quinta-feira, 28 de junho de 2007

13° Domingo Tempo Comum - Pe. Antônio Geraldo Dalla Costa

Celebramos hoje a festa de dois Apóstolos
marcantes da Igreja primitiva: São Pedro e São Paulo.
- Diferentes: na vocação, no caráter, no estudo, na missão...
- Unidos: no Amor e na Fé a Cristo e à Igreja...

- PEDRO conhece Cristo às margens do lago,
e o segue desde o começo durante toda a vida apostólica.
- PAULO não o conheceu pessoalmente. Inicialmente até o perseguiu,
porque anunciava um Deus diferente daquele dos mestres de Israel.
Um dia, iluminado por uma luz do alto, compreendeu que Jesus era o Messias. A partir de então mudou radicalmente sua vida...

Mesmo divergindo em algumas questões apostólicas,
viveram com alegria a comunhão na diversidade...

As Leituras bíblicas falam desses dois Apóstolos:

Na 1a Leitura, SÃO PEDRO está preso, com data já marcada para morrer,
guardado como "perigosos" por 16 soldados.
A Comunidade reza... Deus intervém em favor do seu servo... (At 12, 1-11)

A libertação de Pedro foi um fato histórico, mas muitos pormenores
foram introduzidos apenas para dar mais vivacidade à narrativa.
O texto mostra duas coisas:
- Deus escuta a Oração da Comunidade e
- não abandona seus discípulos nos momentos de perseguição e oposição.

Na 2a Leitura, SÃO PAULO está preso... poucos meses antes de morrer...
Escreve a Timóteo, seu companheiro no trabalho missionário.
Faz um balanço de sua vida. Compara-se a um atleta no estádio:
"Combati o bom combate, terminei a minha carreira, conservei a fé..."
Agora velho e cansado pelo trabalho e pelas lutas que teve de enfrentar,
confia no Senhor, justo Juiz e aguarda o prêmio merecido... (2 Tm 4,6-8.17-18)

* O texto mostra o grande entusiasmo de Paulo
como "Discípulo e Missionário de Cristo".

No Evangelho temos um episódio de Jesus com os apóstolos: (Mt, 16,13-19)

- A 1ª parte, de caráter cristológico, centra-se em JESUS e
na definição de sua identidade: "Quem sou eu?"
- A 2ª parte, de caráter eclesiológico, centra na IGREJA,
que Jesus convoca ao redor de Pedro:
"Sobre essa Pedra edificarei a minha Igreja".

1. Quem é Jesus?
Na perspectiva dos "homens", Jesus é, apenas, um homem bom e justo,
que escutou os apelos de Deus e se esforçou por ser um sinal vivo de Deus, como tantos outros homens antes dele.
É muito, mas não é o suficiente: significa que os "homens"
não entenderam a novidade do Messias,
nem a profundidade do mistério de Jesus.

Na opinião dos discípulos Jesus, vai muito além.
Pedro resume o sentir da Comunidade na expressão:
"Tu és o Cristo, o Filho de Deus vivo".
Para os membros da Comunidade, Jesus não é apenas o Messias esperado:
é também o "Filho de Deus".

* "E vós quem dizeis que eu sou?"
É uma pergunta que deve ecoar sempre em nossos ouvidos e em nosso coração. Não são suficientes respostas recebidas na catequese ou nos tratados de teologia.
Devemos interrogar o nosso coração e tentar perceber
qual é o lugar que Cristo ocupa na nossa existência...
- Assumimos seus valores nas opções, que fazemos ou não fazemos?
Quem é Cristo para mim?

2. O que é a Igreja?
O texto responde de forma clara: é a Comunidade dos discípulos
que reconhecem Jesus como "o messias, o Filho de Deus".
- É uma comunidade organizada, onde existem pessoas
que presidem e desempenham serviços.
A ela Cristo conferiu poderes de "ligar e desligar" e
a garantia de que nem "as portas do inferno terão vez contra ela".

Jesus não fundou muitas igrejas...
A verdadeira IGREJA, fundada por CRISTO,
foi confiada a Pedro e seus sucessores.
Por isso, no dia de hoje, celebramos também o DIA DO PAPA.

O Papa é Sinal de unidade, aquele que confirma a fé de seus irmãos.
O Papa continua sendo o chefe visível da Igreja na terra.
Sua missão é espinhosa, sobretudo hoje:
- pelas mudanças rápidas e violentas...
- pelas contestações dentro e fora da Igreja...

Demonstremos concretamente nosso amor para com ele,
"rezando" para que Deus...
- lhe dê muita LUZ... para apontar sempre o melhor caminho para a Igreja...
- e muita FORÇA... para enfrentar com otimismo e alegria
as contestações do mundo moderno...

Relembrando hoje o ardor missionário de São Pedro e São Paulo,
demonstramos o mesmo entusiasmo de "Discípulos e Missionários de Cristo"?

Relembrando o Nascimento da Igreja,
aceitamos uma Igreja REVELADA, fundada por Cristo,
ou preferimos uma "igreja" mais cômoda, CRIADA pelos homens?

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