quinta-feira, 26 de junho de 2008

Solenidade de São Pedro e São Paulo (www.vocacoes.com.br/evangelhos)

Hoje, a Igreja celebra a memória dos Apóstolos Pedro e Paulo, duas colunas mestras da Igreja que sofreram o martírio sob o governo do imperador Nero (54-68), em Roma. Pedro por crucifixão e Paulo por decapitação. Pedro, o primeiro a proclamar a fé, fundou a Igreja primitiva sobre a herança de Israel. Paulo anunciou a Boa-Nova, manifestando às nações o Evangelho da salvação.Jesus chega com seus discípulos à Cesaréia de Felipe, uma região pobre e afastada do centro político e econômico. Os discípulos são estimulados a dar uma resposta sobre a identidade de Jesus. O Mestre, no desejo de averiguar a compreensão de sua identidade, faz uma primeira pergunta: "Quem dizem os homens que é o Filho de Deus?". Os discípulos vão narrando os comentários que circulam entre o povo sobre a pessoa de Cristo. De modo geral, os israelitas identificavam o Filho de Deus com João Batista, Elias, Jeremias ou outro profeta enviado por Deus. Ele é considerado outro humano. Então Jesus dirige aos discípulos uma segunda pergunta: "E para vocês, quem dizem que eu sou?". Pedro se faz o porta-voz da comunidade dos discípulos: "Você é o Messias, o Filho do Deus vivo!". A pronta resposta de Pedro mostra a identidade de Jesus: Messias e Filho de Deus. Ele é considerado a realização das promessas messiânicas, o portador da justiça geradora da nova sociedade. Jesus responde à confissão de Pedro: "Você é feliz, Simão, filho de Jonas! Por isso, eu lhe digo: você é Pedro e sobre esta pedra construirei a minha Igreja...". O discípulo representa a comunidade do novo povo a quem o Pai revela o Reino. A partir de pessoas como ele, que vivem e confessam sua fé no Messias, nasce a comunidade do novo povo, que se fortalece como uma rocha em meio a conflitos e tensões, diante das forças que se opõem aos projetos de Deus. Pedro é a rocha sobre a qual Jesus constrói a Igreja. O Mestre revela aos discípulos como realizará sua missão messiânica: passando pela violência e sofrimento da morte na cruz. Pedro, imbuído ainda do espírito humano, não aceita tal desígnio. Gostaria que Jesus seguisse segundo os planos humanos. Ele se esquece de que professar a fé no Messias e Filho de Deus supõe aderir a Ele e arcar com as conseqüências de tal adesão. O apóstolo recebe o poder de ligar e desligar, já que tem as chaves do Reino dos Céus. Pedro tem um poder e uma autoridade especial perante toda a Igreja. Sua liderança deverá constituir-se em centro de unidade da comunidade edificada por Cristo com sua vida, morte e ressurreição, organizando a comunidade para que esta seja a continuidade do projeto de Deus.

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