quinta-feira, 4 de dezembro de 2008

2° Domingo do Advento (Pe. Antônio Geraldo Dalla Costa)

O Caminho

Nesse segundo domingo do Advento,
a VOZ profética de ISAÍAS e JOÃO BATISTA ressoa
animando a nossa vida para a chegada do Cristo que vem.

As Leituras convidam a preparar o Caminho do Senhor.

Na 1ª Leitura, ISAÍAS consola os exilados na Babilônia
anunciando um NOVO CAMINHO de vida e salvação,
com o regresso do povo à pátria. (Is 40,1-5.9-11)
"Terminou o tempo da escravidão… chegou a hora da libertação,
o Senhor está chegando… preparai no deserto o caminho do Senhor.
nivelai os vales, rebaixai os montes e colinas, endireitai os caminhos tortos".

- Em seguida, fala de um MENSAGEIRO que será enviado à frente,
para levar a boa notícia para Jerusalém e todas as cidades de Judá...

Na 2ª Leitura aponta para a Parusia, a segunda vinda de Jesus. (2Pd 3,8-14)

Essa vinda dá uma perspectiva diferente da vida, do seu sentido e
da sua finalidade. Leva-nos a dar prioridade aos valores de Deus.
Aponta também o sentido da esperança: somos pessoas abertas ao futuro,
um futuro a conquistar já nesta terra, com fé e com amor,
mas sobretudo um futuro a esperar, como dom de Deus.

No Evangelho, JOÃO BATISTA aponta o CAMINHO
para preparar a chegada do Messias. (Mc 1,1-8)

O Texto introduz o Evangelho de Marcos, que leremos nesse ano (B):
"Início do Evangelho..." Essa "boa notícia" é a pessoa e a ação de Jesus,
chamado de Cristo e Filho de Deus.
Tudo "começou" quando João se apresentou no deserto de Judá para pregar.

1. Sua Missão: ser o "MENSAGEIRO" que prepara o caminho para o Messias.
Denuncia o pecado, anuncia o perdão e dispõe o homem a converter-se...

2. Sua Mensagem: "Preparai o caminho do Senhor e endireitai suas estradas."
Proclama um Batismo de CONVERSÃO para o perdão dos pecados.
João aponta um Caminho de purificação e de conversão...
O Sacramento da Penitência é um gesto que manifesta
a vontade de conversão e a esperança dos tempos novos.
É um encontro privilegiado com o Deus que salva e perdoa.
- Quais são os vales a serem preenchidos? (vazios, omissões...)
- Os montes a serem abaixados? (orgulho, vaidade, ambição...)
- Os caminhos a serem endireitados? (egoísmo, ganância, ódio...)
3. A Reação dos ouvintes: "Todos saíam ao seu encontro e
eram batizados no rio Jordão, confessando seu pecados".


4. Seu estilo de vida: Era uma pessoa sóbria, desprendida, austera e simples...
É o último dos profetas do Antigo Testamento.
Não só anunciou o Messias… mas o apontou já presente no meio do povo:
"No meio de vós está… Eis o Cordeiro de Deus..."
Dele falou Jesus: "É mais que um profeta… o maior dos nascidos de mulher..."

- Aparece no DESERTO: Lugar dos grandes encontros com Deus…
Foi no Deserto que o Povo de Deus realizou uma longa caminhada
de purificação e de conversão...
Deus é amigo do silêncio e se revela no silêncio...
O barulho das festas não é ambiente propício para anunciar,
nem para ouvir um convite de Penitência.
* Nesse advento, estamos dispostos a fazer momentos de deserto?
Oração… Novena do Natal em família... Gestos de solidariedade...

- Vive na SOBRIEDADE, manifestada no comer e no vestir…
"Vestia uma pele de camelo e comia gafanhotos e mel silvestre..."
* É com esse espírito que nos preparamos para o Natal desse ano?

O "estilo de vida" de João fala tão forte como as suas palavras.
É o testemunho vivo de um homem, que está consciente das prioridades
e não dá importância aos aspectos secundários da vida,
como sejam a roupa "de marca" ou o comer e beber...
Em nossa vida, quais são os valores, que escolhemos?
* João Batista nos convida a preparar o Caminho do Senhor,
assumindo atitudes novas e um estilo de vida simples e profética.
Estamos dispostos a nos preparar para o Natal, nesse espírito de João?

5. Seu testemunho sobre Jesus:
"Eu vos batizo com água, Ele vos batizará com o Espírito Santo".
Ele fala de dois tipos de Batismo:
- Batizar com água consistia em purificar as pessoas convertidas de seus pecados.
- Batizar com o Espírito, a ser realizado depois por Jesus, consistia em comunicar
às pessoas uma vida nova, transformando-as em novas criaturas.

JOÃO BATISTA foi um MENSAGEIRO DE DEUS
que preparou os homens do seu tempo, para a vinda do Senhor…
com a palavra e com o testemunho de vida...

Deus não poderia se servir também de nós, de você,
para preparar os homens de HOJE,
para a vinda do Cristo, no NATAL DESSE ANO
e ser uma voz de esperança que aponta um Caminho Novo
para os homens sofridos de hoje,
que vivem nesse deserto da vida, escravos de tantas opressões?

2º Domingo do Advento (vocacoes.com.br)

João Batista é o profeta do Advento e, à semelhança de Isaías, faz ressoar o anúncio de um tempo decisivo que se aproxima. Sua presença é destacada com características semelhantes ao profeta Elias. Depois de um longo silêncio profético em Israel, desponta o Batista anunciando por primeiro a irrupção do Reino de Deus e preparando uma nova aliança. O evangelista Marcos convida os leitores a uma resposta objetiva, franca, clara e decidida aos apelos do profeta. João apareceu no deserto e pregava um batismo de conversão para a remissão dos pecados. Acreditava-se que o Messias só se manifestaria quando Israel fosse, de fato, a comunidade santa de Deus. Para tornar-se o povo santo, Israel devia percorrer o caminho da conversão (batismo de purificação e de conversão). João faz ecoar o apelo à conversão, à mudança radical de vida, comportamento e mentalidade. Quem se dispunha a acolher o Messias era convidado a iniciar-se na comunidade messiânica, na vida nova própria dos que aguardavam a chegada do Messias.A pregação de João Batista, como um último apelo de Deus ao seu povo, encontrou ampla adesão: "Iam ter com ele toda Judéia, toda Jerusalém, e eram batizados por ele no rio Jordão, confessando os seus pecados". O preparo para a vinda do Messias passa pela mudança radical que se concretiza numa nova atitude de vida e na opção de uma nova escala de valores.Ele ressalta a força do Messias e define sua missão como batizar no Espírito: "Depois de mim vem outro mais poderoso do que eu, ante o qual não sou digno de me prostrar". O Messias terá a força de Deus e sua missão será comunicar o Espírito do próprio Deus, que transforma, renova e recria os corações. O batismo com o Espírito (Mc 1,8) revela que o Messias concederá a capacidade de discernimento no que diz respeito às exigências dos caminhos que conduzem a Deus.

DOMINGO 2 del Tiempo de Adviento (homilia.org)

Las Lecturas de este Segundo Domingo de Adviento nos invitan a prepararnos para la celebración de la venida de Jesús, al celebrar su cumpleaños en esta Navidad.
Todo Adviento, entonces, tiene este sentido de preparación. Todo Adviento contiene un llamado a la conversión, al cambio de vida. Será, por tanto, una oportunidad maravillosa para crecer en la fe, incrementar la esperanza y mejor vivir en la caridad.
El Evangelio de hoy nos presenta a San Juan Bautista, uno de los principales personajes bíblicos de este Tiempo de Adviento, que es tiempo de preparación a la venida de Cristo. La Liturgia de estos días nos recuerda las cosas que hacía y que decía el Precursor del Señor. Este personaje ya había sido anunciado en el Antiguo Testamento como “una voz que clama en el desierto” y que diría: “Preparen el camino del Señor ... Rellénense todas las quebradas y barrancos, aplánense todos los cerros y colinas; los caminos torcidos con curvas serán enderezados y los ásperos serán suavizados” (Is. 40, 1-5).
Los que conocían la profecía de Isaías no deben haber dudado al ver a San Juan Bautista, pues por el retrato que hacía de él el Profeta era inconfundible el personaje. Pero, más aún, al observar lo que decía ya no quedaba la menor duda sobre su papel como Precursor de Cristo.
Efectivamente, apareció en el desierto. Nos dice el Evangelio que “vestido de pelo de camello, ceñido con un cinturón de cuero y se alimentaba de saltamontes y miel silvestre”. Apareció como un mensajero inmediatamente antes de Jesús para preparar el camino a éste, predicando “un bautismo de arrepentimiento, para el perdón de los pecados” (Mc. 1, 1-8).
Juan Bautista llamaba a la conversión y al arepentimiento
Con esta descripción de la predicación de San Juan Bautista nos queda claro que la preparación para recibir al Señor consiste en arrepentirnos y en recibir el perdón de los pecados.
Pero si observamos el detalle que da el Profeta Isaías sobre cómo se prepara el camino del Señor tenemos más información de cómo puede ser ese proceso de conversión y de arrepentimiento al que estamos llamados muy especialmente durante este tiempo de Adviento, el cual nos presenta la Liturgia de la Iglesia en preparación para la venida del Señor.
“Aplanar cerros y colinas” significa rebajar las alturas de nuestro orgullo, nuestra soberbia, nuestra altivez, nuestro engreimiento, nuestra auto-suficiencia, nuestra arrogancia, nuestra ira, nuestra impaciencia, nuestra violencia, etc.
“Rellenar quebradas y barrancos” significa rellenar las bajezas de nuestro egoísmo, de nuestra envidia, nuestras rivalidades, odios, venganzas, retaliaciones ... pecados todos que dificultan el poder vivir en armonía unos con otros, pecados que impiden la realización de ese Reino de Paz y Justicia que Cristo viene a traernos.
“Enderezar los caminos torcidos y con curvas” significa rectificar el camino, cambiar de rumbo si vamos por caminos torcidos y equivocados, que no nos llevan a Dios. ¿A dónde queremos ir? ¿Hacia dónde estamos dirigiéndonos? ¿Estamos preparándonos para que el Señor nos encuentre, como nos dice San Pedro en la Segunda Lectura, “en paz con El, sin mancha, ni reproche”? (2 Pe. 3, 8-14).
Más aún, el Precursor del Mesías anuncia algo muy importante: “Yo los bautizo a ustedes con agua, pero El los bautizará con Espíritu Santo”. Luego el mismo Cristo confirmará este anuncio de Juan el Bautista. En el diálogo con Nicodemo, Jesús le dice a éste: “En verdad te digo, nadie puede ver el Reino de Dios si no nace de nuevo, de arriba”. Y ante el asombro de Nicodemo, Cristo le explica: “El que no renace de agua y del Espíritu Santo, no puede entrar en el Reino de Dios ... Por eso no te extrañes que te haya dicho que necesitas nacer de nuevo, de arriba” (Jn. 3, 3-7).
¿Qué es nacer de nuevo, de arriba? Para entender esto, no hay más que ver a los Apóstoles antes y después de Pentecostés (cfr. Hech. 2 y 5, 17-41). Antes eran torpes para entender las Sagradas Escrituras y aún para entender las enseñanzas que recibieron directamente del Señor. También eran débiles en su fe. Eran, además, temerosos para presentarse como seguidores de Jesús, por miedo a ser perseguidos.
Pero sí hicieron algo: creyeron en el anuncio del Señor: “No se alejen de Jerusalén, sino que esperen lo que prometió el Padre, de lo que Yo les he hablado: que Juan bautizó con agua, pero ustedes serán bautizados en el Espíritu Santo dentro de pocos días” (Hech. 1, 4-5).
Y ¿cómo se nace de nuevo, de arriba? ¿Cómo se nace del Espíritu Santo? Para esto también hay que ver a los Apóstoles muy especialmente en los días entre la Ascensión del Señor y Pentecostés y también a lo largo de todos los acontecimientos narrados en los Hechos de los Apóstoles:

“Todos ellos perseveraban en la oración y con un mismo espíritu, en compañía de algunas mujeres, de María, la Madre de Jesús y de sus hermanos”. (Hech. 1, 14).
El Adviento nos prepara para todo esto, y nos prepara también para la celebración de la Navidad, en que recordamos la venida histórica de Cristo. Pero la Carta de San Pedro que nos trae la Segunda Lectura nos recuerda el segundo significado del Adviento: nos recuerda que también nos preparamos para la segunda venida de Cristo, es decir, para el establecimiento de ese Reino que Cristo vendrá a establecer y del que habló a Nicodemo. San Pedro nos describe, sin ahorrar detalles, cómo será ese día.
Nos dice que el día del Señor “llegará como los ladrones”; es decir, inesperadamente. Pasa luego a describir cómo será ese momento: “Los cielos desaparecerán con gran estrépito, los elementos serán destruidos por el fuego y perecerá la tierra con todo lo que hay en ella”. Nos invita a una vida de “santidad y entrega” en espera del día del Señor. Nos asegura que vendrán “un cielo nuevo y una tierra nueva, en que habite la justicia”. Y concluye con la llamada que se repite de varias maneras a lo largo de la Sagrada Escritura, pero muy especialmente en este tiempo de Adviento: vigilancia y preparación. “Apoyados en esta esperanza, pongan todo su empeño en que el Señor los halle en paz con El, sin mancha ni reproche”.
El Adviento es tiempo propicio para responder a la llamada de San Juan Bautista. Es la misma llamada que nos hace el Mesías que viene y que nos hace la Iglesia siempre, pero muy especialmente en Adviento: conversión, cambio de vida, enderezar el camino, rebajar las montañas y rellenar las bajezas de nuestros pecados, defectos, vicios, malas costumbres, faltas de virtud; nacer de arriba, nacer del Espíritu Santo, etc.
El Mesías fue anunciado en el Antiguo Testamento y llegó hace unos 2.000 años. La venida de Cristo al final del tiempo también ha sido anunciada y puede venir en cualquier momento “como los ladrones” -nos dice el Señor y nos lo recuerda San Pedro. Pero el final del tiempo nos llega también a cada uno el día de nuestra muerte, que puede sorprendernos -igual que los ladrones- en cualquier momento. ¿Hemos preparado el camino para nuestro encuentro con el Señor? ¿Hemos nacido de arriba, del Espíritu Santo? ¿Estamos preparados?

«Uma voz brada no deserto: Preparai os caminhos do Senhor»

Beato Guerric d'Igny (c. 1080-1157), abade cistercienseI Sermão para o Advento (Trad. Cf Bouchet, Leccionário, p. 36 e Brésard, 2000 anos B, p. 20)
«Preparai os caminhos do Senhor.» Irmãos, os caminhos do Senhor que nos pedem que preparemos preparam-se percorrendo-os, e é preparando-os que os percorremos. Mesmo que já tenhais progredido muito no caminho, tendes ainda assim de o preparar, a fim de que, do ponto aonde chegastes, avanceis sempre mais. E assim, a cada passo que dais, o Senhor cujo caminho preparais vem ao vosso encontro, sempre novo, sempre maior. É, pois, com razão que o justo reza dizendo: «Instruí-me, Senhor, nos Vossos mandamentos, e os guardarei com fidelidade» (Sl 118, 33). Talvez se lhe tenha chamado «caminho eterno» porque, se é verdade que a Providência previu o caminho de cada um e lhe fixou um termo, também é certo que a bondade daquele para o Qual avançais não tem limites. É por isso que, ao chegar, o viajante sábio e decidido pensa que está apenas no princípio (Fil 3, 13); esquecendo o que tem atrás de si, dirá todos os dias: «Hoje começo». [...]Mas nós que falamos de progresso neste caminho, praza ao céu que tenhamos, pelo menos, começado! Em minha opinião, quem se pôs a caminho já está no bom caminho; mas é necessário que tenhamos realmente começado, que tenhamos «encontrado o caminho da cidade habitável», como diz o salmo (106, 4). Porque «são poucos os que o encontram», diz a própria Verdade (Mt 7, 14). E numerosos os que vagueiam na solidão. [...] E Tu, Senhor, preparaste-nos um caminho, basta que consintamos em o percorrer. Tu ensinaste-nos o caminho da Tua vontade quando nos disseste: «Este é o caminho, andai por ele» (Is 30, 21). Trata-se do caminho que o profeta tinha prometido: «O deserto será atravessado por um caminho que se chamará caminho sagrado; nenhum ser impuro passará por ele (Is 35, 8). «Fui jovem, agora sou velho» (Sl 36, 25) e, se bem me lembro, nunca vi seres impuros percorrerem o Teu caminho; embora tenha visto alguns puros que conseguiram percorrê-lo até ao fim.

2° Domingo do Advento (www.ecclesia.pt)

A liturgia do segundo domingo de Advento constitui um veemente apelo ao reencontro do homem com Deus, à conversão. Por sua parte, Deus está sempre disposto a oferecer ao homem um mundo novo de liberdade, de justiça e de paz; mas esse mundo só se tornará uma realidade quando o homem aceitar reformar o seu coração, abrindo-o aos valores de Deus.Na primeira leitura, um profeta anónimo da época do Exílio garante aos exilados a fidelidade de Jahwéh e a sua vontade de conduzir o Povo – através de um caminho fácil e direito – em direcção à terra da liberdade e da paz. Ao Povo, por sua vez, é pedido que dispa os seus hábitos de comodismo, de egoísmo e de auto-suficiência e aceite, outra vez, confrontar-se com os desafios de Deus.No Evangelho, João Baptista convida os seus contemporâneos (e, claro, os homens de todas as épocas) a acolher o Messias libertador. A missão do Messias – diz João – será oferecer a todos os homens esse Espírito de Deus que gera vida nova e permite ao homem viver numa dinâmica de amor e de liberdade. No entanto, só poderá estar aberto à proposta do Messias quem tiver percorrido um autêntico caminho de conversão, de transformação, de mudança de vida e de mentalidade.A segunda leitura aponta para a parusia, a segunda vinda de Jesus. Convida-nos à vigilância – isto é, a vivermos dia a dia de acordo com os ensinamentos de Jesus, empenhando-nos na transformação do mundo e na construção do Reino. Se os crentes pautarem a sua vida por esta dinâmica de contínua conversão, encontrarão no final da sua caminhada terrena “os novos céus e a nova terra onde habita a justiça”.