quinta-feira, 4 de dezembro de 2008

2° Domingo do Advento (Pe. Antônio Geraldo Dalla Costa)

O Caminho

Nesse segundo domingo do Advento,
a VOZ profética de ISAÍAS e JOÃO BATISTA ressoa
animando a nossa vida para a chegada do Cristo que vem.

As Leituras convidam a preparar o Caminho do Senhor.

Na 1ª Leitura, ISAÍAS consola os exilados na Babilônia
anunciando um NOVO CAMINHO de vida e salvação,
com o regresso do povo à pátria. (Is 40,1-5.9-11)
"Terminou o tempo da escravidão… chegou a hora da libertação,
o Senhor está chegando… preparai no deserto o caminho do Senhor.
nivelai os vales, rebaixai os montes e colinas, endireitai os caminhos tortos".

- Em seguida, fala de um MENSAGEIRO que será enviado à frente,
para levar a boa notícia para Jerusalém e todas as cidades de Judá...

Na 2ª Leitura aponta para a Parusia, a segunda vinda de Jesus. (2Pd 3,8-14)

Essa vinda dá uma perspectiva diferente da vida, do seu sentido e
da sua finalidade. Leva-nos a dar prioridade aos valores de Deus.
Aponta também o sentido da esperança: somos pessoas abertas ao futuro,
um futuro a conquistar já nesta terra, com fé e com amor,
mas sobretudo um futuro a esperar, como dom de Deus.

No Evangelho, JOÃO BATISTA aponta o CAMINHO
para preparar a chegada do Messias. (Mc 1,1-8)

O Texto introduz o Evangelho de Marcos, que leremos nesse ano (B):
"Início do Evangelho..." Essa "boa notícia" é a pessoa e a ação de Jesus,
chamado de Cristo e Filho de Deus.
Tudo "começou" quando João se apresentou no deserto de Judá para pregar.

1. Sua Missão: ser o "MENSAGEIRO" que prepara o caminho para o Messias.
Denuncia o pecado, anuncia o perdão e dispõe o homem a converter-se...

2. Sua Mensagem: "Preparai o caminho do Senhor e endireitai suas estradas."
Proclama um Batismo de CONVERSÃO para o perdão dos pecados.
João aponta um Caminho de purificação e de conversão...
O Sacramento da Penitência é um gesto que manifesta
a vontade de conversão e a esperança dos tempos novos.
É um encontro privilegiado com o Deus que salva e perdoa.
- Quais são os vales a serem preenchidos? (vazios, omissões...)
- Os montes a serem abaixados? (orgulho, vaidade, ambição...)
- Os caminhos a serem endireitados? (egoísmo, ganância, ódio...)
3. A Reação dos ouvintes: "Todos saíam ao seu encontro e
eram batizados no rio Jordão, confessando seu pecados".


4. Seu estilo de vida: Era uma pessoa sóbria, desprendida, austera e simples...
É o último dos profetas do Antigo Testamento.
Não só anunciou o Messias… mas o apontou já presente no meio do povo:
"No meio de vós está… Eis o Cordeiro de Deus..."
Dele falou Jesus: "É mais que um profeta… o maior dos nascidos de mulher..."

- Aparece no DESERTO: Lugar dos grandes encontros com Deus…
Foi no Deserto que o Povo de Deus realizou uma longa caminhada
de purificação e de conversão...
Deus é amigo do silêncio e se revela no silêncio...
O barulho das festas não é ambiente propício para anunciar,
nem para ouvir um convite de Penitência.
* Nesse advento, estamos dispostos a fazer momentos de deserto?
Oração… Novena do Natal em família... Gestos de solidariedade...

- Vive na SOBRIEDADE, manifestada no comer e no vestir…
"Vestia uma pele de camelo e comia gafanhotos e mel silvestre..."
* É com esse espírito que nos preparamos para o Natal desse ano?

O "estilo de vida" de João fala tão forte como as suas palavras.
É o testemunho vivo de um homem, que está consciente das prioridades
e não dá importância aos aspectos secundários da vida,
como sejam a roupa "de marca" ou o comer e beber...
Em nossa vida, quais são os valores, que escolhemos?
* João Batista nos convida a preparar o Caminho do Senhor,
assumindo atitudes novas e um estilo de vida simples e profética.
Estamos dispostos a nos preparar para o Natal, nesse espírito de João?

5. Seu testemunho sobre Jesus:
"Eu vos batizo com água, Ele vos batizará com o Espírito Santo".
Ele fala de dois tipos de Batismo:
- Batizar com água consistia em purificar as pessoas convertidas de seus pecados.
- Batizar com o Espírito, a ser realizado depois por Jesus, consistia em comunicar
às pessoas uma vida nova, transformando-as em novas criaturas.

JOÃO BATISTA foi um MENSAGEIRO DE DEUS
que preparou os homens do seu tempo, para a vinda do Senhor…
com a palavra e com o testemunho de vida...

Deus não poderia se servir também de nós, de você,
para preparar os homens de HOJE,
para a vinda do Cristo, no NATAL DESSE ANO
e ser uma voz de esperança que aponta um Caminho Novo
para os homens sofridos de hoje,
que vivem nesse deserto da vida, escravos de tantas opressões?

2º Domingo do Advento (vocacoes.com.br)

João Batista é o profeta do Advento e, à semelhança de Isaías, faz ressoar o anúncio de um tempo decisivo que se aproxima. Sua presença é destacada com características semelhantes ao profeta Elias. Depois de um longo silêncio profético em Israel, desponta o Batista anunciando por primeiro a irrupção do Reino de Deus e preparando uma nova aliança. O evangelista Marcos convida os leitores a uma resposta objetiva, franca, clara e decidida aos apelos do profeta. João apareceu no deserto e pregava um batismo de conversão para a remissão dos pecados. Acreditava-se que o Messias só se manifestaria quando Israel fosse, de fato, a comunidade santa de Deus. Para tornar-se o povo santo, Israel devia percorrer o caminho da conversão (batismo de purificação e de conversão). João faz ecoar o apelo à conversão, à mudança radical de vida, comportamento e mentalidade. Quem se dispunha a acolher o Messias era convidado a iniciar-se na comunidade messiânica, na vida nova própria dos que aguardavam a chegada do Messias.A pregação de João Batista, como um último apelo de Deus ao seu povo, encontrou ampla adesão: "Iam ter com ele toda Judéia, toda Jerusalém, e eram batizados por ele no rio Jordão, confessando os seus pecados". O preparo para a vinda do Messias passa pela mudança radical que se concretiza numa nova atitude de vida e na opção de uma nova escala de valores.Ele ressalta a força do Messias e define sua missão como batizar no Espírito: "Depois de mim vem outro mais poderoso do que eu, ante o qual não sou digno de me prostrar". O Messias terá a força de Deus e sua missão será comunicar o Espírito do próprio Deus, que transforma, renova e recria os corações. O batismo com o Espírito (Mc 1,8) revela que o Messias concederá a capacidade de discernimento no que diz respeito às exigências dos caminhos que conduzem a Deus.

DOMINGO 2 del Tiempo de Adviento (homilia.org)

Las Lecturas de este Segundo Domingo de Adviento nos invitan a prepararnos para la celebración de la venida de Jesús, al celebrar su cumpleaños en esta Navidad.
Todo Adviento, entonces, tiene este sentido de preparación. Todo Adviento contiene un llamado a la conversión, al cambio de vida. Será, por tanto, una oportunidad maravillosa para crecer en la fe, incrementar la esperanza y mejor vivir en la caridad.
El Evangelio de hoy nos presenta a San Juan Bautista, uno de los principales personajes bíblicos de este Tiempo de Adviento, que es tiempo de preparación a la venida de Cristo. La Liturgia de estos días nos recuerda las cosas que hacía y que decía el Precursor del Señor. Este personaje ya había sido anunciado en el Antiguo Testamento como “una voz que clama en el desierto” y que diría: “Preparen el camino del Señor ... Rellénense todas las quebradas y barrancos, aplánense todos los cerros y colinas; los caminos torcidos con curvas serán enderezados y los ásperos serán suavizados” (Is. 40, 1-5).
Los que conocían la profecía de Isaías no deben haber dudado al ver a San Juan Bautista, pues por el retrato que hacía de él el Profeta era inconfundible el personaje. Pero, más aún, al observar lo que decía ya no quedaba la menor duda sobre su papel como Precursor de Cristo.
Efectivamente, apareció en el desierto. Nos dice el Evangelio que “vestido de pelo de camello, ceñido con un cinturón de cuero y se alimentaba de saltamontes y miel silvestre”. Apareció como un mensajero inmediatamente antes de Jesús para preparar el camino a éste, predicando “un bautismo de arrepentimiento, para el perdón de los pecados” (Mc. 1, 1-8).
Juan Bautista llamaba a la conversión y al arepentimiento
Con esta descripción de la predicación de San Juan Bautista nos queda claro que la preparación para recibir al Señor consiste en arrepentirnos y en recibir el perdón de los pecados.
Pero si observamos el detalle que da el Profeta Isaías sobre cómo se prepara el camino del Señor tenemos más información de cómo puede ser ese proceso de conversión y de arrepentimiento al que estamos llamados muy especialmente durante este tiempo de Adviento, el cual nos presenta la Liturgia de la Iglesia en preparación para la venida del Señor.
“Aplanar cerros y colinas” significa rebajar las alturas de nuestro orgullo, nuestra soberbia, nuestra altivez, nuestro engreimiento, nuestra auto-suficiencia, nuestra arrogancia, nuestra ira, nuestra impaciencia, nuestra violencia, etc.
“Rellenar quebradas y barrancos” significa rellenar las bajezas de nuestro egoísmo, de nuestra envidia, nuestras rivalidades, odios, venganzas, retaliaciones ... pecados todos que dificultan el poder vivir en armonía unos con otros, pecados que impiden la realización de ese Reino de Paz y Justicia que Cristo viene a traernos.
“Enderezar los caminos torcidos y con curvas” significa rectificar el camino, cambiar de rumbo si vamos por caminos torcidos y equivocados, que no nos llevan a Dios. ¿A dónde queremos ir? ¿Hacia dónde estamos dirigiéndonos? ¿Estamos preparándonos para que el Señor nos encuentre, como nos dice San Pedro en la Segunda Lectura, “en paz con El, sin mancha, ni reproche”? (2 Pe. 3, 8-14).
Más aún, el Precursor del Mesías anuncia algo muy importante: “Yo los bautizo a ustedes con agua, pero El los bautizará con Espíritu Santo”. Luego el mismo Cristo confirmará este anuncio de Juan el Bautista. En el diálogo con Nicodemo, Jesús le dice a éste: “En verdad te digo, nadie puede ver el Reino de Dios si no nace de nuevo, de arriba”. Y ante el asombro de Nicodemo, Cristo le explica: “El que no renace de agua y del Espíritu Santo, no puede entrar en el Reino de Dios ... Por eso no te extrañes que te haya dicho que necesitas nacer de nuevo, de arriba” (Jn. 3, 3-7).
¿Qué es nacer de nuevo, de arriba? Para entender esto, no hay más que ver a los Apóstoles antes y después de Pentecostés (cfr. Hech. 2 y 5, 17-41). Antes eran torpes para entender las Sagradas Escrituras y aún para entender las enseñanzas que recibieron directamente del Señor. También eran débiles en su fe. Eran, además, temerosos para presentarse como seguidores de Jesús, por miedo a ser perseguidos.
Pero sí hicieron algo: creyeron en el anuncio del Señor: “No se alejen de Jerusalén, sino que esperen lo que prometió el Padre, de lo que Yo les he hablado: que Juan bautizó con agua, pero ustedes serán bautizados en el Espíritu Santo dentro de pocos días” (Hech. 1, 4-5).
Y ¿cómo se nace de nuevo, de arriba? ¿Cómo se nace del Espíritu Santo? Para esto también hay que ver a los Apóstoles muy especialmente en los días entre la Ascensión del Señor y Pentecostés y también a lo largo de todos los acontecimientos narrados en los Hechos de los Apóstoles:

“Todos ellos perseveraban en la oración y con un mismo espíritu, en compañía de algunas mujeres, de María, la Madre de Jesús y de sus hermanos”. (Hech. 1, 14).
El Adviento nos prepara para todo esto, y nos prepara también para la celebración de la Navidad, en que recordamos la venida histórica de Cristo. Pero la Carta de San Pedro que nos trae la Segunda Lectura nos recuerda el segundo significado del Adviento: nos recuerda que también nos preparamos para la segunda venida de Cristo, es decir, para el establecimiento de ese Reino que Cristo vendrá a establecer y del que habló a Nicodemo. San Pedro nos describe, sin ahorrar detalles, cómo será ese día.
Nos dice que el día del Señor “llegará como los ladrones”; es decir, inesperadamente. Pasa luego a describir cómo será ese momento: “Los cielos desaparecerán con gran estrépito, los elementos serán destruidos por el fuego y perecerá la tierra con todo lo que hay en ella”. Nos invita a una vida de “santidad y entrega” en espera del día del Señor. Nos asegura que vendrán “un cielo nuevo y una tierra nueva, en que habite la justicia”. Y concluye con la llamada que se repite de varias maneras a lo largo de la Sagrada Escritura, pero muy especialmente en este tiempo de Adviento: vigilancia y preparación. “Apoyados en esta esperanza, pongan todo su empeño en que el Señor los halle en paz con El, sin mancha ni reproche”.
El Adviento es tiempo propicio para responder a la llamada de San Juan Bautista. Es la misma llamada que nos hace el Mesías que viene y que nos hace la Iglesia siempre, pero muy especialmente en Adviento: conversión, cambio de vida, enderezar el camino, rebajar las montañas y rellenar las bajezas de nuestros pecados, defectos, vicios, malas costumbres, faltas de virtud; nacer de arriba, nacer del Espíritu Santo, etc.
El Mesías fue anunciado en el Antiguo Testamento y llegó hace unos 2.000 años. La venida de Cristo al final del tiempo también ha sido anunciada y puede venir en cualquier momento “como los ladrones” -nos dice el Señor y nos lo recuerda San Pedro. Pero el final del tiempo nos llega también a cada uno el día de nuestra muerte, que puede sorprendernos -igual que los ladrones- en cualquier momento. ¿Hemos preparado el camino para nuestro encuentro con el Señor? ¿Hemos nacido de arriba, del Espíritu Santo? ¿Estamos preparados?

«Uma voz brada no deserto: Preparai os caminhos do Senhor»

Beato Guerric d'Igny (c. 1080-1157), abade cistercienseI Sermão para o Advento (Trad. Cf Bouchet, Leccionário, p. 36 e Brésard, 2000 anos B, p. 20)
«Preparai os caminhos do Senhor.» Irmãos, os caminhos do Senhor que nos pedem que preparemos preparam-se percorrendo-os, e é preparando-os que os percorremos. Mesmo que já tenhais progredido muito no caminho, tendes ainda assim de o preparar, a fim de que, do ponto aonde chegastes, avanceis sempre mais. E assim, a cada passo que dais, o Senhor cujo caminho preparais vem ao vosso encontro, sempre novo, sempre maior. É, pois, com razão que o justo reza dizendo: «Instruí-me, Senhor, nos Vossos mandamentos, e os guardarei com fidelidade» (Sl 118, 33). Talvez se lhe tenha chamado «caminho eterno» porque, se é verdade que a Providência previu o caminho de cada um e lhe fixou um termo, também é certo que a bondade daquele para o Qual avançais não tem limites. É por isso que, ao chegar, o viajante sábio e decidido pensa que está apenas no princípio (Fil 3, 13); esquecendo o que tem atrás de si, dirá todos os dias: «Hoje começo». [...]Mas nós que falamos de progresso neste caminho, praza ao céu que tenhamos, pelo menos, começado! Em minha opinião, quem se pôs a caminho já está no bom caminho; mas é necessário que tenhamos realmente começado, que tenhamos «encontrado o caminho da cidade habitável», como diz o salmo (106, 4). Porque «são poucos os que o encontram», diz a própria Verdade (Mt 7, 14). E numerosos os que vagueiam na solidão. [...] E Tu, Senhor, preparaste-nos um caminho, basta que consintamos em o percorrer. Tu ensinaste-nos o caminho da Tua vontade quando nos disseste: «Este é o caminho, andai por ele» (Is 30, 21). Trata-se do caminho que o profeta tinha prometido: «O deserto será atravessado por um caminho que se chamará caminho sagrado; nenhum ser impuro passará por ele (Is 35, 8). «Fui jovem, agora sou velho» (Sl 36, 25) e, se bem me lembro, nunca vi seres impuros percorrerem o Teu caminho; embora tenha visto alguns puros que conseguiram percorrê-lo até ao fim.

2° Domingo do Advento (www.ecclesia.pt)

A liturgia do segundo domingo de Advento constitui um veemente apelo ao reencontro do homem com Deus, à conversão. Por sua parte, Deus está sempre disposto a oferecer ao homem um mundo novo de liberdade, de justiça e de paz; mas esse mundo só se tornará uma realidade quando o homem aceitar reformar o seu coração, abrindo-o aos valores de Deus.Na primeira leitura, um profeta anónimo da época do Exílio garante aos exilados a fidelidade de Jahwéh e a sua vontade de conduzir o Povo – através de um caminho fácil e direito – em direcção à terra da liberdade e da paz. Ao Povo, por sua vez, é pedido que dispa os seus hábitos de comodismo, de egoísmo e de auto-suficiência e aceite, outra vez, confrontar-se com os desafios de Deus.No Evangelho, João Baptista convida os seus contemporâneos (e, claro, os homens de todas as épocas) a acolher o Messias libertador. A missão do Messias – diz João – será oferecer a todos os homens esse Espírito de Deus que gera vida nova e permite ao homem viver numa dinâmica de amor e de liberdade. No entanto, só poderá estar aberto à proposta do Messias quem tiver percorrido um autêntico caminho de conversão, de transformação, de mudança de vida e de mentalidade.A segunda leitura aponta para a parusia, a segunda vinda de Jesus. Convida-nos à vigilância – isto é, a vivermos dia a dia de acordo com os ensinamentos de Jesus, empenhando-nos na transformação do mundo e na construção do Reino. Se os crentes pautarem a sua vida por esta dinâmica de contínua conversão, encontrarão no final da sua caminhada terrena “os novos céus e a nova terra onde habita a justiça”.

quinta-feira, 27 de novembro de 2008

Domingo 1° del Tiempo de Adviento

Hoy comenzamos un nuevo Año Litúrgico (Ciclo “B”). La Iglesia ha ordenado las Lecturas de los Domingos en tres ciclos: A, B y C, de manera que cada uno de los ciclos se repite cada tres años. Es por ello que las Lecturas de este Ciclo “B” que hoy comenzamos no son las mismas que las del Primer Domingo de Adviento del año pasado.
Es así como en tres años de Lecturas dominicales, los fieles pueden tener una idea bastante completa -sin llegar a ser total- de la historia de la salvación contenida en la Sagrada Escritura.
Y el Año Litúrgico comienza con el Tiempo de Adviento. Hoy es el Primer Domingo de Adviento, tiempo de espera para la venida de Cristo ... Y tiempo de espera significa tiempo de preparación para esa venida.
Las Lecturas de este tiempo de Adviento nos trasladan a veces a ese anhelo que existía en el Antiguo Testamento de la venida del Mesías que esperaban para salvar a la humanidad. Vemos tal anhelo en la Primera Lectura del Profeta Isaías (Is. 63, 76-19; 64, 2-7).
Las palabras del Profeta son una súplica llena de urgencia con la que quisiera -por así decirlo- adelantar la venida del Salvador: “Ojalá rasgaras los cielos y bajaras, estremeciendo las montañas con tu presencia”.
Ese anhelo, ese grito de los profetas y santos del Antiguo Testamento ya fue satisfecho, pues esa primera venida del Hijo de Dios -su venida histórica- ya tuvo lugar hace más de dos mil años. En efecto, Jesús nació, vivió, sufrió, murió y resucitó en la tierra, en nuestra historia. Y así ha salvado -ha rescatado- a la humanidad que se encontraba perdida en el pecado.
Ya la salvación esperada fue realizada por Cristo. Ahora nos toca a nosotros aprovechar la salvación ya efectuada por Cristo.
Luego de esa primera venida, la historia de la humanidad se orienta toda hacia la “parusía”; es decir, hacia la venida gloriosa de Cristo al final de los tiempos.
El Adviento es tiempo especial de preparación para esa segunda venida de Cristo.
De allí que los clamores por el Mesías contenidos en el Antiguo Testamento, los sentimos también como clamores por esa esperada venida gloriosa de Cristo al final. Por eso también, muchas de las lecturas de este tiempo se refieren a este esperado acontecimiento.
Tan esperado, que San Juan finaliza el libro profético del Apocalipsis con ese clamor de toda la Iglesia (la esposa) unida a Dios (el Espíritu): “El Espíritu y su esposa dicen: ... ‘Ven’ ... El que da fe de estas palabras dice: ‘Sí, vengo pronto’. Así sea: Ven, Señor Jesús” (Ap. 22, 17 y 20).

Con estas palabras termina la Biblia: el Señor diciéndonos que viene pronto y nosotros, la Iglesia, la humanidad entera, diciendo que ojalá así sea y pidiéndole que venga.
Mientras estamos a la espera de ese “adviento”, de ese advenimiento, de ese acontecimiento tan importante -el más importante de la historia de la humanidad- el recibimiento de Cristo debe irse preparando en el corazón de cada persona.
¿Y cómo podemos ir preparando esa venida del Señor a nuestro corazón? De varias maneras Jesús, Hijo de Dios, se nos hace presente en este tiempo de espera en que nos encontramos actualmente aguardando su venida gloriosa.
La presencia de Cristo en este tiempo intermedio entre su estadía histórica en nuestro mundo en medio de nosotros y su próxima venida gloriosa, se da en nosotros por medio de su Gracia. Su Gracia que El derrama de muchas maneras: primeramente nos viene a través de los Sacramentos.
Los Sacramentos son vías especialísimas, signos visibles, por medio de los cuales Cristo se hace presente:
En el Bautismo nos borra el pecado original y da a cada bautizado su Gracia, que es su Vida misma.

En la Confesión nos restaura la Gracia perdida por los pecados cometidos.

En la Eucaristía está realmente presente, vivo, y se da a nosotros en forma de alimento para nuestra alma, fortaleciendo nuestra vida espiritual.

Jesucristo también se hace presente con su Palabra, contenida en la Sagrada Escritura. También se nos da en la oración, con inspiraciones e impulsos interiores.
Permitiendo que Cristo venga a nuestro corazón en cada una de estas formas en que se nos ofrece, dejamos que El vaya transformándonos cada vez más profundamente. Es la manera cómo nos vamos preparando a su venida gloriosa.
Así pueden cumplirse en nosotros las palabras finales de la Lectura de Isaías: “Señor, Tú eres nuestro Padre; nosotros somos el barro y Tú el alfarero; todos somos hechura de tus manos”. Esta frase recuerda también a una muy similar del Profeta Jeremías: “Mirad que como el barro en manos del alfarero, así sois vosotros en Mi Mano” (Jr. 18, 1-6).
Si en este tiempo intermedio entre una venida y otra de Jesús nos dejamos moldear por Dios, por su Voluntad, por sus designios, como lo que Dios muestra al Profeta Jeremías, al hacerlo ir a una alfarería para ver cómo el barro es moldeado por el alfarero, así estamos cumpliendo lo que nos exige el Evangelio de hoy (Mc. 13, 33-37) y lo que nos dice San Pablo en la Segunda Lectura (1 Cor. 1, 3-9). Estas lecturas nos hablan de espera, de vigilancia, de estar preparados.
“Velen y estén preparados, porque no saben cuándo llegará el momento”, nos pide el Evangelio, pues no sabemos “a qué hora va a regresar el dueño de la casa”. Por eso nos pide el Señor al final de este trozo evangélico: “Permanezcan alerta”.
Si así lo hacemos, si pasamos este tiempo de espera preparándonos de esa manera para la venida de Cristo, dejándonos moldear de acuerdo a su Voluntad y a sus designios, El mismo nos hará perseverar hasta el final, como nos dice San Pablo en la Segunda Lectura: “El nos hará permanecer irreprochables hasta el fin, hasta el día de su advenimiento”.
No sólo en estas Lecturas de hoy, sino a lo largo de toda la Biblia, el Señor nos pide insistentemente estar atentos a su venida, preparándonos para recibirlo cuando venga como Justo Juez. Este llamado es aún más insistente durante el tiempo de Adviento, ya que nos estamos preparando para conmemorar en Navidad la primera venida de Jesús, cuando Dios se hizo hombre y nació en un momento preciso de nuestra historia y también en un sitio preciso de nuestra tierra.
Nos encontramos entre una y otra venida de Cristo. La primera ya sucedió. La segunda “no saben cuándo llegará el momento”. Pero sabemos que llegará ... De hecho, cada día que pasa es un día menos para su próxima venida.
Por eso el Señor nos recuerda ¡tantas veces! que estemos preparados, que velemos, porque no sabemos a qué hora regresa. “¡Sí, vengo pronto!” ¡Ven, Señor Jesús!

1° Domingo do Advento (Pe Antonio Geraldo Dalla Costa)

"Vigiai!"

Iniciamos hoje novo Ano Litúrgico (Ano B).
O ADVENTO possui duas características:
é tempo de preparação para o NATAL,
em que se comemora a 1ª vinda do Filho de Deus,
é também um tempo em que se voltam os corações
para a expectativa da 2ª vinda de Cristo, no fim dos tempos.

As leituras convidam à VIGILÂNCIA, para acolher o Senhor que vem.

A 1ª Leitura é uma SÚPLICA ardente ao Deus da História,
pedindo um Salvador. (Is 63,16b-17.19b;64,2b-7)

É uma das preces mais bonitas da Bíblia.
Ao povo que voltou do exílio desanimado e indiferente à Aliança,
o Profeta tenta acordar a esperança num futuro de vida e salvação.

Deus é invocado como "Pai" e "Redentor"
(Pai: fonte da vida familiar; Redentor: responsável pelo resgate).
É a primeira vez que se chama Deus de Pai (2 x).
No evangelho, Jesus usará mais tarde 184 vezes.

Termina com a imagem do OLEIRO: Deus é o "oleiro" e
o Povo é o "barro", que o artista modela com amor...
- Somos barro, frágeis, mas somos também obra de suas mãos...
somos a expressão do amor de Deus
- Faz lembrar a Criação do Homem do barro da terra.
A mudança do coração do seu povo é uma nova Criação,
da qual nascerá uma nova humanidade.

A 2a leitura é um APELO à vigilância para acolher Deus, que vem
e manifesta o seu amor através dos seus dons. (1Cor 1,3-9)

É a primeira vez São Paulo usa a Palavra "Carismas".
São os dons de Deus a determinadas pessoas para o bem da comunidade.

O Evangelho é uma EXORTAÇÃO à vigilância constante
para preparar a vinda do Senhor. (Mc 13,33-37)

O texto é o final do "Discurso escatológico".
A Parábola do Porteiro conta a história do homem que partiu em viagem,
distribuiu tarefas aos seus servos e deu ao porteiro uma ordem que vigiassem...

- O "Dono da casa" é Jesus, que ao voltar para o Pai,
confiou aos discípulos a tarefa de construir o "Reino", iniciado por ele.

- Quem é o "porteiro"?
São as lideranças da Comunidade, a quem foi confiada a missão
da vigilância e da animação da Comunidade.




O que a Parábola tem a nos dizer?

1. A Vinda do Senhor é motivo de ESPERANÇA.
A nossa caminhada humana não é um avançar sem sentido ao encontro do nada, mas uma caminhada feita na alegria ao encontro do "Senhor que vem".
Não se trata de uma vaga esperança,
mas de uma certeza baseada na palavra infalível de Jesus.
E o Advento nos recorda essa realidade:
2. Advento é tempo da ESPERA vigilante do Senhor.
O verdadeiro discípulo deve estar sempre "vigilante".
- VIGIAR significa não esquecer que toda a vida cristã é uma caminhada
rumo ao encontro final com Cristo Salvador e Juiz.
- VIGIAR é a atitude de quem se sente responsável pela "casa" de Deus,
protegendo-a de invasões estranhas.
- VIGIAR significa viver sempre empenhado e comprometido
na construção de um mundo de vida, de amor e de paz.
- VIGIAR Significa cumprir os compromissos assumidos no dia do batismo
e ser um sinal vivo do amor e da bondade de Deus no mundo.
- VIGIAR significa cumprir a Missão recebida:
dar testemunho de Jesus e do seu evangelho.
- VIGIAR significa não viver como se a vida se reduzisse à duração terrena,
mas viver sempre na expectativa da revelação plena do Senhorio de Jesus.

Todos nós também somos convidados a não "dormir",
a estar acordados e "vigilantes", sempre prontos
para lhe entregar a qualquer momento a sua "casa" bem cuidada?

É o que pretende esse tempo litúrgico, quando nos convida a seguir
a marcha do Povo de Deus, que se preparava para a primeira vinda do Senhor:
uma marcha lenta, obscura e dolorosa, para ali apreendermos
qual deve ser a nossa ESPERANÇA nessa caminhada para Cristo.

Em meio a tantos convites comerciais,
permaneçamos atentos e vigilantes no Senhor.

- "Nesse Natal, Cristo pede um lugar em nossa casa".
* Será que ele pode contar com um lugar em nosso coração?
Estamos dispostos a remover tudo o que rouba espaço para Ele,
e impede nosso caminho para Deus?

- Já reservamos tempo para a NOVENA do Natal em família?
* A novena é uma forma de concretizar a esperança e
de reunir-se na mesma fé, permitindo que a ternura de Deus
abra caminhos para a realização e a paz.

Nesse Natal, serão realmente felizes... as pessoas,
em quem Cristo encontrou um lugar para nascer!
Pe.Antônio Geraldo Dalla Costa

1° Domingo do Advento (vocacoes.com.br)

A vigilância
Esta é a recomendação ao mandamento do Senhor: "Vigiai!". Tal vigilância é uma postura própria do discípulo. Quando partiu, o Senhor deixou-nos sua casa e nos deu seu poder (cf. Mc 13,34); portanto, é nossa incumbência zelar por sua casa e usar seu poder agindo da mesma forma que ele. Vê-se, portanto, que a vigilância é uma atitude prenhe de fidelidade operosa. É seguimento! Isso nos plenifica de responsabilidade, pois a vinha do Senhor a nós, agora, é o nosso caminhar para Ele. A história é o lugar do discernimento cuja principal condição é a espera vigilante, resultando na operosidade fiel. A vigilância constante consiste em ter os olhos do coração voltados para o seu Senhor (cf. Sl 123[122],2) para vê-lo enquanto vem, em cada momento. O seguimento fiel e a operosidade que realizam, com responsabilidade, o encargo recebido. O Senhor já atingiu sua meta. Sua ausência, agora, é a distância que nos cabe preencher, percorrendo seu caminho, até quando estaremos para sempre com Ele. Jesus foi-se, mas não nos abandonou. Ele nos deixou tudo o que tinha: "sua casa e seu poder" (Mc 13,34). Com efeito, batizou-nos em seu Espírito, para que pudéssemos entrar em sua casa e viver da mesma forma que Ele. O discípulo deve precaver-se do fanatismo de quem espera com agitação, especulando sobre datas que marcam o fim dos tempos, como também da desilusão de quem não espera nada e "dorme". Ele sabe que o Reino de Deus não está aqui nem acolá, mas sim em nós (Lc 17,21), como responsabilidade pessoal e intransferível de seguir o Senhor em seu caminho. Iniciemos com empenho o novo ano litúrgico e, ao mesmo tempo, nosso preparo para a festa do Natal do Senhor.

1° Domingo do Advento (www.ecclesia.pt)

A liturgia do primeiro Domingo do Advento convida-nos a equacionar a nossa caminhada pela história à luz da certeza de que “o Senhor vem”. Apresenta também aos crentes indicações concretas acerca da forma devem viver esse tempo de espera.A primeira leitura é um apelo dramático a Jahwéh, o Deus que é “pai” e “redentor”, no sentido de vir mais uma vez ao encontro de Israel para o libertar do pecado e para recriar um Povo de coração novo. O profeta não tem dúvidas: a essência de Deus é amor e misericórdia; essas “qualidades” de Deus são a garantia da sua intervenção salvadora em cada passo da caminhada histórica do Povo de Deus.O Evangelho convida os discípulos a enfrentar a história com coragem, determinação e esperança, animados pela certeza de que “o Senhor vem”. Ensina, ainda, que esse tempo de espera deve ser um tempo de “vigilância” – isto é, um tempo de compromisso activo e efectivo com a construção do Reino.A segunda leitura mostra como Deus se faz presente na história e na vida de uma comunidade crente, através dos dons e carismas que gratuitamente derrama sobre o seu Povo. Sugere também aos crentes que se mantenham atentos e vigilantes, a fim de acolherem os dons de Deus.

sexta-feira, 21 de novembro de 2008

Solemnidad de Cristo Rey

Hoy es el último domingo del Año Litúrgico, el cual finaliza celebrando a Cristo como Rey del Universo, fiesta solemne instaurada por el Papa Pío XI en 1925.


El Reinado de Cristo -que es lo mismo que el Reino de Dios- viene mencionado muchas veces en la Sagrada Escritura. Cristo nos dice que su Reino no es de este mundo. Sin embargo, sabemos que su Reino también está en este mundo. Pero su Reino no es terrenal, sino celestial; no es humano, sino divino; no es temporal, sino eterno.
Su Reinado está en medio del mundo, porque está en cada uno de nosotros. O, mejor dicho: está en cada uno de nosotros cuando estamos en gracia; es decir, cuando Cristo vive en nosotros y así permitimos que el Señor sea Rey de nuestro corazón y de nuestra alma, cuando le permitimos a Jesucristo reinar sobre nuestra vida.
Si Cristo es nuestro Rey, nosotros somos sus súbditos. Tendríamos, entonces, que preguntarnos ¿qué hace un súbdito? ¿Qué hace un subalterno? Hace lo que desea y lo que le indica su Rey, su Jefe. Por eso decimos que el Reinado de Cristo está dentro de nosotros mismos, pues Cristo es verdadero Rey nuestro cuando nosotros hacemos lo que El desea y lo que El nos pide.
Y ¿qué nos pide ese Rey bondadosísimo que es Cristo, este Pastor amorosísimo que nos presentan las Lecturas de hoy? El nos pide lo que más nos conviene a nosotros. Y lo que más nos conviene a nosotros es hacer la Voluntad del Padre. En eso consiste el Reinado de Cristo en cada uno de nosotros: en que hagamos la Voluntad de Dios.
No en vano Jesucristo nos enseñó a decir en el Padre Nuestro: “Venga tu Reino” y seguidamente: “Hágase tu voluntad”. Es así, entonces, como el Reinado de Cristo comienza por nosotros mismos: cuando comenzamos a buscar hacer la Voluntad de Dios.
Las Lecturas de este último domingo del Año -del Año Litúrgico- nos invitan a reflexionar sobre el establecimiento del Reinado de Cristo en el mundo.
La Primera Lectura del Profeta Ezequiel (Ez. 34, 11-12 y 15-17) nos habla del momento en que “se encuentren dispersas las ovejas” y de cómo Jesús, el Buen Pastor atenderá a cada una: “Buscaré a la perdida y haré volver a la descarriada; curaré a la herida, robusteceré a la débil, y a la que está gorda y fuerte, la cuidaré”.
Y termina la lectura hablando del día del Juicio Final: “He aquí que voy a juzgar entre oveja y oveja, entre carneros y machos cabríos”.
En este anuncio del Juicio Final que hace Jesucristo en el Evangelio de hoy (Mt. 25, 31-46), El comienza con esa profecía de Ezequiel: “Entonces serán congregadas ante El todas las naciones, y El apartará a los unos de los otros ... a las ovejas de los machos cabríos”.
La profecía de Ezequiel también nos remite a otro Profeta del Antiguo Testamento: el Profeta Zacarías (Zc. 13, 7 y 14, 1-9) quien igualmente nos habla del día final, anunciando la dispersión del rebaño:
“Heriré al Pastor y se dispersarán las ovejas ... dos tercios serán exterminados y sólo se salvará un tercio. Echaré ese tercio al fuego, lo purificaré como se hace con la plata, lo pondré a prueba como se prueba el oro. El invocará mi Nombre y Yo lo escucharé. Entonces Yo diré: ¡Este es mi pueblo!, y él, a su vez dirá: “¡Yavé es mi Dios!”.
El Salmo no podía ser otro que el #22, el del Buen Pastor. “El Señor es mi Pastor, nada me falta ...”. Porque Jesús, antes del día del Juicio Universal, antes de venir a establecer su Reinado definitivo, cuida a cada una de sus ovejas, como nos dice la Primera Lectura y como nos indica este Salmo, favorito de muchos.

La Segunda Lectura (1 Cor. 15, 20-28) nos habla también del momento del establecimiento del Reino de Cristo. Nos habla de que su resurrección es primicia de la nuestra. Nos habla, también, de que en el momento de su venida, Cristo aniquilará todos los poderes del Mal, someterá a todos bajo sus pies, para luego entregar su Reino al Padre. Y así Dios será todo en todas las cosas.
El Evangelio de hoy es el famoso pasaje sobre el Juicio Universal o Juicio Final: “tuve hambre y me diste de comer ... tuve sed y me diste de beber ...”. ¿Significa, entonces, que sólo seremos juzgados con relación a lo que hayamos hecho o dejado de hacer al prójimo?
Para comentar el sentido completo del Juicio Universal, citamos al Teólogo Dominico, Antonio Royo Marín, quien en su libro “Teología de Salvación” nos dice lo siguiente acerca de esta cita evangélica:
“A juzgar por la descripción del juicio final hecha por el mismo Jesucristo ... pudiera pensarse que sólo se nos juzgará sobre el ejercicio de la caridad para con el prójimo ... Pero todos los exégetas católicos están de acuerdo en que esas expresiones las usa el Señor únicamente por vía de ejemplo -y acaso también para recalcar la gran importancia de la caridad- pero sin que tengan sentido alguno exclusivista”.
Es conveniente, entonces, recordar que los seres humanos, una vez dejada nuestra existencia terrenal o temporal, pasaremos por dos juicios: el Juicio Particular, que tiene lugar en el mismo momento de nuestra muerte, y el Juicio Universal que sucederá al final de los tiempos, precisamente cuando Cristo vuelva glorioso a establecer su reinado definitivo.
Ahora bien, ¿qué diferencia hay entre ambos juicios? Lo primero que debe destacarse es que no habrá discrepancia entre ambos. En el Juicio Final será ratificada la sentencia que cada alma recibió en el Juicio Particular.
Lo que sucede es que el Juicio Particular será para la conciencia moral individual. Se referirá al aprovechamiento o desperdicio que hayamos hecho de las gracias recibidas a lo largo de nuestra vida terrena. Y el Juicio Universal será sobre la influencia que hayan tenido el bien o el mal que cada uno haya hecho o dejado de hacer en otras personas, en la humanidad, en la historia de la salvación,
Dicho en otras palabras: el Juicio Particular se referirá a la conciencia individual y el Juicio Final se referirá a las consecuencias sociales de nuestros pecados. De allí que el Señor, al describirnos el Juicio Final, se refiera a las obras de misericordia, a lo que comúnmente llamamos obras de caridad.
Quiere decir, entonces, que seremos juzgados sobre cómo hemos amado: cómo hemos amado a Dios y cómo ese amor de Dios se ha reflejado en nuestro amor a los demás.
Cierto que el Señor nos ha dicho que al que mucho ama (cfr. Lc. 7, 47) mucho se le perdona, pero es bueno recalcar que seremos juzgados por todas nuestras acciones: en la Fe, en la Esperanza, en la Caridad, en la humildad, etc., etc. Es decir: en todas las virtudes; también, en las acciones y en las omisiones, en lo pensado, en lo hablado y en lo actuado, en lo oculto y en lo conocido. En todo.
Veamos lo que nos dice la última frase del Libro del Eclesiastés sobre el Juicio: “Dios ha de juzgarlo todo, aun lo oculto, y toda acción, sea buena o sea mala” (Ecl. 12, 14). Esta idea también la menciona San Pablo: “Puesto que todos hemos de comparecer ante el Tribunal de Cristo, para que reciba cada uno según lo que hubiere hecho, bueno o malo” (2 Cor. 5, 10).
Una vez juzgados por Cristo justo Juez, cuando vuelva en la Parusía a resucitarnos como El resucitó y a separar a los salvados de los condenados, Cristo Rey del Universo establecerá su reinado definitivo. Entonces “Dios será todo en todos”.
En el Prefacio de la Misa de Cristo Rey del Universo rezamos que el Reino de Cristo es un Reino de Verdad, de Vida, de Santidad, de Gracia, de Justicia, de Amor y de Paz. Así será el Reino de Cristo cuando El vuelva glorioso a establecerlo definitivamente para toda la eternidad.
Pero, mientras tanto, mientras estamos preparándonos para su venida definitiva, mientras viene Cristo como Rey Glorioso, podemos y debemos propiciar ese reinado en nuestro corazón y en medio de nosotros.
Y podrá ser un Reino de Verdad si nuestro entendimiento queda libre de errores y es iluminado por la Sabiduría Divina.
Podrá ser un Reino de Vida si Cristo vive en nosotros por medio de la gracia divina que recibimos especialmente en la Sagrada Eucaristía y en la oración.
Podrá ser un Reino de Santidad si dejamos que Cristo nos santifique, siendo dóciles a las inspiraciones de su Santo Espíritu.
Podrá ser un Reino de Gracia si sabemos acoger las gracias que Cristo nos da de tantas maneras, respondiendo con frutos de buenas obras.
Podrá ser un Reino de Justicia, Amor y Paz en la medida en que los seres humanos, súbitos de Cristo Rey, busquemos y hagamos la Voluntad Divina, pues de esa manera las relaciones entre los hombres serán regidas por ese Rey que nos comunica su Verdad, su Vida, su Gracia, su Santidad, su Justicia, su Amor y su Paz.
Precisamente ese fue le propósito que tuvo el Papa Pío XI al establecer esta Fiesta: que el Reinado de Cristo -comenzando por cada uno de nosotros los Católicos- se extendiera de cada individuo a cada familia, de cada familia a la sociedad, de la sociedad a las naciones, de las naciones al mundo entero. Esa es nuestra obligación como súbditos de Cristo, Rey del Universo.

Vinde, benditos de meu Pai...

São Nicolau Cabasilas (c. 1320-1363), teólogo leigo grego
A Vida em Jesus Cristo, Livro 4, 93-97; 102
«Vinde, benditos de meu Pai, recebei como herança o reino que vos está preparado desde a criação do mundo»
«Depois de haver completado a purificação dos pecados, sentou-Se à direita da majestade divina nas alturas» (Heb 1, 3). [...] Foi, pois, para nos servir que Ele veio de junto de Seu Pai a este mundo. E o cúmulo é que não é apenas no momento em que aparece nesta terra, revestido da enfermidade humana, que Se apresenta sob a forma de escravo, escondendo a Sua qualidade de senhor; será também mais tarde, no dia em que vier com todo o Seu poder e aparecer em toda a glória de Seu Pai, aquando da Sua manifestação. Quando vier no Seu reino, «cingir-Se-á, mandará que se ponham à mesa e servi-los-á» (Lc 12, 37). Eis Aquele pelo Qual reinam os soberanos e governam os príncipes!É assim que Ele há-de exercer a Sua realeza, verdadeira e sem mancha [...]; é assim que Ele domina aqueles que submeteu ao Seu poder: mais amável que um amigo, mais equitativo que um príncipe, mais terno que um pai, mais íntimo que os membros, mais indispensável que o coração. Ele não Se impõe pelo medo, nem submete através do salário. Somente em Si mesmo encontra a força do Seu poder, apenas prende os que Se lhe submetem. Porque reinar pelo medo ou com vista a um salário não é governar por si mesmo, mas pela esperança do lucro ou pela ameaça. [...]É preciso que Cristo reine em sentido próprio; qualquer outra autoridade é indigna Dele. Ele soube chegar a este ponto por uma via extraordinária [...]: para Se tornar o verdadeiro Senhor, abraça a condição de escravo e torna-Se servo de escravos, até à cruz e à morte; e assim arrebata a alma dos escravos e apodera-Se directamente da vontade deles. Sabendo que é esse o segredo deste modo de reinar, Paulo escreve: «Humilhou-Se a Si mesmo, feito obediente até à morte, e morte de cruz. Por isso é que Deus O exaltou» (Fil 2, 8-9). [...] Pela primeira criação, Cristo é senhor da natureza; pela nova criação, tornou-Se senhor da nossa vontade. [...] É por isso que Ele diz: «Foi-Me dado todo o poder no céu e na terra» (Mt 28, 18).

Cristo Rei (ecclesia.pt)

No 34º Domingo do Tempo Comum, celebramos a Solenidade de Jesus Cristo, Rei e Senhor do Universo. As leituras deste domingo falam-nos do Reino de Deus (esse Reino de que Jesus é rei). Apresentam-no como uma realidade que Jesus semeou, que os discípulos são chamados a edificar na história (através do amor) e que terá o seu tempo definitivo no mundo que há-de vir. A primeira leitura utiliza a imagem do Bom Pastor para apresentar Deus e para definir a sua relação com os homens. A imagem sublinha, por um lado, a autoridade de Deus e o seu papel na condução do seu Povo pelos caminhos da história; e sublinha, por outro lado, a preocupação, o carinho, o cuidado, o amor de Deus pelo seu Povo. O Evangelho apresenta-nos, num quadro dramático, o «rei» Jesus a interpelar os seus discípulo acerca do amor que partilharam com os irmãos, sobretudo com os pobres, os débeis, os desprotegidos. A questão é esta: o egoísmo, o fechamento em si próprio, a indiferença para com o irmão que sofre, não têm lugar no Reino de Deus. Quem insistir em conduzir a sua vida por esses critérios, ficará à margem do Reino. Na segunda leitura, Paulo lembra aos cristãos que o fim último da caminhada do crente é a participação nesse «Reino de Deus» de vida plena, para o qual Cristo nos conduz. Nesse Reino definitivo, Deus manifestar-se-á em tudo e actuará como Senhor de todas as coisas (vers. 28).
www.ecclesia.pt

Solenidade de Cristo Rei do Universo

O último julgamento No último Domingo do Ano Litúrgico, temos uma parábola retirada da vida cotidiana dos pastores. O Senhor será nosso juiz agindo como o pastor que, ao anoitecer, separa as "ovelhas dos cabritos". Tal passagem nos faz recordar a parábola do joio e do trigo que crescem juntos, mas na hora da colheita são separados (Mt 13,24-30). Ou dos pescadores que na praia separam os peixes bons dos ruins (Mt 13,47-50). O Filho do Homem, juiz da história, reconhecido como Rei, faz a declaração final: salvação para uns e condenação eterna para outros. O critério de avaliação final surpreende tanto os bons quanto os maus: "Senhor, quanto foi que te vimos...". A prática do amor e da misericórdia para com os irmãos é o critério de participação ou de exclusão do Reino de Cristo. O Rei chamará de "abençoados por meu Pai" (benditos) aqueles que, como Ele, foram em busca dos pecadores, curaram as feridas de tantos desalentados, restituíram a saúde a quem precisava e zelaram pelos enfraquecidos, famintos, desabrigados e oprimidos. Segundo o evangelista Mateus, seremos julgados por nossa capacidade de praticar a justiça e a misericórdia, sendo fiéis e criativos em traduzir o amor em gestos concretos de solidariedade. Notemos que Jesus, o Senhor do universo, fala de realidades bem concretas e vitais: comer, beber, vestir, visitar etc., ou seja, se nos dedicamos a criar condições favoráveis à justiça e à vida digna. O que qualifica a nossa vida não é tanto o que dizemos, mas aquilo que praticamos, em nosso dia-a-dia. O julgamento que acontecerá com Deus, na realidade é o ápice do encontro com Deus que veio e que vem em Jesus na pessoa de irmão, especialmente nos mais pequeninos e excluídos. Jesus identifica-se com os necessitados: famintos, sedentos, forasteiros, nus, enfermos, encarcerados. "Sempre que fizestes isto a um destes meus irmãos mais pequeninos, a mim mesmo o fizestes" (Mt 25,40). "Amor a Deus e amor ao próximo fundem-se num todo: no mais pequenino, encontramos o próprio Jesus e, em Jesus, encontramos Deus" (Bento XVI, Deus Caritas est, 15). O Evangelho de Mateus (25,31-44) é, pois, um alerta para a sociedade que cada vez mais cultua o mercado, a propriedade, o dinheiro aplicado, o crescimento do PIB, o aumento das exportações, o rigor fiscal, o consumo de bens etc., sem a menor preocupação com as pessoas (salvo algumas exceções), com os sem-escola, os sem-saúde, os sem-terra, os sem-teto e os sem-identidade. Isto é uma sociedade que descuida daqueles que têm fome, sede e são imagens vivas de Cristo. Serão premiados com o Reino definitivo aqueles que na existência se ocuparam na promoção e na defesa da dignidade de quem passava fome e sede e soube acolher os peregrinos etc. Proclamemos a realeza de Cristo Ressuscitado pela vivência do amor misericordioso para com todos, particularmente os pobres e excluídos. Sejamos gratos pelo litúrgico que se encerra!

Solenidade de Cristo

Com a leitura deste trecho, o Evangelista Mateus encerra a narração das obras, dos milagres e das palavras de Jesus. É como se com esta última imagem Jesus quisesse completar tudo quanto era em sua intenção revelar-nos sobre Si, sobre o Pai e sobre o homem. Da mesma forma a liturgia nos propõe o mesmo trecho como encerramento do ano litúrgico em que celebramos e revivemos a presença de Cristo hoje, em sua Igreja.
O texto é apresentado segundo um clichê muito comum no Antigo Testamento, na mesma forma com que os profetas, em determinados momentos da história de Israel, queriam fazer um balanço da caminhada e das relações entre Deus que propõe e o homem que responde (assim, por exemplo, Is. 41; Jer. 2 etc.). A forma é aquela de um julgamento.
Porque um julgamento? Pois bem, os profetas sempre se colocaram diante de Israel como espelhos da verdade, ou seja, como testemunhas de que o projeto de Deus irá se realizar, independentemente de qualquer inimigo tanto humano quanto demoníaco; isto porque possui força própria e terá exatamente o desfecho que Deus tem previsto, mesmo que o homem queira tirar o próprio Deus de sua história.
A vida, a história humana e a história salvífica são algo de objetivo; elas não mudam porque nós achamos que.... ; elas são superiores a qualquer homem e qualquer ideologia.
Num mundo subjetivista como o nosso, é facílimo iludir-se de que a realidade que nos captamos e o que não cai sob os nossos sentidos, seja a única; o resto simplesmente... não existe! O esquema do “julgamento” adotado pelos profetas e por Jesus, nos recorda que a verdade é uma só. É diante desta verdade objetiva, que leva em consideração todos os homens (e não somente alguns) com seus dramas e situações, que cada um verá e conhecerá a si mesmo.
Segundo a imagem que o Evangelho nos propõe o julgamento é instaurado em forma definitiva; a expressão «sentar no trono» é própria da situação em que se emite uma sentença definitiva com toda a autoridade. Tanto que seja aceito quanto que seja recusado pelo homem, Jesus sentará em seu trono como “Filho do homem”. Esta nomenclatura um pouco estranha é a única que Jesus gosta de aplicar a si mesmo; tem suas origens no livro de Daniel (cap. 7) e indica um personagem esperado para os tempos definitivos, um personagem escatológico que une em si mesmo a dimensão humana e a origem divina. O “Filho do homem” será o mediador do julgamento definitivo -segundo Daniel- pois, ele possui o poder da verdade a qual é única capaz de desmascarar o que é falso, ilusório, passageiro. Jesus compreende a sua inteira vida à luz do julgamento definitivo sobre a mentira, julgamento que será realizado demonstrando ao mundo até que ponto se pode amar: esta é a verdade e sobre esta também o mundo pronunciará um juízo sobre si mesmo.
Desta sua posição de Filho do homem, Jesus irá exercer também um julgamento. Vamos acompanhar a leitura do texto.
Diante do Rei está todo e cada homem (“todas as gentes”, diz o Evangelho), os que conheceram o Evangelho e os que nada sabiam de Jesus. Ele separará duas categorias de pessoas; a uns chama para viver do reino preparado pelo Pai desde a eternidade, para partilhar da vida do Pai; a outros expulsa deste projeto uma vez que este mesmo projeto não fez parte de suas vidas. Cada um encontrará em modo definitivo o que buscou. Este é o julgamento. Mas qual o critério de julgamento?
Sem dúvida não se trata de ações grandiosas, o Evangelho fala de coisas quotidianas, da vida comum do homem comum. Não são as grandes coisas que se tornam critério de avaliação, talvez se trate de algo mais.
Mesmo que aparentemente se enumerem algumas das ações das obras de bondade que são praticadas pelo “justo” (são estas as ações próprias do homem que segue o caminho com Deus, obras que vêm da tradição de Isaias e do livro de Jó) de fato a sentença não é emitida em base à quantia de obras realizadas. Não somos “benditos do Pai” porque fazemos obras; esta convicção era tipicamente farisaica e reprovada inúmeras vezes por Paulo -como nas cartas aos Colossenses ou a Tito. Podemos perceber que, tanto os que cumpriram as obras quanto os que deixaram de cumpri-las, fizeram a mesma pergunta: «quando é que nós fizemos.... (deixamos de fazer)?» Uns e outros não se deram conta, não decidiram de “fazer” ou “não fazer”; logo, o que está em jogo é algo que ultrapassa uma decisão racional.
O que está em questão é bem mais do que as obras: é a atitude fundamental da vida, pois é desta que provêm as a obras. A relação com Deus, cultivada e construída com o tempo e o amor faz com que aos poucos os sentimentos de Jesus, o seu “espírito” entre a fazer parte do nosso “espírito” assim, também nossos gestos refletem e, até, podem corresponder plenamente às atitudes e gestos de Jesus. Ora, se na vida o objetivo foi outro é evidente que o mundo possa passar despercebido ao nosso redor, os sentimentos, as dificuldades dos outros nunca serão os nossos sentimentos, as nossas dificuldades. O mundo do outro será sempre o mundo do outro. Sendo assim, como poderia surgir a necessidade de agir por amor solidário com o mais frágil? A palavra que o Evangelista usa: «pequenos» (elacistoV) deve ser traduzida com “insignificante”; assim se compreende o sentido da parábola: quando uma pessoa possui si mesmo como centro de sua vida tudo que está em torno é “insignificante”, mas Jesus se identificou com o que é “insignificante” para os “grandes”. É assim que o homem pronuncia o julgamento sobre si mesmo. Por outro lado, aquele que se deixou envolver pela proposta de Deus e Nele acreditou com todo si mesmo, terá em si os mesmos sentimentos de misericórdia que Jesus teve ao assumir os dramas que permeiam a existência do homem. Fazer “boas obras” não salva por si próprio, há uma profunda diferença entre filantropia e caridade: a primeira exclui a dimensão divina, não projeta o homem a Deus, deixa o homem na sua dimensão terrestre. Todos podem fazer boas obras, poucos sabem fazer caridade, deixar que o drama do mais frágil faça parte da própria vida. A filantropia simplesmente faz atos externos de ajuda, mas deixa sempre uma distância entre quem beneficia e quem é beneficiado; a caridade entra no coração, identifica dois homens que se sentem irmãos porque filhos de um único Pai.

quinta-feira, 13 de novembro de 2008

33º Domingo do Tempo Comum (vocacoes.com.br)

Parábola dos talentosO Evangelho de Mateus (25,14-30) está emoldurado pelo encerramento do Ano Litúrgico de 2008. Neste horizonte, a liturgia propõe-nos uma perícope extraída do discurso escatológico de Mateus 25. A expectativa e a vigilância convertem-se em responsabilidade pela transformação do mundo. A parábola dos talentos ressalta a vigilância como atitude de quem se sente responsável pelo Reino. E quem recebeu talentos e não os faz render, pode ser demitido por "justa causa" do Reino. Por trás da parábola dos talentos, há um tempo de expectativa e de sofrimento. Na época em que Mateus escreveu o Evangelho, muitos cristãos estavam desanimados diante da demora da segunda vinda do Messias. Além disso, o converter-se à fé cristã acarretava perseguição e até morte. As comunidades se esvaziavam e o ardor por Jesus Cristo esmorecia. O Evangelista escreve com o objetivo de reanimar a fé. Jesus apresenta-se como um senhor que, antes de empreender uma viagem, reúne seus empregados e reparte com eles sua riqueza para que a administrem. A um deu cinco talentos, a outro dois, e um ao terceiro: a cada um segundo sua capacidade. E viajou para longe. No retorno, ele pede contas. Os dois primeiros fizeram que os talentos rendessem em dobro. O último devolveu o talento tal qual tinha recebido, pois, com medo de arriscar, havia enterrado o talento. Curioso é o motivo de tal procedimento. Não tomou tal atitude por preguiça, mas por medo da severidade de seu senhor. Em conseqüência, os dois primeiros foram elogiados e recompensados pela eficiente administração e o último foi demitido por justa causa. O terceiro empregado devolvendo ao senhor o talento que recebera, nem mais nem menos, em termos de justiça, está quite. Ele personifica os membros das comunidades que não traduzem em seus relacionamentos os dons recebidos de Deus ou daqueles que, observando rigorosamente a Lei, se consideram perfeitos cumpridores da vontade do Senhor, mas que na verdade desconhecem a exigência fundamental do Messias, que é de gratidão e iniciativa. Por isso, são castigados por sua mediocridade. "Enterrar os talentos" é sinônimo de eximir-se de responsabilidade diante da missão que o Ressuscitado confiou a seus discípulos como suas testemunhas e continuadores da obra que Ele mesmo recebeu do Pai: salvar a humanidade (cf. At 1,6-11). Enterrar os talentos é privar a comunidade de dons de que ela está necessitando. A omissão é um pecado que prejudica a edificação da comunidade. É instalar-se para não correr riscos. Para aqueles que aderiram à fé, não basta serem bons evitando o mal a fim de serem aprovados como solícitos administradores dos bens do Reino. O que se exige deles é a capacidade de correr o risco com a responsabilidade e o compromisso. Jesus alerta as comunidades a viverem o tempo presente em fidelidade ativa como um preparo ao juízo final. Quando voltar, o Senhor recompensará os bons administradores com a salvação - isto é, com a alegria de seu convívio na Jerusalém celeste.

Domingo 33 del Tiempo Ordinario

Las Lecturas de este domingo nos hablan de la parte que nos toca a cada uno de los seres humanos en nuestra propia salvación. Sabemos que la salvación es obra de Dios, por los méritos de Jesucristo y por la acción del Espíritu Santo en nosotros, pero a cada uno de nosotros nos toca una pequeña parte: nuestra respuesta a las gracias que el Señor nos da en cada momento y a lo largo de toda nuestra vida.
Para explicar un poco mejor cuál es la participación divina y cuál es la participación humana en nuestra propia salvación, nos apoyaremos en el acuerdo firmado entre Luteranos y Católicos sobre la Doctrina de la Justificación. ¿Por qué usar este documento? Porque allí queda muy bien especificada la necesidad de nuestra respuesta a la gracia y el hecho de que nuestra santificación (o justificación) es obra de Dios, pero requiere nuestra respuesta.
Dice este documento: “La justificación es obra de Dios Trino ... Sólo por gracia, mediante la fe en Cristo y su obra salvífica, y no por algún mérito, nosotros somos aceptados por Dios y recibimos el Espíritu Santo que renueva nuestros corazones capacitándonos y llamándonos a buenas obras”.
Es decir: Dios nos santifica, sin ningún mérito de nuestra parte, pues el Espíritu Santo, actuando en nosotros, nos capacita para que, respondiendo a la gracia, realicemos buenas obras.
Entrando ya en la Liturgia de la Palabra de este Domingo, vemos que el Evangelio nos trae la famosa parábola de los talentos (Mt. 25, 14-30). En la época de Jesucristo, un “talento” significaba unos 35 kilos de metal precioso. Pero en esta parábola vemos que el Señor usa los talentos para significar las capacidades que Dios da a cada uno de nosotros, las cuales debemos hacer fructificar.
Cristo nos presenta el Reino de los Cielos como un hombre que llama a sus servidores para encargarle sus bienes.

A uno le dio cinco talentos, a otro tres talentos y al último solamente un talento. Los dos primeros duplicaron sus talentos y el último escondió el único talento que le dieron.
Al regresar el amo, los dos primeros son felicitados, se les promete que se le confiarán cosas de mucho valor y se les invita “tomar parte en la alegría de su Señor”. Es decir que los que hicieron fructificar sus talentos llegaron al Reino de los Cielos.
Pero el que no, le fue quitado el talento que guardó sin hacer fructificar y, además, es echado “fuera, a las tinieblas, donde será el llanto y la desesperación”. Es decir, el servidor que no hizo frutos, será condenado igual que un pecador. ¿Por qué?
Porque también es un pecador. Hay un tipo de pecado, llamado “pecado de omisión” que se refiere, no a lo que se ha hecho, sino a lo que se ha dejado de hacer. Y todo aquél que no responde a las gracias recibidas de Dios, peca por omisión.
Dios distribuye sus gracias a quién quiere, cómo quiere, cuándo quiere y cuánto quiere. Lo importante no es recibir mucho o poco, más o menos que otro. Esta parábola nos muestra que Dios reparte sus dones en diferentes medidas. Lo importante es saber que Dios da a cada uno lo que necesita para su salvación, y lo da en la forma y en el momento adecuado: “Mi gracia te basta” (2 Cor. 12. 9). “Tú les das la comida a su tiempo. Abres la mano y sacias de favores a todo viviente” (Sal. 145, 15).
Además, Dios exige en proporción de lo que nos ha dado. “A quien mucho se le da, mucho se le exigirá” (Lc. 12, 48). Y lo que nos ha dado es para hacerlo fructificar.
¿Qué espera Dios de nosotros? Que con las gracias que nos da demos frutos de virtudes y de buenas obras. Dicho en otras palabras: El nos da las gracias, y espera que aprovechemos esas gracias. Aprovechar las gracias es crecer en virtudes y en servicio a los demás.
Tomemos, por ejemplo, una de las virtudes que Dios nos ha dado: la Fe, la cual consiste en creer las verdades divinas, simplemente porque El nos las ha revelado, aunque las apariencias nos digan otra cosa.


Esa fe en Dios deberá fructificar al traducirse en una fe más profunda que nos lleva a tener una total confianza en Dios, en sus planes para nuestra vida y en su manera de realizar esos planes.
Además, porque creemos en Dios, sabemos que Dios nos invita a amarnos como El nos ha amado. De allí, entonces, que la fe también debe producir frutos de buenas obras, sobre todo de servicio a los demás.
Sin embargo, es importante recordar siempre esto: sería tonto creer que somos nosotros mismos los que hacemos fructificar nuestros talentos. ¡Qué lejos estamos de la verdad cuando así pensamos!
Otro talento adicional que Dios nos da es la misma capacidad de responder a sus gracias. Por nosotros mismos, sencillamente, no podemos. El ser humano no es capaz por sí mismo de ningún acto que lo santifique. Y con ese talento adicional que Dios nos da de responder a sus gracias, podemos y debemos cooperar en nuestra propia salvación. Es lo que Dios espera de nosotros.
Veamos otros pasajes bíblicos en que El Señor nos recuerda todo esto:
“Nadie puede venir a Mí si el Padre no lo atrae” (Jn. 6, 44). Aquí el Señor nos habla de la necesidad que tenemos de la gracia divina, pues nada podemos por nosotros mismos.
“Yo soy la Vid y mi Padre el Viñador. Si alguna de mis ramas no produce fruto, El la cortará, y poda toda rama que produce fruto para que dé más” (Jn. 15, 1-2). Nos indica la necesidad de cooperar con la gracia divina, dando buenos frutos; de cómo Dios nos capacita para dar aún más frutos, y del riesgo que corremos de no producir frutos.
De allí que en la Aclamación Evangélica cantamos con el Aleluya este llamado del Señor: “Permanezcan en Mí y Yo en ustedes; el que permanece en Mí da fruto abundante” (Jn. 15, 4-5).

“Por la gracia de Dios soy lo que soy; y la gracia que me confirió no ha sido estéril. He trabajado más que todos ellos, pero no yo, sino la gracia de Dios conmigo” (1 Cor. 15, 10). Nos muestra que no somos capaces de nada sin la gracia divina y también la necesidad que tenemos de responder a esa gracia.
“He combatido el buen combate, he terminado mi carrera, he guardado la fe. Ya me está preparada la corona de la santidad, que me otorgará aquel día el Señor, justo Juez” (2 Tim. 4, 7-8). Nos habla de nuestra correspondencia a la gracia y del premio prometido a quienes hagan fructificar la gracia.
La Primera Lectura tomada del Libro de los Proverbios nos habla de la esposa virtuosa. Puede tomarse pensando en la mujer casada, pero puede referirse también a la Iglesia como esposa de Cristo.
La Iglesia - es decir, cada uno de nosotros los cristianos- debemos ser como esa esposa fiel, que sabe trabajar respondiendo a las capacidades que Dios le da, que sabe ayudar al desvalido, que respeta a Dios y que termina siendo “digna de gozar del fruto de sus trabajos”. Es decir, si somos como la esposa virtuosa, podremos llegar a disfrutar del premio prometido: nuestra salvación eterna.
La Segunda Lectura de San Pablo que nos trae la Liturgia de hoy (1 Tes. 5, 1-6) coincide con el final de la parábola de los talentos, en la que el Señor nos dice que cuando El vuelva y nos pida cuentas, los que no hayan dado frutos serán echados fuera del Reino de los Cielos, y los que hayan dado frutos entrarán a gozar de la presencia del Señor.
En su carta San Pablo nos habla de la sorpresa que será la venida del Señor: “El día del Señor llegará como un ladrón en la noche ... o como los dolores de parto a la mujer encinta y no podrán escapar”. Siempre se nos habla de la sorpresa con que nos llegará ese día, por lo que se nos invita a una constante vigilancia.
“En la venida del Hijo del Hombre, sucederá lo mismo que en los tiempos de Noé ... no se daban cuenta hasta que vino el diluvio y se los llevó a todos” (Mt. 24, 37-39). “Cuando estén diciendo: ‘¡Qué paz y qué seguridad tenemos!’ de repente vendrá sobre ellos la catástrofe” (1 Tes. 5, 3). “Así como el fulgor del relámpago brilla de un extremo a otro del cielo, así será le venida del Hijo del Hombre en su día” (Lc. 17, 24).

Sin embargo, San Pablo nos insiste en que no debemos tener miedo, simplemente debemos estar preparados en todo momento, como nos invitaba la parábola de las vírgenes necias y las vírgenes prudentes.
Así nos dice San Pablo hoy: “A ustedes, hermanos, ese día no los tomará por sorpresa, como un ladrón, porque ustedes no viven en tinieblas, sino que son hijos de la luz del día, no de la noche y las tinieblas. Por tanto, no vivamos dormidos ... mantengámonos despiertos y vivamos sobriamente”.
En resumen, la Palabra de Dios hoy nos invita a vivir vigilantes respondiendo a la gracia que Dios nos da en todo momento. Esta respuesta significa ir creciendo en virtudes y dando frutos de buenas obras. Recordemos que Dios nos otorga su gracia como un tesoro que es necesario poner a producir, pues hacer lo contrario significa la pérdida de ese tesoro y el riesgo de no recibir la salvación eterna.

«Um homem [...] chamou os seus servos e confiou-lhes os seus bens»

São Jerónimo (347-420), presbítero, tradutor da Bíblia, doutor da IgrejaCarta
Este proprietário é, sem dúvida alguma, o próprio Cristo. Após a Sua ressurreição, quando se preparava para regressar vitoriosamente para junto do Pai, chamou os apóstolos e confiou-lhes a doutrina do Evangelho, dando a um mais, a outro menos, nunca demais nem de menos, mas de acordo com as forças daqueles que a recebiam. Da mesma maneira, o apóstolo Paulo afirma que alimentou de leite aqueles que não estavam capazes de tomar alimento sólido (1 Cor 3, 2). [...]Cinco, dois, um talento – são, quer as diferentes graças concedidas a cada um, quer, no primeiro caso, os cinco sentidos, no segundo, a inteligência da fé e das obras, no terceiro, a razão, que nos distingue das restantes criaturas. «O que tinha recebido cinco talentos fê-los render e ganhou outros cinco». Ou seja, a partir dos sentidos físicos e materiais que tinha recebido, fez aumentar o seu conhecimento das coisas celestes; a sua inteligência elevou-se das criaturas até ao Criador, do corpóreo ao incorpóreo, do visível ao invisível, do passageiro ao eterno. «O que recebera dois talentos ganhou outros dois». Também este, na medida das suas forças, duplicou na escola do Evangelho aquilo que tinha recebido na escola da Lei. Ou podemos dizer que compreendeu que a inteligência da fé e das obras da vida presente conduz à felicidade futura.«Mas o que recebera um só talento foi escavar na terra e escondeu o dinheiro do seu senhor». Preso às obras cá de baixo, aos prazeres deste mundo, o servo mau esqueceu os mandamentos de Deus. Notemos que outro evangelista afirma que ele enrolou o talento num pano; podemos entender por isso que suprimiu o vigor dos ensinamentos do mestre com uma vida de moleza e de prazeres. [...]O senhor acolhe os dois primeiros servos – aquele que, dos cinco talentos, tinha feito dez, e aquele que, dos dois talentos, tinha feito quatro – com o mesmo elogio: «Vem tomar parte na alegria do teu senhor», recebe aquilo que «nem o olho viu, bem o ouvido ouviu, nem jamais passou pelo pensamento do homem» (1 Cor 2, 9). Que recompensa maior se pode dar a um servo fiel?

33º Domingo do Tempo Comum (ecclesia.pt)

A liturgia do 33º Domingo do Tempo Comum recorda a cada cristão a grave responsabilidade de ser, no tempo histórico em que vivemos, testemunha consciente, activa e comprometida desse projecto de salvação/libertação que Deus Pai tem para os homens. O Evangelho apresenta-nos dois exemplos opostos de como esperar e preparar a última vinda de Jesus. Louva o discípulo que se empenha em fazer frutificar os «bens» que Deus lhe confia; e condena o discípulo que se instala no medo e na apatia e não põe a render os «bens» que Deus lhe entrega (dessa forma, ele está a desperdiçar os dons de Deus e a privar os irmãos, a Igreja e o mundo dos frutos a que têm direito). Na segunda leitura, Paulo deixa claro que o importante não é saber quando virá o Senhor pela segunda vez; mas é estar atento e vigilante, vivendo de acordo com os ensinamentos de Jesus, testemunhando os seus projectos, empenhando-se activamente na construção do Reino. A primeira leitura apresenta, na figura da mulher virtuosa, alguns dos valores que asseguram a felicidade, o êxito, a realização. O «sábio» autor do texto propõe, sobretudo, os valores do trabalho, do compromisso, da generosidade, do «temor de Deus». Não são só valores da mulher virtuosa: são valores de que deve revestir-se o discípulo que quer viver na fidelidade aos projectos de Deus e corresponder à missão que Deus lhe confiou.
www.ecclesia.pt

quinta-feira, 6 de novembro de 2008

Basílica São João de Latrão (Pe. Antonio Geraldo Dalla Costa)

O Novo Templo

Celebramos hoje a "dedicação" (ou consagração)
da Basílica São João de Latrão. É a primeira catedral.
É a catedral do Papa, como bispo de Roma,
a Igreja-Mãe de todas as igrejas do mundo.
Nela se realizaram cinco Concílios ecumênicos.
Esta festa nos convida a tomar consciência de que a Igreja de Deus,
simbolizada e representada pela Basílica de Latrão,
é hoje, no meio do mundo, a "morada de Deus",
o testemunho vivo da presença de Deus na caminhada dos homens.

As leituras bíblicas falam do sentido do Templo.

Na 1ª Leitura, o Profeta Ezequiel vê sair do TEMPLO uma Água,
que gera Vida por onde passa. (Ez 47,1-2.8-9.12)

* O Povo exilado na Babilônia, longe de Jerusalém e do seu templo destruído,
é fortalecido pela esperança do surgimento de um novo templo.
A Água viva, que brota do templo, simboliza a Vida nova,
a salvação oferecida por Deus.

Na 2ª Leitura, São Paulo afirma que somos TEMPLO DE DEUS e
morada do Espírito Santo. (1Cor 3,9c-11.16-17)

Por isso, animados pelo Espírito Santo, devemos ser o Sinal vivo de Deus e
testemunhas da salvação diante dos homens do nosso tempo.

No Evangelho, Jesus apresenta-se como o NOVO TEMPLO.
"Destruí este templo e em três dias eu o reerguerei...
Falava do templo do seu corpo". (Jo 2,13-22)

- O TEMPLO, na época de Jesus, havia se transformado
num grande mercado, num instrumento de exploração.
Usavam o nome de Deus para obter lucro e benefícios pessoais.

Jesus quer Purificar o Templo, libertando-o desses exploradores.
Assim entendemos o gesto violento de Cristo, de chicote na mão...

Mas Jesus quer mais: fala de um Novo Templo,
que irá substituir o templo de Jerusalém.

O Templo representava, para os judeus, a residência de Deus,
o lugar onde Deus se revelava e se tornava presente no meio do seu Povo.
Jesus agora é o "lugar" onde Deus reside no mundo.
O corpo de Jesus é lugar de encontro entre Deus e a humanidade.
Ao ressuscitar dos mortos o próprio Filho,
o Pai o colocou como pedra fundamental do novo santuário.
Sobre ela, pôs as pedras vivas, que são os discípulos de Cristo.
Todos juntos, formamos o corpo de Cristo,
o novo Templo onde Deus habita.
Cristo e os membros da comunidade cristã formam em conjunto
o novo santuário do qual se elevam os sacrifícios agradáveis a Deus.
Já não se trata das ofertas da carne e do sangue dos cordeiros,
mas das obras de amor em favor dos homens.
Como é que podemos encontrar Deus e chegar até ele?
O Evangelho de hoje responde: é olhando para Jesus.
Nas palavras e nos gestos de Jesus, Deus se revela aos homens,
manifesta o seu amor, oferece a vida plena,
faz-se companheiro de caminhada e aponta caminhos de salvação.

* Os cristãos são pedras vivas desse novo Templo
onde Deus se manifesta ao mundo e vem ao encontro dos homens
para lhes oferecer a vida e a salvação.
Os homens do nosso tempo têm de ver no rosto dos cristãos
o rosto bondoso e terno de Deus;
têm de experimentar, nos gestos de partilha, de solidariedade,
de serviço, de perdão dos cristãos, a vida nova de Deus;
têm de encontrar, na preocupação dos cristãos com a justiça e com a paz,
o anúncio desse mundo novo que Deus quer oferecer a todos os homens.

Nesse novo templo, em que nós somos pedras vivas,
"os verdadeiros adoradores vão adorar o Pai em espírito e verdade." (Jo 4,23)

- A Igreja é de fato essa "casa de Deus",
onde as pessoas podem encontrar essa proposta de libertação e de salvação,
que Deus oferece a todos?
- E o nosso templo, o nosso Santuário, é um lugar de encontro com Deus,
uma fonte de vida, para nós e para a nossa Comunidade?

- Se Cristo viesse hoje, que faria das igrejas,
que se transformaram num verdadeiro comércio da fé?
Deveria empunhar novamente o chicote?

As igrejas não podem ser casas de comércio...
Mesmo a igreja paroquial deve ser antes de tudo uma casa de oração,que torna Deus presente no mundo pela beleza da caridade fraterna... Pe. Antônio Geraldo Dalla Costa

Dedicação da Basílica de Latrão (vocacoes.com.br)

Jesus expulsa os vendilhões do tempo
Hoje é o aniversário da Dedicação da Basílica de Latrão, catedral de Roma, fundada pelo papa Melquíades (311-314). Esta é considerada a mãe de todas as igrejas do mundo; nela se realizaram as sessões de cinco grandes concílios ecumênicos.Na solenidade da Dedicação da Basílica de Latrão, não se celebra uma construção, mas aquilo que representa. Trata-se de uma festa que recorda o local onde são celebrados os mistérios da salvação. O texto escolhido é do segundo capítulo de João (Jo 2,13-22), em que Jesus compara o templo com o seu corpo que ressuscitará. Esta cena acontece logo após as Bodas de Caná, na Galiléia. Jesus vai a Jerusalém para a primeira das três páscoas relatadas no quarto Evangelho de João. Para entender sua atitude, devemos lembrar que o templo era o lugar onde o povo de Israel oferecia seus sacrifícios ao Senhor, com oferendas provenientes de todo o país. Todavia, havia se transformado numa espécie de "Banco Central" do povo judeu, um centro de arrecadação de impostos, câmbio e venda de animais para os sacrifícios. Vendo que "a casa do Pai tinha se tornado um mercado", Jesus expulsou os mercadores e suas mercadorias, bem como o culto praticado ali. A imagem de Jesus com o chicote em punho, expulsando do templo de Jerusalém cambistas e comerciantes e derrubando as mesas pelo chão, não se coaduna com aquela de "Jesus manso e humilde" (Mt 11,29) que temos; mas é preciso recordar que, quando ataca o comércio, Ele está impedindo que funcione alimentando o sistema explorador e opressor do povo. O templo de pedras será substituído pelo próprio corpo e, a partir disso, o verdadeiro templo serão as pessoas, o povo da nova aliança. Jesus desafia as autoridades judaicas do templo, dizendo que, se este fosse destruído, Ele o reergueria em três dias (v.19). Para João, em Jesus, edifica-se um novo templo com um novo culto, que será reerguido em três dias. No novo edifício, vai se manifestar a glória de Deus e todos o adorarão em espírito e verdade. A mensagem é clara: o primeiro templo de Deus é formado pelas pessoas muitas vezes oprimidas. A verdadeira prova da grandeza da fé de uma comunidade não está no tamanho de sua igreja, mas no cuidado com os mais sofridos entre o povo. Nosso Deus não é o Deus dos tijolos ou da areia, mas das pessoas. O verdadeiro culto acontece em "espírito e verdade" (Jo 4,24), no zelo pelos sofridos e fracos!

Dedicação da Catedral Basílica de São João de Latrão (Cardeal John Henry Newman)

Cardeal John Henry Newman (1801-1890), padre, fundador de comunidade religiosa, teólogo PPS, vol. 4, n.° 12 : «The Church, a Home for the Lonely»
«Destruí este templo, e em três dias Eu o levantarei!»
O Templo judeu, visível e material, estava confinado a um só lugar. Não cabia nele o mundo inteiro, nem mesmo uma nação, mas apenas algumas pessoas da multidão. Mas o templo cristão é invisível e espiritual, e pode ser em qualquer sítio. [...] Jesus diz à Samaritana: «Mas chega a hora - e é já - em que os verdadeiros adoradores hão-de adorar o Pai em espírito e verdade, pois são assim os adoradores que o Pai pretende» (Jo 4,23). «Em espírito e em verdade», porque, a menos que seja invisível, a sua presença não pode ser real. O que é visível não é o real; o que é material desagregar-se-á; o que está em determinado lugar é um fragmento, apenas.O templo de Deus, no regime cristão, é todo o lugar onde os cristãos se juntam em nome de Cristo; Ele está também presente de forma completa em cada lugar, como se não estivesse em mais nenhuma outra parte. E podemos entrar nesse templo, e juntarmo-nos aos santos que nele moram, à família celeste de Deus, de forma tão real quanto o adorador judeu entrava no recinto visível do Templo. Nada vemos deste nosso templo espiritual, mas é a condição requerida para que ele esteja em todo o lado. Ele não estaria em todo o lado se o víssemos num local específico; nada vemos, então, mas fruímos de tudo.Já os profetas do Antigo Testamento no-lo apresentavam assim. Isaías escreveu: «No fim dos tempos o monte do templo do Senhor estará firme, será o mais alto de todos, e dominará sobre as colinas. Acorrerão a ele todas as gentes» (Is 2,2). O templo cristão foi desvelado a Jacob [...] quando em sonhos viu «uma escada apoiada na terra, cuja extremidade tocava o céu; e, ao longo desta escada, subiam e desciam mensageiros de Deus» (Gn 28,12), e também ao servo de Eliseu: «O Senhor abriu os olhos do servo e ele viu o monte repleto de cavalos e carros de fogo, em redor de Eliseu» (2Rs 6,17). Trata-se de antecipações do que iria ser estabelecido com a chegada de Cristo, que «abriu o Reino de Deus a todos os crentes». Por isso, São Paulo diz: «Vós, porém, aproximastes-vos do monte Sião e da cidade do Deus vivo, da Jerusalém celeste, de miríades de anjos, da reunião festiva» (He 12,22).

Dedicação da Basílica de Latrão (ecclesia.pt)

Hoje a Igreja universal celebra a festa da igreja-mãe de todas as igrejas de Roma e do mundo: a dedicação da basílica do Santíssimo Salvador ou de São João de Latrão. Esta basílica foi construída por Constantino na colina de Latrão ou Lateranense, quando era papa Melquíades (311-314). Ao contrário do que muitos pensam, é esta basílica e não a basílica de São Pedro, no Vaticano, o templo mais antigo. Aqui foram celebrados cinco Concílios ecuménicos. Nela se guardam relíquias. A festa de hoje tem um carácter importante, que é celebrar a unidade e o respeito para com a Sé Romana.

Dedicação da Basílica do Latrão (Pe. Carlo)

“Mãe de todas as Igrejas”

Havia passado cerca de trezentos anos da morte de Jesus. As comunidades cristãs já não estavam mais vivendo com aquele entusiasmo inicial que sempre caracteriza a primeira fase do encontro com a fé.
Daquele tempos em que nas comunidades se esperava em clima de serenidade e alegria a iminente volta de Jesus, somente restava a lembrança. Tais sentimentos foram cedo substituídos -como a de Tessalônica- com o pesadelo, com a oprimente angustia que ainda ecoava naquilo que restava de centenas de famílias destruídas pelas perseguições.
Como na vida de Jesus, também na das comunidades cristãs ao inicial sucesso se associara o medo, a traição, o cheiro do sangue. Como na vida de Jesus também em suas comunidades as perguntas sem respostas tinham se tornado o pão de cada dia. Da expectativa inicial cheia de ímpeto propulsor restava somente a vaga esperança que terminassem definitivamente as matanças e os horrores das perseguições que espalhavam lágrimas entre os cristãos. A Igreja, frágil e dizimada, não tinha mais muita esperança de sobrevivência; esta, o “novo Israel”, se perguntava muitos anos depois o que os antigos Israelitas haviam se perguntado na época do exílio, no salmo: «Terá o Senhor nos rejeitado para sempre? Afinal, a sua promessa terá falhado?» (Sal 76,8).
Como sempre, quando terminam as esperanças humanas, entram em jogo as respostas divinas: o Imperador Constantino em 313 reconheceu a legitimidade e o direito à existência da fé cristã, tornando-se ele mesmo um cristão. O mundo ficou pasmo ao receber a notícia que na colina do “Latrão”, em Roma, no coração do mundo, foi batizado o Imperador. Aquele que fizera de si um deus, decidira tornar-se servo de Deus; o homem mais poderoso do mundo optava pelo estilo de vida proposto por um galileu crucificado trezentos anos antes, numa remota província do seu Império.
Foi bem naquela colina, ao lado do lugar onde o Imperador foi batizado que surgiu a primeira basílica cristã, dedicada inicialmente ao Salvador (a palavra tinha um grande relevo na época, pois tal nome era dado exclusivamente ao Imperador); mais tarde, Gregório Magno a dedicou aos Santos João Batista e João Evangelista.
Mais que uma simples lembrança do episódio, hoje a nossa fé celebra a grandeza Daquele que, quando menos o esperamos, opera maravilhas. Celebramos um evento que nos faz lembrar profeticamente, qual será o desfecho final da história humana: «diante Dele se ajoelharão todas os Reis da terra» (Sal 71,11; Is. 52,15). Foi para recordar esta definitiva e eterna supremacia de Jesus que a igreja construída naquela colina foi chamada “Basílica”; de fato, em grego a palavra significa “do Rei”, do verdadeiro e definitivo rei: Jesus.
O Evangelho que a liturgia hoje nos propõe, nos ajuda também a entender a misteriosa continuidade entre a vida de Jesus e a vida de sua comunidade, da Igreja como Ele a entendeu, criou e entregou a Pedro. O Evangelista tentará introduzir-nos neste mistério que envolve a comunidade cristã a qual, então, não é de forma alguma uma organização como tantas, não é sequer um dos tantos modelo de pensamento; absolutamente não é uma “associação” geradora de opiniões quanto à ética ou moral da humanidade. De modo algum pode ser tida como uma como tantas outras formas de “chegar a Deus”, “uma religião como outras” como erroneamente se costuma dizer. Embora a Igreja tenha e viva uma religião, a sua essência se encontra alhures.
Procuremos debruçar-nos sobre um aspecto deste trecho do Evangelho.
O episódio se dá, como propositadamente é frisado, perto da «Páscoa dos Judeus». Como sempre, o Evangelista quer indicar com isto, que a “Páscoa de Jesus” é algo totalmente diferente. Estava perto a mais importante celebração da vitória da fé dos Judeus, o triunfo do projeto de libertação de Deus para com o povo que havia escolhido. No Templo se realizavam todas as cerimônias, principalmente as ofertas, orações e sacrifícios de cordeiros. Uma incrível organização tinha surgido em torno das atividades do Templo para fazer com que todos os Judeus, ali confluídos contemporaneamente, pudessem oferecer seus sacrifícios e ofertas, todos durante os dois dias da celebração. Centenas, milhares de cordeiros eram sacrificados para serem comidos ritualmente durante a noite nas casas dos judeus. Costuma-se, impropriamente, usar este episódio do Evangelho como censura de Jesus às atividades de comércio religioso. Ora, o centro da narração não parece ter esta finalidade, mesmo se é evidente o comportamento critico de Jesus a respeito das atividades que se desenvolviam diante das portas do Templo. É próprio da visão de fé de João não se deter nestas questões, mas intuir e ler nestas e através destas, os mais profundos mistérios que ligam Jesus à obra salvífica e ao projeto do Pai. Era, praticamente, necessário que se desenvolvessem atividades de comércio, pois era muito difícil para peregrinos que percorriam a pé grandes distâncias, trazerem também os animais para o sacrifício, em muitos casos era mais fácil adquiri-los em Jerusalém. Da mesma forma, sabemos que era proibida a entrada de moedas romanas (isto é pagãs) no Templo, só que a moeda que todos usavam e que tinha valor era a romana, contudo, para ser usada no Templo, precisava ser trocada; enfim, são várias as motivações que levam à criação de um comércio o qual, diga-se, nem sempre é negativo, aliás pode-se tornar um serviço.
Mas voltemos ao núcleo do nosso episódio. A primeira coisa que percebemos e que nos deixa questionando: porque a tropa de guarnição do Templo não interveio? Porque não forma autorizados a prender Jesus? Afinal o gesto aparentemente poderia ser visto como um ato de desordem, de tumulto... Porque os “chefes” somente perguntaram: «Qual o sinal nos dá para fazer isto...?». A verdade é que todos sabiam muito bem o que significaria aquele gesto. Desde o dia da consagração do Templo, enquanto Salomão pronunciava a benção de consagração, também assim manifestou suas dúvidas «Mas, de fato, habitaria Deus na terra? Eis que os céus e até o céu dos céus não te podem conter, quanto menos esta casa que eu edifiquei!» (1Rs. 8,27) abrindo espaço para a insuficiência real do Templo com todas as suas estruturas religiosas. Anos depois, Ezequiel continuará reforçando mais ainda a convicção de que um dia Jahwé iria abandonar o Templo e a sua glória não se manifestaria mais ali (Ez. 10,18ss). Os exegetas da época, fariseus, escribas e sacerdotes conheciam muito bem esta questão, a qual pendia, como uma “espada de Dámocles”, sobre a instituição em torno da qual rodava toda a sua vida.
O desafio de Jesus era bem maior do que uma banal advertência religiosa sobre o fato de alguns se aproveitarem da religiosidade popular para obter vantagens econômicas. Isto é muito comum e não precisava de uma intervenção tão forte de Jesus.
Estamos diante de algo de extremamente inovador, algo que Jesus propõe como por um grito que vem do mais íntimo de seu ser: «Destruam este templo». Parece dizer: “Tenham a coragem de abandonar, destruir esta maneira de se relacionar com Deus. Não é mais necessário perder tempo em tentar agradar a Deus, Ele é quem vem a vocês!”. Sim, Jahwé estava vindo a todos os homens na pessoa do Nazareno.
O gesto de Jesus é uma belíssima expressão daquilo que na Escritura é chamado “a ira de Deus”: como um desespero carregado de uma força incomum para impelir a pessoa amada, o povo pelo qual Jesus estava dando sua vida, a desvincular-se de formas, para entrar numa realidade misteriosa que estava sendo oferecida. “Se tiverem a coragem de destruir este tipo de relacionamento com Deus, eu construirei um novo Templo para vocês, um novo lugar onde sempre e definitivamente tereis a possibilidade de se encontrarem realmente com o Pai”.
...E o que havia prometido naquele dia, Jesus o realizou para todos os que acreditaram Nele e a Ele se uniram na sua comunidade. Sim, a partir da Ressurreição de Jesus, a sua comunidade, frágil, cheia de medos e contradições, objeto de ataques de todos os lados, se entenderá como verdadeiro “Templo”, de Deus assim como o Senhor lhes havia mostrado: “Onde dois ou três estiverem reunidos em meu nome eu estarei no meio deles”. A primitiva comunidade cristã compreendeu este mistério e o transmitiu a nós como um tesouro precioso a ponto de o Concílio Vaticano II recordar que a comunidade reunida em torno de Jesus, a Igreja é permeada por um mistério que faz dela um “sacramento da íntima união de Deus com o gênero humano”. É o verdadeiro Templo, o lugar vivificado pela caridade e pelo Espírito do Senhor no qual todo homem pode encontrar-se com Deus.

quinta-feira, 30 de outubro de 2008

Dia de Finados (Pe Antonio Geraldo Dalla Costa)

O Dia de Finados, que hoje celebramos,
está impregnado de um profundo sentimento religioso
no qual se unem afeto e recordações familiares
com a fé e esperança cristãs.
Por esse motivo suscita sempre um profundo eco no povo de Deus.

É uma oportunidade especial para rezar pelos nossos mortos e
lembrar a alegre verdade sobre a qual está fundada a nossa fé:
a RESSURREIÇÃO.

1. Celebramos a vida, não a morte
A religião cristã não celebra o culto à morte, mas à vida.
Assim o ressalta a liturgia da palavra de hoje com suas muitas leituras.
Todo o conjunto nos fala de ressurreição e vida;
e a referência onipresente é a Ressurreição de Cristo,
da qual participa o cristão pela fé e pelos sacramentos.
- Por isso, este dia não é uma comemoração para a tristeza,
provocando saudade dos seres queridos que já nos deixaram,
mas uma recordação cheia de esperança que expressa e continua
a Comunhão dos Santos, que celebramos no dia de ontem.
Pois "a fé oferece a possibilidade de uma comunhão
com nossos queridos irmãos já falecidos, dando-nos a esperança
de que já possuem em Deus a vida verdadeira". (GS 18,2)

2. Lembramos nosso destino futuro:
A Visão cristã da morte dá o verdadeiro valor da vida humana.
O discípulo de Cristo identifica a vida futura na qual crê e espera,
com um ser vivo, pessoal e amigo que é o Deus de nosso Senhor Jesus Cristo,
e de cuja vida participará agora e continuará gozando em seu destino futuro. Instruídos pela palavra de Deus, cremos que:
"O Homem foi criado por Deus para um fim feliz,
além dos limites da miséria terrestre...
Deus chamou e chama o homem para que ele dê sua adesão a Deus
na comunhão perpétua da incorruptível vida divina.
Cristo conseguiu esta vitória, por sua morte,
libertando o homem da morte e ressuscitando para a vida.
Para qualquer homem que reflete, a fé lhe dá uma resposta
à sua angústia sobre a sorte futura". (GS 18,2)

+ Cristo é a Raiz da esperança cristã: Estaremos sempre com o Senhor.
Jesus é a razão última do nosso viver, morrer e esperar como cristão.
Uma vez que Ele se fez igual a nós em tudo,
passou também pelo transe da morte para alcançar a Vida perene.
Esse é o itinerário que o discípulo deve percorrer.

+ Cristo é vida e ressurreição para aquele que nele crê.
Tudo vem confirmar a afirmação do próprio Jesus momentos antes de realizar
a ressurreição de Lázaro, seu amigo:
"Eu sou a ressurreição e a vida; aquele que crê em mim, embora esteja morto, viverá; e aquele que está vivo e crê em mim, não morrerá para sempre". (Jo 11,25-26).
Assim, diante da morte de nossos entes queridos, não devemos pensar
numa perda irreparável, mas no destino esperançoso ao qual Deus nos chama: "Vou preparar-lhes um lugar, para que onde eu estiver,
estejam vocês também". (Jo 14,3).

As LEITURAS sugeridas para o dia de hoje são muitas e variadas.
Todas comunicam a alegria de quem recebe do alto a luz da Páscoa,
que ilumina cada sepultura. Fixemo-nos nessas três:

Na 1ª Leitura, o Profeta afirma que Deus criou o homem para a VIDA. (Is 25,6-9)

A morte será destruída para sempre. O profeta descreve a morte,
como a entrada numa festa preparada por Deus para todos os povos.
Na vinda do Messias toda situação de morte será transformada:
O Senhor "enxugará as lágrimas de todas as faces".
Existirá apenas alegria, felicidade. Será a festa, o Banquete do Reino.

Na 2ª Leitura, São Paulo, diante da incerteza de nossa salvação futura,
afirma que a nossa esperança não se baseia em nossas obras,
mas no amor incondicional de Deus, que nos amou e
entregou por nós seu Filho à morte, quando ainda éramos seus inimigos.
Quanto mais nos amará agora que fomos justificados. (Rm 11,25-30)

No Evangelho, Jesus nos convida a vigiar,
"pois não sabeis qual será o dia, nem a hora". (Mt 25,1-13)

A visita aos cemitérios não deve se reduzir em levar flores aos túmulos,
ou acender velas. Convém rezar pelos nossos mortos. É a melhor flor.
A Bíblia garante: "É santo e piedoso costume rezar pelos mortos" (2Mc 12,45)
Cemintério significa dormitório. É o lugar de repouso, de descanso.
Quem está sepultado ali, está como que dormindo,
aguardando o dia de se levantar, para ressuscitar.
Cemitério significa também hospedaria.
Hospedaria é um albergue à beira do caminho, onde o peregrino
passa algumas horas, ou uma noite, para depois continuar a viagem.
O Cemitério é a hospedaria onde ficamos por um espaço de tempo,
até o dia da Ressurreição.

Que o dia de hoje reforce a nossa esperança cristã e
nos leve a proclamar com firmeza o artigo de fé do Credo:
"Creio na ressurreição dos mortos e na vida que há de vir"

Dia de Finados

Para muitas pessoas, o dia de finados é uma data triste, que deveria ser excluída do calendário. Muitos, nesse dia, ficam deprimidos ao recordarem os seus entes queridos que partiram desta vida. Alguns isolam-se, outros viajam para esconder suas mágoas... Porém, poucos conseguem ver que o dia de finados deve ser um momento de reflexão acerca de como anda a nossa conversão. Deve ser um dia de "fecho para balanço", daqueles em que se pára tudo, totalizam-se os lucros e os prejuízos e promete-se e permite-se vida nova.Não podemos esquecer-nos de que um dia estaremos também partindo desta vida. Não podemos ignorar isso pois, como um ladrão na noite, como diz o Evangelho, esse dia chegará. Felizes aqueles que foram "apanhados" em oração, com os Sacramentos em dia.Muitas pessoas lamentam a "perda" de um pai ou uma mãe e esquecem-se de que eles fizeram apenas uma viagem distante e que estão esperando por nós. Partiram quando o Pai, transbordando de saudades, gritou: - Filho(a), há quanto tempo estás aí! Volta para casa! - e assim foi feito.Muitos, porém, desses que lamentam a perda de um ente querido, ao invés de serem verdadeiramente santos para, um dia, voltarem a encontrar-se com seus parentes e amigos que partiram desta vida, tomam um outro rumo, ora distanciando-se de Deus e da Sua Igreja ora vivendo uma fé morna, como diz Jesus.Não percebem que, ao fazer isso, desperdiçam a única oportunidade que têm de rever essas pessoas. É uma pena...Neste dia 2 de Novembro, que possamos verdadeiramente rever os nossos sonhos, a nossa vida, a nossa fé e, pela glória de Deus, mudar de rumo, se necessário for.

S. Braulio de Saragoça (cerca 590-651); bispoCarta 19

«Ao ver a viúva, o Senhor Jesus ... disse-lhe: 'Não chores'» (Lc 7,13)
Cristo, esperança de todos os crentes, chama aos que deixam este mundo não mortos mas adormecidos ao dizer: «Lázaro, o meu amigo, está a dormir» (Jo 11,11); o apóstolo Paulo, por seu turno, não quer que estejamos «tristes por causa dos que adormeceram» (1 Tes 4,13). Por isso, se a nossa fé afirma que «todos os que crêem» em Cristo, segundo a palavra do Evangelho, «não morrerão jamais» (Jo 11,16), nós sabemos que eles não estão morto e que nós próprios não morremos. É porque, «quando for dado o sinal, à voz do arcanjo e ao som da trombeta de Deus, o próprio Senhor descerá do céu, e os que morreram em Cristo, ressurgirão» (1 Tes 4,16). Portanto, que a esperança da ressurreição nos encoraje, pois voltaremos a ver os que tínhamos perdido. Importa que acreditemos firmemente nele, quer dizer, que obedeçamos aos seus mandamentos, porque com o seu poder supremo ele acorda os mortos mais facilmente do que nós acordamos os que estão a dormir. Eis o que nós dizemos e, contudo, não sei por que sentimento, refugiamo-nos nas lágrimas, e o sentimento da lamúria dá um primeiro corte na nossa fé. Ai de nós! A condição do homem é lamentável, e como é vã a nossa vida sem Cristo! Mas tu, ó morte, que tens a crueldade de quebrar a união dos esposos e de separar os que estão unidos pela amizade, a tua força está desde já esmagada. De futuro, o teu jugo impiedoso é esmagado por aquele que te ameaçava pelas palavras do profeta Oseias: «Ó morte, eu serei a tua morte» (Os 13,14 Vulg). É por isso que, com o apóstolo Paulo, lançamos este desafio: «Onde está, ó morte, a tua vitória? Onde está, ó morte, o teu aguilhão?» (1 Cor 15,55). Aquele que te venceu resgatou-nos, entregou a sua querida alma nas mãos dos ímpios, para fazer deles os seus queridos.Seria muito longo relembrar tudo o que nas Santas Escrituras nos deveria consolar a todos. Que nos baste acreditar na ressurreição e erguer os nossos olhos para a glória do nosso Redentor, porque é nele que nós somos já ressuscitados, como a nossa fé nos faz pensar, segundo a palavra do apóstolo Paulo: «Se morremos por Ele, também com Ele reviveremos» (2 Tim 2,11).

Conmemoración de Todos los Fieles Difuntos

La festividad de los Fieles Difuntos nos invita a pensar en nuestra meta definitiva, después de concluir nuestra pasantía aquí en la tierra, meta de la cual nos habló Jesucristo durante la Ultima Cena, la noche antes de su muerte: “En la Casa de Mi Padre hay muchas mansiones, y voy a allá a prepararles un lugar ... para que donde Yo esté estéis también vosotros. Y a donde Yo voy, vosotros sabéis el Camino” (Jn.14 ,2-4).
Y ¿cuál es ese “Camino”? Es el camino de la Voluntad de Dios que nos lleva a ese Cielo prometido. Consiste en buscar la Voluntad de Dios para mí; es decir, en tratar de ser como Dios quiere que yo sea y hacer lo que Dios desea que yo haga, en preferir la Voluntad de Dios en vez de la propia voluntad, en decir “sí” a Dios y “no” a mí mismo.
Los fieles difuntos que recordamos este Domingo y también durante este mes de Noviembre, son aquellas personas que nos han precedido en el paso a la eternidad, y que aún no han llegado a la presencia de Dios en el Cielo.
Son almas que han sido fieles a Dios, pero que se encuentran en estado de “purificación” en el Purgatorio, en el cual están como “inactivos”; es decir, ya no pueden “merecer” por ellos mismos. Por esta razón, es costumbre en la Iglesia Católica orar por nuestros difuntos y ofrecer Misas por ellos, como forma de aliviarles el sufrimiento de su necesaria purificación antes de pasar al Cielo. (Ver Catecismo de la Iglesia Católica #1031-32 y 2Mac. 12,46)


Misa por los Difuntos
El recuerdo de nuestros seres queridos ya fallecidos nos invita también a reflexionar sobre lo que sucede después de la muerte; es decir, Juicio: Cielo, Purgatorio o Infierno.
Primero hay que recordar que la muerte es el más importante momento de la vida del ser humano: es precisamente el paso de esta vida temporal y finita a la vida eterna y definitiva. También hay que pensar que la muerte no es un momento desagradable, sino un paso a una vida distinta.
Bien dice el Prefacio de Difuntos: “la vida no termina, se transforma y al deshacerse nuestra morada terrenal adquirimos una mansión eterna”.
También hay que pensar que la muerte no es un momento desagradable, sino un paso a una vida distinta. Por tanto, no hay que temer la muerte. Y esta afirmación se basa, no sólo en la enseñanza de la Iglesia, sino en los múltiples testimonios de aquéllos que dicen haber pasado por el dintel de la muerte y haber regresado a esta vida.
Sabemos que fuimos creados para la eternidad, que nuestra vida sobre la tierra es pasajera y que Dios nos creó para que, conociéndolo, amándolo y sirviéndolo en esta vida, gozáramos de El, de su presencia y de su Amor Infinito en el Cielo, para toda la eternidad ... para siempre, siempre, siempre ...
De las opciones que tenemos para después de la muerte, el Purgatorio es la única que no es eterna. Las almas que llegan al Purgatorio están ya salvadas, permanecen allí el tiempo necesario para ser purificadas totalmente. La única opción posterior que tienen es la felicidad eterna en el Cielo.
El Purgatorio
Sin embargo, la purificación en el Purgatorio es “dolorosa”. La Biblia nos habla también de “fuego” al referirse a esta etapa de purificación: "la obra de cada uno vendrá a descubrirse. El día del Juicio la dará a conocer ... El fuego probará la obra de cada cual ... se salvará, pero como quien pasa por fuego” (1a. Cor. 3, 13-15).
Y nos dice el Catecismo de la Iglesia Católica: “Los que mueren en la gracia y amistad con Dios, pero imperfectamente purificados, aunque están seguros de su eterna salvación, sufren después de la muerte una purificación, a fin de obtener la santidad necesaria para entrar en la alegría del Cielo.” (#1030)
La purificación es necesaria para prepararnos a la “Visión Beatífica”, para poder ver a Dios “cara a cara”. Sin embargo, el paso por la purificación del Purgatorio ha sido obviado por algunos. Todos los santos -los canonizados y los anónimos- son ejemplos de esta posibilidad.
¡Es posible llegar al Cielo directamente! Y, además, es deseable obviar el Purgatorio, ya que no es un estado agradable, sino más bien de sufrimiento y dolor, que puede ser corto, pero que puede ser también muy largo.
Por eso es aconsejable aprovechar las posibilidades de purificación que se nos presentan a lo largo de nuestra vida terrena, pues el sufrimiento tiene valor redentor y efecto de purificación. Al respecto nos dice San Pedro, el primer Papa:
“Dios nos concedió una herencia que nos está reservada en los Cielos ... Por esto debéis estar alegres, aunque por un tiempo quizá sea necesario sufrir varias pruebas. Vuestra fe saldrá de ahí probada, como el oro que pasa por el fuego ... hasta el día de la Revelación de Cristo Jesús, en que alcanzaréis la meta de vuestra fe: la salvación de vuestras almas” (1a.Pe. 1, 3-9).