quarta-feira, 6 de junho de 2007

"Jovem, eu te ordeno, levanta-te"

Santo Agostinho (354-430), bispo de Hipona (Norte de África) e doutor da IgrejaSermão 98
"Jovem, eu te ordeno, levanta-te"
Que ninguém duvide, se é cristão, que ainda hoje há mortos que ressuscitam. Certamente que todo o homem tem olhos com os quais pode ver mortos ressuscitarem da mesma maneira que ressuscitou o filho desta viuva de que se acabou de falar no Evangelho. Mas nem todos podem ver ressuscitar homens que morreram espiritualmente; para isso é preciso ter-se já ressuscitado interiormente. É mais importante ressuscitar alguém que deve viver para sempre do que ressuscitar alguém que vai morrer outra vez.
A mãe deste jovem, esta viuva, foi arrebatada de alegria ao ver o filho ressuscitar. A nossa Mãe, a Igreja, rejubila também ao ver todos os dias a ressurreição espiritual dos seus filhos. O filho da viuva estava morto com a morte do corpo; mas aqueles estão com a morte da alma.
Derramavam-se lágrimas por causa da morte visível do primeiro; mas ninguém se preocupava com a morte invisível destes últimos, nem sequer a viam. O único que não ficou indiferente diante disso foi aquele que conhecia esses mortos; só o que conhecia esses mortos lhes podia devolver a vida. Com efeito, se o Senhor não tivesse vindo para ressuscitar os mortos, o apóstolo Paulo não teria dito: "Levanta-te, tu que dormes, ergue-te de entre os mortos e Cristo te iluminará!" (Ef 5,14)

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