sexta-feira, 15 de agosto de 2008

Assunção de Nossa Senhora

Neste domingo, celebramos a solenidade de Nossa Senhora da Glória. Maria, depois de seu sim aos desígnios do Altíssimo, põe-se apressadamente a caminho. A "boa notícia" do cumprimento das promessas de Deus faz a jovem percorrer a região montanhosa para encontrar-se com sua prima Isabel. É a Boa-Nova que ultrapassa as fronteiras da Judéia e se espalha entre as nações. Da casa de Zacarias e Isabel, os pobres proclamam a misericórdia de Deus que, edificando sua tenda entre os seres humanos, realiza as promessas da salvação. Encontram-se face a face duas mulheres. Ambas gestam e esperam o nascimento de uma criança. Isabel é idosa, estéril e tem a pele enrugada. Maria é jovem e virgem. Elas, de modo familiar, partilham das mesmas preocupações e de mesmo sonho. Felizes, chegam ao discernimento da presença de Deus e se colocam ao serviço de seus projetos. A ação divina geradora de nova vida inunda de alegria as gestantes. Movida pelo Espírito Santo, Isabel intui a presença de Deus na gravidez da jovem Maria. Desvela o mistério que consiste na maternidade messiânica da prima. Suas palavras se constituem num hino de louvor proferido sob a viva experiência da presença do Messias em seu ventre: "Você é bendita entre as mulheres, e é bendito o fruto do seu ventre". Por meio de Isabel e Zacarias, o Antigo Testamento se curva reverente e reconhece a nova humanidade (o Novo Testamento) no seio de Maria. O encontro entre as duas gestantes atinge seu ápice: "Bem-aventurada aquela que acreditou, porque vai acontecer o que o Senhor lhe prometeu". Maria é a herdeira da bênção divina e, por isso, modelo da esperança no Cristo que vem. A partir desta bem-aventurança, ilumina-se o fato da visitação e descortinam-se os horizontes da missão de Maria e da história da salvação. Maria é a Virgem que acredita, que confia e adere deixando-se conduzir "pela luz que vem do alto". Não possui, antecipadamente, as respostas às suas inquietações. Terá de descobri-las pondo-se apressadamente a caminho e no discernimento do insondável mistério de Deus. Maria é criatura de fé.No Magnificat, espelho da grandeza da alma de Maria, "ela se manifesta como modelo para os que não aceitam passivamente as circunstâncias adversas da vida pessoal e social, e não são vítimas de alienação, como hoje se diz, mas antes proclamam com ela que Deus vingou os humildes, e, se for o caso, depõe do trono os poderosos" (João Paulo II, Discurso em Zapopan, 4 - Publa 297).

(http://www.vocacoes.com.br/l_evangelhos.htm)

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