quinta-feira, 28 de agosto de 2008

22° Domingo do Tempo Comum (Pe. Antônio Geraldo Dalla Costa)

O caminho da Cruz

A Liturgia convida os seguidores do Senhor
a descobrirem a "loucura da CRUZ"
e apresenta dois exemplos: JEREMIAS e PEDRO.

Na 1a Leitura, JEREMIAS descreve sua experiência de Cruz. (Jr 20,7-9)

"Seduzido" pelo Senhor, colocou toda a sua vida a serviço de Deus.
Nesse caminho conheceu o sofrimento, a solidão, a perseguição.
Teve a tentação de largar tudo, mas não desistiu:
"Senti dentro de mim um fogo ardente a me penetrar!..."

* É o grito humano de um coração dolorido,
marcado pela incompreensão e pelo aparente fracasso na Missão...
Diante do sofrimento desanima, mas logo se reanima,
movido por uma grande paixão por Deus.

Na 2ª Leitura, São Paulo convida os cristãos a oferecerem a Deus a própria vida.
Esse é o verdadeiro culto que agrada a Deus. (Rm 12,1-2)

No Evangelho, Jesus anuncia aos discípulos a sua Paixão e Cruz
e avisa que o caminho dos discípulos é semelhante. (Mt 16,21-27)

- PEDRO não concorda e começa a "repreendê-lo".
- Jesus rejeita energicamente as insinuações de Pedro e diz:
"Afasta-se de mim, Satanás... não pensas as coisas de Deus...”
E acrescenta: "Se alguém quer me seguir, renuncie a si mesmo,
tome a sua CRUZ e me siga".
* Nós temos facilidade em aceitar a Cruz de Jesus, mas temos dificuldade,
mesmo com fé, em aceitar a nossa cruz no nosso dia a dia.

+ A Experiência dos CATEQUISTAS
Como Jeremias e de Pedro, eles se deixam "seduzir" por Deus e
aceitam cumprir essa grande missão.
São inevitáveis as dificuldades, os sofrimentos e as perseguições.
Não obstante tudo isso, no final estão convencidas que valeu a pena.

No DIA DO CATEQUISTA, gostaria de aprofundar um tema muito atual:
- Como devem ser os CATEQUISTAS PARA OS NOVOS TEMPOS?
O grande desafio é conseguir chegar até o coração das crianças e
dos jovens do mundo atual, que não dizem mais amém a tudo.

+ CATEQUESE RENOVADA

Em 1983, a Igreja no Brasil lançou um Documento sobre a Catequese Renovada.
A CNBB há pouco aprovou o Novo Diretório Nacional de Catequese.
É uma tentativa de encontrar novos rumos e novos métodos...
Ela está consciente que a Igreja hoje não é mais a única fonte de informação sobre o sagrado, mas sim uma das fontes. Hoje temos concorrentes.
Por isso devemos caprichar para não perder o freguês.
A pessoa que nos ouve quer razões para crer, não apenas doutrinas para repetir.
A catequese deve responder aos desafios do mundo presente.
Não é apenas transmitir conhecimentos, mas vivência de Deus...

+ Daí a importância da FORMAÇÃO dos catequistas.
Precisa haver atenção maior na formação de catequistas,
tanto da paróquia em oferecer meios atualizados e locais adequados,
tanto dos catequistas em buscar métodos novos e mais eficientes de catequizar. Não basta treinar. Deve ser um processo progressivo e permanente de formação.

+ E a INCULTURAÇÃO deve estar presente na Catequese,
descobrindo o modo de pensar e de agir da criança e do jovem de hoje.
É a porta de entrada para um começo de conversa...

+ A presença da FAMÍLIA na Catequese é fundamental.
Falou-se muito de sobre a catequese familiar... seria o ideal...
Mas as crianças que não têm família como ficaria?
E as que têm, será que todas estariam dispostas ou em condições nesse trabalho?
Os catequistas não devem substituir os pais, apenas complementar...
Mas, a Catequese, sem o apoio dos pais, fica profundamente prejudicado...
A melhor lição de catequese é dada pela alegria e pelo entusiasmo,
com que os pais vivem os valores da fé e os ensinamentos de Cristo
e a profunda experiência de Deus dos catequistas.

+ E a COMUNIDADE deve ser um lugar privilegiado
dessa experiência de Deus.

+ Catequistas,
vocês percebem o quanto são importantes, se souberem ouvir,
num mundo onde todos estão meio angustiados, até mesmo as crianças.
Devem saber ouvir, serem sinal de salvação, que é uma coisa acolhedora.
Salvação não é um código de leis, mas um ato de amor de Deus,
que abraça as pessoas. E o catequista deve ter essa cara de salvação.
O mundo precisa disso e o catequista é uma pessoa fantástica,
já que faz essa coisa rara no mundo de hoje: ele é gratuito.
Não é gratuito só porque não cobra pelo seu trabalho,
mas porque gosta de se dar.
Se ele for isso, o resto funciona por si.
Deve ser feliz por ser o que é, e ajudar a própria Igreja
a perceber o quanto ela também tem que ser assim.

Catequistas, obrigado,
porque vocês também se deixaram "SEDUZIR" pelo Senhor...
O Autor sagrado lhes garante:
"Felizes os pés que andam para anunciar boas novas".
Pe. Antônio Geraldo Dalla Costa

22° Domingo do Tempo Comum

Participar da Cruz
Como tema deste domingo, temos a renúncia para seguir livremente Jesus. Quem deseja seguir Jesus, fazendo dele caminho, verdade e vida, ouve de imediato o apelo: "Renuncie a si mesmo, tome sua cruz e siga-me". Até aqui, Jesus foi instruindo os discípulos e o povo, começando pela Galiléia; agora, o Mestre passa a se dedicar mais à formação do grupo dos discípulos. O caminho da cruz é marcado pela urgência de ir a Jerusalém: cidade centro do poder político e religioso. Aqui Ele será preso, torturado e condenado à morte, mas ressuscitará depois de três dias (v. 21). Jesus está determinado e consciente dos riscos que corre por causa da justiça do Reino que anunciou. Na Judéia, os anciãos, os chefes dos sacerdotes e dos escribas vão oferecer resistência, opondo-se determinadamente a Jesus.Uma realidade dura demais para a cabeça de Pedro. O discípulo que professara sua fé no Messias, "Filho de Deus vivo," não consegue compreender as conseqüências de sua missão messiânica: não compreende o mistério do Filho de Deus. Propõe uma alternativa e repreende Jesus: "Deus não permita tal coisa, Senhor! Que isto nunca lhe aconteça!". A exemplo do povo judeu, ele está preso a um messianismo poderoso e vencedor. Pedro se constitui para Jesus uma pedra de tropeço no caminho. Por isso, a reação do Mestre é contrastante e forte: "Fique longe de mim, Satanás! Você é uma pedra de tropeço para mim, porque você não pensa as coisas de Deus, mas as dos homens!" (v. 23). O Messias não é como as pessoas querem. Ao contrário, ele as convida para serem aquilo que ele é, seguindo-o pelo caminho da cruz. O discípulo que "perde sua vida" realiza a entrega total como Jesus. A única forma de realização total será sempre viver para os outros. Este é o caminho da cruz. É no anúncio da Paixão que se poderá compreender a identificação dos discípulos com o Mestre, uma vez que o seguem em seu caminho da cruz. Mas, para não escandalizar os judeus, os discípulos devem entregar a sua vida. Seguir Jesus é renunciar a si mesmos. É tomar a sua cruz e diante das exigências da missão. Querer salvar-se é perder-se, isto é, omitir-se na realização dos desígnios de Deus. Os critérios humanos se opõem ao modo de proceder de Deus, pois são motivados por sucesso e eficiência; todavia, Deus aponta outro caminho, que é da doação da própria vida. jeito estilo de vida do próprio Jesus, em seu amor e obediência filial ao Pai, e em seu amor serviçal até doar sua vida por nós!
(http://www.vocacoes.com.br/l_evangelhos.htm)

DOMINGO 22 del Tiempo Ordinario - Ciclo "A"

Desde el momento que los Apóstoles reconocieron a Jesús como el Mesías esperado por el pueblo de Israel por ¡tantos! siglos, El comenzó a anunciarles que debía ir a Jerusalén, donde tendría que sufrir mucho de manos de las autoridades judías, que terminaría siendo condenado a muerte, pero que resucitaría al tercer día.
En el primero de estos anuncios del Señor, Pedro, haciendo gala de su impulsividad característica, llama a Jesús aparte y le protesta, diciéndole: “Dios te libre, Señor. Eso no te puede suceder a Tí” (Mt. 16, 21-27). La respuesta del Jesús a Pedro es sumamente dura: “Retrocede, Satanás (Apártate de Mí, Satanás) y no intentes hacerme tropezar en mi camino, porque tu modo de pensar no es el de Dios, sino el de los hombres”.
Sorprende esta respuesta del Señor aún más, porque pocos momentos antes Pedro había sido nombrado jefe de la Iglesia y Jesús lo había felicitado por haberlo reconocido como el Mesías. Cristo le hizo ver que esa verdad que Pedro había reconocido y confesado no le venía de ningún hombre, sino que se la había revelado Dios Padre. Pero en este episodio de hoy, Jesús llama a Pedro “Satanás” y lo acusa de tener el modo de pensar de los hombres. Totalmente lo contrario a lo anterior. ¿Qué ha sucedido?
“Retrocede, Satanás (Apártate de Mí, Satanás) y no intentes hacerme tropezar en mi camino, porque tu modo de pensar no es el de Dios, sino el de los hombres”.
Efectivamente, Pedro piensa en esto como los hombres y no como Dios. El pensamiento de Dios es muy distinto al pensamiento del mundo. Pero sucede que los seres humanos, en vez de adaptar nuestro pensamiento al de Dios, queremos que Dios se adapte al nuestro.
San Pedro, en este episodio del Evangelio de hoy, utiliza los criterios del mundo y no los de Dios, por lo que se equivoca pensando que el Mesías, el Hijo de Dios, no podía ser perseguido y ajusticiado. Y con esto expresa algo que es muy lógico para el pensar de los hombres, pero no para Dios: si alguien es tan importante como el Mesías esperado, éste tiene que ser una persona de éxito y de victoria; no puede morir perseguido y fracasado. ¡No puede suceder lo que Jesús está anunciando!
San Pedro, además, rechaza el sufrimiento para Jesús. Así nos sucede a nosotros: no queremos sufrimiento ni para nosotros, ni para nuestros seres queridos. Pero resulta que en el plan de Dios, mucho beneficio viene del sufrimiento bien llevado, y todo sufrimiento -aceptado en amor a Dios- tiene un valor tan grande, que ese valor sirve de redención para quien sufre y, además, para muchos otros.
Valor redentor del sufrimiento, aceptado en amor a Dios
En la Segunda Lectura (Rom.1 2, 1-2), San Pablo nos exhorta justamente a esto, a que nos ofrezcamos como “ofrenda viva, santa y agradable a Dios”. Y va más lejos aún: nos dice que en esa ofrenda de nosotros mismos a Dios consiste el verdadero culto. El culto no es principalmente pedir a Dios, agradecer a Dios, alabar a Dios ... aunque es cierto que con todo esto le rendimos culto. El culto consiste principalmente en ofrendar nuestro ser, nuestra vida, todo lo que somos y tenemos a Dios. Así seremos santos y agradables a El, como nos dice San Pablo.
¡Claro! Tener esta postura y esta convicción ante el sufrimiento no es fácil, no es lo natural. Para ello hay hacer lo que nos dice San Pablo: “adquirir una nueva manera de pensar. No se dejen transformar por los criterios de este mundo”. Y esto significa remar contra la corriente, porque la corriente del mundo nos dice todo lo contrario. Si nos dejamos llevar por la corriente del mundo, corremos el riesgo de ser corregidos como Pedro en el Evangelio de hoy: “Retrocede, Satanás … porque tu modo de pensar no es el de Dios, sino el de los hombres”.
En la Primera Lectura (Jer. 20, 7-9) oímos la queja del Profeta Jeremías, quien nos hace ver la burla y la persecución de que es objeto un hombre, elegido de Dios para llevar su palabra a los demás. Nos hace ver también el deseo que tiene el Profeta de abandonar su misión, de no hacer la Voluntad de Dios.
Pero Dios, que es infinitamente misericordioso, “seduce” a Jeremías para que continúe su ingrata misión de anunciar violencia y destrucción, y cumpla así la Voluntad Divina. Hay que dejarse “seducir” por el Señor para cumplir su Voluntad a costa de lo que sea: sufrimientos, persecuciones, burlas, etc.
¡Qué difícil es comprender y aceptar así el misterio del sufrimiento humano! Especialmente si día tras día nos están proponiendo que no hay que sufrir. Pero eso no es lo que Cristo nos propone con su ejemplo y con su Palabra.
Efectivamente, en este pasaje evangélico Cristo anuncia su propia Pasión y Muerte. Pero no se detiene allí, sino que enseguida de recriminar a Pedro, hace un anuncio aún más impresionante: no sólo va a tener que sufrir El, pues éste es el Plan de Dios, sino que cada uno de nosotros, si queremos seguirlo a El, deberemos también sufrir con El:

“El que quiera venir conmigo, que renuncie a sí mismo, que tome su cruz y me siga. Pues el que quiera salvar su vida, la perderá; pero el que pierda su vida por mí, la encontrará”
Esto es el Evangelio. Pero ... ¡Qué distinto a lo que pensamos! ¡Qué distinto a los que se nos propone cuando se presentan los sufrimientos! Hoy en día hay hasta una secta que parece muy evangélica y de muy cristiana, cuyo lema consiste en dejar de sufrir.
Ya San Pablo nos había prevenido, porque las sectas han existido siempre y les gusta crecer al lado del Cristianismo. Como lo hacen hoy ... y con mucha fuerza, virulencia y engaño. Así nos dice el Apóstol: “Cualquiera puede llegar predicando otro Jesús, no como se lo predicamos ... con un evangelio diferente al que han aceptado ... Pero, aunque viniéramos nosotros o viniera algún ángel del cielo para anunciarles el Evangelio de otra manera que lo hemos anunciado, ¡sea maldito! Ya se lo dijimos antes, pero ahora lo repito: si alguien viene con un evangelio que no es lo que ustedes han recibido, ¡sea maldito!” (2 Cor. 11, 4 y Gal.1, 8-9).
Entonces, a pesar de lo que nos traten de vender, a pesar de lo que nos pueda parecer, para seguir a Cristo hay que perder la vida, hay que saber hacerse ofrenda viva, santa y agradable a Dios, como nos exhorta San Pablo; hay que renunciar a lo que pareciera que es la vida, a lo que el mundo nos presenta como si fuera lo más importante en la vida.
Hay que renunciar a muchas cosas, pero la mayor y más importante renuncia y ofrenda que debemos hacer es la de nuestro propio yo: renunciar a criterios propios, para asumir los de Dios; renunciar a la voluntad propia, para asumir la Voluntad de Dios.
¿Cuál es la Voluntad de Dios? ¿Cómo conocer la Voluntad de Dios? Esto es algo que siempre nos preguntamos. Hoy San Pablo nos da una de las formas para conocer la Voluntad Divina, cuando nos dice en la Primera Lectura:
No se dejen transformar por los criterios de este mundo, sino dejen que una nueva manera de pensar los transforme internamente, para que sepan distinguir cuál es la Voluntad de Dios, es decir, lo que es bueno, lo que le agrada, lo perfecto”.
Quiere decir esto que para conocer la Voluntad de Dios hay que desprenderse de los criterios del mundo, hay que desprenderse del “yo”, hay que desprenderse de las formas de ser, de pensar y de actuar comunes y corrientes, propias del montón (de la mayoría), y dejarse tomar por las formas de ser, pensar y actuar de Dios.
Con esto ya no estaremos en la “mayoría”; estaremos en la “minoría” -es cierto- pero estaremos en Dios y le daremos el culto que El desea y se merece. Más aún, obtendremos la Verdadera Vida, aunque perdamos la “vida” que engañosamente el mundo nos ofrece como ¡tan importante!, como si fuera la verdadera vida.
Para seguir a Cristo hay que perder la vida: hay que renunciar a lo que pareciera que es la vida, a lo que el mundo nos presenta como si fuera lo más importante en la vida:
Placer, poder, riqueza, éxito, lujos, comodidades, apegos, satisfacciones, diversiones, recreaciones ... todas estas cosas, algunas lícitas, forman parte de esa “vida” a la que hay que renunciar para abrazar la cruz que Jesús nos presente.
Si nos disponemos a perder todo eso, si nos disponemos a renunciar a nosotros mismos, convirtiéndonos en ofrendas vivas, santas y agradables a Dios, obtendremos la Verdadera Vida; es decir, la que nos espera después de esta vida aquí en la tierra.
Si por el contrario, nos parecen esos criterios de mundo ¡tan importantes! que no los podemos dejar; si creemos que no podemos desprendernos de nuestras formas de pensar, de ser y de actuar de mundo, y equivocadamente tratamos de salvarlas como si fueran lo único en la vida, podemos correr el riesgo de perderlo todo: lo de aquí y lo de allá, la vida y la Vida.
Y ... ¿de qué le sirve a uno ganar el mundo entero, si pierde su Vida? (Mt. 16, 26).
Con el Salmo 62 hemos ratificado nuestra entrega a Dios. A Ti, Señor, se adhiere mi alma, pues mejor es tu Amor que la existencia. Mejor eres Tú, Señor, que la vida que tengo que perder para tenerte a Ti. Por eso mi alma está sedienta de Ti, todo mi ser te añora, como el suelo reseco añora el agua.
(www.homilia.org)

Santo Agostinho (354-430), bispo de Hipona (norte de África) e doutor da IgrejaSermão 96 (§4-9)

«Renunciar a si mesmo, tomar a própria cruz e seguir a Cristo»
Aquilo que o Senhor ordenou – «Se alguém quer vir Comigo, renuncie a si mesmo» – parece duro e penoso. Mas não é duro nem penoso, quando Aquele que ordena ajuda a realizar aquilo que ordena. Porque, se é verdadeira a palavra do salmo que diz: «por causa das palavras dos teus lábios, segui caminhos difíceis» (Sl 16, 4), também é verdadeira a palavra de Jesus, que disse: «o Meu jugo é suave e o Meu fardo é leve» (Mt 11, 30). É que o amor suaviza tudo aquilo que no mandamento é árduo. Sabemos bem de que prodígios é capaz o amor. Por vezes, o amor é mau aliado, e dissoluto; mas quantas dificuldades sofrem os homens, que tratamentos indignos e insuportáveis estão dispostos a aguentar para alcançarem aquilo que amam! [...] Como o grande negócio da vida há-de ser escolher adequadamente aquilo que se deve amar, será de admirar que aquele que ama a Jesus Cristo e quer segui-Lo renuncie a si mesmo para O amar? [...]E o que significa o que vem a seguir: «Tomar a própria cruz»? Que ele suporte aquilo que é penoso e Me siga. Porque, quando um homem começa a seguir-Me, comportando-se segundo os Meus preceitos, há muito quem o contradiga, muito quem se oponha a ele, muito quem o desencoraje, também entre aqueles que afirmam ser companheiros de Cristo, que são os mesmos que impedem os cegos de gritar por Ele (Mt 20, 31). Sejam ameaças, lisonjas ou proibições, se queres seguir a Cristo, transforma tudo isso em cruz; aguenta, suporta, sem te deixares esmagar. [...]Amais o mundo; mas convém amar mais Aquele que fez o mundo. [...] Estamos num mundo que é santo, que é bom, que foi reconciliado, que foi salvo, ou antes, que tem de ser salvo, mas que é salvo, desde já, na esperança. «Porque na esperança é que fomos salvos» (Rom 8, 24). Assim, pois, neste mundo, ou seja, na Igreja, que segue a Cristo, Ele diz-nos a todos: «Se alguém quer vir Comigo, renuncie a si mesmo.»

22° Domingo do Tempo Comum

A liturgia do 22º Domingo do Tempo Comum convida-nos a descobrir a «loucura da cruz»: o acesso a essa vida verdadeira e plena que Deus nos quer oferecer passa pelo caminho do amor e do dom da vida (cruz). Na primeira leitura, um profeta de Israel (Jeremias) descreve a sua experiência de «cruz». Seduzido por Jahwéh, Jeremias colocou toda a sua vida ao serviço de Deus e dos seus projectos. Nesse «caminho», ele teve que enfrentar os poderosos e pôr em causa a lógica do mundo; por isso, conheceu o sofrimento, a solidão, a perseguição... É essa a experiência de todos aqueles que acolhem a Palavra de Jahwéh no seu coração e vivem em coerência com os valores de Deus. A segunda leitura convida os cristãos a oferecerem toda a sua existência de cada dia a Deus. Paulo garante que é esse o sacrifício que Deus prefere. O que é que significa oferecer a Deus toda a existência? Significa, de acordo com Paulo, não nos conformarmos com a lógica do mundo, aprendermos a discernir os planos de Deus e a viver em consequência. No Evangelho, Jesus avisa os discípulos de que o caminho da vida verdadeira não passa pelos triunfos e êxitos humanos, mas passa pelo amor e pelo dom da vida (até à morte, se for necessário). Jesus vai percorrer esse caminho; e quem quiser ser seu discípulo tem de aceitar percorrer um caminho semelhante.
(www.ecclesia.pt)