quinta-feira, 7 de junho de 2007

10° Domingo do Tempo Comum

Senhor da Vida

A Liturgia de hoje mostra que Deus é SENHOR DA VIDA.
Ele VISITA seu povo e o liberta do pecado e do sofrimento.

As Leituras bíblicas ilustram essa verdade:
DUAS VIÚVAS, que perderam seus filhos,
foram consoladas por Deus,
através da obra salvadora de seus enviados.

Na 1ª Leitura, temos a Viúva de Sarepta: (1Rs 17,17-24)

O Profeta Elias em Sarepta recebe hospedagem na casa de uma viúva.
O filho dessa mulher adoece gravemente e morre.
Ela se sente duplamente angustiada:
pela perda do filho e por se considerar culpada da morte.

- Elias toma o menino nos braços, leva-o para o andar superior,
onde implora a Deus e lhe comunica novamente a vida.
Em seguida, desce e o restitui com vida à mãe.
É a primeira ressurreição encontrada na Bíblia.

- Diante da morte, Elias e a mulher têm atitudes diferentes:
Ela perde a esperança, sente-se derrotada e procura um culpado.
O profeta, ao invés, acredita no Deus da vida,
que não abandona o homem ao poder da morte.

* Diante de uma morte inexplicável, ou de uma desgraça,
ainda hoje, muitos falam de "castigos de Deus" e
acham que Deus manda doenças para punir os pecados.
Outros recorrem a adivinhos para descobrir o culpado.
Quem se comporta assim não tem fé no Deus da Vida.
Deus é bom e quer a vida e a felicidade de todos.

Na 2ª Leitura, São Paulo se defende de acusações recebidas.
O Evangelho, que ele está anunciando, não o aprendeu dos homens,
mas o recebeu por revelação do próprio Cristo. (Gl 1,11-19)

No Evangelho, temos a Viúva de Naim. (Lc 7,11-17)
Lucas descreve um grande acontecimento humano:
o encontro da Morte e da Vida.

+ Dois cortejos se aproximam pelos caminhos de Naim.
- Um é formado por Jesus e seus discípulos.
O outro formado por uma mãe viúva e seus amigos,
que levam um féretro para a sepultura.

- Um é precedido por Jesus, o ressuscitado, o vencedor da morte.
O outro é precedido por um cadáver.

- Um representa a comunidade cristã radiante de alegria
junto ao seu "Senhor", que a conduz à vida.
O outro é símbolo da humanidade que ainda não encontrou Cristo:
está a caminho do campo santo e vê a morte como uma derrota irreversível.

+ Os dois cortejos se encontram:
- O "Senhor" se compadece da mãe viúva
(que representa toda a humanidade abatida e desesperada),
interrompe a caminhada para a morte e diz:
- para a Mãe: "não chores mais".
- para o Filho: "Levanta-te."

O que ele faz é sinal da presença de Deus:
O pranto torna-se um canto de alegria,
os dois grupos se unem num único brado de entusiasmo,
todos glorificam o Senhor, exclamando:
"Um grande profeta surgiu entre nós e Deus VISITOU o seu povo".

* A grande novidade não foi adiar a morte por alguns anos,
mas o que o fato encerra: a morte foi vencida...
Jesus é o SENHOR DA VIDA.
Ele não abandona o homem nas garras da morte,
mas o ressuscita para que viva para sempre.

+ Esta cena se repete todos os dias:

- Há grandes cortejos cheios de mortos,
de mortos que andam e se movem, mas não têm vida:
- É o grande cortejo dos desempregados, dos drogados, dos analfabetos,
dos sem-teto, dos terroristas, dos enfermos, dos inválidos...
Cortejo que passa todos os dias ao nosso lado e não nos damos conta.

- Ao encontro dele pode e deve ir outro cortejo,
formado de pessoas cheias de vida que acompanham Cristo...
comprometidas em responder à morte com a vida.

- Em que cortejo estamos?
- Que resposta damos aos que caminham no cortejo da morte?

O poder de Jesus não se esgotou. Ele continua nas mãos de seus discípulos,
que devem continuar sua obra salvadora. E você pode ser um deles...

A Igreja nos lembra que devemos ser:
"Discípulos e Missionários de Cristo,
para que NELE nossos povos tenham VIDA".

Diante do milagre, o POVO exclamou:
"Um grande profeta surgiu em nosso meio e Deus visitou o seu povo".

Será que poderá contar conosco?

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