sexta-feira, 19 de junho de 2009

XII Domingo do Tempo Comum (Pe Carlo)

A leitura do Evangelho de hoje nos recorda um episódio que, sem dúvida, deve ter causado um grande efeito nos discípulos a ponto de ser narrado numa forma tão descritiva que parece colocar-nos no barco, junto com Jesus e alguns dos Apóstolos.
O fato se dá no primeiro tempo da pregação de Jesus e de suas atividades junto à multidão. Estava findando um dia de contato intenso com as multidões. Alguns curiosos outros esperançosos..., todos pareciam buscar naquele estranho personagem, respostas a seus anseios. Respostas que não tinham encontrado até então nos meios típicos de um sistema religioso que exigia, mas não devolvia algo em troca. Respostas ao sentido de suas vidas, ao porque da dor, da doença... olhares sedentos que não podiam deixar Jesus pensar um momento sequer em si mesmo, se ocupar com aquilo ao qual teria direito: um pouco de paz, de tranqüilidade, de descanso. O amor que Jesus sente não deixa espaço para pequenos, justos, direitos e, como sempre, o Senhor fará uma opção entre o amor para os outros e tudo quanto seria um justo direito de acordo com o senso comum: «Vamos para a outra margem! ». A “outra margem” do mar da Galiléia era o território chamado “Decápole”, isto é, dez cidades de forte influência grega onde os costumes e a religião judaica estavam sendo substituídos progressivamente com cultos e moral pagã. Era um território que precisava reencontrar suas raízes religiosas, reencontrar-se com o seu Deus apesar da forte pressão da cultura dominante.
Para Jesus, levar às pessoas o rosto atencioso e forte de Deus não era um ofício, era sua vida. Não era uma atividade, o que, pelo contrário, pode acontecer até em nossas “pastorais”, grupos, ou maneiras de impostar a nossa vida de fé; tudo encerra num determinado momento e horário, após o qual voltamos ao nosso “justo”, pequeno mundo, feito de “justos”, pequenos privilégios.
É claro, não estamos falando em multiplicar exageradamente o que fazemos, é necessário em tudo ter um equilíbrio; às vezes, querendo fazer o que não nos compete e estar onde não devemos estar, gera problemas sérios. A questão, então, se coloca sob outro prisma: não é a quantia de coisas que fazemos o importante, mas a atitude de estar sempre dispostos, assim como Jesus o qual, depois de um longo dia em que atendeu às necessidades de todos, ainda disse: «Vamos para a outra margem!». Esta disposição é gerada pela intensidade de envolvimento e pela intensidade com a qual aquilo que cremos faz parte da nossa vida ou é um simples “trabalho” que desenvolvemos. É isto que confere peso e credibilidade às ações e palavras que saem de nós. É facílimo perceber quando alguém coloca tudo si mesmo naquilo que diz e que faz. Nele se vê aquela “inteligência do coração” que lhe permite alcançar os recônditos sentimentos escondidos nos olhares das pessoas sedentas; permite-lhe de antecipar seus pedidos de ajuda e de compreensão, como estava fazendo Jesus em relação aos habitantes da Decápole. È a “inteligência do coração” que também nos ensina como saber ir além do “direito”, além do “certo e errado” porque, simplesmente, é “preciso” encontrar-se em nome de Deus com a pessoa que Deus coloca à minha frente.
O grau de envolvimento, a intensidade com a qual nos deixamos tomar é que dá consistência àquilo que dizemos e fazemos. As idéias... bem, as idéias todo mundo tem!
Estava findando o dia. A perspectiva era de mais um dia ao serviço daqueles que o Pai amava. Jesus pediu para atravessar o lago de Genezaré, em torno do qual se desenvolvera até então a grande parte de sua vida: “Passamos para a outra margem”, também do outro lado havia pessoas sedentas. A narração parece nos sugerir o desejo indefesso de Jesus e sua prioridade de responder aos apelos dos homens, acima de qualquer outra coisa.
O Evangelista, que parece escrever o relato de alguém que estava no barco aquele dia, nos diz que Jesus entrou no barco «assim como estava», e isto é típico de alguém que está tomado por algo de grande importância, algo que o envolve completamente e lhe faz esquecer de si mesmo. È um pouco como a primeira paixão: envolvente, total, sem medida –com seus lados positivos e negativos...- Oxalá tivéssemos este tipo de paixão pelas coisas de Deus; paixão tão encantadora que nos faz esquecer de nós mesmos! Deste modo agiríamos de verdade como os “filhos” dos quais fala Jesus quando recorda que «o vosso Pai sabe o de que tendes necessidade antes que lho peçais» (Mt. 6,8). Por isso, se o nosso coração estiver tomado pelas coisas de Deus, não menos o coração de Deus será tomado pela vontade de nos verem realizados e felizes.
A narração evidencia o enorme contraste entre a tempestade em torno do barco e a tranqüilidade de Jesus que… dorme «num travesseiro»! Enquanto o mundo fora do barco parece desabar, no barco existe uma grande paz. Jesus descansa, a paz existe, mas ainda não passou para os discípulos, não se deixaram envolver: eles estão apavorados. Ainda mais se entende seu medo se levarmos em consideração que o mar em fúria e a tempestade sempre foram consideradas na cultura hebraica como os instrumentos de Belial, o demônio. Deste modo, por exemplo, Davi agradecia a Deus: «As vagas da morte me cercavam, as torrentes de Belial me impuseram terror. Os laços do Sheol me rodearam, as ciladas da morte estavam armadas diante de mim. Na minha aflição, eu clamei pelo Senhor, eu clamei pelo meu Deus» (2Sam. 22,5-7).
Assim sendo, o contraste entre o mar em fúria e a paz de Jesus pode ser associado um pouco com a nossa mesma vida: tempestades que nos rodeiam e que parecem nos engolir com a sua força, olhando para nós, vemos ainda mais o medo tomar conta, pois percebemos a nossa limitação diante dos assaltos das ondas. Por outro lado... Jesus dorme, parece não se importar, parece não ver o que estamos passando.
Mas é bem nesta condição que se decide nossa vida; quando nos sentimos à mercê daquilo é superior a nos mesmos. É este o momento em que podemos optar entre contar com as nossas forças, com a nossa experiência de “barqueiros” ou apelar humildemente a Deus, o único senhor daquilo que existe, para que Ele possa fazer o que for preciso. Sim, Jesus não age prescindindo da nossa decisão de olhar para Ele, o Senhor respeita as nossas opções sejam quais forem. Somente age quando esquecemos de olhar para nós mesmos e nossos medos para recorrermos a Ele com o nosso apelo incondicional.
Aquele “barco” é o barco do nosso coração: sabemos que Jesus está presente, mas ainda não aprendemos a desfrutar da paz que brota da certeza da presença do Senhor na nossa vida, ao nosso lado, no centro das nossas tempestades.
Quando nos deixamos envolver pela presença de Jesus, quando Sua presença nos basta, quando em nós as coisas de Deus ocupam mais do que “um tempo”, mas representam o centro de nossas vidas, quando assim for, não haverá espaço para apoiarmo-nos em nosso “eu”, que traz consigo inquietude e medo, aprenderemos a crer na presença do Senhor, então haverá tranqüilidade e segurança. Paz é viver da presença de Deus, o único “lugar” que não pode ser atingido por nenhum, dos demônios que violentam nossa vida, nossas relações, nosso sorriso.

XII Domingo do Tempo Comum (vocacoes.com.br)

Tempestade no lago
O Evangelho de hoje é um teste da fé e da coragem de quem segue Jesus na hora dos conflitos. A comunidade encontra-se em alto-mar e é açoitada pelos ventos e ondas do mar. A Boa-Nova do Reino enfrenta a resistência das forças do mal. A mensagem e a ação de Jesus que revelam o Reino de Deus provocam reações: de fé que faz compreender o mistério revelado ou de rejeição de quem não aceita as consequências do seu seguimento. A jornada cotidiana caminha para seu fim. Jesus convida os discípulos a passar para a outra margem do lago. Em outros termos, “aqui concluímos a missão, vamos ao encontro de outros povos (os gentios) para lá também semear a boa semente”. Ser da comunidade dos seguidores de Jesus é estar sempre a caminho. Isto pode ser penoso e assustador: a missão supõe confiança e coragem. A barca deixou o porto onde estava ancorada, acompanhada por outras embarcações e levando Jesus. Partir em missão não é privilégio só das comunidades dos primeiros cristãos, mas dos cristãos de todos os tempos e lugares. Todos são convocados à travessia para ir ao encontro de outros povos e culturas!Uma grande tempestade se desencadeou e as ondas se precipitavam sobre a barca. Os discípulos lutavam com todas as suas forças contra a fúria dos ventos e das águas. Jesus dormia na proa com a cabeça sobre o travesseiro. É o contraste da serenidade e da luta da fé. Em meio às tensões e aos conflitos, as comunidades têm a impressão de que lutam sozinhas e de que foram abandonadas pelo Senhor. Assustados e cansados de tanto remar, os discípulos acordam o Mestre e reclamam: “Não te importas se vamos afundar?”. Nas horas de perigo indagamos: “Onde está Deus? Por que Ele não intervém? Por que não manifesta seu poder?”. O silêncio de Deus é desconcertante e causa medo. Ele deixa as coisas acontecerem e, no momento oportuno, manifesta o seu poder. Jesus censurou os discípulos, pois eles só se lembram d’Ele na hora do desespero. Quem tem fé sabe que Ele está presente em todos os momentos. Mas quantos só se recordam de Deus nas horas difíceis e rezam com fervor somente nas dificuldades! Jesus ordena aos ventos se calarem. Reina a bonança! Extenuados de tanto labutar para não naufragar, os discípulos dão provas de sua pouca fé e de sua covardia para enfrentar as solicitações da nova realidade a ser evangelizada. Desconhecem “a força que carregavam na barca”. Desconhecem o mistério de Jesus. Só a fé plena lhes possibilitará reconhecê-lo como Filho de Deus. Acalmar os ventos e as águas agitadas era uma prerrogativa de Deus. Mais que confiar nas próprias forças, as comunidades necessitam aderir corajosamente a Jesus se quiserem obter sucesso nas travessias dos mares da missão. O Evangelho deste domingo se constitui numa profissão de fé na divindade de Jesus. “Quem é esse homem a quem até o vento e o mar obedecem?”. Jesus se manifesta com poder divino: n’Ele podemos confiar!

12º Domingo do Tempo Comum

Comentário ao Evangelho do dia feito por Catecismo da Igreja Católica §§280, 288-292
«Quem é este, a quem até o vento e o mar obedecem?»
A criação é o fundamento de «todos os desígnios salvíficos de Deus», «o princípio da história da salvação» que culmina em Cristo. Por seu turno, o mistério de Cristo derrama a luz decisiva sobre o mistério da criação; revela o fim em vista do qual «no princípio, Deus criou o céu e a terra» (Gn 1,1) ; desde o princípio, Deus tinha em vista a glória da nova criação em Cristo (Rm 8, 18-23). [...]A revelação da criação é inseparável da revelação e da realização da aliança de Deus, o Deus Único, com o seu povo. A criação é revelada como o primeiro passo para esta Aliança, como o primeiro e universal testemunho do amor omnipotente de Deus. [...]«No começo, Deus criou o céu e a terra». [...] «No princípio era o Verbo [...] e o Verbo era Deus [...]. Tudo se fez por meio d'Ele e, sem Ele, nada se fez.» (Jo 1, 1-3). O Novo Testamento revela que Deus tudo criou por meio do Verbo eterno, o seu Filho muito amado. Foi n'Ele «que foram criados todos os seres que há nos céus e na terra [...]. Tudo foi criado por seu intermédio e para Ele. Ele é anterior a todas as coisas, e todas se mantêm por Ele» (Cl 1, 16-17). A fé da Igreja afirma igualmente a acção criadora do Espírito Santo: Ele é Aquele «que dá a vida», «o Espírito Criador», «a Fonte de todo o bem».Insinuada no Antigo Testamento, revelada na Nova Aliança, a acção criadora do Filho e do Espírito, inseparavelmente unida à do Pai, é claramente afirmada pela regra de fé da Igreja: «Existe um só Deus [...]: Ele é o Pai, é Deus, é o Criador, o Autor, o Ordenador. Fez todas as coisas por Si mesmo, quer dizer, pelo Seu Verbo e pela Sua Sabedoria», «pelo Filho e pelo Espírito» que são como «as Suas mãos» (Santo Ireneu). A criação é a obra comum da Santíssima Trindade.

XII Domingo do Tempo Comum

Deus preocupa-se com os dramas dos homens? Onde está ele nos momentos de sofrimento e de dificuldade que enfrentamos ao longo da nossa vida? A liturgia do 12º Domingo Comum diz-nos que, ao longo da sua caminhada pela terra, o homem não está perdido, sozinho, abandonado à sua sorte; mas Deus caminha ao seu lado, cuidando dele com amor de Pai e oferecendo-lhe a cada passo a vida e a salvação.A primeira leitura, fala-nos de um Deus majestoso e omnipotente, que domina a natureza e que tem um plano perfeito e estável para o mundo. O homem, na sua pequenez e finitude, nem sempre consegue entender a lógica dos planos de Deus; resta-lhe, no entanto, entregar-se nas mãos de Deus com humildade e com total confiança.No Evangelho, Marcos propõe-nos uma catequese sobre a caminhada dos discípulos em missão no mundo... Marcos garante-nos que os discípulos nunca estão sozinhos a enfrentar as tempestades que todos os dias se levantam no mar da vida... Os discípulos nada têm a temer, porque Cristo vai com eles, ajudando-os a vencer as forças que se opõem à vida e à salvação dos homens.A segunda leitura garante-nos que o nosso Deus não é um Deus indiferente, que deixa os homens abandonados à sua sorte. A vinda de Jesus ao mundo, para nos libertar do egoísmo que escraviza e para nos propor a liberdade do amor, mostra que o nosso Deus é um Deus interveniente, que nos ama e que quer ensinar-nos o caminho da vida.
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DOMINGO 12 del Tiempo Ordinario

Andamos por esta vida como en barcas que a veces van navegando bien, sin mayor problema ... cuando vamos por aguas tranquilas. Sin embargo, los problemas se presentan cuando la navegación se hace difícil, por las tempestades y tormentas propias de la vida de cada uno.
Y en esos momentos de navegación difícil comenzamos a flaquear y a temer. Nos pasa lo mismo que sucedió a los Apóstoles en el Evangelio de hoy, el cual nos narra el conocido pasaje de la tormenta en medio de la travesía de una orilla a otra del lago: “se desató un fuerte viento y las olas se estrellaban contra la barca y la iban llenando de agua” (Mc. 4, 35-41). Sucede que Jesús iba con ellos en la barca. Pero ¿qué hacía el Señor? ... “Dormía en la popa, reclinado sobre un cojín”. Fue tan fuerte la borrasca y tanto se asustaron, que lo despertaron, diciéndole: “Maestro: ¿no te importa que nos hundamos?”.

Nos sucede lo mismo a nosotros. Cuando estamos navegando bien, sin problemas, sin tempestades, ni olas turbulentas, tal vez ni nos acordamos de Dios. Pero cuando la travesía se hace difícil y borrascosa, creemos que Jesús está dormido y que no le importa la situación por la que estamos pasando. Tal vez hasta lo culpemos de lo que nos sucede y hasta le reclamemos indebida e injustamente. Y eso no se hace con Dios ... podría reprendernos también.
En este pasaje Cristo muestra a los Apóstoles el poder de su divinidad. Con una simple orden divina, el viento calla, la tempestad cesa y sobreviene la calma.
Pero sucede que ahora, salvados de la tormenta que amenazaba con hundirlos, surge en ellos un nuevo temor. “¿Quién es éste, a quien hasta el viento y el mar obedecen?” Se quedan atónitos del poder del Maestro. Ya ellos habían sido testigos de unos cuantos milagros de Jesús. Quizá hasta el momento habían pensado que era un gran Profeta o simplemente alguien muy especial. Pero de allí a ver a la naturaleza embravecida obedecerle así ...
Y ese Jesús, que ha mostrado un poder que sólo Dios tiene, les dirige unas preguntas que tienen sabor de reclamo: “¿Aún no tiene fe? ¿Por qué tenían tanto miedo?” Es como si les dijera: ¿No les ha bastado ver los signos que he hecho ante ustedes? ¿No se dan cuenta aún de Quién soy? Sólo Dios puede dar órdenes al viento, a las olas y a las tempestades. Por eso quedan con temor, atónitos, de ver el poder divino actuando delante de ellos y, además, reclamándoles su falta de fe.
Entonces, en la Liturgia de hoy, estamos siendo testigos, junto con Job y los Apóstoles, de la omnipotencia divina. Job la palpa en una visión desde la cual Dios le habla. Y los Apóstoles la ven manifestada, nada menos que en Jesús, el Maestro, con quien viven día a día.
La Primera Lectura (Job. 38, 1.8-11) es la respuesta de Dios a los reclamos, lamentos y preguntas que Job le hacía, motivado por sus infortunios, sus sufrimientos y las pérdidas que había sufrido en su familia, su salud, sus bienes. Nos dice esta lectura que Dios habló a Job desde la tormenta y le mostró su poder con respecto del mar. Dios se muestra como dueño de la creación, como señor del mar al que le puso límites: “Hasta aquí llegarás, no más allá. Aquí se romperá la arrogancia de tus olas”.
Con esto, Dios da a entender a Job, y a todos nosotros, que no podemos osar discutir con Dios, ni reclamarle. En subsiguientes capítulos, Job termina por retractarse y acepta el señorío de Dios. Por cierto, en el Epílogo del Libro de Job vemos que Dios le restituye “al doble” todos sus bienes materiales, familiares y de salud. La actitud de Job es de sumisión y resignación. En ese sentido sigue siendo un ejemplo para todos nosotros.
Sin embargo, la actitud del cristiano debe superar la de Job. A la sumisión al poder divino, debemos añadir nuestra plena confianza en lo que Dios tenga dispuesto para nuestras vidas: tempestades o calma, alegría o sufrimientos, carencias o plenitudes. Todo lo que Dios disponga, sabemos, es para nuestro mayor bien: nuestra salvación eterna. Así confiados, estaremos serenos en las tempestades, alegres en los sufrimientos, plenos en las carencias.
Viviendo así, creyendo así, actuando así, estamos cumpliendo con lo que nos dice San Pablo en la Segunda Lectura (2 Cor. 5, 14-17): “El que vive en Cristo es una creatura nueva; para él todo lo viejo ha pasado. Ya todo es nuevo”. Enfocar así las desventuras, sufrimientos y carencias significa “vivir en Cristo” y “ser creaturas nuevas”. Y ser “creaturas nuevas” significa no turbarse ante las tribulaciones y sufrimientos, sino andar en plena confianza en Dios. Sólo El sabe lo que nos conviene.
Pero ... ¿somos creaturas nuevas o creaturas viejas?
¿No podría el Señor mostrarnos toda su omnipotencia como a Job, después de sus cuestionamientos y protestas? ¿No podría el Señor reclamarnos a nosotros también, como reclamó a los Apóstoles después de clamar la tormenta? ¿Qué hacemos ante los sufrimientos, los peligros, los inconvenientes, las tempestades que se nos presentan en nuestra vida personal, familiar o nacional?
¿Confiamos realmente en el poder de Dios? ¿Confiamos realmente en lo que Dios tenga dispuesto para nuestra vida: sea calma o sea tempestad? ¿O creemos que debe despertar y hacer un milagro, para que las cosas sean como nosotros consideramos conveniente? ¿No llegamos a creer, inclusive, que no le importa lo que nos suceda? ¿Realmente duerme el Señor?
¡Qué débil es nuestra fe! Débil, como la de los Apóstoles en ese momento, débil como la de Job. Nos olvidamos que Dios está siempre con nosotros, para guiar nuestra barca en medio de tempestades y tormentas, en una presencia escondida y silenciosa, como la del Maestro dormido en la barca. No hace falta que haga milagros, aunque estemos en medio de una tempestad. ¡No tenemos derecho a reclamarle milagros!
El gran milagro es que El nos lleva sin ruido, en silencio, a escondidas a través de olas borrascosas cuando hay tempestades. Pero también está presente cuando todo parece tranquilo, cuando parece que no tuviéramos necesidad de El, pues todo como que anda bien.
Sea en la tormenta, sea en la calma, Dios está presente. Y El desea que nos demos cuenta de que está allí, presente en la vida de cada uno de nosotros, esperando que sepamos de su presencia silenciosa. En todo momento, sea de tempestad, sea de calma, el Señor está derramando sus gracias para guiarnos por esta vida que es la travesía que nos lleva a la otra: la Vida Eterna.

sexta-feira, 29 de maio de 2009

O ANO SACERDOTAL

Caros Sacerdotes,

O Ano Sacerdotal, anunciado por nosso amado Papa Bento XVI, para celebrar o 150º aniversário da morte de S. João Maria Vianney, o Santo Cura D’Ars, está às portas. O Santo Padre o abrirá a 19 de junho p.f., festa do Sagrado Coração de Jesus e Dia Mundial de oração pela santificação dos sacerdotes. O anúncio deste ano especial teve uma repercussão mundial positiva, especialmente entre os próprios sacerdotes. Todos queremos empenhar-nos com determinação, profundidade e fervor, a fim de que seja um ano amplamente celebrado em todo o mundo, nas dioceses, nas paróquias, em cada comunidade local, com envolvimento caloroso do nosso povo católico, que sem dúvida ama seus padres e os quer ver felizes, santos e alegres no trabalho apostólico quotidiano.

Deverá ser um ano positivo e propositivo, em que a Igreja quer dizer antes de tudo aos sacerdotes, mas também a todos os cristãos, à sociedade mundial, através dos meios de comunicação global, que ela se orgulha de seus sacerdotes, os ama, os venera, os admira e reconhece com gratidão seu trabalho pastoral e seu testemunho de vida. Realmente, os sacerdotes são importantes não só pelo que fazem, mas também pelo que são. Ao mesmo tempo, é verdade que alguns deles apareceram envolvidos em problemas graves e situações delituosas. Obviamente, é preciso continuar a investigá-los, julgá-los devidamente e puni-los. Estes casos, contudo, dizem respeito somente a uma porcentagem muito pequena do clero. Na sua imensa maioria, os sacerdotes são pessoas muito dignas, dedicadas ao ministério, homens de oração e de caridade pastoral, que investem toda sua vida na realização de sua vocação e missão, muitas vezes com grandes sacrifícios pessoais, mas sempre com amor autêntico a Jesus Cristo, à Igreja e ao povo, solidários com os pobres e os sofridos. Por isso, a Igreja está orgulhosa de seus sacerdotes em todo o mundo.

Este ano seja também ocasião para um período de intenso aprofundamento da identidade sacerdotal, da teologia do sacerdócio católico e do sentido extraordinário da vocação e da missão dos sacerdotes na Igreja e na sociedade. Isso exigirá congressos de estudo, jornadas de reflexão, exercícios espirituais específicos, conferências e semanas teológicas em nossa faculdades eclesiásticas, pesquisas científicas e respectivas publicações.

O Santo Padre, em seu discurso de anúncio, durante a Assembléia Plenária da Congregação para o Clero, a 16 de março p.p., disse que com este ano especial pretende-se “favorecer esta tensão dos sacerdotes para a perfeição espiritual da qual sobretudo depende a eficácia do seu ministério”. Por esta razão, deve ser, de modo muito especial, um ano de oração dos sacerdotes, com eles e por eles, um ano de renovação da espiritualidade do presbitério e de cada presbítero. A adoração eucarística pela santificação dos sacerdotes e a maternidade espiritual de monjas, de religiosas consagradas e de leigas referente a sacerdotes , como já proposto, tempos atrás, pela Congregação para o Clero, poderiam ser desenvolvidas com frutos reais de santificação.

Seja um ano em que se examinem de novo as condições concretas e a sustentação material em que vivem nossos sacerdotes, às vezes submetidos a situações de dura pobreza.

Seja, ao mesmo tempo, um ano de celebrações religiosas e públicas, que levem o povo, as comunidades católicas locais, a rezar, a meditar, a festejar e a prestar uma justa homenagem a seus sacerdotes. A festa na comunidade eclesial constitui uma expressão muito cordial, que exprime e nutre a alegria cristã, uma alegria que brota da certeza de que Deus nos ama e festeja conosco. Será uma oportunidade para desenvolver a comunhão e a amizade dos sacerdotes com a comunidade que lhes foi confiada.

Muitos outros aspectos e iniciativas poderiam ser nomeados para enriquecer o Ano Sacerdotal. Aqui deverá entrar a justa creatividade das Igrejas locais. Por esta razão, convem que cada Conferência Episcopal, cada diocese, cada paróquia e comunidade local estabeleçam, quanto antes, um verdadeiro e próprio programa para este ano especial. Obviamente, será muito importante começar o ano com um evento significativo. No próprio dia da abertura do Ano Sacerdotal em Roma com o Santo Padre, 19 de junho, as Igrejas locais são convidadas a participar, de algum modo, quiçá com um ato litúrgico específico e festivo. Os que puderem vir a Roma para a abertura, venham para manifestar assim a própria participação nesta feliz iniciativa do Papa. Deus, sem dúvida, abençoará este empenho com grande amor. E a Santíssima Virgem Maria, Rainha do Clero, intercederá por todos vós, caros sacerdotes!

Cardeal Dom Cláudio Hummes
Arcebispo Emérito de São Paulo
Prefeito da Congregação para o Clero

DOMINGO DE PENTECOSTES

El nombre “Pentecostés” indica los cincuenta días que separan la Venida del Espíritu Santo de la Resurrección del Señor. En esta fiesta celebramos la venida del Espíritu Santo a los Apóstoles.
Pentecostés marca el comienzo de la actividad apostólica en la Iglesia, porque fue justamente al recibir al Espíritu Santo que los Apóstoles comenzaron a cumplir el mandato de Jesús antes de su Ascensión al Cielo: predicar su mensaje de salvación a todos (cfr. Mt. 28, 19-20).
Algo parecido a ese mandato leemos en el Evangelio de hoy, el cual nos narra una de las apariciones de Jesús resucitado a los Apóstoles (Jn. 20, 19-23): “‘Como el Padre me ha enviado, así también los envío Yo’. Dicho esto, sopló sobre ellos y les dijo: ‘Reciban el Espíritu Santo’”.
Pero ... pensemos ... ¿Quién es el Espíritu Santo? El Espíritu Santo es nada menos que el Espíritu de Dios; es decir, el Espíritu de Jesús y el Espíritu del Padre. El es la presencia de Dios en medio de nosotros los hombres. El Espíritu Santo es el cumplimiento de esta promesa de Jesús: “Mirad que estoy con vosotros todos los días hasta el fin del mundo” (Mt. 28, 20).
Se ha comparado el Espíritu Santo con la brisa y con el fuego. Porque, en efecto, El es como una suave brisa que, como nos dice el Señor “sopla donde quiere” (Jn. 3, 8). Ahora bien, si el Espíritu Santo es la brisa, nosotros debemos ser como las velas de una barca, siempre en posición de ser movidos por esa brisa; es decir, debemos ser perceptivos a las inspiraciones del Espíritu Santo y dóciles a éstas, para poder navegar por esta vida guiados por El hacia nuestra meta definitiva.
También se ha comparado el Espíritu Santo con el fuego. Porque, en efecto, el Espíritu Santo también se manifiesta así: como fuego, como calor abrasador, como calor en el pecho ... El fuego que ardía en el corazón de los peregrinos de Emaús, mientras oían hablar a Jesús resucitado era el Espíritu Santo: “¿No sentíamos arder nuestro corazón cuando nos hablaba en el camino y nos explicaba las Escrituras?” se dijeron los discípulos de Emaús en cuanto Jesús se les desapareció (Lc. 24, 32).
Vemos en la Primera Lectura que el Espíritu Santo se presentó como una ráfaga fuerte de viento y descendió en forma de lenguas de fuego a los discípulos reunidos en torno a la Santísima Virgen el día de Pentecostés (Hech. 2, 1-11).
El Espíritu Santo nos asiste a cada uno de nosotros en nuestro peregrinar a la meta a que hemos sido llamados: el Cielo prometido a aquéllos que cumplan la Voluntad de Dios. Al Espíritu Santo se le atribuyen muchas funciones para con nosotros los hombres, siendo tal vez la principal, la de nuestra santificación. Es El quien, con sus suaves inspiraciones, nos va sugiriendo cómo transitar por el camino de la santidad.
El Espíritu Santo es el Espíritu de la Verdad. Así nos dijo Jesucristo: “Tengo muchas cosas más que decirles, pero ustedes no pueden entenderlas ahora. Pero cuando venga El, el Espíritu de la Verdad, el los llevará a la verdad plena ... El les enseñará todas las cosas y les recordará todo lo que Yo les he dicho” (Jn. 16, 12 y 14, 26).
Así que el Espíritu Santo es Quien nos lleva a conocer y a vivir todo lo que Cristo nos ha dicho; es decir, nos lleva a conocer y a aceptar el Mensaje de Cristo en su totalidad: nos lleva a la Verdad plena.
Es tan importante la acción del Espíritu Santo en nuestra vida que, nos dice San Pablo en la Segunda Lectura (1ª Cor. 12, 3-7.12-13) que ni siquiera podemos reconocer a Jesús como Dios, si no nos lo inspira el Espíritu Santo. “nadie puede llamar a Jesús ‘Señor’ si no es bajo la acción del Espíritu Santo”. En esto consiste el don de la Fe. Es un regalo de Dios, del Espíritu de Dios.
También sabemos por esta lectura y por la experiencia cristiana que el Espíritu Santo nos capacita para cumplir la tarea de evangelización que, como bautizados, todos tenemos que realizar.
Y es el Espíritu Santo el que hace comunidad entre nosotros, seamos quienes seamos, vengamos de donde vengamos. El Espíritu Santo, como el viento “sopla donde quiere”, le dijo Jesús a Nicodemo (Jn. 3, 8). Como dice San Pablo en la Segunda Lectura: no importa la raza, ni la condición (“judíos o no judíos, esclavos o libres”), hemos sido llamados para formar el Cuerpo Místico de Cristo, en el cual cada uno tiene un tipo de función, a la cual Cristo nos ha llamado.
En Pentecostés conmemoramos la Venida del Espíritu Santo a la Iglesia y rogamos porque ese Espíritu de Verdad se derrame en cada uno de nosotros, que formamos parte de la Iglesia. En efecto vemos también en esta Segunda Lectura cómo actúa el Espíritu Santo en la Iglesia. “Hay diferentes actividades, pero Dios, que hace todo en todos, es el mismo. En cada uno se manifiesta el Espíritu para el bien común”. Y nos da el Espíritu Santo diferentes funciones a cada uno, como los diferentes miembros de un cuerpo tiene cada uno su función, pero todos formamos un mismo cuerpo: el Cuerpo Místico de Cristo, que es la Iglesia.
¿Cómo fue esa primera venida del Espíritu Santo?
Recordemos que los Apóstoles habían visto a Jesús irse de la Tierra, cuando ascendió al Cielo, y sabían que ya El no estaba con ellos como antes. Cierto que en los cuarenta días que transcurrieron entre su Resurrección y su Ascensión, Jesús Resucitado estuvo apareciéndoseles para fortalecerlos en la fe. Pero después de la Ascensión ellos sabían que debían continuar su camino y cumplir la misión que les había encomendado. Pero ahora sería diferente, pues serían acompañados y conducidos por el Espíritu Santo.
Antes de Pentecostés recordemos que los Apóstoles eran temerosos y tímidos, torpes para comprender las Escrituras y las enseñanzas de Jesús.
Pero veamos en la Primera Lectura (Hech. 2, 1-11) y continuando a lo largo del libro de los Hechos de los Apóstoles cómo, luego de recibir el Espíritu Santo en Pentecostés, cambiaron totalmente: se lanzaron a predicar sin ningún temor y llenos de sabiduría divina, se les soltaron las lenguas con un nuevo poder de lenguaje dado por el Espíritu Santo, llamando a todos a la conversión, bautizando a los que acogían el mensaje de Jesucristo Salvador. Forman discípulos y comunidades, asisten a los necesitados ... sufren persecuciones, llegando a la santidad e, inclusive, hasta el martirio.
¿Cómo pudo suceder todo esto? Fue obra del Espíritu Santo. Es decir, el protagonista fue el Espíritu Santo. Pero es importante observar qué hacían los Apóstoles antes de Pentecostés para poder imitarlos y también nosotros recibir el Espíritu Santo: “Todos ellos perseveraban en la oración con un mismo espíritu ... en compañía de María, la Madre de Jesús ... Acudían diariamente al Templo con mucho entusiasmo” (Hech. 1, 12-14 y 2, 46).
El secreto de la acción del Espíritu Santo en nosotros y a través de nosotros está en la oración: oración perseverante, frecuente, con entusiasmo, con la Santísima Virgen María. ¡Ven, Espíritu Santo!
Oración maravillosa para este tiempo de Pentecostés -y para todo momento- es la Secuencia del Espíritu Santo, que forma parte de la Liturgia de este Domingo y con la que hemos invocado al Espíritu Santo:

HIMNO AL ESPIRITU SANTO
(SECUENCIA DE PENTECOSTES)

Ven, Espíritu Divino,manda tu Luz desde el Cielo, Padre amoroso del pobre,don en tus dones espléndido, Luz que penetra las almas,fuente del mayor consuelo.
Ven dulce huésped del alma, descanso de nuestro esfuerzo,tregua en el duro trabajo,brisa en las horas de fuego,gozo que enjuga las lágrimas,y reconforta en los duelos.
Entra hasta el fondo del alma, divina luz y enriquécenos,mira el vacío del hombresi Tú le faltas por dentro,mira el poder del pecado,cuando no envías tu aliento.
Riega la tierra en sequía,sana el corazón enfermo,lava las manchas e infundecalor de vida en el hielo,doma el espíritu indómito,guía al que tuerce el sendero.
Reparte todos tus dones,según la fe de tus siervos,por tu bondad y tu graciadale al esfuerzo su mérito,salva al que busca salvarsey danos tu gozo eterno.
Amén.