terça-feira, 15 de maio de 2007

7º DOMINGO DE PÁSCOA Ascensão

Evangelho Lc 24,46-53
1ª Leit.: At 1,1-11
Sl 46 (47)
2ª Leit.: Ef 1,17-23
Ascensão do Senhor Neste domingo, fazemos memória da subida do Senhor aos céus, vivendo o sentido mais profundo de sua Ressurreição e da missão que ele confiou à sua Igreja. Jesus, que passou a vida fazendo o bem a todos e sendo servo e obediente, foi glorificado pelo Pai como Senhor de tudo e de todos. Em Jesus glorificado, todo o universo encontra seu sentido e sua referência. Pela palavra do Evangelho de Lucas, vemos o Cristo Ressuscitado junto com os discípulos em Jerusalém, recordando o que antigamente tinha sido anunciado sobre ele: O Messias sofrerá e ressuscitará dos mortos no terceiro dia, e no seu nome serão anunciados a conversão e o perdão dos pecados a todas as nações, começando por Jerusalém. E Jesus, olhando com afeição cada um deles, diz: E vocês são testemunhas disso. A ascensão marca o fim da missão terrena de Jesus e o início da missão cristã. Até agora, ele foi o pedagogo, o Mestre, o companheiro que em tudo tomava a iniciativa e supria as necessidades da comunidade de seus discípulos. Porém, desde momento em diante, eles (os discípulos), na qualidade de testemunhas de tudo o que aconteceu, deverão tomar os rumos da missão guiados pelo Espírito que o Pai prometeu. O poder do Espírito Santo, que será enviado sobre cada um deles, vai iluminar a caminhada missionária. "Fiquem tranqüilos!".Como em muitas outras oportunidades, Jesus toma a iniciativa de conduzir os discípulos para fora de Jerusalém, até Betânia. Revestidos da "força do alto" a partir de Jerusalém, eles deverão tomar o caminho para expandir a Boa-Nova a todos os povos e nações. Caminhando com eles até Betânia, ele lhes assegura de que estará sempre no caminho com eles como guia no anúncio do Evangelho. Em Betânia, o Mestre despede-se dos discípulos, eleva-se aos céus, abençoando-os. Por sua vez, prostrados, eles o adoram. Lucas, em sua narrativa final, evoca o rito de envio de uma celebração litúrgica: o povo prostra-se, o sacerdote sai do lugar sagrado e pronuncia a bênção sobre os fiéis e todos voltam com grande alegria. A última imagem registrada pelos discípulos é precisamente a do Senhor glorioso que, em um gesto sacerdotal, os abençoa. Por mais paradoxal que nos pareça, Lucas realça um detalhe significativo: "Depois, voltaram a Jerusalém com grande alegria". Os discípulos celebram a despedida do Senhor, não com choro, mas com grande alegria. Com a mesma alegria, dão testemunho dele no Templo. Alegres porque vivenciaram com ele a ressurreição como a vitória de Deus, da vida sobre as forças que oprimem e mata. Na perspectiva do Evangelho de Lucas, a marca de quem der continuidade à ação libertadora de Jesus é a alegria. A comunidade cristã, revestida da "força que vem do alto" e da alegria também "recebida do alto", entende que sua missão será difundir no mundo hostil a paz, o amor e o perdão. Assim, a ação evangelizadora da Igreja, que expande por toda a parte a Boa-Notícia de Jesus, atestará, pelo testemunho de fraternidade, de solidariedade, de justiça e amor, que o Cristo Ressuscitado é verdadeiramente o Senhor da glória!

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