sexta-feira, 19 de junho de 2009

XII Domingo do Tempo Comum (vocacoes.com.br)

Tempestade no lago
O Evangelho de hoje é um teste da fé e da coragem de quem segue Jesus na hora dos conflitos. A comunidade encontra-se em alto-mar e é açoitada pelos ventos e ondas do mar. A Boa-Nova do Reino enfrenta a resistência das forças do mal. A mensagem e a ação de Jesus que revelam o Reino de Deus provocam reações: de fé que faz compreender o mistério revelado ou de rejeição de quem não aceita as consequências do seu seguimento. A jornada cotidiana caminha para seu fim. Jesus convida os discípulos a passar para a outra margem do lago. Em outros termos, “aqui concluímos a missão, vamos ao encontro de outros povos (os gentios) para lá também semear a boa semente”. Ser da comunidade dos seguidores de Jesus é estar sempre a caminho. Isto pode ser penoso e assustador: a missão supõe confiança e coragem. A barca deixou o porto onde estava ancorada, acompanhada por outras embarcações e levando Jesus. Partir em missão não é privilégio só das comunidades dos primeiros cristãos, mas dos cristãos de todos os tempos e lugares. Todos são convocados à travessia para ir ao encontro de outros povos e culturas!Uma grande tempestade se desencadeou e as ondas se precipitavam sobre a barca. Os discípulos lutavam com todas as suas forças contra a fúria dos ventos e das águas. Jesus dormia na proa com a cabeça sobre o travesseiro. É o contraste da serenidade e da luta da fé. Em meio às tensões e aos conflitos, as comunidades têm a impressão de que lutam sozinhas e de que foram abandonadas pelo Senhor. Assustados e cansados de tanto remar, os discípulos acordam o Mestre e reclamam: “Não te importas se vamos afundar?”. Nas horas de perigo indagamos: “Onde está Deus? Por que Ele não intervém? Por que não manifesta seu poder?”. O silêncio de Deus é desconcertante e causa medo. Ele deixa as coisas acontecerem e, no momento oportuno, manifesta o seu poder. Jesus censurou os discípulos, pois eles só se lembram d’Ele na hora do desespero. Quem tem fé sabe que Ele está presente em todos os momentos. Mas quantos só se recordam de Deus nas horas difíceis e rezam com fervor somente nas dificuldades! Jesus ordena aos ventos se calarem. Reina a bonança! Extenuados de tanto labutar para não naufragar, os discípulos dão provas de sua pouca fé e de sua covardia para enfrentar as solicitações da nova realidade a ser evangelizada. Desconhecem “a força que carregavam na barca”. Desconhecem o mistério de Jesus. Só a fé plena lhes possibilitará reconhecê-lo como Filho de Deus. Acalmar os ventos e as águas agitadas era uma prerrogativa de Deus. Mais que confiar nas próprias forças, as comunidades necessitam aderir corajosamente a Jesus se quiserem obter sucesso nas travessias dos mares da missão. O Evangelho deste domingo se constitui numa profissão de fé na divindade de Jesus. “Quem é esse homem a quem até o vento e o mar obedecem?”. Jesus se manifesta com poder divino: n’Ele podemos confiar!

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