o solos? ¿Con qué recursos contamos? ¿Tendríamos un vehículo ... y suficiente combustible? ¿Cómo es ese Camino? ¿Cómo es ese recorrido?
Veamos algo importante: Jesús mismo es el Camino. ¿Qué significa este detalle? Significa que en todo debemos imitarlo a El. Significa que ese Camino pasa por El. Por eso debemos preguntarnos qué hizo El. Sabemos que durante su vida en la tierra El hizo sólo la Voluntad del Padre. Y, en esencia, ése es el Camino: seguir sólo la Voluntad del Padre. Ese fue el Camino de Jesucristo. Ese es nuestro Camino.
Vista la vida de Cristo, podríamos respondernos algunas preguntas sobre este recorrido: es un Camino encumbrado, pues vamos en ascenso hacia el Cielo.
Sobre si es ancho o angosto, Jesús ya lo había descrito con anterioridad: “Ancho es el camino que conduce a la perdición y muchos entran por ahí; estrecho es el camino que conduce a la salvación, y son pocos los que dan con él” (Mt. 7, 13-14).
¿Fácil o difícil? Por más difícil que sea, todo resulta fácil si nos entregamos a Dios y a que sea El quien haga en nosotros. Así que ningún recorrido, por más difícil que parezca, realmente lo es, si lo hacemos en y con Dios.
Carga llevamos. Ya lo había dicho el Señor: “Si alguno quiere seguirme, que se niegue a sí mismo, que cargue con su cruz de cada día y que me siga” (Lc. 9, 23).
No vamos solos. No solamente vamos acompañados de todos aquéllos que buscan hacer la Voluntad del Padre, sino que Jesucristo mismos nos acompaña y nos guía en el Camino, y -como si fuera poco- nos ayuda a llevar nuestra carga.
¿Recursos? ¿Vehículos? ¿Combustible? Todos los que queramos están a nuestra disposición: son todas las gracias -infinitas, sin medida, constantes, y además, gratis- que Dios da a todos y cada uno de los que deseamos pasar por ese Camino que es Cristo y seguir ese Camino que El nos muestra con su Vida y nos enseña con su Palabra: hacer en todo la Voluntad del Padre.
En la Primera Lectura de los Hechos de los Apóstoles (Hech. 6, 1-7) se nos relata la institución de los primeros Ministerios en la Iglesia. Hemos leído cómo los Apóstoles decidieron delegar en “siete hombres de buena reputación, llenos del Espíritu Santo y de sabiduría”, para que les ayudaran en el servicio a las comunidades cristianas que se iban formando, de manera que ellos pudieran dedicarse mejor “a la oración y al servicio de la palabra”.
Y respecto de esos “Ministerios” o funciones de servicio dentro de la Iglesia, el Concilio Vaticano II nos indica que, no sólo los Sacerdotes, Religiosos y Religiosas tienen funciones, sino que también los Laicos pueden y deben realizar funciones de servicio en la Iglesia. Y este derecho le viene a los Seglares del simple hecho de ser bautizados, pues el Sacramento del Bautismo los hace “participar en el Sacerdocio regio de Cristo” (LG 26).
Y el Concilio basa esa solemne declaración en la Segunda Lectura que hemos leído hoy, tomada de la Primera Carta del Apóstol San Pedro (1 Pe. 2, 4-9). En efecto, en su Documento sobre el Apostolado Seglar (AA 3) el Concilio explica lo que significa hoy para nosotros esta Segunda Lectura:
1. El Apostolado y el servicio de los Seglares dentro de la Iglesia es un derecho y es un deber.
2. Por el Bautismo los Laicos forman parte del Cuerpo Místico de Cristo, que es la Iglesia, y por la Confirmación son fortalecidos por el Espíritu Santo y enviados por el Señor a realizar la Evangelización, así como a ejercer funciones de servicio dentro de la misma Iglesia.
También, siguiendo lo que nos dice San Pedro en esta Carta: Cristo es la piedra fundamental -la piedra angular. Pero todos nosotros, Sacerdotes y Laicos, “somos piedras vivas, que vamos entrando a formar parte en la edificación del templo espiritual, para formar un sacerdocio santo”. Por eso el Concilio, basándose en esta Carta, declara que los Seglares “son consagrados como sacerdocio real y nación santa”.
Sin embargo, a pesar de toda la grandeza y significación que tiene el hecho de que los Seglares participen del Sacerdocio de Cristo, hay que tener en cuenta que hay una distancia considerable entre la función de un Seglar instituido como Ministro Laico para ejercer algún tipo de función dentro de la Iglesia y la función de un Sacerdote consagrado por el Sacramento del Orden Sacerdotal.
Pero es así como, a través de unos y otros Ministerios dentro de su Iglesia - los Ministerios Sacerdotales y los Ministerios Laicales - “el Señor -como hemos repetido en el Salmo (32)- “cuida de los que le temen”, cuida de cada uno de nosotros.