quarta-feira, 10 de setembro de 2008

«Quando for erguido da terra, atrairei todos a Mim» (Jo 12,32)

(Santo Efrém (c.306-373), diácono na Síria, doutor da Igreja)
(Homilia atribuída a Santo Efrém)
De ora em diante, pela cruz, as sombras estão dissipadas e a verdade eleva-se, como diz o apóstolo João: «Porque as primeiras coisas passaram [...] Eu renovo todas as coisas» (Ap 21,4-5). A morte é espoliada, o inferno liberta os cativos, o homem está livre, o Senhor reina, a criação está em alegria. A cruz triunfa e todas as nações, tribos, línguas e povos (Ap 7,9), vêm para O adorar. Com o beato Paulo, que exclama : «Quanto a mim, porém, de nada quero me gloriar, a não ser na cruz de Nosso Senhor Jesus Cristo» (Ga 6,14), encontramos nela a nossa alegria. A cruz traz a luz a todo o universo, ela afasta as trevas e reúne as nações do Ocidente, do Oriente, do Norte e do mar numa só Igreja, numa única fé, num só baptismo na caridade. Fixada no Calvário, ela dirige-se ao centro do mundo.Armados com a cruz, os apóstolos vão pregar e reunir na sua adoração o universo inteiro, espezinhando todas as forças hostis. Por ela, os mártires confessaram a sua fé com audácia e não temeram os ardis dos tiranos. Carregando-a, os monges fizeram da solidão a própria morada, numa imensa alegria.Na hora em que Jesus regressar, aparecerá primeiro no céu esta cruz, ceptro precioso, vivo, verdadeiro e santo do Grande Rei: «Então, aparecerá no céu o sinal do Filho do Homem» (Mt 24,30). Vê-la-emos, escoltada pelos anjos, a iluminar a Terra, de uma a outra ponta do Universo, mais clara que o sol, a anunciar o Dia do Senhor.

Nenhum comentário: